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"Este país não é para velhos"

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    "Este país não é para velhos"

    Tenho 35 anos, sou licenciada em… e estou desempregada há mais de dois anos. Recentemente, numa atitude de desespero, comecei a mentir na idade quando me candidatava a empregos e verifiquei que deste modo conseguia ir a mais entrevistas. Porém, quando na presença do entrevistador digo a minha idade verdadeira, acabo por voltar à estaca zero e, curiosamente, não é por ter mentido, mas sim por causa da minha idade… Numa entrevista na empresa X, chegaram mesmo a dizer, que preferem contratar pessoas mais novas e sem filhos e, de preferência, que não tivessem grandes compromissos familiares (casadas, entenda-se)… Será que recorrendo ao argumento da Responsabilidade Social não terei mais hipóteses de obter um emprego?”

    Mas, porque será que a questão da idade assusta tanto os nossos empresários e patrões? Não serão movidos por um ímpeto oportunista que dá preferência aos que parecem ter mais disponibilidade para serem explorados? Não serão movidos por um preconceito injustificado que lhes diz que pessoas mais novas ou mais velhas não são tão capazes nem tão competentes ou motivadas como as pessoas com a “idade certa”?

    Não serão mais importantes a vitalidade, a vontade de trabalhar, o sistema de valores, o empenho, a motivação ou a experiência (incluindo a de vida) do que simplesmente a idade? Será que não compreendem que a produtividade está muito para além da idade e dos seus respectivos anexos? Afinal de contas, o ser humano tem capacidade de aprender e de se adaptar a novos contextos rapidamente. E não podemos também esquecer que a esperança média de vida tem vindo a aumentar, o que faz com que as pessoas preservem as suas capacidades por mais tempo.

    E se nos centrarmos no facto das pessoas até aos 25 anos serem consideradas muito novas (devido à eventual falta de experiência e imaturidade) e após os 35 anos já começarem a ser consideradas “velhas” (devido à eventual dificuldade de adaptação e inovação), verificamos que, de acordo com o actual paradigma, as pessoas dispõem de apenas cerca de 10 anos para serem consideradas profissionalmente capazes, já que antes dos 25 ou depois dos 35 a empregabilidade complica-se (em termos de acesso para quem antecede os 25 ou ronda os 35 e de manutenção para quem ultrapassa os 45).

    E isto é particularmente frustrante para os que se encontram acima dos 35 anos, na medida em que entre essa idade e a idade considerada “activa” ainda decorrem cerca de 30 anos. Deste modo, verificamos que aquilo que os nossos empresários e patrões fazem quando se baseiam no argumento da idade, nada mais é do que reduzir o ser humano a uma classe etária que fica muito aquém da realidade, humilhando e desvalorizando todos aqueles que são capazes, mas que não exibem nos seus BI a “idade certa”.

    Enfim, é caso para dizer: Este país não é para velhos! Mas também não é para novos!

    Fonte: http://aeiou.expressoemprego.pt/scri...headingID=5056

    Afinal uma pessoa está preocupada com a idade com que acaba um curso e no fim mesmo que fosse mais jovem também estava à rasca?

    #2
    Isto faz-me lembrar ...

    Como se sentem actualmente ! Experiência conta ! Pág 2 Post 34


    Sobre a situação e recurso à mentira, até compreendo, mas depois ...

    Boa sorte e animo com a tua demanda, certamente conseguirás arranjar trabalho.

    Não te podes é abandonar ao desespero.

    Comentário


      #3
      Hoje em dia quer sejas nova, ou velha arranjares emprego é sempre o mesmo pincel!
      Eu com 26 anos ainda não sinto essa discriminação na pele , mas ando sempre a contratos a prazo e usam esta situação para me obrigarem a fazer horas extraordinarias e afins sob pena de ir para o olho da rua...
      O meu conselho é que se puderes cria o teu proprio negocio dentro da tua area de formação.

      Ps: A historia da "experiencia necessaria" é de morte, eu que o diga!

      Comentário


        #4
        Uma pessoa com um bom currículo aos 35 arranja facilmente emprego e é melhor remunerado do que alguém com 25 a começar a carreira.

