Banco de Portugal
Elevado nível de endividamento dos particulares constitui risco para a economia
O elevado nível de endividamento das famílias portuguesas limita a sua capacidade de ajustamento a choques, constituíndo um elemento de risco para a actividade económica nacional, refere o Banco de Portugal.
O elevado nível de endividamento das famílias portuguesas limita a sua capacidade de ajustamento a choques, constituíndo um elemento de risco para a actividade económica nacional, refere o Banco de Portugal.
"O elevado nível de endividamento dos particulares pode limitar a sua capacidade de ajustamento a choques, em particular num contexto de manutenção das taxas de juro em níveis superiores aos observados em anos anteriores", diz o Banco de Portugal no Relatório de Estabilidade Financeira 2007 divulgado hoje.
Em 2007, o endividamento das famílias portuguesas voltou a aumentar para 129% do rendimento disponível. Ou seja, as dívidas das famílias superam em 29% os rendimento auferidos. Este é o valor mais elevado de sempre.
O Banco de Portugal refere que "é importante notar que o elevado nível de endividamento dos particulares e os correspondentes encargos com o serviço da dívida poderão estar a constituir uma restrição activa para a evolução do consumo privado e do investimento residencial".
Adicionalmente, um aumento da restritividade na concessão de crédito como consequência das dificuldades de financiamento enfrentadas pelos bancos pode vir a afectar de forma substancial a evolução do consumo privado e da procura no mercado imobiliário.
O Banco de Portugal diz que, ao contrário do observado noutros países, a evidência disponível aponta para que não exista uma sobrevalorização dos preços de habitação em Portugal, que têm registado taxas de crescimento muito moderadas ao longo dos últimos anos (negativas em termos reais).
Outro elemento de risco prende-se com a possibilidade de as empresas não financeiras enfrentarem dificuldades no acesso a financiamen to, o que pode contribuir para limitar a evolução do investimento empresarial mitigando a recuperação da actividade económica em Portugal.
Elevado nível de endividamento dos particulares constitui risco para a economia
O elevado nível de endividamento das famílias portuguesas limita a sua capacidade de ajustamento a choques, constituíndo um elemento de risco para a actividade económica nacional, refere o Banco de Portugal.
O elevado nível de endividamento das famílias portuguesas limita a sua capacidade de ajustamento a choques, constituíndo um elemento de risco para a actividade económica nacional, refere o Banco de Portugal.
"O elevado nível de endividamento dos particulares pode limitar a sua capacidade de ajustamento a choques, em particular num contexto de manutenção das taxas de juro em níveis superiores aos observados em anos anteriores", diz o Banco de Portugal no Relatório de Estabilidade Financeira 2007 divulgado hoje.
Em 2007, o endividamento das famílias portuguesas voltou a aumentar para 129% do rendimento disponível. Ou seja, as dívidas das famílias superam em 29% os rendimento auferidos. Este é o valor mais elevado de sempre.
O Banco de Portugal refere que "é importante notar que o elevado nível de endividamento dos particulares e os correspondentes encargos com o serviço da dívida poderão estar a constituir uma restrição activa para a evolução do consumo privado e do investimento residencial".
Adicionalmente, um aumento da restritividade na concessão de crédito como consequência das dificuldades de financiamento enfrentadas pelos bancos pode vir a afectar de forma substancial a evolução do consumo privado e da procura no mercado imobiliário.
O Banco de Portugal diz que, ao contrário do observado noutros países, a evidência disponível aponta para que não exista uma sobrevalorização dos preços de habitação em Portugal, que têm registado taxas de crescimento muito moderadas ao longo dos últimos anos (negativas em termos reais).
Outro elemento de risco prende-se com a possibilidade de as empresas não financeiras enfrentarem dificuldades no acesso a financiamen to, o que pode contribuir para limitar a evolução do investimento empresarial mitigando a recuperação da actividade económica em Portugal.
Noticia do CM
Banca: Crédito malparado dispara em Janeiro
Calotes de 2,2 milhões
O crédito malparado subiu a um ritmo de 2,2 milhões de euros por dia no mês de Janeiro, traduzindo-se num aumento de 70 milhões de euros em relação ao mês de Dezembro.
Uma demonstração das dificuldades financeiras sentidas pelas famílias portugueses, que ainda assim não deixam de recorrer aos bancos. No mesmo mês o montante de empréstimos concedidos a particulares aumentou 830 milhões de euros, de acordo com os dados ontem divulgados no Boletim Estatístico do Banco de Portugal.
