Nestes últimos dias sairam algumas notícias que fazem-me um bocado de confusão.
Começou com esta:
http://www.jornaldenegocios.pt/index...NEWS&id=321090
http://www.jornaldenegocios.pt/index...NEWS&id=321190
e agora surge esta:
http://exameinformatica.clix.pt/noti...os/997575.html
A mim é tudo muito estranho.
Concursos feitos à medida, negociações por trás da cortina.
E nós, o que ganhamos
E a economia nacional, o que ganha
Os "boys" querem continuar a ter a PT como se fosse uma empresa pública?
Começou com esta:
Optimus em risco de exclusão no Estado
A Optimus, empresa da Sonaecom, está em risco de ficar excluída da lista de fornecedores de comunicações móveis para a Administração Pública, que ficará assim apenas com duas alternativas para este serviço (TMN e Vodafone).
Alexandra Machado
A Optimus, empresa da Sonaecom, está em risco de ficar excluída da lista de fornecedores de comunicações móveis para a Administração Pública, que ficará assim apenas com duas alternativas para este serviço (TMN e Vodafone).
A ANCP (Agência Nacional de Compras Públicas), no âmbito do concurso para os acordos-quadro que definem os fornecedores do Estado, está a considerar excluir a Optimus com base em argumentos formais, apurou o Jornal de Negócios.
Este acordo-quadro irá vigorar por quatro anos, pelo que se se confirmar a exclusão - ainda não houve decisão final do concurso -, a Optimus só poderá voltar à Administração Pública a partir de 2012. Estes acordos pré-qualificam fornecedores e estabelecem as condições e requisitos para o fornecimento de bens e serviços ao Estado (preços, prazos, níveis de serviço, qualidade de serviço, entre outros).
Até ao fecho da edição não foi possível obter um comentário da Sonaecom nem da ANCP.
A Sonaecom havia dito publicamente que ficaria atenta às decisões da ANCP, por esta ter dois elementos requisitados à Portugal Telecom, assunto que poderá voltar a levantar. Ao "Público", o Ministério das Finanças declarou, na ocasião da nomeação, que não havia conflitos de interesse. A ANCP baseia a sua pré-decisão em violações às exigências do caderno de encargos do concurso.
A Optimus, empresa da Sonaecom, está em risco de ficar excluída da lista de fornecedores de comunicações móveis para a Administração Pública, que ficará assim apenas com duas alternativas para este serviço (TMN e Vodafone).
Alexandra Machado
A Optimus, empresa da Sonaecom, está em risco de ficar excluída da lista de fornecedores de comunicações móveis para a Administração Pública, que ficará assim apenas com duas alternativas para este serviço (TMN e Vodafone).
A ANCP (Agência Nacional de Compras Públicas), no âmbito do concurso para os acordos-quadro que definem os fornecedores do Estado, está a considerar excluir a Optimus com base em argumentos formais, apurou o Jornal de Negócios.
Este acordo-quadro irá vigorar por quatro anos, pelo que se se confirmar a exclusão - ainda não houve decisão final do concurso -, a Optimus só poderá voltar à Administração Pública a partir de 2012. Estes acordos pré-qualificam fornecedores e estabelecem as condições e requisitos para o fornecimento de bens e serviços ao Estado (preços, prazos, níveis de serviço, qualidade de serviço, entre outros).
Até ao fecho da edição não foi possível obter um comentário da Sonaecom nem da ANCP.
A Sonaecom havia dito publicamente que ficaria atenta às decisões da ANCP, por esta ter dois elementos requisitados à Portugal Telecom, assunto que poderá voltar a levantar. Ao "Público", o Ministério das Finanças declarou, na ocasião da nomeação, que não havia conflitos de interesse. A ANCP baseia a sua pré-decisão em violações às exigências do caderno de encargos do concurso.
http://www.jornaldenegocios.pt/index...NEWS&id=321190
e agora surge esta:
PT e Governo negoceiam fibra óptica sem concorrência
Apesar de a consulta pública lançada pela Anacom estar longe do fim, o Governo e a PT começaram a negociar regras de instalação e exploração de redes de fibra óptica. De acordo com notícia do Público, a PT e o Governo estarão a negociar as condições de instalação e exploração de uma futura rede de fibra óptica no País. É sabido o interesse da PT em avançar para a fibra óptica, mas sabe-se também que a operadora incumbente não pretende manter as condições, actualmente, em vigor nas redes de cobre.
Em causa está a regulação anti-monopólio que impõe a abertura da “última milha” (os cabos que ligam centrais às casas dos utilizadores) à exploração por parte da concorrência, com contrapartidas financeiras definidas pela Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom).
Nas redes de fibra óptica, a PT quer evitar a réplica dessas imposições e garantir o poder de impedir o acesso à “última milha” por parte da concorrência.
De resto, tem sido este o principal obstáculo ao lançamento de uma rede fibra óptica na PT – a operadora histórica não terá muito interesse em enveredar por uma rede que exige investimentos avultados, quando sabe que, mais tarde, terá de abrir a rede à concorrência e repartir os lucros dessas operações.
Em contrapartida, as operadoras alternativas não terão o mesmo arcaboiço financeiro, apesar de já terem dado a conhecer a disponibilidade para partilhar infra-estruturas (a Sonaecom apresentou, no início de 2008, um projecto de uma rede para 25% do País).
As negociações entre Governo e PT tiveram início dois dias depois de a Anacom lançar uma consulta pública com vista à recolha de informação que deverá servir de base às condições de acesso das futuras redes de fibra óptica. Desconhece-se os efeitos que as negociações poderão ter na consulta pública e consequente regulação produzida pela Anacom.
Apesar de a consulta pública lançada pela Anacom estar longe do fim, o Governo e a PT começaram a negociar regras de instalação e exploração de redes de fibra óptica. De acordo com notícia do Público, a PT e o Governo estarão a negociar as condições de instalação e exploração de uma futura rede de fibra óptica no País. É sabido o interesse da PT em avançar para a fibra óptica, mas sabe-se também que a operadora incumbente não pretende manter as condições, actualmente, em vigor nas redes de cobre.
Em causa está a regulação anti-monopólio que impõe a abertura da “última milha” (os cabos que ligam centrais às casas dos utilizadores) à exploração por parte da concorrência, com contrapartidas financeiras definidas pela Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom).
Nas redes de fibra óptica, a PT quer evitar a réplica dessas imposições e garantir o poder de impedir o acesso à “última milha” por parte da concorrência.
De resto, tem sido este o principal obstáculo ao lançamento de uma rede fibra óptica na PT – a operadora histórica não terá muito interesse em enveredar por uma rede que exige investimentos avultados, quando sabe que, mais tarde, terá de abrir a rede à concorrência e repartir os lucros dessas operações.
Em contrapartida, as operadoras alternativas não terão o mesmo arcaboiço financeiro, apesar de já terem dado a conhecer a disponibilidade para partilhar infra-estruturas (a Sonaecom apresentou, no início de 2008, um projecto de uma rede para 25% do País).
As negociações entre Governo e PT tiveram início dois dias depois de a Anacom lançar uma consulta pública com vista à recolha de informação que deverá servir de base às condições de acesso das futuras redes de fibra óptica. Desconhece-se os efeitos que as negociações poderão ter na consulta pública e consequente regulação produzida pela Anacom.
A mim é tudo muito estranho.
Concursos feitos à medida, negociações por trás da cortina.
E nós, o que ganhamos
E a economia nacional, o que ganha
Os "boys" querem continuar a ter a PT como se fosse uma empresa pública?
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