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Parasitar o Estado

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    Parasitar o Estado

    São dez horas da noite de domingo. Rita, Manuela, Inês e Carlos, vendedores em lojas do Centro Comercial Colombo fazem uma pausa para um cigarro. Discutem os horários e as remunerações, segundo uma reportagem do DN.

    Nos centros comerciais os horários dos trabalhadores são rotativos. Numa semana entram às dez e saem às 19, noutras o horário é das 12 às 21 ou ainda das 15 às 24 horas. Entre sair de casa para trabalhar e regressar ao fim do dia passam-se cerca de 11 horas, diz a Manuela.

    Os salários praticados no comércio em geral são baixos. No Centro Comercial Colombo, segundo a reportagem do DN, oscilam entre o salário mínimo e os 500 euros. Depois têm uma parte variável, em função das vendas, que pode representar mais 200 ou 300 euros mensais.

    Estes trabalhadores, jovens na sua maioria, têm família, vivem normalmente nos subúrbios de Lisboa, na linha de Sintra, na zona de Odivelas ou no eixo Sacavém/Vila Franca de Xira.

    Do seu magro salário, tiram entre 200 e 300 euros por mês para pagarem ao banco as prestações da casa. O restante mal chega para comerem nas cadeias de fast food do Colombo e pagarem o passe social para o transporte ou a gasolina de um pequeno automóvel que corajosamente decidiram comprar, também a crédito.

    Nos bairros sociais, de que a Quinta da Fonte é um exemplo, a situação é bem diferente. Vivem cidadãos nacionais e estrangeiros que, pelo facto de anteriormente viverem em barracas, assumiram que o Estado tem a obrigação de lhes dar uma casa. E exigem escolher a localização.

    O Estado, através das câmaras, fez-lhes a vontade. Construiu, mal, bairros de raiz, na periferia próxima de Lisboa. Alguns até em zonas nobres da cidade. Tais bairros, apesar de tudo, não são muito diferentes daqueles onde vivem os funcionários do Centro Comercial Colombo, estes nos arredores mais afastados do centro da cidade.

    Despejou as famílias das barracas naqueles bairros, com a obrigação de pagarem rendas simbólicas pelas casas novas que lhes foram atribuídas.

    Claro que ninguém paga os 5 euros mensais. Só à Câmara de Loures já devem cerca de um milhão de euros de rendas.

    O que acontece a quem não paga a renda? Na Quinta da Fonte não acontece nada. As pessoas continuam nas suas casas, até reivindicam da Câmara as obras necessárias e dão-se ao luxo de fazer manifestações a exigir outras casas. Para além da habitação grátis, grande parte dos habitantes dos bairros sociais vivem do chamado rendimento
    social de inserção. Em 2007 eram 315 mil as pessoas que recebiam RSI em Portugal. Cada família recebe em média 220 euros, mais casa grátis.

    O que acontece ao funcionário do Colombo se deixar de pagar a sua renda ao banco? Tem a casa penhorada e arrisca-se a dormir na rua, perdendo o seu património.

    É assim o Estado português. Alimenta uma série de gente com casas e subsídios, incentivando-os a não trabalharem e penaliza todos os que vivem do seu esforço diário, tributando o seu rendimento por mais pequeno que seja.


    Jaime Antunes - OJE


    Dificilmente seria mais exacto este texto. O que vale é que ainda vai havendo pessoas com possibilidades de publicarem textos assim!

    #2
    Está tudo dito ... melhor, escrito !

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      #3
      É até ao dia em que as pessoas se revoltem de uma vez.

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        #4
        Originalmente Colocado por SilverArrow Ver Post
        Dificilmente seria mais exacto este texto. O que vale é que ainda vai havendo pessoas com possibilidades de publicarem textos assim!
        Bom texto...

        Isso é a chamada desigualdade nojenta como o Estado avalia as pessoas
        isso das casas é um facto...mas estas leis de gente parva já se espera tudo...ainda ninguem explicou por alguns só tem direito a uma reforma aos 65anos e outros(politicos e afins) tens por vezes antes dos 50anos e acumulavel com outras funções...

        Enquanto não houver igualdade social este sistema de coisas não evolui

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          #5
          Na minha opinião o Rendimento Minimo Garantido ou outras formas de "dar dinheiro" deviam ser completamente apagadas, tirando logicamente os casos especificos de doença e outros do género, mas pagar a pessoas que podem trabalhar para que nada façam acho uma grande injustiça.

