Anúncio

Collapse
No announcement yet.

Angola-1974: A famosa carta "criminosa" do Almirante Rosa Coutinho a Agostinho Neto

Collapse

Ads nos topicos Mobile

Collapse

Ads Nos topicos Desktop

Collapse
X
Collapse
Primeira Anterior Próxima Última
 
  • Filtrar
  • Tempo
  • Show
Clear All
new posts

    Angola-1974: A famosa carta "criminosa" do Almirante Rosa Coutinho a Agostinho Neto

    Voltou novamente nos ultimos dias a polemica sobre a descolonização através da desde há muito conhecida carta que alegadamente o Almirante Rosa Coutinho, o "Almirante Vermelho", terá escrito no final de 1974 ao então lider do MPLA Agostinho Neto, relativa às medidas a tomar relativamente à expulsão dos portugueses que então viviam em Angola.
    Antonio Barreto no jornal Publico e Ferreira Fernandes no Diario de Noticias têm tentado nestes ultimos dias fazer pressão para que a questão da veracidade ou falsidade dessa carta, do então representante maximo de Portugal em Angola, seja finalmente esclarecida.
    http://dn.sapo.pt/2008/04/21/opiniao..._falsa_ii.html
    O assunto tem estado a ser debatido nos ultimos dias em varios blogues, bastando introduzir no GOOGLE a expressão ´´carta rosa coutinho`` para se encontrarem várias discussões sobre a materia.
    Será que a carta é falsa ou verdadeira? Será que era relevante esclarecer isso?

    A Carta:
    Editado pela última vez por Panzerfaust; 21 April 2008, 16:05.

    #2
    Panzerfaust

    Isso já deu pano para mangas por aqui.

    Colónias ! Parte da Nação ou território descoberto e roubado!?


    E ainda há mais tópicos senão estou em erro.

    Comentário


      #3
      Os outros tópicos

      A Guerra

      O Império Português e a descolonização.

      Já se viu que houve uns quantos "vendidos", que não honraram a pátria e sobretudo traíram os seus camaradas.

      Comentário


        #4
        O almirante rosa coutinho numa entrevista que deu há uns anos disse que a assinatura que está na carta, que já então era conhecida, é identica à sua assinatura, mas negou que a carta tenha sido escrita por si.

        Comentário


          #5
          O texto é exageradamente "comunista", cheio de expressões típicas. Nem Agostinho Neto nem Rosa Coutinho se expressavam daquela maneira...

          Comentário


            #6
            Com traidores destes como é que Portugal pode evoluir...
            Cada vez estamos mais perto do abismo politico e social e para perceber esta tendência negativa basta recuar ao tempo do PREC.
            Ah grande 25 de Abril.....

            Comentário


              #7
              Cada vez que leio a carta


              O Salazar à beira desta "comandita" era um anjinho.


              A carta parece-me autêntica. O cobarde que a escreveu é que não a assume, devido à evolução política que aconteceu.

              Comentário


                #8
                Se a carta era verdadeira então tive sorte de, quando tinha um ano, não me pegarem pelos tornozelos e esborracharem-me na parede ou violarem a minha irmã de 4 anos e matarem-na.

                Se confirmarem a veracidade da carta só há uma coisa a fazer. Exonerarem o cargo de Rosa Coutinho e não lhe pagarem a reforma. (pois...)

                Comentário


                  #9
                  Originalmente Colocado por Jorge Correia Ver Post
                  Se a carta era verdadeira então tive sorte de, quando tinha um ano, não me pegarem pelos tornozelos e esborracharem-me na parede ou violarem a minha irmã de 4 anos e matarem-na.

                  Se confirmarem a veracidade da carta só há uma coisa a fazer. Exonerarem o cargo de Rosa Coutinho e não lhe pagarem a reforma. (pois...)
                  Muitos portugueses perderam lá as suas vidas devido aos traidores do continente.

                  Comentário


                    #10
                    Originalmente Colocado por Jorge Correia Ver Post
                    Se a carta era verdadeira então tive sorte de, quando tinha um ano, não me pegarem pelos tornozelos e esborracharem-me na parede ou violarem a minha irmã de 4 anos e matarem-na.

