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Uma quadra, um desafio...

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    Uma quadra, um desafio...

    Penso que nunca se fez aqui nada do género, por isso, aqui vai:

    Escolhi um poeta, que muito me diz, António Aleixo, e à medida que vou relendo as suas inspiradoras quadras vou revendo personalidades, factos da vida, situações, curiosidades, etc...

    O exercício que vos proponho é que a cada quadra tentem associar uma situação, um pensamento, até uma ideia vossa face a um qualquer tema da vida quotidiana, o que vos ocorra!

    Por exemplo, sem qualquer dificuldade, esta quadra:

    Tu, que tanto prometeste
    enquanto nada podias,
    hoje que podes -- esqueceste
    tudo o que prometias...

    Associo, de imediato, a José Sócrates.

    A ideia é, apenas, a associação simples, metafórica, subjectiva de uma quadra a uma individualidade, ou evento, uma lei, uma notícia de jornal, um aumento de um bem qualquer, etc.

    Peço a todos que puxem pela imaginação e mantenham a correcção, sem olvidar as regras da boa educação e as do fórum. Não será difícil.

    Seguindo, sempre com correcção, relembro, do que proponho bem que podem sair resultados curiosos e interessantes. Vá lá, o desafio está lançado.

    Obrigado.

    Vós que lá do vosso Império
    prometeis um mundo novo,
    calai-vos, que pode o povo
    qu'rer um Mundo novo a sério.

    Que importa perder a vida
    em luta contra a traição,
    se a Razão mesmo vencida,
    não deixa de ser Razão

    Uma mosca sem valor
    Poisa c'o a mesma alegria
    na careca de um doutor
    como em qualquer porcaria.

    P'ra mentira ser segura
    e atingir profundidade
    tem de trazer à mistura
    qualquer coisa de verdade.

    São parvos, não rias deles,
    deixa-os ser, que não são sós:
    Às vezes rimos daqueles,
    que valem mais do que nós.

    Julgando um dever cumprir,
    Sem descer no meu critério,
    Digo verdades a rir
    Aos que me mentem a sério!

    Há luta por mil doutrinas.
    Se querem que o mundo ande,
    Façam das mil pequeninas
    Uma só doutrina grande.

    Sei que pareço um ladrão...
    mas há muitos que eu conheço
    que, sem parecer o que são,
    são aquilo que eu pareço.

    Sem que discurso eu pedisse,
    ele falou, e eu escutei.
    Gostei do que ele não disse;
    do que disse não gostei.

    Morre o rico, dobram sinos;

    Morre o pobre, não há dobres...
    Que Deus é esse dos padres,
    Que não faz caso dos pobres?

    O mundo só pode ser
    melhor do que até aqui,
    quando consigas fazer
    mais p'los outros que por tí!


    Veste bem, já reparaste?
    mas ele próprio ignora
    que, por dentro, é um contraste
    com o que mostra por fora.


    Eu não sei porque razão
    certos homens, a meu ver,
    quanto mais pequenos são
    maiores querem parecer.


    Nas quadras que a gente vê,
    quase sempre o mais bonito
    está guardado pr'a quem lê
    o que lá não está escrito.


    Vemos gente bem vestida,
    No aspecto desassombrada;
    São tudo ilusões da vida,
    Tudo é miséria dourada.

    Os novos que se envaidecem
    Pelo muito que querem ser
    São frutos bons que apodrecem
    Mal começam a nascer.

    Para triunfar depressa
    cala contigo o que vejas
    finge que não te interessa
    aquilo que mais desejas.

    Os que bons conselhos dão

    ás vezes fazem-me rir
    por ver que eles mesmos, são
    incapazes de os seguir.

    Em não tenho vistas largas
    Nem grande sabedoria
    Mas dão-me as horas amargas
    Lições de Filosofia.

    Quem nada tem, nada come;
    E ao pé de quem tem de comer,
    Se alguém disser que tem fome,
    Comete um crime, sem querer.

    A quadra tem pouco espaço
    Mas eu fico satisfeito
    Quando numa quadra faço
    Alguma coisa com jeito.

    Mentiu com habilidade,
    fez quantas mentiras quis,
    Agora fala verdade,
    ninguém crê no que ele diz.

    Embora os meus olhos sejam,
    os mais pequenos do Mundo
    O que importa é que eles vejam
    O que os homens são no fundo.

