A Galp quer integrar o movimento de consolidação ibérica, por uma questão de dimensão e para clarificar a sua estrutura accionista.
A Galp não quer ficar fora do movimento de consolidação do sector energético na Península Ibérica liderado pela Repsol e está a ensaiar uma aproximação à petrolífera espanhola. Os contornos do negócio não são ainda claros, mas o que está em cima da mesa, segundo apurou o Diário Económico junto de fontes próximas do negócio, deverão ir além de trocas de activos decorrentes da fusão em curso entre a Gás Natural, maior empresa de gás espanhola, e a terceira maior eléctrica, a Unión Fenosa. Assim se explicam as declarações de Paolo Scaroni, o presidente da Eni, quando disse que queria dominar a Galp na totalidade ou vender.
Embora todos os envolvidos tenham algo a ganhar com uma operação de consolidação, os interesses são muitos e, em alguns casos, de difícil conciliação. Não só em termos políticos, mas também de concorrência e de alinhamento accionista. Certo é que a Galp não está satisfeita com a dimensão que tem na Península e que já teve diversos planos de crescimento por movimentos de consolidação em cima da mesa. O último foi uma fusão com a EDP, que os responsáveis da Galp admitiram ter sido estudado, esclarecendo mais tarde tratar-se de um mero cenário de que rapidamente desistiram. Antes, tentou trazer a Gazprom para a estrutura accionista, mas a entrada dos russos esbarrou no desentendimento entre accionistas angolanos.
Poderá dar-se o caso da corrente tentativa sucumbir aos obstáculos. No entanto, o Diário Económico sabe que Manuel Ferreira Oliveira, o presidente executivo da empresa, e Fernando Gomes, administrador, já puseram o primeiro ministro a par das suas intenções, numa audiência que teve lugar no passado dia 25, na qual participou igualmente o ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos.
No limite, a Galp poderia ser integrada na Repsol, abrindo a porta de saída aos italianos da Eni, em troca de activos de gás natural em Espanha e possivelmente em Portugal. A Eni já domina metade do negócio de gás natural da Unión Fenosa e passaria a mandar sem oposição. Poderiam igualmente aceder a alguns activos de gás da Galp em Portugal. A Fenosa, agora dentro da Gás Natural, conseguiria finalmente entrar no mercado português, através do negócio de electricidade da Galp – que ficou em segundo lugar no concurso das eólicas e tem uma central a gás prestes a nascer em Sines.
A grande preocupação de accionistas como Amorim e os italianos da Eni é que o panorama do mercado Ibérico vai mudar radicalmente no próximo ano, diminuindo as alternativas para alinhamentos futuros. Por outro lado, para Amorim, que tem uma visão pragmática dos negócios, a troca de uma empresa portuguesa autónoma por uma participação numa entidade maior é uma solução com que se tem dado muito bem. Foi o que fez quando trocou o seu BNC por uma participação no Banco Popular, de que é hoje o maior accionista individual, com uma posição de 7,7% que vale hoje quase 690 milhões de euros. A troca resolveria ainda outro problema ao empresário nortenho: as negociações permanentes com accionistas difíceis como a Eni, mas sobretudo com a Sonangol e Isabel dos Santos, a quem abriu as portas da Amorim Energia, a ‘holding’ através da qual controla 33,34% da Galp. Mas para isso vai ter de os convencer a alinhar neste negócio.
A Galp não comenta cenários especulativos, afirmando que apenas se pronuncia sobre factos concretizados.
Fonte: DiarioEconomico
A Galp não quer ficar fora do movimento de consolidação do sector energético na Península Ibérica liderado pela Repsol e está a ensaiar uma aproximação à petrolífera espanhola. Os contornos do negócio não são ainda claros, mas o que está em cima da mesa, segundo apurou o Diário Económico junto de fontes próximas do negócio, deverão ir além de trocas de activos decorrentes da fusão em curso entre a Gás Natural, maior empresa de gás espanhola, e a terceira maior eléctrica, a Unión Fenosa. Assim se explicam as declarações de Paolo Scaroni, o presidente da Eni, quando disse que queria dominar a Galp na totalidade ou vender.
Embora todos os envolvidos tenham algo a ganhar com uma operação de consolidação, os interesses são muitos e, em alguns casos, de difícil conciliação. Não só em termos políticos, mas também de concorrência e de alinhamento accionista. Certo é que a Galp não está satisfeita com a dimensão que tem na Península e que já teve diversos planos de crescimento por movimentos de consolidação em cima da mesa. O último foi uma fusão com a EDP, que os responsáveis da Galp admitiram ter sido estudado, esclarecendo mais tarde tratar-se de um mero cenário de que rapidamente desistiram. Antes, tentou trazer a Gazprom para a estrutura accionista, mas a entrada dos russos esbarrou no desentendimento entre accionistas angolanos.
Poderá dar-se o caso da corrente tentativa sucumbir aos obstáculos. No entanto, o Diário Económico sabe que Manuel Ferreira Oliveira, o presidente executivo da empresa, e Fernando Gomes, administrador, já puseram o primeiro ministro a par das suas intenções, numa audiência que teve lugar no passado dia 25, na qual participou igualmente o ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos.
No limite, a Galp poderia ser integrada na Repsol, abrindo a porta de saída aos italianos da Eni, em troca de activos de gás natural em Espanha e possivelmente em Portugal. A Eni já domina metade do negócio de gás natural da Unión Fenosa e passaria a mandar sem oposição. Poderiam igualmente aceder a alguns activos de gás da Galp em Portugal. A Fenosa, agora dentro da Gás Natural, conseguiria finalmente entrar no mercado português, através do negócio de electricidade da Galp – que ficou em segundo lugar no concurso das eólicas e tem uma central a gás prestes a nascer em Sines.
A grande preocupação de accionistas como Amorim e os italianos da Eni é que o panorama do mercado Ibérico vai mudar radicalmente no próximo ano, diminuindo as alternativas para alinhamentos futuros. Por outro lado, para Amorim, que tem uma visão pragmática dos negócios, a troca de uma empresa portuguesa autónoma por uma participação numa entidade maior é uma solução com que se tem dado muito bem. Foi o que fez quando trocou o seu BNC por uma participação no Banco Popular, de que é hoje o maior accionista individual, com uma posição de 7,7% que vale hoje quase 690 milhões de euros. A troca resolveria ainda outro problema ao empresário nortenho: as negociações permanentes com accionistas difíceis como a Eni, mas sobretudo com a Sonangol e Isabel dos Santos, a quem abriu as portas da Amorim Energia, a ‘holding’ através da qual controla 33,34% da Galp. Mas para isso vai ter de os convencer a alinhar neste negócio.
A Galp não comenta cenários especulativos, afirmando que apenas se pronuncia sobre factos concretizados.
Fonte: DiarioEconomico
Vamos ficar com essa futura fusão a ter quase o monopolio dos postos de gasolina em Portugal?
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