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Estratégias de Marketing da Industria Farmacêutica

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    Estratégias de Marketing da Industria Farmacêutica

    As estratégias da indústria farmacêutica para multiplicar lucros



    Os vendedores de doenças.

    As estratégias da indústria farmacêutica para multiplicar lucros espalhando o medo e transformando qualquer problema banal de saúde numa “síndrome” que exige tratamento. Há cerca de trinta anos, o dirigente de uma das maiores empresas farmacêuticas do mundo fez declarações muito claras. Na época, perto da aposentadoria, o dinâmico diretor da Merck, Henry Gadsden, revelou à revista Fortune seu desespero por ver o mercado potencial de sua empresa confinado somente às doenças.

    Explicando preferiria ver a Merck transformada numa espécie de Wringley’s – fabricante e distribuidor de gomas de mascar –, Gadsden declarou que sonhava, havia muito tempo, produzir medicamentos destinados às... pessoas saudáveis. Porque, assim, a Merck teria a possibilidade de “vender para todo mundo”. Três décadas depois, o sonho entusiasta de Gadsden tornou-se realidade. As estratégias de marketing das maiores empresas farmacêuticas almejam agora, e de maneira agressiva, as pessoas saudáveis. Os altos e baixos da vida diária tornaram-se problemas mentais. Queixas totalmente comuns são transformadas em síndromes de pânico. Pessoas normais são, cada vez mais pessoas, transformadas em doentes. Em meio a campanhas de promoção, a indústria farmacêutica, que movimenta cerca de 500 bilhões dólares por ano, explora os nossos mais profundos medos da morte, da decadência física e da doença – mudando assim literalmente o que significa ser humano. Recompensados com toda razão quando salvam vidas humanas e reduzem os sofrimentos, os gigantes farmacêuticos não se contentam mais em vender para aqueles que precisam. Pela pura e simples razão que, como bem sabe Wall Street, dá muito lucro dizer às pessoas saudáveis que estão doentes.

