Dez anos depois de iniciada a obra, 299 milhões de euros gastos, com uma derrapagem de 134 milhões
Lisboa: Amanhã o Metropolitano é de graça
Metro finalmente em Santa Apolónia
Dez anos após o início das obras é inaugurado amanhã, finalmente, o último troço da Linha Azul do Metropolitano de Lisboa, entre as estações de Baixa-Chiado e Santa Apolónia.
A inauguração das estações do Terreiro do Paço e de Santa Apolónia, marcada para o meio-dia, estava prevista para sábado, mas foi antecipada para amanhã para permitir que o primeiro-ministro, José Sócrates, presida à cerimónia.
O novo troço, com 2025 metros de extensão, vai servir vinte milhões de passageiros/ano e permitirá ligar a Amadora à estação ferroviária de Santa Apolónia. Para celebrar a conclusão da obra o Metropolitano vai franquiar as portas das estações. Ou seja, viajar em toda a rede de metro vai ser gratuito, a par do que aconteceu no dia da assinatura do Tratado de Lisboa.
As obras no troço da Linha Azul, que demoraram dez anos, ficaram marcadas por vários incidentes, provocaram o caos na frente ribeirinha da cidade e custaram 299 milhões de euros, ‘apenas’ mais 134 milhões e meio do que o previsto em 1997.
Os principais beneficiados da obra serão os habitantes da margem Sul do Tejo que trabalham em Lisboa. Através do interface Sul/Sueste os passageiros da Transtejo/Soflusa poderão aceder directamente à linha que segue para o centro da cidade, no Terreiro do Paço. No entanto, o edifício do interface só abre, na melhor das perspectivas, em Setembro de 2009.
Quem provém da linha do Norte também fica com mais uma alternativa de transporte urbano – até agora apenas existe uma ligação directa entre os comboios de longo curso e a rede de metro, na Gare do Oriente.
A chegada do metropolitano à estação de Santa Apolónia permitirá ainda o acesso ao terminal de cruzeiros, de modo a que anualmente milhares de turistas possam chegar em poucos minutos ao centro de Lisboa. E revitalizará uma das estações mais emblemáticas do País, que perdeu movimento com a abertura da Gare do Oriente.
No entanto, as obras ainda não estão terminadas: ainda falta os arranjos exteriores, cujos trabalhos vão prolongar-se pelo próximo ano. O Cais das Colunas só deverá ser reposto em Novembro de 2008.
MAIS METROPOLITANO
17 ESTAÇÕES
A Linha Azul (Amadora–Santa Apolónia) vai ter 13 km e 17 estações e é a maior da rede do Metro de Lisboa. A seguir vem a Linha Amarela (Odivelas–Rato), com 11 km e 13 estações e a Verde, com nove km e 13 estações.
299 MILHÕES
As obras do prolongamento da Linha Azul custaram 299 milhões, mais 134 milhões do que o inicialmente previsto. A construção de uma nova estação do Terreiro do Paço e de um novo túnel levaram à derrapagem orçamental.
MAIS LINHA
O próximo troço a entrar em exploração é a ligação Alameda–São Sebastião, da Linha Vermelha. Com a conclusão deste troço a capital contará com quatro linhas, com quase 40 quilómetros de extensão e 52 estações.
DATAS CHAVE
1993
O ministro das Obras Públicas, Ferreira do Amaral, apresenta o projecto para o troço que levará o metropolitano até Santa Apolónia. Prevê-se que a obra esteja concluída no final de 1997.
1997
Início dos trabalhos. O custo previsto é de 165 milhões de euros. A zona ribeirinha entre o Cais do Sodré e Santa Apolónia torna-se num estaleiro. Estima-se que a obra fique concluída no final de 2001.
06/2000
Aluimento de terras leva à inundação do túnel entre o Poço da Marinha e o Terreiro do Paço, provoca o abatimento da abóbada e fissuras nas paredes. Por razões de segurança, o túnel é alagado. Uma equipa de peritos holandeses é convidada para elaborar uma solução.
12/2002
Responsáveis do Metro garantem que até ao final de 2004 a linha estará a funcionar.
01/2003
Túnel fica esvaziado de água. O ministro Valente de Oliveira anuncia o reinício dos trabalhos. Avança-se para a construção de outra estação do Terreiro do Paço e de um túnel à volta da estrutura danificada. As obras custam mais 134 milhões de euros.
04/2004
Auditoria do Tribunal de Contas aponta “falta de maturidade e rigor” para o deslize nas contas da obra.
07/2004
O ministro das Obras Públicas, Carmona Rodrigues, visita o estaleiro e garante o fim das obras para o último trimestre de 2005.
Fonte: Correio da Manhã
Metro finalmente em Santa Apolónia
Dez anos após o início das obras é inaugurado amanhã, finalmente, o último troço da Linha Azul do Metropolitano de Lisboa, entre as estações de Baixa-Chiado e Santa Apolónia.