    É fácil a qualquer cão
    Tirar cordeiros da relva.
    Tirar a presa ao leão
    É difícil nesta selva.

    Quando os Homens se convençam
    Que à força nada se faz,
    Serão felizes os que pensam
    Num mundo de amor e paz.

    Tu, que tanto prometeste
    enquanto nada podias,
    hoje que podes -- esqueceste
    tudo o que prometias...

    O meu merceeiro é um santo
    e há quem diga que ele é mau!
    Digo-lhe só: -- dou mais tanto,
    já me arranja bacalhau.

    Não sou esperto nem bruto

    Nem bem nem mal educado;
    Sou simplesmente o produto
    Do meio em que fui criado.

    Quem me vê dirá: não presta,
    nem mesmo quando lhe fale,
    porque ninguém traz na testa
    o selo de quanto vale.


    Muito contra o meu desejo,
    sem lhe querer dizer porquê,
    finjo sempre que não vejo
    quem finge que me não vê...


    Diz que viver é sofrer ...
    concordo. Mas não compreendo
    que ninguem ouse dizer
    que se aprende sofrendo.


    Quantas sedas aí vão,
    quantos brancos colarinhos,
    são pedacinhos de pão
    roubados aos pobrezinhos!


    À guerra não ligues meia,
    Porque alguns grandes da terra,
    Vendo a guerra em terra alheia,
    Não querem que acabe a guerra.

    Da guerra os grandes culpados

    Que espalham a dor da terra,
    São os menos acusados
    Como culpados da guerra.

    Se os homens chegam a ver

    Por que razão se consomem,
    O homem deixa de ser
    O lobo do outro homem.

    Por que a vida me empurrou
    caí na lama, e então...
    tomei-lhe a cor, mas não sou
    a lama que muitos são.


    #2
    P'ra mentira ser segura
    e atingir profundidade

    tem de trazer à mistura
    qualquer coisa de verdade.
    José Horta, Presidente da APETRO!


    Comentário


      #3
      Originalmente Colocado por Pé Leve Ver Post
      Escolhi um poeta, que muito me diz, António Aleixo, e à medida que vou relendo as suas inspiradoras quadras vou revendo personalidades, factos da vida, situações, curiosidades, etc...

      Não podias escolher melhor António Aleixo é um dos poetas que mais admiro.
      A sua forma de escrever era qualquer coisa ...

      Comentário


        #4
        Há luta por mil doutrinas.
        Se querem que o mundo ande,
        Façam das mil pequeninas
        Uma só doutrina grande.
        Número de partidos políticos em África.

        Comentário


          #5
          Sem que discurso eu pedisse,
          ele falou, e eu escutei.
          Gostei do que ele não disse;
          do que disse não gostei.

          Aplico-o a qualquer politico da nossa praça

          Comentário


            #6
            Os que bons conselhos dão
            ás vezes fazem-me rir

            por ver que eles mesmos, são
            incapazes de os seguir.

            Lembra-me alguns amigos, quando vão comigo no carro, numa qualquer AE, e me dizem qualquer coisa quando passo dos 120km/h

            Comentário


              #7
              Curva fouce no punho descarnado
              Sustentava a cruel, e me dizia:
              <<Eu venho terminar tua agonia;
              Morre, não penes mais, ó desgraçado!>>
              Vamos acabar com os impostos.

              Comentário


                #8
                Boas,

                Another great topic, by Pé Leve!!!

                Infelizmente n aprecio mt versos, sou mais de prosa... .mas sei reconhecer um bom texto.



                Cumps,
                Edd

                PS: Espero ver aqui belos exemplares de grandes autores PT.

                Comentário


                  #9
                  Por que a vida me empurrou
                  caí na lama, e então...
                  tomei-lhe a cor, mas não sou
                  a lama que muitos são.


                  Lembro-me do que se passou comigo:
                  http://forum.autohoje.com/showpost.p...&postcount=248

                  A vida às vezes prega partidas e so quem passa por elas é que sabe dar o valor...
                  Os que pensam que são superiores a tudo e a todos para mim são uma verdadeira lama da sociedade, e a vida ensinou-me a não ser assim...

                  Comentário


                    #10
                    Se eu fosse..

                    Se eu fosse..
                    Mãe de um menino azul..
                    Ao vê-lo a sofrer,
                    sem saber o que fazer...
                    tudo que eu fizesse,
                    seria tão pouco...