    A fabricação das “síndromes”A maioria de habitantes dos países desenvolvidos desfruta de vidas mais longas, mais saudáveis e mais dinâmicas que as de seus ancestrais. Mas o rolo compressor das campanhas publicitárias, e das campanhas de sensibilização directamente conduzidas, transforma as pessoas saudáveis preocupadas com a saúde em doentes preocupados. Problemas menores são descritos como muitas síndromes graves, de tal modo que a timidez torna-se um “problema de ansiedade social”, e a tensão pré-menstrual, uma doença mental denominada “problema disfórico pré-menstrual”. O simples fato de ser um sujeito “predisposto” a desenvolver uma patologia torna-se uma doença em si.O epicentro desse tipo de vendas situa-se nos Estados Unidos, abrigo de inúmeras multinacionais farmacêuticas. Com menos de 5% da população mundial, esse país já representa cerca de 50% do mercado de medicamentos. As despesas com a saúde continuam a subir mais do que em qualquer outro lugar do mundo. Cresceram quase 100% em seis anos – e isso não só porque os preços dos medicamentos registram altas drásticas, mas também porque os médicos começaram a prescrever cada vez mais.De seu escritório situado no centro de Manhattan, Vince Parry representa o que há de melhor no marketing mundial. Especialista em publicidade, ele se dedica agora à mais sofisticada forma de venda de medicamentos: dedica-se, junto com as empresas farmacêuticas, a criar novas doenças. Em um artigo impressionante intitulado “A arte de catalogar um estado de saúde”, Parry revelou recentemente os artifícios utilizados por essas empresas para “favorecer a criação” dos problemas médicos [1]. Às vezes, trata-se de um estado de saúde pouco conhecido que ganha uma atenção renovada; às vezes, redefine-se uma doença conhecida há muito tempo, dando-lhe um novo nome; e outras vezes cria-se, do nada, uma nova “disfunção”. Entre as preferidas de Parry encontram-se a disfunção eréctil, o problema da falta de atenção entre os adultos e a síndrome disfórica pré-menstrual – uma síndrome tão controvertida, que os pesquisadores avaliam que nem existe.Médicos orientados por marqueteiros (propagandista das farmacêuticas)Com uma rara franqueza, Perry explica a maneira como as empresas farmacêuticas não só catalogam e definem seus produtos com sucesso, tais como o Prozac ou o Viagra, mas definem e catalogam também as condições que criam o mercado para esses medicamentos.Sob a liderança de marqueteiros da indústria farmacêutica, médicos especialistas e gurus como Perry sentam-se em volta de uma mesa para “criar novas idéias sobre doenças e estados de saúde”. O objectivo, diz ele, é fazer com que os clientes das empresas disponham, no mundo inteiro, “de uma nova maneira de pensar nessas coisas”. O objectivo é, sempre, estabelecer uma ligação entre o estado de saúde e o medicamento, de maneira a optimizar as vendas.Para muitos, a ideia segundo a qual as multinacionais do sector ajudam a criar novas doenças parecerá estranha, mas ela é moeda corrente no meio da indústria. Destinado a seus directores, um relatório recente de Business Insight mostrou que a capacidade de “criar mercados de novas doenças” traduz-se em vendas que chegam a bilhões de dólares. Uma das estratégias de melhor resultado, segundo esse relatório, consiste em mudar a maneira como as pessoas vêem suas disfunções sem gravidade. Elas devem ser “convencidas” de que “problemas até hoje aceitos no máximo como uma indisposição” são “dignos de uma intervenção médica”. Comemorando o sucesso do desenvolvimento de mercados lucrativos ligados a novos problemas da saúde, o relatório revelou grande optimismo em relação ao futuro financeiro da indústria farmacêutica: “Os próximos anos evidenciarão, de maneira privilegiada, a criação de doenças patrocinadas pela empresa”.Dado o grande leque de disfunções possíveis, certamente é difícil traçar uma linha claramente definida entre as pessoas saudáveis e as doentes. As fronteiras que separam o “normal” do “anormal” são frequentemente muito elásticas; elas podem variar drasticamente de um país para outro e evoluir ao longo do tempo. Mas o que se vê nitidamente é que, quanto mais se amplia o campo da definição de uma patologia, mais essa última atinge doentes em potencial, e mais vasto é o mercado para os fabricantes de pílulas e de cápsulas.Em certas circunstâncias, os especialistas que dão as receitas são retribuídos pela indústria farmacêutica, cujo enriquecimento está ligado à forma como as prescrições de tratamentos forem feitas. Segundo esses especialistas, 90% dos norte-americanos idosos sofrem de um problema denominado “hipertensão arterial”; praticamente quase metade das norte-americanas são afectadas por uma disfunção sexual baptizada FSD (disfunção sexual feminina); e mais de 40 milhões de norte-americanos deveriam ser acompanhados devido à sua taxa de colesterol alta. Com a ajuda dos meios de comunicação em busca de grandes manchetes, a última disfunção é constantemente anunciada como presente em grande parte da população: grave, mas sobretudo tratável, graças aos medicamentos. As vias alternativas para compreender e tratar dos problemas de saúde, ou para reduzir o número estimado de doentes, são sempre relegadas ao último plano, para satisfazer uma promoção frenética de medicamentos.Quanto mais alienados, mais consumistasA remuneração dos especialistas pela indústria não significa necessariamente tráfico de influências. Mas, aos olhos de um grande número de observadores, médicos e indústria farmacêutica mantêm laços extremamente estreitos.As definições das doenças são ampliadas, mas as causas dessas pretensas disfunções são, ao contrário, descritas da forma mais sumária possível. No universo desse tipo de marketing, um problema maior de saúde, tal como as doenças cardiovasculares, pode ser considerado pelo foco estreito da taxa de colesterol ou da tensão arterial de uma pessoa. A prevenção das fracturas da bacia em idosos confunde-se com a obsessão pela densidade óssea das mulheres de meia-idade com boa saúde. A tristeza pessoal resulta de um desequilíbrio químico da serotonina no cérebro.O fato de se concentrar em uma parte faz perder de vista as questões mais importantes, às vezes em prejuízo dos indivíduos e da comunidade. Por exemplo: se o objectivo é a melhora da saúde, alguns dos milhões investidos em caros medicamentos para baixar o colesterol em pessoas saudáveis, podem ser utilizados, de modo mais eficaz, em campanhas contra o tabagismo, ou para promover a actividade física e melhorar o equilíbrio alimentar.A venda de doenças é feita de acordo com várias técnicas de marketing, mas a mais difundida é a do medo. Para vender às mulheres o hormónio de reposição no período da menopausa, brande-se o medo da crise cardíaca. Para vender aos pais a ideia segundo a qual a menor depressão requer um tratamento pesado, alardeia-se o suicídio de jovens. Para vender os medicamentos para baixar o colesterol, fala-se da morte prematura. E, no entanto, ironicamente, os próprios medicamentos que são objecto de publicidade exacerbada às vezes causam os problemas que deveriam evitar.O tratamento de reposição hormonal (THS) aumenta o risco de crise cardíaca entre as mulheres; os antidepressivos aparentemente aumentam o risco de pensamento suicida entre os jovens. Pelo menos, um dos famosos medicamentos para baixar o colesterol foi retirado do mercado porque havia causado a morte de “pacientes”. Em um dos casos mais graves, o medicamento considerado bom para tratar problemas intestinais banais causou tamanha constipação que os pacientes morreram. No entanto, neste e em outros casos, as autoridades nacionais de regulação parecem mais interessadas em proteger os lucros das empresas farmacêuticas do que a saúde pública.A “medicamentação” interesseira da vidaA flexibilização da regulação da publicidade no final dos anos 1990, nos Estados Unidos, traduziu-se em um avanço sem precedentes do marketing farmacêutico dirigido a “toda e qualquer pessoa do mundo”. O público foi submetido, a partir de então, a uma média de dez ou mais mensagens publicitárias por dia. O lobby farmacêutico gostaria de impor o mesmo tipo de desregulamentação em outros lugares.Há mais de trinta anos, um livre pensador de nome Ivan Illich deu o sinal de alerta, afirmando que a expansão do establishment médico estava prestes a “medicamentar” a própria vida, minando a capacidade das pessoas enfrentarem a realidade do sofrimento e da morte, e transformando um enorme número de cidadãos comuns em doentes. Ele criticava o sistema médico, “que pretende ter autoridade sobre as pessoas que ainda não estão doentes, sobre as pessoas de quem não se pode racionalmente esperar a cura, sobre as pessoas para quem os remédios receitados pelos médicos se revelam no mínimo tão eficazes quanto os oferecidos pelos tios e tias [2] ”.Mais recentemente, Lynn Payer, uma redactora médica, descreveu um processo que denominou “a venda de doenças”: ou seja, o modo como os médicos e as empresas farmacêuticas ampliam sem necessidade as definições das doenças, de modo a receber mais pacientes e comercializar mais medicamentos [3]. Esses textos tornaram-se cada vez mais pertinentes, à medida que aumenta o rugido do marketing e que se consolidas as garras das multinacionais sobre o sistema de saúde.

