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Bem!... "Querem despedir por cansaço físico"...

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    Bem!... "Querem despedir por cansaço físico"...

    A pouca vergonha não tem limites... a ser verdade o que aqui vem:
    A Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) quer que a perda de capacidades do trabalhador reflectida numa redução de produtividade seja justa causa para o despedimento.

    O argumento é defendido no parecer desta associação ao Livro Branco das Relações Laborais que elenca as propostas de alteração ao Código de Trabalho.

    “Um trabalhador que esteja cansado física ou psicologicamente – porque está mais velho, porque tem problemas familiares, porque trabalhar naquela empresa não era exactamente o que pretendia ou porque se desinteressou do trabalho – deve poder ser despedido por justa causa”, defendeu em conversa com o Correio da Manhã Gregório Rocha Novo, membro da direcção da CIP.

    Outra razão que os patrões querem ver consagrada como justa causa para o despedimento é a “renovação” do quadro de pessoal sem redução do número de postos de trabalho. Neste ponto, a CIP tem o apoio da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP).

    Os patrões querem também diminuir os montantes de indemnizações e compensações previstos para a cessação do contrato de trabalho.

    A CIP defende ainda que a adaptabilidade dos horários de trabalho prevista no Livro Branco possa ser negociada trabalhador a trabalhador e não apenas com grupos de funcionários.

    No que respeita às férias, os patrões concordam com a redução dos actuais 22 mais três dias por prémio de assiduidade.
    http://www.correiomanha.pt/noticia.a...Canal=11&p=200

    #2
    É assim, como é óbvio o trabalhador não pode estar sempre nos seus melhores dias....... Mas quando chega ao ponto de afectar a produtividade na empresa de uma forma constane e exagerada, concordo plenamente que possam ser despedidos por justa causa.... e lembro que Portgal é um dos piores países no que toca a produtividade....

    Comentário


      #3
      Originalmente Colocado por Pé Leve Ver Post
      A pouca vergonha não tem limites... a ser verdade o que aqui vem
      Sinais dos tempos.

      Ou queres que o sector privado funcione como o sector público?

      E depois queixam-se que as empresas são pouco produtivas. Que pagam mal, não gerem riqueza e impostos.

      Tens que ver mais longe.

      E quando mais tarde se reformar o sistema, mais vai custar às pessoas.

      Mas a responsabilidade vai por inteiro para quem nega a perspectiva de mudança. A pessoas que como tu que agem pelo medo da mudança e não por razões de competitividade.

      Comentário


        #4
        Originalmente Colocado por Pé Leve Ver Post
        A pouca vergonha não tem limites... a ser verdade o que aqui vem: http://www.correiomanha.pt/noticia.a...Canal=11&p=200
        se uma pessoa não produz o questa la a fazer ?

        Comentário


          #5
          Originalmente Colocado por Carlos.L Ver Post
          Sinais dos tempos.

          Ou queres que o sector privado funcione como o sector público?

          E depois queixam-se que as empresas são pouco produtivas. Que pagam mal, não gerem riqueza e impostos.

          Tens que ver mais longe.

          E quando mais tarde se reformar o sistema, mais vai custar às pessoas.

          Mas a responsabilidade vai por inteiro para quem nega a perspectiva de mudança. A pessoas que como tu que agem pelo medo da mudança e não por razões de competitividade.
          Originalmente Colocado por pmct Ver Post
          se uma pessoa não produz o questa la a fazer ?
          Não é dito que não trabalha, ou que não produz. O que é dito é isto:

          "Um trabalhador que esteja cansado física ou psicologicamente..."
          Convenhamos que o conceito é muito subjectivo e abre as portas à interpretação que mais convier...

          Comentário


            #6
            Originalmente Colocado por Carlos.L Ver Post
            Sinais dos tempos.

            Ou queres que o sector privado funcione como o sector público?

            E depois queixam-se que as empresas são pouco produtivas. Que pagam mal, não gerem riqueza e impostos.

            Tens que ver mais longe.

            E quando mais tarde se reformar o sistema, mais vai custar às pessoas.

            Mas a responsabilidade vai por inteiro para quem nega a perspectiva de mudança. A pessoas que como tu que agem pelo medo da mudança e não por razões de competitividade.
            Mais um post provocatório e tentativamente vexatório de quem nada mais tem para dizer do que tentar provocar milhares e milhares de portugueses que no seu dia a dia convivem com enormes dificuldades para levar ao resto do povo português um serviço público satisfatório (na saúde, na educação, na justiça, na segurança, na defesa, etc, etc.