        Se tiver sido lojista ou caixa do Continente (isto é só um exemplo) até aos 35, aí sim poderá haver problemas.

        Comentário


          #5
          São os muitos maus exemplos da nossa classe empresarial, pois muitos dos nossos empresários têm vista curta, mas longa visão de lucro, apenas o lucro...

          Comentário


            #6
            Originalmente Colocado por LMSilvino Ver Post
            Hoje em dia quer sejas nova, ou velha arranjares emprego é sempre o mesmo pincel!
            Eu com 26 anos ainda não sinto essa discriminação na pele , mas ando sempre a contratos a prazo e usam esta situação para me obrigarem a fazer horas extraordinarias e afins sob pena de ir para o olho da rua...
            O meu conselho é que se puderes cria o teu proprio negocio dentro da tua area de formação.

            Ps: A historia da "experiencia necessaria" é de morte, eu que o diga!
            Mas é mesmo...nas ofertas de emprego que chegam à minha escola muitas pedem experiência de alguns 5 anos...isto num estabelecimento de ensino superior em que as idades vão dos 18 aos 30 e tal anos...os mais jovens não podem ter uma experiencia tão alargada!

            E claro há aqueles que até podem ter e não aproveitam, como um colega que não vai a uma aula, anda há não sei quantos anos no curso, a mãe até lhe arranjou um estágio num laboratório...se eu tivesse oportunidade ter já um estágio desses...!

            E também há o problema da disponibilidade. Como já tenho 28 anos, estava a pensar em candidatar-me a uma oferta de estágio na Câmara de Palmela, que era dirigida não só a licenciados como a frequentadores do curso, mas curiosamente era a tempo inteiro...então porque pediam frequentadores e não apenas licenciados?!

            É que eles não se vão importar que eu tenha trabalhado aqui e ali, porque o que interessa é experiência na área em que estudo!

            Comentário


              #7
              Originalmente Colocado por Karma Ver Post
              Uma pessoa com um bom currículo aos 35 arranja facilmente emprego e é melhor remunerado do que alguém com 25 a começar a carreira.

              Se tiver sido lojista ou caixa do Continente (isto é só um exemplo) até aos 35, aí sim poderá haver problemas.
              Concordo a 100%.

              Pode parecer "frio" mas é a realidade. Conheço pessoas que com 30's e com filhos mudaram de emprego e devido aos bons curriculum que tinham conseguiram melhores condições e ordenados.

              O pior mesmo é o aliar uma experiência menos boa ou limitada a uma idade mais avançada.

              Comentário


                #8
                A maioria dos empresários portugueses simplesmente valoriza o baixo custo.... esquecem-se é que um bom profissional, experiente e devidamente motivado (e não é só o dinheiro que motiva...) pode valer muito ....

                Mas não..... é preferivel ir admitindo malta nova por um ano ou um ano e meio, até porque há incentivos a isso, e depois desse tempo vem outro com os mesmos incentivos ...... esquecem-se é que mandam o pessoal embora quando eles já estão dentro dos assuntos e poderiam sim nessa altura rentabilizá-los cada vez mais ....

                Depois claro ouvem-se daquelas coisas: "Pois não aparece por cá ninguém de jeito, esta malta não sabe nada ......" ...... pois é!

                Comentário


                  #9
                  Originalmente Colocado por Omega Ver Post
                  A maioria dos empresários portugueses simplesmente valoriza o baixo custo.... esquecem-se é que um bom profissional, experiente e devidamente motivado (e não é só o dinheiro que motiva...) pode valer muito ....

                  Mas não..... é preferivel ir admitindo malta nova por um ano ou um ano e meio, até porque há incentivos a isso, e depois desse tempo vem outro com os mesmos incentivos ...... esquecem-se é que mandam o pessoal embora quando eles já estão dentro dos assuntos e poderiam sim nessa altura rentabilizá-los cada vez mais ....

                  Depois claro ouvem-se daquelas coisas: "Pois não aparece por cá ninguém de jeito, esta malta não sabe nada ......" ...... pois é!
                  Exactamente.

                  Comentário


                    #10
                    Já visses como é que era para uma pessoa no inicio de carreira começar a trabalhar, se não fosse assim em alguns casos???