    Tradução: Wanda Caldeira Brant) wbrant@globo.com
    Bibliografia complementar:* A revista médica PLoS Medecine traz, em seu número de abril de 2006, um importante dossiê sobre “A produção de doenças” – http://medicine.plosjournals.org*

    Na França, as revistas Pratiques (dirigida ao grande público) e Prescrire (destinada aos médicos) avaliam os medicamentos e trazem um olhar crítico sobre a definição das doenças.*Jörg Blech, Les inventeurs de maladies. Manœuvres et manipulations de l’industrie pharmaceutique, Arles, Actes Sud, 2005.* Philippe Pignarre, Comment la dépression est devenue une épidémie, Paris, Hachette-Littérature, col. Pluriel, 2003.[1] Ler, de Vince Parry, “The art of branding a condition ”, Medical Marketing & Media, Londres, maio de 2003.[2] Ler, de Ivan Illich, Némésis médicale, Paris, Seuil, 1975.[3] Ler, de Lynn Payer, Disease-Mongers: How Doctors, Drug Companies, and Insurers are Making You Feel Sick, Nova York, John Wiley & Sons, 2002.

    #2
    Venda de doenças ????

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      #3
      E eis que volta o "conspiracy" Mendes

      E pelos vistos com as baterias recarregadas para mais uma silly season fora do tempo.

      Muita confusão te faz o dinheiro

      Sempre podias aproveitar e ir ganhar algum com os teus produtos e teorias, tal com faz a industria "do medo" farmacêutica,não??

      Fazias como a industria que abominas:
      Vende a ideia do "TENHAM MEDO DAS FARMACÊUTICAS" seguido dos teus produtos maravilhosos e melhores que os da farmácia...

      Éra irónico não era??

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        #4
        ... E agora um pouco mais a sério...