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            #6
            Originalmente Colocado por jomaso Ver Post
            Na minha opinião o Rendimento Minimo Garantido ou outras formas de "dar dinheiro" deviam ser completamente apagadas, tirando logicamente os casos especificos de doença e outros do género, mas pagar a pessoas que podem trabalhar para que nada façam acho uma grande injustiça.
            o Estado devia dar era trabalho....

            sobre os rendimentos , há familias que por infelicidade a fabrica onde trabalhavam fechou e se nao fosse o subsidio de desemprego morriam á fome... sao casos delicados não se trata de xulice mas mtas vezes a vida dá muitas voltas e qdo um casal ficam os 2 desempregados com filhos menores etc...a coisa é muito complica.
            Dizer que o "dar dinheiro" devia acabar não é bem assim...o Estado dá dinheiro para anular o porcaria que criou a nivel de desemprego e instabilidade economica, senão era uma calamidade uma gente morria á fome.

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              #7
              Originalmente Colocado por jomaso Ver Post
              Na minha opinião o Rendimento Minimo Garantido ou outras formas de "dar dinheiro" deviam ser completamente apagadas, tirando logicamente os casos especificos de doença e outros do género, mas pagar a pessoas que podem trabalhar para que nada façam acho uma grande injustiça.
              O RSI faz muito sentido, um estado social (como supostamente o nosso) deve apoiar os que mais precisam e dar-lhes condições de desenvolvimento. Não se esqueçam como era lisboa nos anos 80-90, cheia de barracas e pobreza por tudo quanto era canto e principalmente não se esqueçam que muitos dos que moram na quinta da fonte foram importados para desenvolver o nosso país (expo98, ponte VDG, metro, etc, etc...). Merecem todo o nosso apoio, não é usar e deitar fora...

              A fiscalização deve ser feita sim, mas por outro lado, fiscalizando as declarações de rendimentos, estipulando regras rígidas para a aferição do RSI. Não se deve acabar com uma medida que faz muito sentido só porque há alguns que não cumprem as regras. A quem não cumpre deve ser cancelado o apoio e ponto final.

              Comentário


                #8
                Temos de comprar "QUITOSO" para matar estes parasitas...
                Dão ca uma comichão
                Principalmente a que é honesto e paga os seus impostos...
                Depois vê o vizinho ladrão (poder trabalhar e receber subsidios é uma forma de roubar) a safar-se...
                Foi bonito poder apreciar pessoas que coitadinhas tiveram de lhe dar casa aos tiros umas com as outras na TV... Tadinhas estavam a lutar por pão...

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                  #9
                  Na minha opinião, o que se deveria fazer seria uma coisa do genero:

                  Rendimento minimo válido por 1 ano, até arranjar emprego, podendo continuar mais 1 ano como complemento (se o individuo continuar a trabalhar).

                  A partir daí só 10 anos depois, alguem do agregado (tirando os filhos) poderia voltar a ter rendimento minimo.

                  Casas, só para quem tem mais de 25 anos e no maximo um T2 e apenas durante um ano ou até arranjar emprego.

                  A partir daí só daqui a 10 anos se poderia candidatar novamente a outra casa.

                  Assim acaba-se os abusos e ajuda-se quem precisa.

                  Comentário


                    #10
                    Se o Estado se preocupasse em intervir por critérios de justiça certamente colocaria muitos desses da quinta da Fonte debaixo da ponte e arranjaria forma humana de ajudar esses do Colombo...

                    Comentário


                      #11
                      Não me parece que o problema esteja nos subsidios e na forma como os mesmos são atribuídos...

                      Penso que a grande lacuna é a não fiscalização, por parte do estado, das situações que escadalosamente vamos assistir...

                      E como já ficou demonstrado no passado, os nossos governantes teem medo do confronto... e esse é o grande problema... o medo da agitação... mas um dia a bolha rebenta e aí será um deus acuda...

                      Comentário


                        #12
                        Originalmente Colocado por Pé Leve Ver Post
                        Se o Estado se preocupasse em intervir por critérios de justiça certamente colocaria muitos desses da quinta da Fonte debaixo da ponte e arranjaria forma humana de ajudar esses do Colombo...
                        coitada da ponte...

                        eu não vejo isso bem assim... deixava estar a quinta da fonte...preocupava era em tratar todo de igual nivelando todos por cima.