                    Um ser inocente,
                    que encanta toda a gente...
                    Não se revolta,
                    não se lamenta
                    apenas aguenta...

                    Autora: dails, (trabalho sobre o menino Azul e a sua doença)

                    (è mais ao menos isto o original ta em casa)

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por dails Ver Post
                      Se eu fosse..

                      Se eu fosse..
                      Mãe de um menino azul..
                      Ao vê-lo a sofrer,
                      sem saber o que fazer...
                      tudo que eu fizesse,
                      seria tão pouco...

                      Um ser inocente,
                      que encanta toda a gente...
                      Não se revolta,
                      não se lamenta
                      apenas aguenta...

                      Autora: dails, (trabalho sobre o menino Azul e a sua doença)

                      (è mais ao menos isto o original ta em casa)
                      Parabens... Lindo...

                      Comentário


                        #12
                        A quadars do aleixo sao engraçadas e algumas tem veradde embutidas, mas a maioria são o refelixo da cultura miserabilista, assento na dicotomia pobre-rico., onde o pobre é sempre bome o rico sempre mau.
                        não me revejo em nada disto, e acho ate que esta cultura atrasa o país

                        Comentário


                          #13
                          Originalmente Colocado por pmct Ver Post
                          A quadars do aleixo sao engraçadas e algumas tem veradde embutidas, mas a maioria são o refelixo da cultura miserabilista, assento na dicotomia pobre-rico., onde o pobre é sempre bome o rico sempre mau.
                          não me revejo em nada disto, e acho ate que esta cultura atrasa o país

                          É certo,
                          mas que o homem tinha um enormissimo talento para mexer com as palavras, isso tinha.

                          Comentário


                            #14
                            A Mosca - António Aleixo


                            Uma mosca sem valor
                            pousa c'a mesma alegria
                            na cabeça dum doutor
                            como em qualquer porcaria.

                            António Aleixo


                            A importância que cada vez mais se dá à politica em Portugal.

                            Comentário


                              #15
                              Eu não sei porque razão
                              certos homens, a meu ver,
                              quanto mais pequenos são
                              maiores querem parecer.


                              O meu chefe

                              Comentário


                                #16
                                Os que bons conselhos dão
                                ás vezes fazem-me rir
                                por ver que eles mesmos, são
                                incapazes de os seguir.

                                os funcionarios publicos

                                Comentário


                                  #17
                                  hehehehehe

                                  Comentário


                                    #18
                                    À guerra não ligues meia,
                                    Porque alguns grandes da terra,
                                    Vendo a guerra em terra alheia,
                                    Não querem que acabe a guerra.


                                    Bush

                                    Comentário


                                      #19
                                      Originalmente Colocado por pmct Ver Post
                                      Os que bons conselhos dão
                                      ás vezes fazem-me rir
                                      por ver que eles mesmos, são
                                      incapazes de os seguir.

                                      os funcionarios publicos
                                      Ohhh Sr. Porfirio!!!... estamos a dormir!

                                      http://forum.autohoje.com/showpost.p...88&postcount=6


                                      Edd

                                      Comentário


                                        #20
                                        São parvos, não rias deles,
                                        deixa-os ser, que não são sós:
                                        Às vezes rimos daqueles,
                                        que valem mais do que nós.


                                        Loiras...

                                        Comentário


                                          #21
                                          Deixo aqui duas das minhas quadras favoritas do AA.

                                          A ninguem faltava o pão
                                          se este dever se cumprisse:
                                          ganharmos em relação
                                          com o que se produzisse


                                          Quantas, quantas infelizes
                                          Deixam de ser virtuosas...
                                          E depois são seus juizes
                                          Os que as fazem criminosas

                                          Comentário


                                            #22
                                            Vamos a alargar o âmbito

                                            Auto-Retrato

                                            Poeta é certo mas de cetineta
                                            fulgurante de mais para alguns olhos
                                            bom artesão na arte da proveta
                                            narciso de lombardas e repolhos.

                                            Cozido à portuguesa mais as carnes
                                            suculentas da auto-importância
                                            com toicinho e talento ambas partes
                                            do meu caldo entornado na infância.

                                            Nos olhos uma folha de hortelã
                                            que é verde como a esperança que amanhã
                                            amanheça de vez a desventura.

                                            Poeta de combate disparate
                                            palavrão de machão no escaparate
                                            porém morrendo aos poucos de ternura.