As dívidas de cobrança duvidosa a particulares atingiram os 2,27 mil milhões de euros no mês de Janeiro, um acréscimo de dez por cento em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o malparado estava nos 2,06 mil milhões de euros.
A situação é grave para as famílias que entram em incumprimento, mas para as instituições financeiras ainda não atingiu níveis preocupantes, segundo explicou ao Correio da Manhã Catarina Frade, directora do Observatório do Endividamento.
"O crédito malparado é ainda uma pequena percentagem do total de crédito concedido [dois por cento] e ainda está dentro das margens calculadas pelas instituições financeiras para o efeito. Agora para as famílias a situação é sempre mais grave, porque têm muito menos margem de manobra", adiantou Catarina Frade.
As causas que levam a não reembolsar um empréstimo não variam muito, segundo a economista. "Desemprego, deterioração das condições laborais, doença, divórcio e a má gestão do orçamento familiar são as principais causas do incumprimento", sublinhou.
Para Catarina Frade é importante que haja uma campanha de informação que ajude as pessoas a perceberem "a linguagem complexa" do crédito, porque "não basta dar a in-formação, é preciso que as pessoas percebam a informação que lhes é transmitida".
Apesar das dificuldades e do recente aumento das taxas de juros e dos spreads praticados pelos bancos, o montante total de empréstimos concedidos também está a subir, tendo crescido 830 milhões de euros em Janeiro, para os 128,1 mil milhões de euros.
A maior fatia dos empréstimos concedidos destina-se à compra de casa. O crédito à habitação estava no final de Janeiro nos 101,35 mil milhões de euros, depois de ter subido 770 milhões de euros nesse mês face ao último mês de 2007.
Este aumento pode porém não significar que há mais portugueses a recorrerem ao crédito, mas sim que os montantes solicitados são mais elevados.
SPREADS DUPLICAM EM QUATRO MESES
Os spreads que os bancos aplicam no crédito à habitação duplicaram entre Outubro e Fevereiro, consequência da crise provocada pelo subprime – as hipotecas de fraca qualidade dos Estados Unidos – que levou ao aumento do preço do dinheiro que os bancos emprestam uns aos outros, à falta de liquidez e à restrição das condições para emprestar dinheiro. Em Outubro do ano passado a taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação estava nos 5,31 por cento e a média da Euribor a seis meses – a mais usada em Portugal nos empréstimos à habitação – estava nos 4,75%. O diferencial entre as duas taxas era, portanto, de 0,56 pontos percentuais. Quatro meses depois, em Fevereiro, a taxa implícita era de 5,67%, enquanto a média da Euribor se situava nos 4,36%. Ou seja, o spread neste último mês foi de 1,17 pontos percentuais, o dobro do verificado quatro meses antes.
APONTAMENTOS
CONSUMO
O recurso ao crédito ao consumo disparou no espaço de um ano, com os bancos a emprestarem mais 18,9% de dinheiro em Janeiro último, em comparação com o mesmo mês do ano passado. O saldo dos créditos ao consumo fixou-se nos 13,79 mil milhões de euros, com o malparado a subir 37,17% face ao período homólogo, para os 524 milhões de euros.
OUTROS FINS
Os créditos para outros fins registaram um acréscimo de 9,01 por cento, para os 12,95 mil milhões de euros, entre Janeiro do ano passado e o mesmo mês deste ano. Ao contrário do verificado nos restantes créditos a particulares, a cobrança duvidosa desceu 13,4 por cento no espaço de um ano, fixando-se nos 458 milhões de euros.
EMPRESAS
Os empréstimos às empresas aumentaram mais de 12 por cento em Janeiro quando comparado com o mesmo período do ano passado. Já o crédito malparado cresceu 8,86 por cento.
Calotes de 2,2 milhões
O crédito malparado subiu a um ritmo de 2,2 milhões de euros por dia no mês de Janeiro, traduzindo-se num aumento de 70 milhões de euros em relação ao mês de Dezembro.
Uma demonstração das dificuldades financeiras sentidas pelas famílias portugueses, que ainda assim não deixam de recorrer aos bancos. No mesmo mês o montante de empréstimos concedidos a particulares aumentou 830 milhões de euros, de acordo com os dados ontem divulgados no Boletim Estatístico do Banco de Portugal.