            Comentário


              #7
              E que tal começar por acabar com a dicotomia PATRÃO-EMPREGADO?

              Eu trabalho numa empresa privada (quadro efectivo).
              Mas tenho sempre a convicção que o relacionamento profissional pode acabar de um dia para o outro. Por justa causa minha ou deles.
              Aliás, esse factor de não-eternidade é o que me faz mover todos os dias - se me dissessem que lá ia ficar toda a vida, metia já baixa psiquiátrica.
              Quanto ao Gregório Rocha Novo...já despedia o nome por justa causa, não?
              Editado pela última vez por VorsprungDurchTechnik; 05 February 2008, 11:30.

              Comentário


                #8
                De resto...:
                "Um trabalhador que esteja cansado física ou psicologicamente – porque está mais velho, porque tem problemas familiares, porque trabalhar naquela empresa não era exactamente o que pretendia ou porque se desinteressou do trabalho – deve poder ser despedido por justa causa”, defendeu em conversa com o Correio da Manhã Gregório Rocha Novo, membro da direcção da CIP.
                Porque, porque, porque...
                Outra razão que os patrões querem ver consagrada como justa causa para o despedimento é a “renovação” do quadro de pessoal sem redução do número de postos de trabalho. Neste ponto, a CIP tem o apoio da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP).
                Bem, vai ser um "toca a renovar"...
                Os patrões querem também diminuir os montantes de indemnizações e compensações previstos para a cessação do contrato de trabalho.
                Ou, preferencialmente, não pagar indemnizações nenhumas... Sinceramente!...

                A CIP defende ainda que a adaptabilidade dos horários de trabalho prevista no Livro Branco possa ser negociada trabalhador a trabalhador e não apenas com grupos de funcionários.
                Principio da Igualdade no seu melhor...

                Ou seja, com o mesmo vencimento podem haver trabalhadores a fazer 8 horas diárias e outros a fazer 12, 15... Sim, porque a questão do salário base, já se viu, é para acabar!...

                No que respeita às férias, os patrões concordam com a redução dos actuais 22 mais três dias por prémio de assiduidade.
                Claro. O que me espantava era que não concordassem! Quanto tempo é que será que acham justo? Aí uma semana, não?!...

                Décadas de evolução, de ganhos em condições laborais mais humanas com brutais sacrifícios de tantos que deram as suas vidas em nome da dignidade humana e contra o abuso e, agora, "roda livre", simples "roda livre" para se fazer o que se quiser!...

                Está a perder-se a noção de equilíbrio e de respeito pelo ser humano!

                Comentário


                  #9
                  “Um trabalhador que esteja cansado física ou psicologicamente – porque está mais velho, porque tem problemas familiares, porque trabalhar naquela empresa não era exactamente o que pretendia ou porque se desinteressou do trabalho – deve poder ser despedido por justa causa”,
                  Se a pessoa está num local onde não produz o que está lá a fazer?

                  Acho que neste caso, a culpa não deve recair nos patrões mas sim no fraco apoio do Estado. Ou seja, 'querer' estar desempregado deveria ser uma opção credível (em termos económicos) para o cidadão.

                  Com isto não estou a defender quem não trabalha porque é calaceiro ou quem vive às custas de rendimentos mínimos. Defendo aquele trabalhador honesto que depois de 20 ou 30 anos de trabalho se sente desgastado e precisa de uns tempos para se recompor ou mesmo voltar a estudar, por exemplo.

                  Comentário


                    #10
                    Originalmente Colocado por mário silva Ver Post
                    Se a pessoa está num local onde não produz o que está lá a fazer?

                    Acho que neste caso, a culpa não deve recair nos patrões mas sim no fraco apoio do Estado. Ou seja, 'querer' estar desempregado deveria ser uma opção credível (em termos económicos) para o cidadão.

                    Com isto não estou a defender quem não trabalha porque é calaceiro ou quem vive às custas de rendimentos mínimos. Defendo aquele trabalhador honesto que depois de 20 ou 30 anos de trabalho se sente desgastado e precisa de uns tempos para se recompor ou mesmo voltar a estudar, por exemplo.
                    Não é dito em lado nenhum que o trabalhador não trabalha, ou que não produz. O que é dito é isto:

                    "Um trabalhador que esteja cansado física ou psicologicamente..."