                    Há trabalhos, que eles preferem pessoas mais "livres" e jovens, e outros em que preferem pessoas mais experientes.





                    O problema resume-se muito facilmente: há procura em demasia!

                    Já agora, parabéns pela boa conservação
                    Editado pela última vez por Vibri; 30 June 2008, 01:32.

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por Pé Leve Ver Post
                      São os muitos maus exemplos da nossa classe empresarial, pois muitos dos nossos empresários têm vista curta, mas longa visão de lucro, apenas o lucro...


                      E esta tua visão PL, nao é muito diferente da desses empresarios de que falas, é uma visão "dejavu" tipo cassete, porque achas que a realidade actual da DarkRose e de tantos outros desempregados deste escalao etario com licenciatura ou não, e ate já com muita experiencia é dos empresarios, , porque é um drama social, unico e exclusivo de Portugal, e dos "malvados tipicos e habituais que produzem riqueza"

                      conheces concerteza a lei da: "oferta e da procura"....

                      Comentário


                        #12
                        Parece-me que existem estratégias para gerir recursos humanos. Antes do recrutamento e de selecção de pessoal são traçados perfis para aquela função, da mesma forma que é feita uma análise de funções.

                        Toda e qualquer organização (empresa dita produtiva) esta direccionada para os resultados. O jogo é esse, independentemente da cultura enraizada, em ultima instância, a produtividade é a palavra de ordem (nice place to work, org’s autentizóticas, são ferramentas que pretendem sempre contribuir para esse palavrão “produtividade")

                        Em relação ao facto de contratarem por um período de tempo reduzido (depende, depende e depende). As empresas têm gastos na formação e no investimento inicial que fazem nos novos funcionários que admitem. Se o candidato tem as competências para adquirir o Know-how para um trabalho de excelência, certamente que há interesse para que ele continue (mais uma vez, depende do tipo de função de que falamos e do tipo de organização)

                        Contudo, má prática de processos de recursos humanos são aos montes. Quantas vezes quem está do lado de lá para decidir quem fica ou não, o faz por mera intuição. (agradeço à Psicologia por tentar superar isto)

                        Ainda há pouco tempo lia qualquer coisa como; se as organizações apresentam as mesmas estratégias, têm acesso à mesma informação, os mesmos objectos, porque será que umas vingam e outras não?

                        A resposta a esta questão…Pessoas (o tal “recurso” que faz diferença”)..

                        Este país não é para velhos? Nim..
                        será para todo e qualquer um que apresente boas competências (o que significa uma boa instrução para colocar de lado preconceitos face a idades e afins)

                        Comentário


                          #13
                          Originalmente Colocado por Vibri Ver Post
                          O problema resume-se muito facilmente: há procura em demasia!

                          Já agora, parabéns pela boa conservação
                          O problema também passa por ai, se temos um mercado em oferta ou em procura

                          Comentário


                            #14
                            Há, é verdade uma falha na contratação das pessoas, que são contratadas muitas vezes apenas pela formação académica (o que como sabemos não chega só por si), sem provas rigorosas de acesso e consequente eliminação de candidatos como se faz em alguns serviços do estado.

                            É certo que para muitos empregos não é preciso, os métodos de selecção são sobejamente conhecidos, mas para a maioria dos trabalhos, que de facto exigem conhecimentos profundos, quer técnicos quer práticos, as empresas tem de se deixar de contratar a olho.

                            Se bem que a incompetencia na selecção dos candidatos é depois usada como desculpa para criar trabalho precário e consequentemente mais barato, com a já famosa desculpa; "Então eu contrato um incompetente e depois tenho que levar com ele até à reforma do gajo?".

                            De facto, o incompetente é quem escolhe a olho, porque fica mais barato do que pagar a um conjunto de profissionais credenciados para fazerem provas exigentes e idóneas a um grupo de candidatos.

                            Enquanto quem produz riqueza não se souber organizar ou estiver sempre à espera que sejam os outros a fazer alguma manifestação, greve, protesto, etc, este país não serve para ninguém, excepto para os vivem da riqueza produzida por outros (e esses organizam-se em CIEP, AEP, CIP, CAP, etc).