        Essa tal coisa que empacotas num nome chamado " industria farmacêutica", tem muitos profissionais das mais diversas áreas, INCLUSIVE técnicos de marketing e publicidade, que fazem o que lhes compete.. ,mas eu próprio assumo que era de EXTREMA genialidade conseguirem do nada criar doenças, e do nada criar medicamentos para..... o nada..

        Era genial, na medida em que o organismo não se engana, sem sintomas, quaisquer que eles fossem era difícil catalogar uma doença, e por sua vez o medicamento para essa tal falsa doença, tinha que passar em ensaios clínicos independentes e internacionais, inclusive testado por concorrentes ávidos de processos, o que tornaria portanto muito complicada essa tentativa de fraude.


        Toda a gente sabe que para ganhar dinheiro da forma mais fácil possível, é vender NADA a um preço louco!
        O que acontece é que as pessoas não dão dinheiro a troco de NADA, senão era uma boa ideia era.


        Quanto ás doenças, como já disse antes, infelizmente há tantas ainda incuráveis que todos nós conhecemos, que não é preciso inventar novas para vender produtos.
        ....Mas era uma boa ideia era...


        Edit: E por favor deixa-te de copy paste, escreve a tua própria opinião, e deixa o link para os artigos originais!
        conhecer realmente o que pensas e a tua interpretação torna mais desafiante e justo argumentar as tuas ideias...
        Como tens feito, até parece que frequentas cursos de teoria da conspiração nos quais foste lavado cerebralmente para difundires uma ideia a todo custo sem teres ideias próprias..
        Editado pela última vez por Foliv; 08 October 2007, 10:03.

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          #5
          Interpretem como quiserem, quem quiser acreditar no pai natal, força!

          Aguardo comentarios independentes

          Comentário


            #6
            Originalmente Colocado por Mendes77 Ver Post
            Interpretem como quiserem, quem quiser acreditar no pai natal, força!

            Aguardo comentários independentes

            Estás a remar contra a maré.

            Os mecanismos de manipulação da mente e do subconsciente usados habilmente pela publicidade e pela propaganda são usados por todos os ramos da actividade comercial especialmente por grandes grupos empresariais.

            As pessoas devem estar informadas para não se deixarem levar na onda.

            Comentário


              #7
              Originalmente Colocado por Mendes77 Ver Post
              Interpretem como quiserem, quem quiser acreditar no pai natal, força!

              Aguardo comentarios independentes
              Para quando um post sobre o marketing dos fabricantes de cosméticos? Em certa medida vendem a mesma banha da cobra que tu pretendes dar a entender que faz a Merck. E já agora, será que tu não fazes os teus comentários para alimentar uma indústria ou comércio concorrente? Se é para lançar dúvidas, aproveito e faço o mesmo...

              Em todas as questões há que ter uma certa dose de cepticismo e cabe a cada um de nós usar a massa encefálica para decidir o que deve ou não fazer.

              Comentário


                #8
                Originalmente Colocado por Mendes77 Ver Post
                Interpretem como quiserem, quem quiser acreditar no pai natal, força!

                Aguardo comentarios independentes
                Acredito plenamente, tudo faz sentido, aliás existem filmes(sim, apenas filmes) que mostram esta estratégia, mas como não acredito no pai-natal...

                Comentário


                  #9
                  "Toda a gente sabe que para ganhar dinheiro da forma mais fácil possível, é vender NADA a um preço louco!
                  O que acontece é que as pessoas não dão dinheiro a troco de NADA, senão era uma boa ideia era"

                  Claro que dão...
                  Actimel...O maior barrete da história da publicidade nos últimos anos!!
                  Estão a vender um simples iougurte com alegadas bacterias que já existem naturalmente no organismo. Se se é saudável, a dose extra é eliminada naturalmente; se se é doente, a dose extra também não se fixa no organismo.

                  Comentário


                    #10
                    Originalmente Colocado por Keyser_Soze Ver Post
                    Para quando um post sobre o marketing dos fabricantes de cosméticos? Em certa medida vendem a mesma banha da cobra que tu pretendes dar a entender que faz a Merck. E já agora, será que tu não fazes os teus comentários para alimentar uma indústria ou comércio concorrente? Se é para lançar dúvidas, aproveito e faço o mesmo...