As dívidas de cobrança duvidosa a particulares atingiram os 2,27 mil milhões de euros no mês de Janeiro, um acréscimo de dez por cento em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o malparado estava nos 2,06 mil milhões de euros.
A situação é grave para as famílias que entram em incumprimento, mas para as instituições financeiras ainda não atingiu níveis preocupantes, segundo explicou ao Correio da Manhã Catarina Frade, directora do Observatório do Endividamento.
"O crédito malparado é ainda uma pequena percentagem do total de crédito concedido [dois por cento] e ainda está dentro das margens calculadas pelas instituições financeiras para o efeito. Agora para as famílias a situação é sempre mais grave, porque têm muito menos margem de manobra", adiantou Catarina Frade.
As causas que levam a não reembolsar um empréstimo não variam muito, segundo a economista. "Desemprego, deterioração das condições laborais, doença, divórcio e a má gestão do orçamento familiar são as principais causas do incumprimento", sublinhou.
Para Catarina Frade é importante que haja uma campanha de informação que ajude as pessoas a perceberem "a linguagem complexa" do crédito, porque "não basta dar a in-formação, é preciso que as pessoas percebam a informação que lhes é transmitida".
Apesar das dificuldades e do recente aumento das taxas de juros e dos spreads praticados pelos bancos, o montante total de empréstimos concedidos também está a subir, tendo crescido 830 milhões de euros em Janeiro, para os 128,1 mil milhões de euros.
A maior fatia dos empréstimos concedidos destina-se à compra de casa. O crédito à habitação estava no final de Janeiro nos 101,35 mil milhões de euros, depois de ter subido 770 milhões de euros nesse mês face ao último mês de 2007.
Este aumento pode porém não significar que há mais portugueses a recorrerem ao crédito, mas sim que os montantes solicitados são mais elevados.
SPREADS DUPLICAM EM QUATRO MESES
Os spreads que os bancos aplicam no crédito à habitação duplicaram entre Outubro e Fevereiro, consequência da crise provocada pelo subprime – as hipotecas de fraca qualidade dos Estados Unidos – que levou ao aumento do preço do dinheiro que os bancos emprestam uns aos outros, à falta de liquidez e à restrição das condições para emprestar dinheiro. Em Outubro do ano passado a taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação estava nos 5,31 por cento e a média da Euribor a seis meses – a mais usada em Portugal nos empréstimos à habitação – estava nos 4,75%. O diferencial entre as duas taxas era, portanto, de 0,56 pontos percentuais. Quatro meses depois, em Fevereiro, a taxa implícita era de 5,67%, enquanto a média da Euribor se situava nos 4,36%. Ou seja, o spread neste último mês foi de 1,17 pontos percentuais, o dobro do verificado quatro meses antes.
APONTAMENTOS
CONSUMO
O recurso ao crédito ao consumo disparou no espaço de um ano, com os bancos a emprestarem mais 18,9% de dinheiro em Janeiro último, em comparação com o mesmo mês do ano passado. O saldo dos créditos ao consumo fixou-se nos 13,79 mil milhões de euros, com o malparado a subir 37,17% face ao período homólogo, para os 524 milhões de euros.
OUTROS FINS
Os créditos para outros fins registaram um acréscimo de 9,01 por cento, para os 12,95 mil milhões de euros, entre Janeiro do ano passado e o mesmo mês deste ano. Ao contrário do verificado nos restantes créditos a particulares, a cobrança duvidosa desceu 13,4 por cento no espaço de um ano, fixando-se nos 458 milhões de euros.
EMPRESAS
Os empréstimos às empresas aumentaram mais de 12 por cento em Janeiro quando comparado com o mesmo período do ano passado. Já o crédito malparado cresceu 8,86 por cento.
Pois com o aumento do incumprimento, aumenta o número de casas à venda, e consequentemente, diminui o valor das casas do mercado.
Aliás, julgo que em certas zonas já se deve notar um abaixamento do valor das casas.
Espero que não se atinja valores muito preocupantes, como na américa.
Não vá eu também pagar pelo incumprimento dos outros.
Ainda há um ano, os bancos "aufereciam" os spreads mais baixos de sempre a agora aumentaram-nos e não foi pouco.
Alguém aqui já pediu ou estava em revisão de spreads e viu a revisão negada?
Quais os spreads para um crédito actualmente?
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