                                            José Carlos Ary dos Santos

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                                              #23
                                              Que força é essa

                                              Vi-te a trabalhar o dia inteiro
                                              construir as cidades pr'ós outros
                                              carregar pedras, desperdiçar
                                              muita força pra pouco dinheiro
                                              Vi-te a trabalhar o dia inteiro
                                              Muita força pra pouco dinheiro

                                              Que força é essa [bis]
                                              que trazes nos braços
                                              que só te serve para obedecer
                                              que só te manda obedecer
                                              Que força é essa, amigo [bis]
                                              que te põe de bem com outros
                                              e de mal contigo
                                              Que força é essa, amigo [bis 3]

                                              Não me digas que não me compr'endes
                                              quando os dias se tornam azedos
                                              não me digas que nunca sentiste
                                              uma força a crescer-te nos dedos
                                              e uma raiva a nascer-te nos dentes
                                              Não me digas que não me compr'endes

                                              (Que força...)

                                              (Vi-te a trabalhar...)

                                              Que força é essa [bis]
                                              que trazes nos braços
                                              que só te serve para obedecer
                                              que só te manda obedecer
                                              Que força é essa, amigo [bis]
                                              que te põe de bem com outros
                                              e de mal contigo
                                              Que força é essa, amigo [bis 10]

                                              Sérgio Godinho

                                              Comentário


                                                #24
                                                Trova do vento que passa


                                                Pergunto ao vento que passa
                                                notícias do meu país
                                                e o vento cala a desgraça
                                                e o vento nada me diz
                                                Pergunto aos rios que levam
                                                tanto sonho à flor das águas
                                                e os rios não me sossegam
                                                levam sonhos deixam mágoas.
                                                Levam sonhos deixam mágoas
                                                ai rios do meu país
                                                minha pátria à flor das águas
                                                para onde vais? Ninguém diz.
                                                Se o verde trevo desfolhas
                                                pede notícias e diz
                                                ao trevo de quatro folhas
                                                que morro por meu país.
                                                Pergunto à gente que passa
                                                por que vai de olhos no chão.
                                                Silêncio - é tudo o que tem
                                                quem vive na servidão.
                                                Vi florir os verdes ramos
                                                direitos e ao céu voltados.
                                                E a quem gosta de ter amos
                                                vi sempre os ombros curvados.
                                                E o vento não me diz nada
                                                ninguém diz nada de novo.
                                                Vi minha pátria pregada
                                                nos braços em cruz do povo.
                                                Vi minha pátria na margem
                                                dos rios que vão pró mar
                                                como quem ama a viagem
                                                mas tem sempre de ficar.
                                                Vi navios a partir
                                                (minha pátria à flor das águas)
                                                vi minha pátria florir
                                                (verdes folhas verdes mágoas).
                                                Há quem te queira ignorada
                                                e fale pátria em teu nome.
                                                Eu vi-te crucificada
                                                nos braços negros da fome.
                                                E o vento não me diz nada
                                                só o silêncio persiste.
                                                Vi minha pátria parada
                                                à beira de um rio triste.
                                                Ninguém diz nada de novo
                                                se notícias vou pedindo
                                                nas mãos vazias do povo
                                                vi minha pátria florindo.
                                                E a noite cresce por dentro
                                                dos homens do meu país.
                                                Peço notícias ao vento
                                                e o vento nada me diz.
                                                Quatro folhas tem o trevo
                                                liberdade quatro sílabas.
                                                Não sabem ler é verdade
                                                aqueles pra quem eu escrevo.
                                                Mas há sempre uma candeia
                                                dentro da própria desgraça
                                                há sempre alguém que semeia
                                                canções no vento que passa.
                                                Mesmo na noite mais triste
                                                em tempo de servidão
                                                há sempre alguém que resiste
                                                há sempre alguém que diz não.