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                      #11
                      É que se o trabalhador não fizer a sua função, trabalhar, é pacífico que seja dispensado, como é evidente! O problema deste conjunto de propostas é outro, como, certamente, já perceberam...

                      Comentário


                        #12
                        Mas concordas comigo que só muito dificilmente um trabalhador mantém os seus níveis de produtividade em casos desses.

                        Além disso, isto seria (deveria ser) aplicado a casos já prolongados, porque em casos pontuais há sempre as baixas médicas, certo?

                        Comentário


                          #13
                          oh, são negociações, têm de ser radicais, tais como as do sindicatos para terem margem de manobra para cederem um pouco, e dizerem que o aprovado não é nada do que eles querem.

                          Comentário


                            #14
                            Se tu te deixasses da análise de sensasionalismos do Correio da Manhã, dignos da tasca ali ao lado, não perdias tanto tempo com inutilidades e frasesinhas irracionais.

                            Comentário


                              #15
                              O que estou a ver a passar-se em Portugal e na UE é a redução da protecção social ao cidadão!

                              Desde que saí daí que só vos vejo a queixarem-se constantemente do sistema de saúde, da economia, das reformas, dos salários, da insegurança, da produtividade seja governo PS ou PSD...

                              Quando uma democracia (Poder do Povo) reduz factores indispensáveis para a saúde física e mental dos seus cidadãos e a República (Coisa Pública) em favor de terceiros e privados temos um cenário de despotismo a aparecer pois o povo perde o seu poder e a "coisa" passa a ser tudo menos pública...

                              Vivemos em repúblicas privadas e geridas por tecnocratas, wannabes, serventes e médio burgueses de gel na cabeça e relógio de ouro que são sempre os que levam porrada e são pendurados nos postes de iluminação pública nas revoluções.

                              Comentário


                                #16
                                Num país em que a experiencia conta ZERO é realmente preocupante para quem está no mercado de trabalho estas movimentações. Lembro apenas um caso que ontem foi dito pelo analista de economia da SIC em que um trabalhador Portugues é despedido e fica a procurar emprego durante algum tempo, até que desiste e vai para Londres e na primeira semana dã-lhe emprego devido à experiencia que tem. Alguem já viu isto em Portugal????

                                Por isso estas noticias são mesmo preocupantes.

                                Comentário


                                  #17
                                  Originalmente Colocado por mário silva Ver Post
                                  Mas concordas comigo que só muito dificilmente um trabalhador mantém os seus níveis de produtividade em casos desses.
                                  Percebo o que queres dizer, mas, por certo, também concordas que cada indivíduo reage aos seus problemas de forma diferente, sendo certo que todos nós conhecemos casos de pessoas com este tipo de problemas e que responderam... trabalhando mais, pois passaram a fazer do seu trabalho a única coisa importante nas suas vidas!

                                  Ou seja, é muito perigoso generalizar.

                                  Além disso, isto seria (deveria ser) aplicado a casos já prolongados, porque em casos pontuais há sempre as baixas médicas, certo?
                                  As baixas médicas é outra questão, sobretudo por causa das baixa fraudulentas.

                                  No entanto não me parece correcto despedir uma pessoa só porque está doente. Se serviu enquanto tinha saúde, porque razão se deve despedir se tiver um problema dessa natureza na sua vida.

                                  Imagina-te (longe vá o agoiro, como se diz), como mero exemplo, que um dia destes, depois de muitos e bons anos dados à tua profissão, tens um acidente grave que te obriga a afastares-te, por baixa médica, durante alguns anos para recuperação! Achas justo o despedimento? Eu não acho!

                                  O que deve haver é fiscalização e punição severa nas fraudes!

                                  Comentário


                                    #18
                                    Originalmente Colocado por Pé Leve Ver Post
                                    A pouca vergonha não tem limites... a ser verdade o que aqui vem: http://www.correiomanha.pt/noticia.a...Canal=11&p=200
                                    Esta medida devia ser aplicada à função publica, metade dos FP vinham logo para a rua com justa causa.

                                    Comentário


                                      #19
                                      Originalmente Colocado por Jorge Correia Ver Post
                                      O que estou a ver a passar-se em Portugal e na UE é a redução da protecção social ao cidadão!