                    Em todas as questões há que ter uma certa dose de cepticismo e cabe a cada um de nós usar a massa encefálica para decidir o que deve ou não fazer.
                    Ai já estamos a entrar no campo pessoal. Não me parece interessante nem conveniente nem apropriado debater sobre a a vida particular dos interveniente, mas se tens tanta curiosidade, não trabalho no ramo, não tenho uma ervanaria, não vendo nada de nada, sou apenas um livre pensador que questiona muitissimas coisas entre elas a transparencia da industria medica.

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por Jorge Correia Ver Post
                      Estás a remar contra a maré.

                      Os mecanismos de manipulação da mente e do subconsciente usados habilmente pela publicidade e pela propaganda são usados por todos os ramos da actividade comercial especialmente por grandes grupos empresariais.

                      As pessoas devem estar informadas para não se deixarem levar na onda.

                      Estamos conscientes disso. Ninguem esta a salvo dessa manipulação, por isso é importante questionar sempre, beber a informação em varias fonte, comparar, deduzir para chegar a uma opinião (que nunca devera ser a final) o mais justa possivel.

                      Comentário


                        #12
                        Originalmente Colocado por Mendes77 Ver Post
                        Ai já estamos a entrar no campo pessoal. Não me parece interessante nem conveniente nem apropriado debater sobre a a vida particular dos interveniente, mas se tens tanta curiosidade, não trabalho no ramo, não tenho uma ervanaria, não vendo nada de nada, sou apenas um livre pensador que questiona muitissimas coisas entre elas a transparencia da industria medica.
                        Não queria de forma alguma saber pormenores sobre a tua vida pessoal mas espero que compreendas que assim como tu podes lançar dúvidas sobre a estratégia comercial de uma empresa outros podem lançar dúvidas sobre o porquê dos teus comentários. É perfeitamente legítimo. Ou não?

                        E por mim podias muito bem vender chás, pós ou qualquer coisas que o valha porque isso em nada iria influenciar as minhas escolhas terapêuticas. E como acredito nisso para mim, acredito que os outros devem pensar, colocar dúvidas razoáveis e depois decidir o que fazer independentemente do que lhes é dito pela publicidade e/ou marketing. Mas isso é verdade para a indústria farmacêutica, alimentar, automóvel ou qualquer outra.

                        Boa?

                        Comentário


                          #13
                          Originalmente Colocado por Wolfman Ver Post

                          Acredito plenamente, tudo faz sentido, aliás existem filmes(sim, apenas filmes) que mostram esta estratégia, mas como não acredito no pai-natal...
                          Existem denuncias, tribunais, casos "cabeludos", subornos, livros, palestras, testemunhas, mortes e um largo etc...

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por Keyser_Soze Ver Post
                            Não queria de forma alguma saber pormenores sobre a tua vida pessoal mas espero que compreendas que assim como tu podes lançar dúvidas sobre a estratégia comercial de uma empresa outros podem lançar dúvidas sobre o porquê dos teus comentários. É perfeitamente legítimo. Ou não?

                            E por mim podias muito bem vender chás, pós ou qualquer coisas que o valha porque isso em nada iria influenciar as minhas escolhas terapêuticas. E como acredito nisso para mim, acredito que os outros devem pensar, colocar dúvidas razoáveis e depois decidir o que fazer independentemente do que lhes é dito pela publicidade e/ou marketing. Mas isso é verdade para a indústria farmacêutica, alimentar, automóvel ou qualquer outra.

                            Boa?
                            Todos tem direito a defesa, mesmo os criminosos.

                            Quanto a liberdade das escolhas terapeuticas me parece bem que exista. Pena que nem sempre tenhamos direito a essa liberdade, falo por exemplo da vacinação "obrigatoria", que em alguns paieses do 1º mundo já foi abolida, na Espanha por exemplo existe um organismo que luta pelo direito dos cidadão em decidirem se querem ou não ser vacinados, chama-se "VacunacionLibre" Por algum motivo será!

                            Comentário


                              #15
                              Na indústria farmacêutica e as suas ligações comerciais existem tantas situações ilegais e ilegítimas como em qualquer outro ramo. Ou vão-me dizer que nas ligações entre o ramo de construção civil e os serviços camarários é diferente? Isto é apenas um exemplo, à semelhança do autor inicial do texto não quero fazer nenhuma perseguição aos construtores civis. O que quero dizer é que por este mundo fora são visíveis ligações mais obscuras entre vários agentes e em que o denominador comum é o dinheiro. Os laboratórios farmacêuticos não são melhores nem piores que os outros, são idênticos.