A inauguração das estações do Terreiro do Paço e de Santa Apolónia, marcada para o meio-dia, estava prevista para sábado, mas foi antecipada para amanhã para permitir que o primeiro-ministro, José Sócrates, presida à cerimónia.
O novo troço, com 2025 metros de extensão, vai servir vinte milhões de passageiros/ano e permitirá ligar a Amadora à estação ferroviária de Santa Apolónia. Para celebrar a conclusão da obra o Metropolitano vai franquiar as portas das estações. Ou seja, viajar em toda a rede de metro vai ser gratuito, a par do que aconteceu no dia da assinatura do Tratado de Lisboa.
As obras no troço da Linha Azul, que demoraram dez anos, ficaram marcadas por vários incidentes, provocaram o caos na frente ribeirinha da cidade e custaram 299 milhões de euros, ‘apenas’ mais 134 milhões e meio do que o previsto em 1997.
Os principais beneficiados da obra serão os habitantes da margem Sul do Tejo que trabalham em Lisboa. Através do interface Sul/Sueste os passageiros da Transtejo/Soflusa poderão aceder directamente à linha que segue para o centro da cidade, no Terreiro do Paço. No entanto, o edifício do interface só abre, na melhor das perspectivas, em Setembro de 2009.
Quem provém da linha do Norte também fica com mais uma alternativa de transporte urbano – até agora apenas existe uma ligação directa entre os comboios de longo curso e a rede de metro, na Gare do Oriente.
A chegada do metropolitano à estação de Santa Apolónia permitirá ainda o acesso ao terminal de cruzeiros, de modo a que anualmente milhares de turistas possam chegar em poucos minutos ao centro de Lisboa. E revitalizará uma das estações mais emblemáticas do País, que perdeu movimento com a abertura da Gare do Oriente.
No entanto, as obras ainda não estão terminadas: ainda falta os arranjos exteriores, cujos trabalhos vão prolongar-se pelo próximo ano. O Cais das Colunas só deverá ser reposto em Novembro de 2008.
MAIS METROPOLITANO
17 ESTAÇÕES
A Linha Azul (Amadora–Santa Apolónia) vai ter 13 km e 17 estações e é a maior da rede do Metro de Lisboa. A seguir vem a Linha Amarela (Odivelas–Rato), com 11 km e 13 estações e a Verde, com nove km e 13 estações.
299 MILHÕES
As obras do prolongamento da Linha Azul custaram 299 milhões, mais 134 milhões do que o inicialmente previsto. A construção de uma nova estação do Terreiro do Paço e de um novo túnel levaram à derrapagem orçamental.
MAIS LINHA
O próximo troço a entrar em exploração é a ligação Alameda–São Sebastião, da Linha Vermelha. Com a conclusão deste troço a capital contará com quatro linhas, com quase 40 quilómetros de extensão e 52 estações.
DATAS CHAVE
1993
O ministro das Obras Públicas, Ferreira do Amaral, apresenta o projecto para o troço que levará o metropolitano até Santa Apolónia. Prevê-se que a obra esteja concluída no final de 1997.
1997
Início dos trabalhos. O custo previsto é de 165 milhões de euros. A zona ribeirinha entre o Cais do Sodré e Santa Apolónia torna-se num estaleiro. Estima-se que a obra fique concluída no final de 2001.
06/2000
Aluimento de terras leva à inundação do túnel entre o Poço da Marinha e o Terreiro do Paço, provoca o abatimento da abóbada e fissuras nas paredes. Por razões de segurança, o túnel é alagado. Uma equipa de peritos holandeses é convidada para elaborar uma solução.
12/2002
Responsáveis do Metro garantem que até ao final de 2004 a linha estará a funcionar.
01/2003
Túnel fica esvaziado de água. O ministro Valente de Oliveira anuncia o reinício dos trabalhos. Avança-se para a construção de outra estação do Terreiro do Paço e de um túnel à volta da estrutura danificada. As obras custam mais 134 milhões de euros.
04/2004
Auditoria do Tribunal de Contas aponta “falta de maturidade e rigor” para o deslize nas contas da obra.
07/2004
O ministro das Obras Públicas, Carmona Rodrigues, visita o estaleiro e garante o fim das obras para o último trimestre de 2005.
Fonte: Correio da Manhã
Metro Terreiro do Paço não fez teste de segurança
Denúncia é feita pelos bombeiros, mas contrariada pela empresa
A abertura do prolongamento do Metro para o Terreiro do Paço e Santa Apolónia, quarta-feira, vai ser feita sem «testes de segurança como deve ser», acusa o presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, em declarações ao Diário de Notícias.
Fernando Curto referiu que «falta fazer testes de segurança como deve ser, envolvendo todos os meios de socorro para se verificar como se devem articular e funcionar uns com os outros em caso de emergência».