                            Independentemente da preparação, dos anos de estudo, dos conhecimentos adquiridos ao longo da vida, da formação que se vai pagando do próprio bolso (e todos sabemos como a formação reconhecida pode ser cara) na expectativa de se ser reconhecido como motivado e disposto a dar um pouco mais de si pela empresa.

                            O resultado será sempre um, um país como Portugal actualmente está e caminhado para algo muito pior.
                            Editado pela última vez por Nthor; 30 June 2008, 02:08.

                            Comentário


                              #15
                              Originalmente Colocado por DarkRose Ver Post
                              Tenho 35 anos, sou licenciada em… e estou desempregada há mais de dois anos. Recentemente, numa atitude de desespero, comecei a mentir na idade quando me candidatava a empregos e verifiquei que deste modo conseguia ir a mais entrevistas. Porém, quando na presença do entrevistador digo a minha idade verdadeira, acabo por voltar à estaca zero e, curiosamente, não é por ter mentido, mas sim por causa da minha idade… Numa entrevista na empresa X, chegaram mesmo a dizer, que preferem contratar pessoas mais novas e sem filhos e, de preferência, que não tivessem grandes compromissos familiares (casadas, entenda-se)… Será que recorrendo ao argumento da Responsabilidade Social não terei mais hipóteses de obter um emprego?”

                              Mas, porque será que a questão da idade assusta tanto os nossos empresários e patrões? Não serão movidos por um ímpeto oportunista que dá preferência aos que parecem ter mais disponibilidade para serem explorados? Não serão movidos por um preconceito injustificado que lhes diz que pessoas mais novas ou mais velhas não são tão capazes nem tão competentes ou motivadas como as pessoas com a “idade certa”?
                              Respondeste à questão no 2º parágrafo.
                              O ciclo de vida de um trabalhador encurtou-se dramaticamente.
                              Dura entre os 25 e os 35 anos, período em que tem que dar o litro para conseguir "pegar de estaca" na organização onde estiver.

                              E com "pegar de estaca" digo ganhar uma posição com um minimo de relevo e que garanta a dependência minima da organização em relação ao trabalhador para que os decisores pensem 2x antes de o trocar por uma unidade de 25 anos - novinha, com baixo custo e pronta a bulir.
                              No more jobs for life.

                              E a situação vai piorar - o mercado global assim o exige, e esta nova directiva das 60 horas semanais é um forte sinal e o começo de uma nova era para os trabalhadores europeus.

                              Os portugueses sofrem ainda mais que a maioria dos países desenvolvidos porque:
                              1) o mercado de trabalho é muito pouco flexível (a flexibilidade poderia não baixar a taxa nominal de desemprego, mas mantinha a esperança nas pessoas, com a rotatividade)
                              2) os jovens são absolutamente avessos ao risco.
                              E quando não são avessos ao risco, geralmente são doidos, sonham demasiado e estão pouco preparados - os desenrascas do costume - em geral bastam as finanças para os matar, nem é preciso o mercado dar cabo deles.

                              Quanto ao teu caso particular.
                              Confesso que fico constrangido com estas situações. Não me imagino a passar por isso, porque ao fim de 6 meses já estaria a fazer qualquer coisa por conta própria - nem que fosse para me espetar na primeira esquina, ir ao chão, levantar-me outra vez e tentar de novo.
                              Em última análise - no meu caso seria provavelmente a primeira - metia-me num avião rumo a um país emergente (BRICs -Brasil, Russia, India ou China) e se mesmo aí não houvesse oportunidades, qualquer negócio surgiria.

                              Sinceramente, percebo os motivos, mas não consigo conceber que um jovem aceite ser recusado pelo mercado durante tanto tempo.
                              Dá cabo da auto-estima e só prejudica a carreira futura, porque quanto mais tempo passar, menores são as possibilidades de emprego.

                              Permite-me este conselho: carga no subsidio, carga no Estado e mete mãos à obra.
                              Estás a perder o teu precioso tempo.