                              Quanto à banha da cobra, só compra quem quer. Infelizmente há pessoas que gastam dinheiro em medicamentos ou produtos aos quais eu não vejo mais valia razoável, mas se eu lhes chamar à atenção isso mesmo, podes ter a certeza que para eles eu estou a dizer uma heresia. E agora?

                              Comentário


                                #16
                                Originalmente Colocado por Mendes77 Ver Post
                                Todos tem direito a defesa, mesmo os criminosos.

                                Quanto a liberdade das escolhas terapeuticas me parece bem que exista. Pena que nem sempre tenhamos direito a essa liberdade, falo por exemplo da vacinação "obrigatoria", que em alguns paieses do 1º mundo já foi abolida, na Espanha por exemplo existe um organismo que luta pelo direito dos cidadão em decidirem se querem ou não ser vacinados, chama-se "VacunacionLibre" Por algum motivo será!
                                Isso significa que defendes a possibilidade, que uma pessoa qualquer possa ter uma infecção e morrer dela, transmitida por outra só porque essa última não se quis, por convicção e não por razões científicas documentadas, vacinar?

                                Comentário


                                  #17
                                  Mendes:

                                  Tempos houve em que não existia qualquer industria farmacêutica ou outra, todos se alimentavam de produtos 100% "biológicos", habitavam locais totalmente naturais e ecológicos, e viviam num mundo livre de poluição, radiações artificiais, ou outros produtos bens e serviços directamente derivados da ciência e tecnologia... e no entanto morriam por volta dos 35 anos e não era por serem comidos pelos ursos....

                                  É mais do que evidente, é um facto, que a esperança média de vida que hoje temos e com a qualidade que temos, é sem sombra de duvida devida a toda a tecnologia que desenvolvemos ao longo dos tempos:
                                  melhor higiene, melhor alimentação, a descoberta e desenvolvimento de vacinas, antibióticos, técnicas cirúrgicas, são sem qualquer duvida factos essenciais neste processo...

                                  É impressionante a facilidade com que se morria com infecções, virose, diabetes entre milhares de outras, tudo que hoje em dia é previndo, curado, ou controlado com a maior das facilidades com vacinas antibióticos e outros fármacos...

                                  Portanto Mendes, tudo aquilo que defendes é TOTALMENTE contrariado com estes factos que nem mesmo tu podes negar ou contrariar..

                                  É graças aos avanços tecnológicos da ciencia e dos produtos farmacêuticos que a população mundial vive mais e melhor,e não o contrario, como pretendes a todo o custo mas sem resultados, demonstrar.

                                  Comentário


                                    #18
                                    As televisões ajudam à festa provocando a histeria colectiva. As vacas loucas e a gripe das aves são dois exemplos.

                                    Quase todas as semanas aparece uma reportagem de levar uma pessoa às lagrimas sobre uma doença qualquer.

                                    O lobby das farmacêuticas é muito forte e de certeza que ganham rios de dinheiro, basta ver os ordenados principescos que pagam aos vendedores convenientemente apelidados "delegados de propaganda médica" ou "gestores de produto" entre outros que não me lembro agora.

                                    Não me interessa para nada que as pessoas suadáveis tomem os medicamentos que quiserem, o problema é delas, o que me preocupa são as comparticipações em medicamentos desnecessários, porque esses estão a sair do meu bolso.

                                    Comentário


                                      #19
                                      Nesta questão, o Mendes não deixa de ter alguma razão, embora na minha opinião o cenário não seja tão radical como o pinta...

                                      A Indústria farmacêutica, tal como todas as outras Indústrias, usa de facto o marketing para vender produtos às pessoas que elas na realidade não necessitam.

                                      No entanto, não me parece que seja um problema específico desta Indústria. Por exemplo, os vendedores de produtos "naturais" usam estratégias ainda piores que recorrem muitas vezes à mentira descarada.

                                      Acima de tudo, temos que ter um espírito crítico apurado para saber quando estamos a ser manipulados.

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                                        #20
                                        Originalmente Colocado por Foliv Ver Post
                                        É graças aos avanços tecnológicos da ciencia e dos produtos farmacêuticos que a população mundial vive mais e melhor,e não o contrario, como pretendes a todo o custo mas sem resultados, demonstrar.