                        Choca-me que num pais como o nosso onde ha a nivel estatitico 7-8 casas por cada habitante e exista um grande numero de sem-abrigos, não faz sentido.

                        Comentário


                          #13
                          Originalmente Colocado por Nephilim Ver Post
                          coitada da ponte...

                          eu não vejo isso bem assim... deixava estar a quinta da fonte...preocupava era em tratar todo de igual nivelando todos por cima.

                          Choca-me que num pais como o nosso onde ha a nivel estatitico 7-8 casas por cada habitante e exista um grande numero de sem-abrigos, não faz sentido.
                          A ponte é uma "imagem" para transmitir uma ideia de certo e errado!

                          No caso, e sempre defensor de nivelar por cima, para os que bem se lembram e têm estado com atenção, penso sempre que quem trabalha, ou quem genuinamente quer trabalhar embora possa não conseguir, tem sempre de ser encarado pelo seu país, pelo Estado, de forma melhor do que os que apenas exigem receber sem contrapartidas e mesmo nisso são esquisitos...

                          A divisão aqui seria feita entre pessoas úteis e pessoas inúteis, entre honestos e desonestos, entre cumpridores e prevaricadores, naturalmente dando sempre a primazia aos primeiros e relegando para orlas sociais de desvalor os segundos, respectivamente!

                          Nós, como povo, temos muitos complexos em falar destas coisas. Primeiramente, muitas vezes, por um puritanismo falso. Outras vezes por um complexo de rejeição social de que os demais interpretem sentimentos que, na verdade, não existem. Aliás os "tugas" podem até ter muitos defeitos, mas são dos melhores e mais tolerantes povos do mundo para com outros povos diferentes.

                          Na verdade criou-se um receio de exprimir repulsa contra parasitas da sociedade, sobretudo se esse parasitas estiverem integrados em grupos das vulgarmente chamadas minorias, quando, na verdade, o que temos mesmo que fazer é expor, com clareza, toda a repugnância que nos suscitam todos e quaisquer indivíduos que apenas vivam à conta dos demais, sejam eles quem forem.

                          Sem esses complexos teremos sempre legitimidade em chamar "os bois pelos nomes" e colocar a questão, de forma clara e simples, de querermos saber qual a razão de os ciganos da Quinta da Fonte, como outros de outros locais, exigem, se julgam com direito e obtém aquilo que representa para os demais um direito constitucional encaixado numa obrigação?

                          É que o que, no geral e em abstracto, tudo o que os parasitas sociais recebam do Estado somos nós todos que pagamos, uns mais do que outros, é certo, até em função do que cada um declara (...), mas essa gente acaba sempre por ser um fardo perfeitamente inútil, injustificado e injustificável, para todos os que trabalham e são úteis!

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por Nephilim Ver Post
                            coitada da ponte...

                            eu não vejo isso bem assim... deixava estar a quinta da fonte...preocupava era em tratar todo de igual nivelando todos por cima.

                            Choca-me que num pais como o nosso onde ha a nivel estatitico 7-8 casas por cada habitante e exista um grande numero de sem-abrigos, não faz sentido.

                            Até poderia haver 50 casa por habitante que o Estado nada tem a haver com isso

                            Comentário


                              #15
                              Noutro dia, ao ver uma entrevista do Presidente da Câmara de Loures, apercebi-me que há um conjunto de coisas que não funcionam, não porque uns são piores que outros, mas sim porque as instituições estão paralisadas.

                              E segundo o tal Presidente, há que perguntar aos Tribunais a razão porque é que as pessoas não pagam a renda e outros consumos, continuando tudo na mesma.

                              Ficamos com outra perspectiva das coisas, não acham?

                              Comentário


                                #16
                                Originalmente Colocado por Carlos.L Ver Post
                                Noutro dia, ao ver uma entrevista do Presidente da Câmara de Loures, apercebi-me que há um conjunto de coisas que não funcionam, não porque uns são piores que outros, mas sim porque as instituições estão paralisadas.

                                E segundo o tal Presidente, há que perguntar aos Tribunais a razão porque é que as pessoas não pagam a renda e outros consumos, continuando tudo na mesma.

                                Ficamos com outra perspectiva das coisas, não acham?
                                A Camara de Loures é uma palhaçada...