                                      Desde que saí daí que só vos vejo a queixarem-se constantemente do sistema de saúde, da economia, das reformas, dos salários, da insegurança, da produtividade seja governo PS ou PSD...

                                      Quando uma democracia (Poder do Povo) reduz factores indispensáveis para a saúde física e mental dos seus cidadãos e a República (Coisa Pública) em favor de terceiros e privados temos um cenário de despotismo a aparecer pois o povo perde o seu poder e a "coisa" passa a ser tudo menos pública...

                                      Vivemos em repúblicas privadas e geridas por tecnocratas, wannabes, serventes e médio burgueses de gel na cabeça e relógio de ouro que são sempre os que levam porrada e são pendurados nos postes de iluminação pública nas revoluções.
                                      ´
                                      Parece-me que já vi isto mais longe

                                      Comentário


                                        #20
                                        Originalmente Colocado por Gil Duro Ver Post
                                        Num país em que a experiencia conta ZERO é realmente preocupante para quem está no mercado de trabalho estas movimentações. Lembro apenas um caso que ontem foi dito pelo analista de economia da SIC em que um trabalhador Portugues é despedido e fica a procurar emprego durante algum tempo, até que desiste e vai para Londres e na primeira semana dã-lhe emprego devido à experiencia que tem. Alguem já viu isto em Portugal????

                                        Por isso estas noticias são mesmo preocupantes.
                                        Exactamente.

                                        É que querem dispensar gente que trabalha com a mesma facilidade de outros países que têm oferta de trabalho decente! Mas pugnar pela equiparação noutras áreas "tá quieto"...

                                        Comentário


                                          #21
                                          Originalmente Colocado por Manuel Jasmim Ver Post
                                          Mais um post provocatório e tentativamente vexatório de quem nada mais tem para dizer do que tentar provocar milhares e milhares de portugueses que no seu dia a dia convivem com enormes dificuldades para levar ao resto do povo português um serviço público satisfatório (na saúde, na educação, na justiça, na segurança, na defesa, etc, etc.
                                          Tu saíste cá uma peça que nem te digo.

                                          Andam cerca de 4,000,000 de trabalhadores com as dificuldades conhecidas e tu só te lembras de invocar os do sector Público? O teu sentido de justiça anda um pouco avariado, não anda?

                                          Ainda por cima, invocas os sectores (na saúde, na educação, na justiça, na segurança, na defesa, etc, etc.) que toda a gente se queixa que funcionam mal. E porque será? Deve ser pelas minhas intervenções do fórum, não é ó Manuel?

                                          O que eu quero é que o sector Público funcione bem. Como cidadão, tenho todo o direito a exigi-lo. E não é o teu desconhecimento das regras que me vai impedir.

                                          Comentário


                                            #22
                                            Originalmente Colocado por Pé Leve Ver Post
                                            Percebo o que queres dizer, mas, por certo, também concordas que cada indivíduo reage aos seus problemas de forma diferente, sendo certo que todos nós conhecemos casos de pessoas com este tipo de problemas e que responderam... trabalhando mais, pois passaram a fazer do seu trabalho a única coisa importante nas suas vidas!

                                            Ou seja, é muito perigoso generalizar.

                                            As baixas médicas é outra questão, sobretudo por causa das baixa fraudulentas.

                                            No entanto não me parece correcto despedir uma pessoa só porque está doente. Se serviu enquanto tinha saúde, porque razão se deve despedir se tiver um problema dessa natureza na sua vida.

                                            Imagina-te (longe vá o agoiro, como se diz), como mero exemplo, que um dia destes, depois de muitos e bons anos dados à tua profissão, tens um acidente grave que te obriga a afastares-te, por baixa médica, durante alguns anos para recuperação! Achas justo o despedimento? Eu não acho!

                                            O que deve haver é fiscalização e punição severa nas fraudes!

                                            Claro que neste ponto nos referimos a casos em que o trabalhor perde produtividade afectando negativamente a empresa. Agora se ele tem problemas mas mantém a sua produtividade, em termos práticos isso não faz diferença pra empresa.

                                            Outro ponto importante! É muito fácil generalizar e dizer que os patrões é que são ladrões e mais e não sei o quê, mas toda a gente fecha os olhos ao vizinho que estando de baixa ou no desemprego continua a fazer os seus 'biscates' por fora. Para mim, são ambos casos de igual gravidade.