                                        Qual população? É que me quer parecer que quem mais precisa não tem acesso a essas maravilhas da ciência.

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                                          #21
                                          Originalmente Colocado por Two Ver Post
                                          Qual população? É que me quer parecer que quem mais precisa não tem acesso a essas maravilhas da ciência.
                                          Pois parece-te mal...........................

                                          E acredita que sei do que falo......

                                          Comentário


                                            #22
                                            Originalmente Colocado por Bruno Grilo Ver Post
                                            Pois parece-te mal...........................
                                            És capaz de explicar?

                                            Comentário


                                              #23
                                              Originalmente Colocado por Two Ver Post
                                              És capaz de explicar?
                                              Muito sumariamente há pessoas que de facto não têm acesso a certos tipos de medicamentos.
                                              Apesar disso há MUITA gente que de facto já tem acesso a esse tipo de medicação.

                                              O exemplo mais flagrante é o HIV......
                                              A medicação para o HIV é TOTALMENTE suportada pelo Estado. O utente não paga rigorosamente nada.
                                              Simplesmente pedir a um toxicodependente com HIV que vá todos os dias ao Hospital buscar a medicação e que a tome a horas é, digamos...complicado...a preocupação do toxicodependente é outra...

                                              No entanto, há que salientar que existem medicamentos comercializados em farmácias de rua e medicamentos para uso exclusivo em meio hospitalar. No caso das farmácias, não conheço muito bem a realidade do marketing praticado.
                                              Editado pela última vez por apagdo; 08 October 2007, 13:59.

                                              Comentário


                                                #24
                                                Originalmente Colocado por Bruno Grilo Ver Post
                                                Muito sumariamente há pessoas que de facto não têm acesso a certos tipos de medicamentos.
                                                Apesar disso há MUITA gente que de facto já tem acesso a esse tipo de medicação.

                                                O exemplo mais flagrante é o HIV......
                                                A medicação para o HIV é TOTALMENTE suportada pelo Estado. O utente não paga rigorosamente nada.
                                                Simplesmente pedir a um toxicodependente com HIV que vá todos os dias ao Hospital buscar a medicação e que a tome a horas é, digamos...complicado...a preocupação do toxicodependente é outra...
                                                Certo, eu calculei que estivesses a pensar nisso, mas não queria por palavras na tua boca que tu não tivesses dito

                                                Mas eu estava mais a pensar a um nível global o que é facilmente comprovavel com as imagens que todos conhecemos.

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                                                  #25
                                                  Originalmente Colocado por Two Ver Post
                                                  Certo, eu calculei que estivesses a pensar nisso, mas não queria por palavras na tua boca que tu não tivesses dito

                                                  Mas eu estava mais a pensar a um nível global o que é facilmente comprovavel com as imagens que todos conhecemos.
                                                  Pois...a nível geral de farmácia normal, acredito que exista muita gente sem acesso a medicamentos!

                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    Originalmente Colocado por Two Ver Post
                                                    As televisões ajudam à festa provocando a histeria colectiva. As vacas loucas e a gripe das aves são dois exemplos.

                                                    Quase todas as semanas aparece uma reportagem de levar uma pessoa às lagrimas sobre uma doença qualquer.

                                                    O lobby das farmacêuticas é muito forte e de certeza que ganham rios de dinheiro, basta ver os ordenados principescos que pagam aos vendedores convenientemente apelidados "delegados de propaganda médica" ou "gestores de produto" entre outros que não me lembro agora.

                                                    Não me interessa para nada que as pessoas suadáveis tomem os medicamentos que quiserem, o problema é delas, o que me preocupa são as comparticipações em medicamentos desnecessários, porque esses estão a sair do meu bolso.

                                                    A culpa desta ocorrência não é da "industria farmacêutica"!

                                                    Há relatórios internos, embora públicos, inter institucionais que fazem a monitorização de n parâmetros e vigilância de doenças e epidemiologia...

                                                    Os jornalistas, que NADA percebem do assunto, recorrem a estes relatórios,e isolam arbitrariamente ou dolosamente os pedaços mais mediáticos e publicam a "ultima grande epidemia, o fim do mundo está próximo..." como títulos de cabeça e abertura de jornais..

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Originalmente Colocado por Two Ver Post
                                                      Qual população? É que me quer parecer que quem mais precisa não tem acesso a essas maravilhas da ciência.