                                a esse senhor gostava de saber o porque de a camara parecer(nem sei se já a pintaram ou não) toda podre isto em outubro pois nem uma pintura reles tem, ainda para mais o r/c da camara é o posto da psp... e nem isso fez pintarem o edificio parece que tá em ruinas...

                                Tb gostava de saber porque razão alguns projectos na camara de loures demoram anos para serem aprovados e ainda se dao ao luxo de ao fim de anos pedirem coisas que devia ter pedido logo de inicio...

                                É que fiz trabalhos para a camara de Loures e num deles tivemos prejuízo, cheguei a um á conclusão anedotica que a camara falava uma lingua diferente

                                Comentário


                                  #17
                                  Originalmente Colocado por Nephilim Ver Post
                                  A Camara de Loures é uma palhaçada...
                                  Não é esse assunto em discussão.

                                  O que é que está mal, o que é que não funciona?

                                  Anda-se por aí com muita conversa sobre o pessoal não pagar e ficamos todos revoltados, e com muita razão.

                                  E depois vem aí o Presidente a dizer que os Tribunais não funcionam.

                                  Porque se funcionassem, os moradores levavam com uma acção de despejo em cima, tal como os cidadãos normais, a fumar um cigarro à porta do Colombo.

                                  Comentário


                                    #18
                                    Ou se muda mta coisa ou os problemas sociais vão disparar.

                                    É q dps não vai ser marginais contra marginais.

                                    Comentário


                                      #19
                                      Originalmente Colocado por Nephilim Ver Post
                                      o Estado devia dar era trabalho....
                                      e dá...não pode obviamente dar a todos.

                                      Comentário


                                        #20
                                        desculpem intervir neste tópico, mas gostava de partilhar uma situação que presenciei à cerca de 3 anos e que nunca esquecerei.
                                        Certa tarde, vinha da faculdade no autocarro, bem juntinho à porta de entrada do motorista. Vinha tipo sardinha em lata. Nisto tudo a meio do caminho começa todo o autocarro a ouvir uma conversa de duas "senhoras" que vinham a meio. Pergunta a pessoa 1:
                                        P1: "Então, por aqui? Nem te tinha visto"
                                        responde a pessoa 2:
                                        P2: "Pois é! venho de trabalhar!"
                                        P1: "E entaõ como estão as coisas?
                                        P2: "Ah nem me digas nada. Este mês está complicado. A minha patroa tá com dificuldades em me pagar"
                                        P1: "Que chatice! E quanto é que ganhas?"
                                        P2: "Ganho 4...€ (pouco mais de 400€)"
                                        P1: " Ah coitada! A trabalhar e nem sabes se recebes! Sabes, eu nao caio nessa!"
                                        P2: " Mas porquê?"
                                        P1: " Eu tou em casa, recebo mais 460€ rendimento minimo, e so tenho que acordar as 9 menos 5 para ir levar a minha filha à escola"

                                        Perante isto, e esta forma de pensar, só vos digo. Não temos futuro. Enquanto a sociedade pactuar com estas coisas estamos perdidos! Enquanto as pessoas nao tiverem "vergonha" de viver com subsidios o país está perdido...

                                        PS: P1 não parecia ter nenhum problema fisico que impossibilitasse de trabalhar.

                                        desculpem lá este relato...

                                        Comentário


                                          #21
                                          Afinal o que falta? Leis? Quem faça cumprir as leis? Fiscalização? Acabar com ajudas do género?

                                          E que tal se em contrapartida de tudo o que estado desse, seja ele alojamento, seja ele dinheiro, exigisse de volta algum tipo de trabalho comunitário?

                                          E que tal se esses tais parasitas ajudassem quem realmente é ou está doente?

                                          Comentário


                                            #22
                                            Originalmente Colocado por K2000 Ver Post
                                            Afinal o que falta? Leis? Quem faça cumprir as leis? Fiscalização? Acabar com ajudas do género?

                                            E que tal se em contrapartida de tudo o que estado desse, seja ele alojamento, seja ele dinheiro, exigisse de volta algum tipo de trabalho comunitário?

                                            E que tal se esses tais parasitas ajudassem quem realmente é ou está doente?
                                            O que falta, já que muitos não são honestos, é haver uma fiscalização, mas isso da fiscalização não é só para ver quem é que merece os subsídios, é para muitas áreas. E depois há outro problema crónico: mesmo havendo mais fiscalização, duvido que seja igual para todos.