                                            Na minha opinião, e confeço que ainda 'conheço pouco da vida', esse apoio deverá partir do Estado (nem sei se as empresas terão muitos custos com um doente de baixa). Obviamente que enquanto o doente está em casa a recuperar, não está a quebrar a produção na empresa porque deverá haver outro funcionário em condições de o substituir.
                                            No meu caso, como neste momento sou formador externo (fica mais bonito do que dizer 'a recibos verdes' ) qual é o apoio que eu terei em casos de doença ou incapacidade temporária para trabalhar?

                                            Sem a mínima dúvida!

                                            Isto são sempre questões polémicas e muito complicadas.

                                            Comentário


                                              #23
                                              Originalmente Colocado por mário silva Ver Post
                                              Claro que neste ponto nos referimos a casos em que o trabalhor perde produtividade afectando negativamente a empresa. Agora se ele tem problemas mas mantém a sua produtividade, em termos práticos isso não faz diferença pra empresa.
                                              Ora aí tens, pelo que a generalização, ou seja, criar uma regra geral e abstracta que seja aplicada a todas as situações tipo, é, inequivocamente, muito perigoso e profundamente errado!

                                              Outro ponto importante! É muito fácil generalizar e dizer que os patrões é que são ladrões e mais e não sei o quê, mas toda a gente fecha os olhos ao vizinho que estando de baixa ou no desemprego continua a fazer os seus 'biscates' por fora. Para mim, são ambos casos de igual gravidade.
                                              Eu aqui sou particularmente crítico e defendo mesmo uma fiscalização alargada quer aos activos, quer aos já reformados/aposentados dos, pelo menos, últimos cinco anos, nem que fosse por amostragem, punindo com toda a severidade!

                                              Na minha opinião, e confesso que ainda 'conheço pouco da vida', esse apoio deverá partir do Estado (nem sei se as empresas terão muitos custos com um doente de baixa). Obviamente que enquanto o doente está em casa a recuperar, não está a quebrar a produção na empresa porque deverá haver outro funcionário em condições de o substituir.
                                              No meu caso, como neste momento sou formador externo (fica mais bonito do que dizer 'a recibos verdes' ) qual é o apoio que eu terei em casos de doença ou incapacidade temporária para trabalhar?
                                              Questões mais do que pertinentes. No teu caso, lá está, não deverias poder ser prejudicado por não puderes trabalhar estando doente. Parece-me mais do legítimo, é um direito enquanto cidadão que trabalha!

                                              Sem a mínima dúvida!
                                              Exacto. Levou-se muitos anos a abusar, sendo quase uma verdade inabalável que quem abusou saiu a rir-se e, agora, a tentativa bacoca de moralização estoira com as condições de trabalho no seu geral.

                                              Isto são sempre questões polémicas e muito complicadas.
                                              Claro!

                                              Comentário


                                                #24
                                                Livro Branco das Relações Laborais
                                                Associações patronais querem poder despedir para renovar quadros das empresas
                                                ...

                                                Francisco Van Zeller entende que os espedimentos não podem ser só provocados por inadaptação ou casos disciplinares As confederações patronais da indústria e do comércio querem que as empresas passem a poder despedir trabalhadores quando pretendam renovar os seus quadros de pessoal.

                                                "Não raro, as empresas estão apenas carecidas de trabalhadores diferentes e não de menos trabalhadores. É essa renovação que também se tem de possibilitar", defende a Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), num parecer ontem divulgado sobre o Livro Branco das Relações Laborais, documento que vai servir de base à revisão do Código do Trabalho.

                                                Para a organização patronal dirigida por Francisco Van Zeller, a possibilidade de despedir não pode limitar-se a casos de motivos disciplinares, de inadaptação do trabalhador ou de necessidade de reduzir pessoal, "daí que a renovação do quadro deva ser integrada como fundamento legitimador" para a dispensa do trabalhador.

                                                A Confederação do Comércio e Serviços (CCP) vai no mesmo sentido. Os despedimentos devem ser permitidos quando "se pretenda a reestruturação da empresa e a renovação do perfil do trabalhador afecto ao posto de trabalho", argumenta.

                                                "Na prática, traduz-se na renovação do quadro de pessoal sem redução de postos de trabalho", alega a CCP nas suas propostas para a revisão da lei laboral, cujo conteúdo foi divulgado pela agência Lusa.