                    Se confirmarem a veracidade da carta só há uma coisa a fazer. Exonerarem o cargo de Rosa Coutinho e não lhe pagarem a reforma. (pois...)

                    Infelizmente, e como dizia o artigo, parece que ninguém quer ver a carta. Nem jornalistas, nem políticos, nada.
                    Está tudo bem como está, com os traidores caladinhos e até serem considerados como heróis.

                    Acredito que a guerra tanto em África como o modo que se deu a revolução, tomaram sobretudo as proporções que tiveram devido aos cobardes/traidores/assassinos que posteriormente quase foram considerados de "salvadores".

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por VTEC Ver Post
                      Infelizmente, e como dizia o artigo, parece que ninguém quer ver a carta. Nem jornalistas, nem políticos, nada.
                      Está tudo bem como está, com os traidores caladinhos e até serem considerados como heróis.

                      Acredito que a guerra tanto em África como o modo que se deu a revolução, tomaram sobretudo as proporções que tiveram devido aos cobardes/traidores/assassinos que posteriormente quase foram considerados de "salvadores".
                      Foi a partir de 26 de Abril de 1974 que tudo começou, a própria subida de Rosa Coutinho de Capitão de Fragata a Almirante faz parte da salsada que foi a década de 70 em Portugal.

                      Os anos passam e só quando os personagens principais morrerem é que porventura saberemos algo. Penso que mais depressa seria Agostinho Neto a recusar o massacre de "crianças e velhos" do que alguns comunoides portugueses, traidores e abjectos que deviam ter sido fuzilados por traição no Campo Grande.

                      Comentário


                        #12
                        o problema e q nao foi so ele q fez cenas dessas... pelo q tenho lido na internet e em livros o processo de descolonizaçao foi uma autentica vergonha!! serviu para alguns ganharem poder e dinheiro, enquanto os outros perderam uma vida inteira de trabalho... enfim os q sao espertos sao os q fogem daqui enquanto podem!!

                        Comentário


                          #13
                          Originalmente Colocado por Jorge Correia Ver Post
                          Se a carta era verdadeira então tive sorte de, quando tinha um ano, não me pegarem pelos tornozelos e esborracharem-me na parede ou violarem a minha irmã de 4 anos e matarem-na.
                          Esta carta é daquelas coisas se topam a léguas.

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por Carlos.L Ver Post
                            Esta carta é daquelas coisas se topam a léguas.
                            Estive a ler sobre o assunto e há suspeitas que se trata alegadamente de uma carta forjada pelos serviços secretos sul africanos... pode ser, não seria nada de extraordinário. Outras fontes referem o tom excessivamente "comunoide" empregue no texto e também o meter no saco todos os movimentos de independência como o MPLA, FLNA e UNITA.

                            Por outro lado também parece haver um "silêncio ruidoso" em torno do assunto por parte da classe política.

                            Comentário


                              #15
                              Originalmente Colocado por Jorge Correia Ver Post
                              Por outro lado também parece haver um "silêncio ruidoso" em torno do assunto por parte da classe política.
                              Tenho a ideia que todos os que participaram neste processo, nenhum pode alegar que não teve culpas.

                              Mas as coisas são sempre assim. A realidade ultrapassa geralmente a ficção.

                              Ou seja, a incompetência, a impreparação e o deixa andar tão típico deste país, criam situações trágicas.

                              Comentário


                                #16
                                Originalmente Colocado por aviatorboy Ver Post
                                o problema e q nao foi so ele q fez cenas dessas...
                                Uma cena muito surrealista desse periodo é referida pela jornalista do jornal Publico Helena Matos, num post que colocou no Blog Blasfemias. A cena surrealista foi o desejo do governo português, no inicio de 1975, de declarar, oficialmente, dia de festa o dia em que, em 1961, foram iniciados os massacres em larga escala dos portugueses residentes no norte de Angola.
                                http://blasfemias.net/2008/09/06/ind...spropositadas/
                                o post só começa no meio da página
                                Editado pela última vez por Donald Duck; 13 September 2008, 04:16.

                                Comentário


                                  #17
                                  Abril é Holocausto!