                              Ah, e nada de andar a tirar pos-graduações e mestrados para "enriquecer o CV". Quando não se tem emprego é perda de tempo - o mercado quer saber das tuas aptidões práticas, da capacidade de desenvolver a função.
                              Por muito interessante que sejam os estudos, dizem cada vez menos.
                              Um bom aluno não é necessáriamente um bom quadro, as empresas já perceberam isso há muito.

                              Comentário


                                #16
                                Originalmente Colocado por Vorsprung durch Technik Ver Post
                                Um bom aluno não é necessáriamente um bom quadro, as empresas já perceberam isso há muito.
                                Isso é uma das grandes temáticas da inteligência emocional

                                Aulas do 3º ano de Psicologia da Educação
                                No séc. XXI a concepção de QI entrou em ruptura por 2 ordens de razões:
                                - A inteligência académica não é suficiente para alcançar o êxito profissional

                                - Os melhores profissionais não coincidem numa alta percentagem 75% com os alunos mais brilhantes

                                como é obvio não levaremos isto como “então estudar não importa, a universidade é irrelevante”. Por si só talvez fosse, mas é o primeiro passo

                                Saber
                                Saber Fazer
                                Saber Estar
                                Saber Ser

                                Comentário


                                  #17
                                  Originalmente Colocado por Vorsprung durch Technik Ver Post
                                  Respondeste à questão no 2º parágrafo.
                                  O ciclo de vida de um trabalhador encurtou-se dramaticamente.
                                  Dura entre os 25 e os 35 anos, período em que tem que dar o litro para conseguir "pegar de estaca" na organização onde estiver.

                                  E com "pegar de estaca" digo ganhar uma posição com um minimo de relevo e que garanta a dependência minima da organização em relação ao trabalhador para que os decisores pensem 2x antes de o trocar por uma unidade de 25 anos - novinha, com baixo custo e pronta a bulir.
                                  No more jobs for life.

                                  E a situação vai piorar - o mercado global assim o exige, e esta nova directiva das 60 horas semanais é um forte sinal e o começo de uma nova era para os trabalhadores europeus.

                                  Os portugueses sofrem ainda mais que a maioria dos países desenvolvidos porque:
                                  1) o mercado de trabalho é muito pouco flexível (a flexibilidade poderia não baixar a taxa nominal de desemprego, mas mantinha a esperança nas pessoas, com a rotatividade)
                                  2) os jovens são absolutamente avessos ao risco.
                                  E quando não são avessos ao risco, geralmente são doidos, sonham demasiado e estão pouco preparados - os desenrascas do costume - em geral bastam as finanças para os matar, nem é preciso o mercado dar cabo deles.

                                  Quanto ao teu caso particular.
                                  Confesso que fico constrangido com estas situações. Não me imagino a passar por isso, porque ao fim de 6 meses já estaria a fazer qualquer coisa por conta própria - nem que fosse para me espetar na primeira esquina, ir ao chão, levantar-me outra vez e tentar de novo.
                                  Em última análise - no meu caso seria provavelmente a primeira - metia-me num avião rumo a um país emergente (BRICs -Brasil, Russia, India ou China) e se mesmo aí não houvesse oportunidades, qualquer negócio surgiria.

                                  Sinceramente, percebo os motivos, mas não consigo conceber que um jovem aceite ser recusado pelo mercado durante tanto tempo.
                                  Dá cabo da auto-estima e só prejudica a carreira futura, porque quanto mais tempo passar, menores são as possibilidades de emprego.

                                  Permite-me este conselho: carga no subsidio, carga no Estado e mete mãos à obra.
                                  Estás a perder o teu precioso tempo.

                                  Ah, e nada de andar a tirar pos-graduações e mestrados para "enriquecer o CV". Quando não se tem emprego é perda de tempo - o mercado quer saber das tuas aptidões práticas, da capacidade de desenvolver a função.
                                  Por muito interessante que sejam os estudos, dizem cada vez menos.
                                  Um bom aluno não é necessáriamente um bom quadro, as empresas já perceberam isso há muito.
                                  Achas que a rotatividade é boa? Então nem tu nem eu ganháva-mos nada, era sempre à vez.