                                            Comentário


                                              #23
                                              Originalmente Colocado por TRANSPORTADOR Ver Post
                                              desculpem intervir neste tópico, mas gostava de partilhar uma situação que presenciei à cerca de 3 anos e que nunca esquecerei.
                                              Certa tarde, vinha da faculdade no autocarro, bem juntinho à porta de entrada do motorista. Vinha tipo sardinha em lata. Nisto tudo a meio do caminho começa todo o autocarro a ouvir uma conversa de duas "senhoras" que vinham a meio. Pergunta a pessoa 1:
                                              P1: "Então, por aqui? Nem te tinha visto"
                                              responde a pessoa 2:
                                              P2: "Pois é! venho de trabalhar!"
                                              P1: "E entaõ como estão as coisas?
                                              P2: "Ah nem me digas nada. Este mês está complicado. A minha patroa tá com dificuldades em me pagar"
                                              P1: "Que chatice! E quanto é que ganhas?"
                                              P2: "Ganho 4...€ (pouco mais de 400€)"
                                              P1: " Ah coitada! A trabalhar e nem sabes se recebes! Sabes, eu nao caio nessa!"
                                              P2: " Mas porquê?"
                                              P1: " Eu tou em casa, recebo mais 460€ rendimento minimo, e so tenho que acordar as 9 menos 5 para ir levar a minha filha à escola"

                                              Perante isto, e esta forma de pensar, só vos digo. Não temos futuro. Enquanto a sociedade pactuar com estas coisas estamos perdidos! Enquanto as pessoas nao tiverem "vergonha" de viver com subsidios o país está perdido...

                                              PS: P1 não parecia ter nenhum problema fisico que impossibilitasse de trabalhar.

                                              desculpem lá este relato...
                                              É revoltante estes casos...É isto que eu chamo de parasitismo da sociedade..

                                              Comentário


                                                #24
                                                O problema é que muitos desses parasitas não são portugueses (não que não os haja!), e aí já se está a falar de tabus

                                                PS: não considero os ciganos portugueses, pelo simples facto que não são cidadãos.

                                                Comentário


                                                  #25
                                                  Originalmente Colocado por Nephilim Ver Post
                                                  o Estado devia dar era trabalho....

                                                  sobre os rendimentos , há familias que por infelicidade a fabrica onde trabalhavam fechou e se nao fosse o subsidio de desemprego morriam á fome... sao casos delicados não se trata de xulice mas mtas vezes a vida dá muitas voltas e qdo um casal ficam os 2 desempregados com filhos menores etc...a coisa é muito complica.
                                                  Dizer que o "dar dinheiro" devia acabar não é bem assim...o Estado dá dinheiro para anular o porcaria que criou a nivel de desemprego e instabilidade economica, senão era uma calamidade uma gente morria á fome.
                                                  Nephilim não podemos confundir os subsidios de desemprego ou abono familiar ou outros do género porque o enquadramento é totalmente diferente. No caso do subsidio de desemprego tu tens direito porque descontaste.
                                                  Eu falo é naqueles subsidios que são pagos para se dizer que somos um país que se preocupa com as causas sociais...

                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    Porque é que o Rendimento Minimo Garantido não é dado a par de um trabalho comunitário para quem não tem problemas de saúde ou outros ?

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Esse texto retrata bem a realidade...

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        O que também é verdade é que só se ouve os comentários sobre o RSI em casos completamente ridículos. Ninguém comenta as situações é que o RSI foi útil para que as pessoas pudessem sobreviver e fazer um "arranque" da sua vida. E quantos serão estes em comparação com as situações de pura burla. Em todas as situações de "caridade" existem situações de burla, é nestas situações, é nos fundos comunitários, é nos alimentos enviados para África, etc. Podemo-nos questionar se não valerá a pena suportar estas situações que são necessárias para que se calhar muitas outras mais possam ser proveitosas.
                                                        Mas concordo que existe um problema grave na fiscalização da atribuição do RSI.

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Outro texto perto deste assunto:

                                                          Verão quente de 2008

                                                          Creolina

                                                          Por José Pedro Gomes

                                                          Quase que apostava que, para a história, este vai ficar o «Verão quente de 2008». Os incêndios vão «bem» encaminhados, apesar dos vários estudos e planos, feitos anualmente há vários anos. Os prédios de Lisboa continuam a arder? Mas um «Verão quente» não é isso. Um «Verão quente» é um Verão em que a malta se começa a passar e a fazer coisas estúpidas. Os jornalistas às vezes chamam a esta época a silly season (estação parva), mas eu estou-me a referir a uma «estação estúpida».