                                                Manuel Alegre

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                                                  #25
                                                  Espectáculo

                                                  Quando
                                                  tu me vires no futebol
                                                  estarei no campo
                                                  cabeça ao sol
                                                  a avançar pé ante pé
                                                  para uma bola que está
                                                  à espera dum pontapé
                                                  à espera dum penalty
                                                  que eu vou transformar para ti
                                                  eu vou
                                                  atirar para ganhar
                                                  vou rematar
                                                  e o golo que eu fizer
                                                  ficará sempre na rede
                                                  a libertar-nos da sede
                                                  não me olhes só da bancada lateral
                                                  desce-me essa escada e vem deitar-te na grama
                                                  vem falar comigo como gente que se ama
                                                  e até não se poder mais
                                                  vamos jogar
                                                  Quando
                                                  tu me vires no music-hall
                                                  estarei no palco
                                                  cabaça ao sol
                                                  ao sol da noite das luzes
                                                  à espera dum outro sol
                                                  e que os teus olhos os uses
                                                  como quem usa um farol
                                                  não me olhes só dessa frisa lateral
                                                  desce peça cortina e acompanha-me em cena
                                                  vamos dar à perna como gente que se ama
                                                  e até não se poder mais
                                                  vamos bailar
                                                  Quando
                                                  tu me vires na televisão
                                                  estarei no écran
                                                  pés assentes no chão
                                                  a fazer publicidade
                                                  mas desta vez da verdade
                                                  mas desta vez da alegria
                                                  de duas mãos agarradas
                                                  mão a mão no dia a dia
                                                  não me olhes só desse maple estofado
                                                  desce pela antena e vem comigo ao programa
                                                  vem falar à gente como gente que se ama
                                                  e até não se poder mais
                                                  vamos cantar
                                                  E quando
                                                  à minha casa fores dar
                                                  vem devagar
                                                  e apaga-me a luz
                                                  que a luz destoutra ribalta
                                                  às vezes não me seduz
                                                  às vezes não me faz falta
                                                  às vezes não me seduz
                                                  às vezes não me faz falta

                                                  Sérgio Godinho

                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    Desde o meu 12º ano que este verso me ficou marcado.


                                                    Perde-se a vida a desejá-la tanto.
                                                    Só soubemos sofrer, enquanto
                                                    O nosso amor
                                                    Durou.
                                                    Mas o tempo passou,
                                                    Há calmaria...
                                                    Não perturbes a paz que me foi dada.
                                                    Ouvir de novo a tua voz seria
                                                    Matar a sede com água salgada.


                                                    Miguel Torga

                                                    Dedicado a uma ex....

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Originalmente Colocado por fmiguel79 Ver Post
                                                      Por que a vida me empurrou
                                                      caí na lama, e então...
                                                      tomei-lhe a cor, mas não sou
                                                      a lama que muitos são.


                                                      Lembro-me do que se passou comigo:
                                                      http://forum.autohoje.com/showpost.p...&postcount=248

                                                      A vida às vezes prega partidas e so quem passa por elas é que sabe dar o valor...
                                                      Os que pensam que são superiores a tudo e a todos para mim são uma verdadeira lama da sociedade, e a vida ensinou-me a não ser assim...

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Originalmente Colocado por Carlos.L Ver Post
                                                        Que força é essa

                                                        Vi-te a trabalhar o dia inteiro
                                                        construir as cidades pr'ós outros
                                                        carregar pedras, desperdiçar
                                                        muita força pra pouco dinheiro
                                                        Vi-te a trabalhar o dia inteiro
                                                        Muita força pra pouco dinheiro

                                                        Que força é essa [bis]
                                                        que trazes nos braços
                                                        que só te serve para obedecer
                                                        que só te manda obedecer
                                                        Que força é essa, amigo [bis]
                                                        que te põe de bem com outros
                                                        e de mal contigo
                                                        Que força é essa, amigo [bis 3]

                                                        Não me digas que não me compr'endes
                                                        quando os dias se tornam azedos
                                                        não me digas que nunca sentiste
                                                        uma força a crescer-te nos dedos
                                                        e uma raiva a nascer-te nos dentes
                                                        Não me digas que não me compr'endes

                                                        (Que força...)

                                                        (Vi-te a trabalhar...)

                                                        Que força é essa [bis]
                                                        que trazes nos braços
                                                        que só te serve para obedecer
                                                        que só te manda obedecer
                                                        Que força é essa, amigo [bis]
                                                        que te põe de bem com outros
                                                        e de mal contigo
                                                        Que força é essa, amigo [bis 10]

                                                        Sérgio Godinho
                                                        "Que força é essa amigo".

                                                        Excelente!

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Originalmente Colocado por Pé Leve Ver Post
                                                          "Que força é essa amigo".

                                                          Excelente!
                                                          Temos de pedir ao Panpipe para colocar a música.

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            Originalmente Colocado por Carlos.L Ver Post
                                                            Temos de pedir ao Panpipe para colocar a música.
                                                            Boa.

                                                            Comentário

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