                                  Comentário


                                    #18
                                    Originalmente Colocado por DarkRose Ver Post
                                    Tenho 35 anos, sou licenciada em… e estou
                                    Mas, porque será que a questão da idade assusta tanto os nossos empresários e patrões? Não serão movidos por um ímpeto oportunista que dá preferência aos que parecem ter mais disponibilidade para serem explorados? Não serão movidos por um preconceito injustificado que lhes diz que pessoas mais novas ou mais velhas não são tão capazes nem tão competentes ou motivadas como as pessoas com a “idade certa”?


                                    Afinal uma pessoa está preocupada com a idade com que acaba um curso e no fim mesmo que fosse mais jovem também estava à rasca?

                                    Aqui está o motivo principal .....á pouco tempo "passei " por um serviço que falava em 980 € de salário acabei por entrar ´08:00 e sair ás 00.00/01.00....sem jantar........e e tenho 28 anos.

                                    Nós temos é um país de mer.....

                                    Comentário


                                      #19
                                      É de facto frustrante ser discriminado desta forma...

                                      A melhor forma de combater este tipo de situações é trabalhar por conta própria. Cada vez mais temos que ser empreendedores e criar o nosso próprio emprego.

                                      Comentário


                                        #20
                                        A realidade é dura, mas a verdade é que um bom CV não tem idade.

                                        Comentário


                                          #21
                                          Originalmente Colocado por Vorsprung durch Technik Ver Post
                                          Respondeste à questão no 2º parágrafo.
                                          O ciclo de vida de um trabalhador encurtou-se dramaticamente.
                                          Dura entre os 25 e os 35 anos, período em que tem que dar o litro para conseguir "pegar de estaca" na organização onde estiver.

                                          E com "pegar de estaca" digo ganhar uma posição com um minimo de relevo e que garanta a dependência minima da organização em relação ao trabalhador para que os decisores pensem 2x antes de o trocar por uma unidade de 25 anos - novinha, com baixo custo e pronta a bulir.
                                          No more jobs for life.

                                          E a situação vai piorar - o mercado global assim o exige, e esta nova directiva das 60 horas semanais é um forte sinal e o começo de uma nova era para os trabalhadores europeus.

                                          Os portugueses sofrem ainda mais que a maioria dos países desenvolvidos porque:
                                          1) o mercado de trabalho é muito pouco flexível (a flexibilidade poderia não baixar a taxa nominal de desemprego, mas mantinha a esperança nas pessoas, com a rotatividade)
                                          2) os jovens são absolutamente avessos ao risco.
                                          E quando não são avessos ao risco, geralmente são doidos, sonham demasiado e estão pouco preparados - os desenrascas do costume - em geral bastam as finanças para os matar, nem é preciso o mercado dar cabo deles.

                                          Quanto ao teu caso particular.
                                          Confesso que fico constrangido com estas situações. Não me imagino a passar por isso, porque ao fim de 6 meses já estaria a fazer qualquer coisa por conta própria - nem que fosse para me espetar na primeira esquina, ir ao chão, levantar-me outra vez e tentar de novo.
                                          Em última análise - no meu caso seria provavelmente a primeira - metia-me num avião rumo a um país emergente (BRICs -Brasil, Russia, India ou China) e se mesmo aí não houvesse oportunidades, qualquer negócio surgiria.

                                          Sinceramente, percebo os motivos, mas não consigo conceber que um jovem aceite ser recusado pelo mercado durante tanto tempo.
                                          Dá cabo da auto-estima e só prejudica a carreira futura, porque quanto mais tempo passar, menores são as possibilidades de emprego.

                                          Permite-me este conselho: carga no subsidio, carga no Estado e mete mãos à obra.
                                          Estás a perder o teu precioso tempo.

                                          Ah, e nada de andar a tirar pos-graduações e mestrados para "enriquecer o CV". Quando não se tem emprego é perda de tempo - o mercado quer saber das tuas aptidões práticas, da capacidade de desenvolver a função.
                                          Por muito interessante que sejam os estudos, dizem cada vez menos.
                                          Um bom aluno não é necessáriamente um bom quadro, as empresas já perceberam isso há muito.
                                          Pleno de realismo este post!