                                  No dia 13 de Abril o Prof. António Barreto publicou um artigo sobre o livro de Américo Cardoso Botelho “Holocausto em Angola”. O livro descreve aquilo que já se sabe. Dos tribunais populares em que se linchava às dezenas, a prisões e torturas de anos a sujeitos sem culpa formada, a estádios de futebol cheios onde, ao bom estilo talibã, se julgavam e executavam a tiro os traidores, perante a passividade das autoridades abrilinas e dos mandantes locais.
                                  Os crimes cometidos nos Balcãs são ninharias, quando comparados com esta história de sucesso. Porém, ao invés de responderem pelos seus crimes, os responsáveis por estes passeiam-se impunemente entre nós, são convidados para organizações internacionais (relembre-se que o MPLA tem estatuto de observador na Internacional Socialista) e são congratulados pela contínua manutenção do Poder.
                                  Reproduzo aqui integralmente o texto do Prof. António Barreto (os negritos são meus), endereçando-lhe os maiores parabéns pela coragem com que se lança a todos, o Regime inteiro, os que pactuaram com esta situação. Só peca por tardio...

                                  “Angola é Nossa!” António Barreto – Público

                                  Só hoje me chegou às mãos um livro editado em 2007, Holocausto em Angola, da autoria de Américo Cardoso Botelho (Edições Vega). O subtítulo diz: 'Memórias de entre o cárcere e o cemitério'. O livro é surpreendente. Chocante. Para mim, foi. E creio que o será para toda a gente, mesmo os que 'já sabiam'. Só o não será para os que sempre souberam tudo. O autor foi funcionário da Diamang, tendo chegado a Angola a 9 de Novembro de 1975, dois dias antes da proclamação da independência pelo MPLA. Passou três anos na cadeia, entre 1977 e 1980. Nunca foi julgado ou condenado. Aproveitou o papel dos maços de tabaco para tomar notas e escrever as memórias, que agora edita. Não é um livro de história, nem de análise política. É um testemunho. Ele viu tudo, soube de tudo. O que ali se lê é repugnante. Os assassínios, as prisões e a tortura que se praticaram até à independência, com a conivência, a cumplicidade, a ajuda e o incitamento das autoridades portuguesas. E os massacres, as torturas, as exacções e os assassinatos que se cometeram após a independência e que antecederam a guerra civil que viria a durar mais de vinte anos, fazendo centenas de milhares de mortos. O livro, de extensas 600 páginas, não pode ser resumido. Mas sobre ele algo se pode dizer.