                                                      Muitas das empresas farmacêuticas são privadas, que com dinheiros privados, pagam aos seus funcionários e meios privados para fazerem investigação privada, a produtos privados que vendem com o objectivo do lucro mas providenciando um produto funcional e eficaz..

                                                      Do mesmo modo um fabricante de bolachas privado, gasta dinheiro privado em instalações privadas para vender bolachas com lucro providenciando em troca um produto de qualidade e apelativo...

                                                      Lá por haver doenças e fome no mundo, não podem exigir a estes privados que forneçam gratuitamente os seus produtos e serviços..quanto muito estes a titulo particular e totalmente voluntário podem fazer ( e fazem ) essas ofertas ( ou pensam que as O.N.G compram todos os medicamentos que distribuem gratuitamente????)

                                                      Se se quer fazer algo contra a fome e a doença, então cabe ao estado de cada pais, providenciar esses meios de forma gratuita a quem deles necessita, usando para isso o seu poder negocial e legislativo perante as empresas privadas, ou então usando os seus meios públicos, universidades, institutos, laboratórios etc para fazer pesquisa publica com fundos públicos e com fins sociais públicos...

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Originalmente Colocado por Bruno Grilo Ver Post
                                                        Muito sumariamente há pessoas que de facto não têm acesso a certos tipos de medicamentos.
                                                        Apesar disso há MUITA gente que de facto já tem acesso a esse tipo de medicação.

                                                        O exemplo mais flagrante é o HIV......
                                                        A medicação para o HIV é TOTALMENTE suportada pelo Estado. O utente não paga rigorosamente nada.
                                                        Simplesmente pedir a um toxicodependente com HIV que vá todos os dias ao Hospital buscar a medicação e que a tome a horas é, digamos...complicado...a preocupação do toxicodependente é outra...

                                                        No entanto, há que salientar que existem medicamentos comercializados em farmácias de rua e medicamentos para uso exclusivo em meio hospitalar. No caso das farmácias, não conheço muito bem a realidade do marketing praticado.
                                                        Isso é uma grande verdade. Agora gostaria de saber se algum dia estivesse disponível uma vacina, se aqueles individuos em Espanha - e parece que em Portugal também existem defensores da mesma tese - não pretenderiam ser vacinados. E se essa fosse a sua escolha, se depois aceitariam pagar do bolsinho deles a totalidade do tratamento e abdicar da ajuda do Estado...

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Originalmente Colocado por Foliv Ver Post
                                                          Muitas das empresas farmacêuticas são privadas, que com dinheiros privados, pagam aos seus funcionários e meios privados para fazerem investigação privada, a produtos privados que vendem com o objectivo do lucro mas providenciando um produto funcional e eficaz..

                                                          Do mesmo modo um fabricante de bolachas privado, gasta dinheiro privado em instalações privadas para vender bolachas com lucro providenciando em troca um produto de qualidade e apelativo...

                                                          Lá por haver doenças e fome no mundo, não podem exigir a estes privados que forneçam gratuitamente os seus produtos e serviços..quanto muito estes a titulo particular e totalmente voluntário podem fazer ( e fazem ) essas ofertas ( ou pensam que as O.N.G compram todos os medicamentos que distribuem gratuitamente????)

                                                          Se se quer fazer algo contra a fome e a doença, então cabe ao estado de cada pais, providenciar esses meios de forma gratuita a quem deles necessita, usando para isso o seu poder negocial e legislativo perante as empresas privadas, ou então usando os seus meios públicos, universidades, institutos, laboratórios etc para fazer pesquisa publica com fundos públicos e com fins sociais públicos...
                                                          As exageradas leis de protecção de patentes permitem a geração de lucros supranormais nessas entidades.
                                                          Por outro lado existe uma responsabilidade social das empresas que na minha opinião têm a obrigação moral de desenvolver actividades de carácter social.
                                                          O que acontece é que há um desiquilíbrio de poder injusto, o poder das multinacionais domina desde o centro de saúde até à ONU, e as accções desenvolvidas têm precisamente em conta o lucro.
                                                          Diga-se de passagem que não tenho nada contra o lucro, tenho sim contra o poder de mercado e contra corrupção.

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            Mas voçes querem melhor estratégia que as ofertas que se fazem á classe médica

                                                            Comentário

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