                                          é de bom senso que se começe definitivamente a interiorizar,que é esta a realidade actual.

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                                            #22
                                            Originalmente Colocado por hpventura Ver Post
                                            A realidade é dura,
                                            É, é uma realidade liberal, mas não é imutável e só existe pq como é tão típico do tuga, quem se organiza e reclama é "de esquerda", mas fica tudo a espera que quem reclama resolva os problemas dos outros.

                                            Originalmente Colocado por hpventura Ver Post
                                            mas a verdade é que um bom CV não tem idade.
                                            Não tem de facto, mas só para alguns, um bom CV só por si não chega se não se pertencer à família certa, se não se tiver os conhecimentos certos na agenda, caso em que nem é preciso ter um bom CV.

                                            De cada vez que vemos os modelos de gestão aplicados por cá, as pessoas que chegam à politica e os que tem emprego de luxo, entendemos que não importa o que se sabe, a formação que se tem, os esforços que se faz.

                                            Até pq quanto mais apto se é mais medo as empresas tem de contratar.

                                            Comentário


                                              #23
                                              Originalmente Colocado por Nthor Ver Post
                                              Não tem de facto, mas só para alguns, um bom CV só por si não chega se não se pertencer à família certa, ...
                                              Já assim é na escola primária, como tu já nos elucidaste uma vez.

                                              Comentário


                                                #24
                                                O problema do desemprego não é dos trabalhadores, mas sim, dos empregadores.

                                                Para mim, uma pessoa com alguma idade não é velho, é sim experiente.

                                                Se eu fosse patrão apostava em pessoas com experiência, pois são os trabalhadores que fazem a empresa, não o patrão.

                                                Uma vez tive um patrão que me disse - eu fui para patrão para fazer o que queria, mas depois aprendi que a empresa apenas faz o que os trabalhadores sabem fazer.

                                                Como em tudo, há bons e maus empregadores e bons e maus trabalhadores.

                                                Tenho pena que em Portugal não seja dado o justo reconhecimento às mulheres e que ainda sejam discriminadas, seja por serem solteiras, sejam por serem casadas, seja por terem filhos, seja por serem velhas.

                                                As mulheres têm muito mais empenho do que os homens.

                                                É claro, que também sei que as mulheres quando trabalham com outras mulheres, há sempre lugar para "vaidades", é o único contra que já presenciei.

                                                Boa sorte com a tua procura de emprego. Não desistas que acabas por encontrar. É só uma questão de tempo.

                                                Comentário


                                                  #25
                                                  Originalmente Colocado por André Ver Post
                                                  Já assim é na escola primária, como tu já nos elucidaste uma vez.
                                                  Há gente mesmo incrível não é?

                                                  Um gajo explica e eles nunca aprendem, nem percebem, nem tem capacidade para entender.

                                                  Pessoas como tu que conseguem memorizar coisas é cada vez mais raro, não sei a que se deve, mas é cada vez mais preocupante....

                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    o problema não são os velhos, mas sim velhas formas de pensar, num mundo em mudança

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Originalmente Colocado por pmct Ver Post
                                                      o problema não são os velhos, mas sim velhas formas de pensar, num mundo em mudança
                                                      A minha esperança é que esta forma de pensar acabe à medida que os pensadores se vão.

                                                      Vejam algumas empresas de sucesso e procurem a história dos seus presidentes - ex: Mota Engil.

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        o problema é ser mulher é ter 35 anos, ser casada com filhos.

                                                        só se não responder ninguém nas entrevistas é que é contactada.

                                                        ponto final paragrafo.

                                                        e o problema não é só nacional.

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Originalmente Colocado por André Ver Post
                                                          Já assim é na escola primária, como tu já nos elucidaste uma vez.
                                                          Até aí ele teve problemas, não foi...??

                                                          Coitado.

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            Originalmente Colocado por Hugo Pereira Ver Post
                                                            A minha esperança é que esta forma de pensar acabe à medida que os pensadores se vão.

                                                            Vejam algumas empresas de sucesso e procurem a história dos seus presidentes - ex: Mota Engil.
                                                            Olha que não é a historia mas sim os contactos e influencias

                                                            Comentário

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