                                                          Eu tenho um vizinho que põe a música aos gritos, porque sim, porque gosta de a ouvir em casa aos gritos. Tenho outro que organiza jantaradas com amigos muito bem-dispostos até às tantas. Tenho outro que faz grandes fumaradas aos almoços de todos os fins-de-semana. Tenho os filhos de outro que só falam aos gritos. Tenho a roupa de outra, a pingar lixívia, que dá cabo da que eu estendo para secar. Tenho outro, mais à frente, que queima regularmente as porcarias que apanha no quintal e me enche a casa de fumo. Tenho outro que é maníaco e não me quer deixar andar em minha casa de chinelos «porque faz barulho».

                                                          (Felizmente nada disto é verdade. Não tenho nenhum vizinho destes. Mas já tive de uns e sei de amigos que tiveram, ou têm, de outros).

                                                          Perante esta situação estou a pensar ir pôr-me à frente da minha Câmara Municipal a exigir que me dêem uma casa nova, onde eu não tenha de aguentar com esta malta toda. Só que suspeito que a polícia me vai obrigar a desmontar a tenda e a sair dali. Por isso peço a ajuda de mais famílias.

                                                          Se for preciso chegarmos a modos de luta mais extremados, proponho já a divisão dos casais por «sotaques». Eu posso fazer de alentejano. Se houver uns a fazer de beirões e outros de algarvios, cria-se logo uma ideia de «choque de civilizações». Em último caso (mas só mesmo em último caso, porque dá muito nas vistas), uns fazem de pretos e outros de ciganos. Aí é mesmo garantido, porque na Câmara têm medo de ser considerados racistas ou inimigos das minorias, e cedem logo.

                                                          É óbvio que estou a brincar com o fogo. Que há coisas que foram mal feitas, há problemas difíceis de resolver mas é em todos os bairros. E, se estamos todos em dificuldades, é melhor não começar a resolver primeiro os problemas dos que dão tiros nas ruas ou têm cores diferentes. Porque eu começo a pensar nos meus amigos que vivem longe da cidade e do trabalho porque não têm dinheiro para comprar casa dentro dela, enquanto eu pago (pagamos todos) casas no centro da cidade a outros que lá viviam em barracas, só porque viviam em barracas. E que ainda exigem que os electrodomésticos que lhes pagamos sejam Miele e não Ariston. (Isto vi eu na televisão quando se entregaram casas num bairro construído ao pé de Entrecampos e da 5 de Outubro, numa das zonas caras de Lisboa.)

                                                          Apetece-me perguntar: se eu andar aos tiros na rua sou preso, ou não? Ou sou apenas uma razão para os meus vizinhos exigirem casas noutro bairro? E já agora: se eu vender droga posso ter uma caçadeira de canos serrados? E se tiver uma caçadeira de canos serrados posso vender droga? E só se pode andar aos tiros na rua na Quinta da Fonte sem acontecer nada aos «pistoleiros», ou podemos dar tiros em todos os condomínios que se chamem «Quinta de Qualquer Coisa»? Alguém que responda, que estou a ficar desnorteado?
                                                          In Jornal Sexta de 25 de Julho de 2008

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            É claro que essa é apenas uma das formas de parasitismo de que o nosso estado padece, há outro tipo de parasitas mais nefastos e consequentemente mais gordos dos quais não se fala.

                                                            Sendo ambas perniciosas, afectam-nos a todos que trabalhamos e pagamos os nossos impostos, pois é com eles que se alimenta essas duas estirpes.

                                                            E são igualmente prejudiciais apesar de usarem tácticas diferentes, uns atacam em grupos numerosos, "matilhas" que em diversos locais de norte a sul comem pouco de cada vez, mas enfraquecem o suporte da nação, quando são atacados limitam-se a gritar que são discriminados, se bem que os discriminados somos nós.

                                                            Os outros, arrancam grandes nacos, tal como os tubarões, mas disfarçadamente sem ninguém notar enfraquecem tb a estrutura, de notar que estes últimos clamam por justiça e acusam o peso excessivo do estado quando este lhe cai em cima.

                                                            Comentário

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