                                                No seu parecer, a CIP defende igualmente o alargamento das possibilidades de despedimento por inadaptação. Para além da introdução de modificações no posto de trabalho deve ser considerada a "perda de capacidades por parte do trabalhador, com reflexos na produtividade ou qualidade do seu desempenho".

                                                A futura revisão do Código do Trabalho deve também, para a confederação da indústria, estabelecer tectos para as indemnizações por cessação de contrato de trabalho. Esses valores, alega, "revelam-se, com frequência, absolutamente incomportáveis face às disponibilidades financeiras das empresas". Outra das ideias defendidas pela CIP é a redução para "limites razoáveis" das compensações pela prestação de trabalho suplementar.

                                                A Confederação do Turismo pronunciou-se também sobre o Livro Branco e criticou, segundo a Lusa, o facto de, em seu entender, a questão da flexi-segurança não ter sido devidamente encarada. O documento não consagra o tratamento específico a dar a cada sector de actividade, refere.

                                                As centrais sindicais CGTP e UGT entendem que o Livro Branco prevê o acentuar dos aspectos mais gravosos da legislação laboral. "Prefigura uma alteração do Código do Trabalho, não no sentido de corrigir aspectos gravosos por este introduzidos, mas no sentido de os agravar ainda mais", acusou a CGTP.

                                                Os parceiros tinham até ontem para fazerem as suas sugestões ao Ministério do Trabalho, o qual deverá apresentar uma proposta de alteração ao Código do Trabalho até ao fim do mês.
                                                http://economia.publico.clix.pt/noti...662&idCanal=57

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                                                  #25
                                                  Se tivesses um empregado como eu tenho em que o trabalho dele é passar cabos o dia inteiro, e tem problemas de coluna diagnosticados(inclusive ja 2 cirurgias)e o estado nao lhe da baixa medica, e eu sou "obrigado" a pagar-lhe 1500 euros por mes, para ele servir basicamente de capataz(pq n pode fazer outras funcoes) ias ver que essa noticia faz ate grande sentido.

                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    Se calhar tem problemas de coluna devido a anos de trabalho com posturas incorrectas. Preocupaste-te com isso antes?

                                                    Deste-lhe formação em higiene e segurança no trabalho aplicado à área dele? Equipamento adequado?

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                                                      #27
                                                      Originalmente Colocado por Bolide Ver Post
                                                      Se calhar tem problemas de coluna devido a anos de trabalho com posturas incorrectas. Preocupaste-te com isso antes?

                                                      Deste-lhe formação em higiene e segurança no trabalho aplicado à área dele? Equipamento adequado?
                                                      HST?

                                                      Epá, isso só interessa para pendurar os quadrinhos e as folhas de fiscalizaçáo, para serem lidos pelos chibos da ASAE e do IDICT.

                                                      Em troca, paga-se a dízima mensal à empresa de HST - o gajo até paga uns almoços porreiros e caça bem - e até é dedutível nos impostos.

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Deve existir uma formaçao especial para passar cabos que nem imaginas! Alem disso o seguro, obriga sempre ao uso da farda, bem como dos capacetes, e as botas. Nao se percebe é como a junta medica admite que ele tem problemas, mas nao o reforma, sendo nos a arcar com os ordenados de uma pessoa que so tem aquela função, e nao tendo eu outro cargo para ele.

                                                        Essas coisas da formaçao, e dos centros de emprego tem tanto que se lhe diga ui....

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Originalmente Colocado por Pé Leve Ver Post
                                                          A pouca vergonha não tem limites... a ser verdade o que aqui vem:
                                                          Pé leve, porque não crias a tua empresa e contratas "cansados" ? A malta se for preciso ainda faz vaquinha para reunir o capital social minimo desde que te comprometas a dedicar o resto da tua vida a trabalhar que nem um mouro para pagar convenientemente aos teus funcionários cansados e deprimidos. Fala com o governo, pode ser que consigas uma isenção de pagamento da segurança social da entidade patronal visto que a tua empresa teria um modelo de negócio tipo "santa casa da misericórdia" e pretenderia ela própria exercer segurança social ao suportar os "cansados".

