Tenho 35 anos, sou licenciada em… e estou desempregada há mais de dois anos. Recentemente, numa atitude de desespero, comecei a mentir na idade quando me candidatava a empregos e verifiquei que deste modo conseguia ir a mais entrevistas. Porém, quando na presença do entrevistador digo a minha idade verdadeira, acabo por voltar à estaca zero e, curiosamente, não é por ter mentido, mas sim por causa da minha idade… Numa entrevista na empresa X, chegaram mesmo a dizer, que preferem contratar pessoas mais novas e sem filhos e, de preferência, que não tivessem grandes compromissos familiares (casadas, entenda-se)… Será que recorrendo ao argumento da Responsabilidade Social não terei mais hipóteses de obter um emprego?”
Mas, porque será que a questão da idade assusta tanto os nossos empresários e patrões? Não serão movidos por um ímpeto oportunista que dá preferência aos que parecem ter mais disponibilidade para serem explorados? Não serão movidos por um preconceito injustificado que lhes diz que pessoas mais novas ou mais velhas não são tão capazes nem tão competentes ou motivadas como as pessoas com a “idade certa”?
Não serão mais importantes a vitalidade, a vontade de trabalhar, o sistema de valores, o empenho, a motivação ou a experiência (incluindo a de vida) do que simplesmente a idade? Será que não compreendem que a produtividade está muito para além da idade e dos seus respectivos anexos? Afinal de contas, o ser humano tem capacidade de aprender e de se adaptar a novos contextos rapidamente. E não podemos também esquecer que a esperança média de vida tem vindo a aumentar, o que faz com que as pessoas preservem as suas capacidades por mais tempo.
E se nos centrarmos no facto das pessoas até aos 25 anos serem consideradas muito novas (devido à eventual falta de experiência e imaturidade) e após os 35 anos já começarem a ser consideradas “velhas” (devido à eventual dificuldade de adaptação e inovação), verificamos que, de acordo com o actual paradigma, as pessoas dispõem de apenas cerca de 10 anos para serem consideradas profissionalmente capazes, já que antes dos 25 ou depois dos 35 a empregabilidade complica-se (em termos de acesso para quem antecede os 25 ou ronda os 35 e de manutenção para quem ultrapassa os 45).
E isto é particularmente frustrante para os que se encontram acima dos 35 anos, na medida em que entre essa idade e a idade considerada “activa” ainda decorrem cerca de 30 anos. Deste modo, verificamos que aquilo que os nossos empresários e patrões fazem quando se baseiam no argumento da idade, nada mais é do que reduzir o ser humano a uma classe etária que fica muito aquém da realidade, humilhando e desvalorizando todos aqueles que são capazes, mas que não exibem nos seus BI a “idade certa”.
Enfim, é caso para dizer: Este país não é para velhos! Mas também não é para novos!
Fonte: http://aeiou.expressoemprego.pt/scri...headingID=5056
Afinal uma pessoa está preocupada com a idade com que acaba um curso e no fim mesmo que fosse mais jovem também estava à rasca?
Mas, porque será que a questão da idade assusta tanto os nossos empresários e patrões? Não serão movidos por um ímpeto oportunista que dá preferência aos que parecem ter mais disponibilidade para serem explorados? Não serão movidos por um preconceito injustificado que lhes diz que pessoas mais novas ou mais velhas não são tão capazes nem tão competentes ou motivadas como as pessoas com a “idade certa”?
Não serão mais importantes a vitalidade, a vontade de trabalhar, o sistema de valores, o empenho, a motivação ou a experiência (incluindo a de vida) do que simplesmente a idade? Será que não compreendem que a produtividade está muito para além da idade e dos seus respectivos anexos? Afinal de contas, o ser humano tem capacidade de aprender e de se adaptar a novos contextos rapidamente. E não podemos também esquecer que a esperança média de vida tem vindo a aumentar, o que faz com que as pessoas preservem as suas capacidades por mais tempo.
E se nos centrarmos no facto das pessoas até aos 25 anos serem consideradas muito novas (devido à eventual falta de experiência e imaturidade) e após os 35 anos já começarem a ser consideradas “velhas” (devido à eventual dificuldade de adaptação e inovação), verificamos que, de acordo com o actual paradigma, as pessoas dispõem de apenas cerca de 10 anos para serem consideradas profissionalmente capazes, já que antes dos 25 ou depois dos 35 a empregabilidade complica-se (em termos de acesso para quem antecede os 25 ou ronda os 35 e de manutenção para quem ultrapassa os 45).
E isto é particularmente frustrante para os que se encontram acima dos 35 anos, na medida em que entre essa idade e a idade considerada “activa” ainda decorrem cerca de 30 anos. Deste modo, verificamos que aquilo que os nossos empresários e patrões fazem quando se baseiam no argumento da idade, nada mais é do que reduzir o ser humano a uma classe etária que fica muito aquém da realidade, humilhando e desvalorizando todos aqueles que são capazes, mas que não exibem nos seus BI a “idade certa”.
Enfim, é caso para dizer: Este país não é para velhos! Mas também não é para novos!
Fonte: http://aeiou.expressoemprego.pt/scri...headingID=5056
Afinal uma pessoa está preocupada com a idade com que acaba um curso e no fim mesmo que fosse mais jovem também estava à rasca?
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