A posição do presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais é contrariada por fonte do Metropolitano de Lisboa, que afirma ao jornal que «a vistoria foi feita quinta-feira e não há qualquer parecer negativo».
A abertura do troço, que prolonga a linha Azul, da Baixa-Chiado para o Terreiro do Paço e Estação de Santa Apolónia, prevista inicialmente para sábado para quarta-feira.
De acordo com o comandante do Regimento de sapadores Bombeiros de Lisboa, António Nunes, têm sido feitas «visitas técnicas e visitas de trabalho às obras», mas admitiu que ainda não foi feita uma vistoria pormenorizada, como o conhecimento dos percursos e a localização das saídas de emergência.
Fernando Curto sublinha a necessidade de um teste pormenorizado, de modo a que os bombeiros conheçam os percursos mais rápidos, saibam onde se encontram as saídas de emergência.
«Os bombeiros têm de trabalhar com elementos das equipas de segurança do metro e a realização de um simulacro é essencial para colocar todos esses meios em sintonia», acrescentou.
«Também é necessário saber se na galeria há espaço suficiente para transportar os feridos em macas ou se é preciso arranjar outra solução. Sem estes conhecimentos, os bombeiros vão lá para baixo ouvir as pessoas a gritar e andam por ali sem saber o que fazer», explicou.
Metro corta comunicações dos bombeiros
O presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais reafirmou ainda a crítica ao facto dos rádios de serviço dos bombeiros não funcionar na rede do metro, acusando a administração do Metropolitano de ainda não ter instalado repetidores de sinal para resolver o problema.
O orçamento inicial para esta obra foi calculado em 165 milhões de euros (a preços de 1997), mas acabou por custar 299 milhões de euros, de acordo com o actual ministro das Obras Públicas e Transportes, Mário Lino.
Esta obra teve o primeiro reverso nos prazos de conclusão, quando um aluimento de terras ocorrido em Junho de 2000, na ligação entre o Poço da Marinha e o Terreiro do Paço, colocou em questão a segurança da infra-estrutura, e provocou um abatimento de parte da abóbada do túnel, além de fissuras nas paredes.
Fonte: Portugal Diario
Denúncia é feita pelos bombeiros, mas contrariada pela empresa
A abertura do prolongamento do Metro para o Terreiro do Paço e Santa Apolónia, quarta-feira, vai ser feita sem «testes de segurança como deve ser», acusa o presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, em declarações ao Diário de Notícias.
Fernando Curto referiu que «falta fazer testes de segurança como deve ser, envolvendo todos os meios de socorro para se verificar como se devem articular e funcionar uns com os outros em caso de emergência».
A posição do presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais é contrariada por fonte do Metropolitano de Lisboa, que afirma ao jornal que «a vistoria foi feita quinta-feira e não há qualquer parecer negativo».
A abertura do troço, que prolonga a linha Azul, da Baixa-Chiado para o Terreiro do Paço e Estação de Santa Apolónia, prevista inicialmente para sábado para quarta-feira.
De acordo com o comandante do Regimento de sapadores Bombeiros de Lisboa, António Nunes, têm sido feitas «visitas técnicas e visitas de trabalho às obras», mas admitiu que ainda não foi feita uma vistoria pormenorizada, como o conhecimento dos percursos e a localização das saídas de emergência.
Fernando Curto sublinha a necessidade de um teste pormenorizado, de modo a que os bombeiros conheçam os percursos mais rápidos, saibam onde se encontram as saídas de emergência.
«Os bombeiros têm de trabalhar com elementos das equipas de segurança do metro e a realização de um simulacro é essencial para colocar todos esses meios em sintonia», acrescentou.
«Também é necessário saber se na galeria há espaço suficiente para transportar os feridos em macas ou se é preciso arranjar outra solução. Sem estes conhecimentos, os bombeiros vão lá para baixo ouvir as pessoas a gritar e andam por ali sem saber o que fazer», explicou.
Metro corta comunicações dos bombeiros
O presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais reafirmou ainda a crítica ao facto dos rádios de serviço dos bombeiros não funcionar na rede do metro, acusando a administração do Metropolitano de ainda não ter instalado repetidores de sinal para resolver o problema.
O orçamento inicial para esta obra foi calculado em 165 milhões de euros (a preços de 1997), mas acabou por custar 299 milhões de euros, de acordo com o actual ministro das Obras Públicas e Transportes, Mário Lino.
Esta obra teve o primeiro reverso nos prazos de conclusão, quando um aluimento de terras ocorrido em Junho de 2000, na ligação entre o Poço da Marinha e o Terreiro do Paço, colocou em questão a segurança da infra-estrutura, e provocou um abatimento de parte da abóbada do túnel, além de fissuras nas paredes.
Fonte: Portugal Diario
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