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            Bem, por alguns dos critérios que querem implementar para despedir com mais facilidade, eis o "Top Ten" das profissões mais sujeitas a verem os seus profissionais no olho da rua...:
                                                            TOP 10 DAS PROFISSÕES MAIS DEPRIMENTES

                                                            CUIDADOS PESSOAIS (Apoio a idosos/lares): 10,8

                                                            RESTAURAÇÃO (Empregado com bandeja): 10,3

                                                            SERVIÇOS DE ACÇÃO SOCIAL (Trabalho com sem abrigo): 9,6

                                                            SAÚDE (Médico/enfermeiro): 9,6

                                                            COMUNICAÇÃO SOCIAL / ENTRETENIMENTO (Jornalista): 9,1

                                                            EDUCAÇÃO (Professor): 8,7

                                                            SECRETARIADO (Secretária): 8,1

                                                            MANUTENÇÃO (Empregada de limpeza): 7,3

                                                            FINANÇAS (Banqueiro): 6,7

                                                            VENDAS (Vendedor de automóveis): 6,7
                                                            Fonte.

                                                            Entre as categorias profissionais que registam maior percentagem de episódios de depressão, entre trabalhadores a tempo inteiro, os mais afectados são o pessoal auxiliar de creches ou lares, trabalhadores no sector da restauração e os de acção social.

                                                            Para o psicólogo José Morgado, confrontado com os resultados do Departamento de Uso de Substâncias e Serviços de Saúde Mental do Gabinete de Estudos Aplicados dos EUA, existe algo em todas estas categorias profissionais que justifica a taxa de depressão. “Estamos a falar de profissões sociais, onde o contacto com o outro é um factor comum.

                                                            Nestas, existe um dado que agrava e potencia situações de maior desequilíbrio, que é o contacto com o sofrimento do outro, como acontece aos profissionais de saúde, assistentes sociais ou a quem faz trabalho comunitário”, explica o professor do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), para quem este contacto com o sofrimento do outro “acaba por produzir um efeito de contágio de mal-estar”.

                                                            Teresa de Oliveira, também docente no ISPA, considera que “são profissões onde o trabalhador tem de expressar emoções, de preferência positivas, na sua interacção com o cliente”. “Muitas vezes são obrigadas a expressar emoções positivas, porque faz parte das suas funções, quando, no seu íntimo, sentem exactamente o oposto. A isso chama-se dissonância emocional”, esclarece.

                                                            O estudo, realizado com base em informação recolhida entre 2004 e 2006, indica que cerca de sete por cento dos trabalhadores a tempo inteiro, com idades entre os 18 e os 64 anos, tiveram um episódio grave de depressão no ano passado. Desse grupo, 10,8 por cento trabalha no auxílio de pessoas idosas e 10,3 por cento na restauração.

                                                            Os trabalhadores a tempo inteiro são os que apresentam menor propensão para terem problemas de depressão, com uma taxa de incidência de sete por cento, que aumenta para 9,3 por cento em situações de part-time. E, como seria de esperar, os desempregados são os que mais sofrem depressões, com a taxa a situar-se nos 12,7 por cento.

                                                            “Se o estudo fosse aplicado em Portugal, estou certo que replicaria os resultados obtidos nos EUA”, referiu ainda José Morgado, especialista em psicologia aplicada à educação, comentando: “Estava à espera que a educação tivesse uma situação mais grave. Os traços de autoridade estão a mudar e isso criou algumas dificuldades aos professores, especialmente nos que lidam com idades mais novas, como no Ensino Básico e Secundário. A baixa psiquiátrica é muito elevada nos profissionais de educação.”

                                                            RECURSOS HUMANOS COM FALTA DE VISÃO

                                                            Uma das medidas para diminuir o número de profissionais com problemas psicológicos passa, de acordo com Teresa de Oliveira, pela criação de mecanismos de apoio aos trabalhadores por parte das empresas. “Os investimentos dos recursos humanos das organizações são sempre muito limitados, pois só querem resultados a curto prazo. Têm muitas dificuldades em ver justificação para investir na aplicação de mecanismos de ajuda psicológica dos alunos”, afirma, acrescentando que isso “naturalmente implica custos”. No entanto, os benefícios a longo prazo seriam maiores, visto que “um trabalhador motivado e cuidado produz muito mais”. Outro aspecto realçado por Teresa de Oliveira é a preparação das chefias: “Têm um contacto mais directo com os trabalhadores e precisam de uma certa sensibilidade para detectar alguns problemas. A depressão já é uma manifestação tardia de um problema psicológico.”
                                                            Mesma fonte.

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