                                  O horror em Angola começou ainda durante a presença portuguesa. Em 1975, meses antes da independência, já se faziam 'julgamentos populares', perante a passividade das autoridades. Num caso relatado pelo autor, eram milhares os espectadores reunidos num estádio de futebol. Sete pessoas foram acusadas de crimes e traições, sumariamente julgadas, condenadas e executadas a tiro diante de toda a gente. As forças militares portuguesas e os serviços de ordem e segurança estavam ausentes. Ou presentes como espectadores.A impotência ou a passividade cúmplice são uma coisa. A acção deliberada, outra. O que fizeram as autoridades portuguesas durante a transição foi crime de traição e crime contra a humanidade. O livro revela os actos do Alto-Comissário Almirante Rosa Coutinho, o modo como serviu o MPLA, tudo fez para derrotar os outros movimentos e se aliou explicitamente ao PCP, à União Soviética e a Cuba. Terá sido mesmo um dos autores dos planos de intervenção, em Angola, de dezenas de milhares de militares cubanos e de quantidades imensas de armamento soviético. O livro publica, em fac simile, uma carta do Alto-Comissário (em papel timbrado do antigo gabinete do Governador-geral) dirigida, em Dezembro de 1974, ao então Presidente do MPLA, Agostinho Neto, futuro presidente da República. Diz ele: 'Após a última reunião secreta que tivemos com os camaradas do PCP, resolvemos aconselhar-vos a dar execução imediata à segunda fase do plano. Não dizia Fanon que o complexo de inferioridade só se vence matando o colonizador? Camarada Agostinho Neto, dá, por isso, instruções secretas aos militantes do MPLA para aterrorizarem por todos os meios os brancos, matando, pilhando e incendiando, a fim de provocar a sua debandada de Angola. Sede cruéis sobretudo com as crianças, as mulheres e os velhos para desanimar os mais corajosos. Tão arreigados estão à terra esses cães exploradores brancos que só o terror os fará fugir. A FNLA e a UNITA deixarão assim de contar com o apoio dos brancos, de seus capitais e da sua experiência militar. Desenraízem-nos de tal maneira que com a queda dos brancos se arruíne toda a estrutura capitalista e se possa instaurar a nova sociedade socialista ou pelo menos se dificulte a reconstrução daquela'.
                                  Estes gestos das autoridades portuguesas deixaram semente. Anos depois, aquando dos golpes e contragolpes de 27 de Maio de 1977 (em que foram assassinados e executados sem julgamento milhares de pessoas, entre os quais os mais conhecidos Nito Alves e a portuguesa e comunista Sita Valles), alguns portugueses encontravam-se ameaçados. Um deles era Manuel Ennes Ferreira, economista e professor. Tendo-lhe sido assegurada, pelas autoridades portuguesas, a protecção de que tanto necessitava, dirigiu-se à Embaixada de Portugal em Luanda. Aqui, foi informado de que o vice-cônsul tinha acabado de falar com o Ministro dos Negócios Estrangeiros. Estaria assim garantido um contacto com o Presidente da República. Tudo parecia em ordem. Pouco depois, foi conduzido de carro à Presidência da República, de onde transitou directamente para a cadeia, na qual foi interrogado e torturado vezes sem fim. Américo Botelho conheceu-o na prisão e viu o estado em que se encontrava cada vez que era interrogado.

                                  Muitos dos responsáveis pelos interrogatórios, pela tortura e pelos massacres angolanos foram, por sua vez, torturados e assassinados. Muitos outros estão hoje vivos e ocupam cargos importantes. Os seus nomes aparecem frequentemente citados, tanto lá como cá. Eles são políticos democráticos aceites pela comunidade internacional. Gestores de grandes empresas com investimentos crescentes em Portugal. Escritores e intelectuais que se passeiam no Chiado e recebem prémios de consagração pelos seus contributos para a cultura lusófona. Este livro é, em certo sentido, desmoralizador. Confirma o que se sabia: que a esquerda perdoa o terror, desde que cometido em seu nome. Que a esquerda é capaz de tudo, da tortura e do assassinato, desde que ao serviço do seu poder. Que a direita perdoa tudo, desde que ganhe alguma coisa com isso. Que a direita esquece tudo, desde que os negócios floresçam. A esquerda e a direita portuguesas têm, em Angola, o seu retrato. Os portugueses, banqueiros e comerciantes, ministros e gestores, comunistas e democratas, correm hoje a Angola, onde aliás se cruzam com a melhor sociedade americana, chinesa ou francesa.

                                  Para os portugueses, para a esquerda e para a direita, Angola sempre foi especial. Para os que dela aproveitaram e para os que lá julgavam ser possível a sociedade sem classes e os amanhãs que cantam.Para os que lá estiveram, para os que esperavam lá ir, para os que querem lá fazer negócios e para os que imaginam que lá seja possível salvar a alma e a humanidade. Hoje, afirmado o poder em Angola e garantida a extracção de petróleo e o comércio de tudo, dos diamantes às obras públicas, todos, esquerdas e direitas, militantes e exploradores, retomaram os seus amores por Angola e preparam-se para abrir novas vias e grandes futuros. Angola é nossa! E nós? Somos de quem?

                                  http://www.lusavoz.blogspot.com/

                                  Comentário


                                    #18
                                    Este fórum está cheio dos grandes conhecedores do universo.

                                    Eles é o 9/11 de um lado, eles é os que conheceram os massacres (holocaustos, não é?...) em Angola do outro.

                                    Isto é uma alegria.

                                    Comentário

                                    AD fim dos posts Desktop

                                    Collapse

                                    Ad Fim dos Posts Mobile

                                    Collapse
                                    Working...
                                    X