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Mulheres do Nosso Mundo

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    Sociedade Mulheres do Nosso Mundo

    Havendo tantos tópicos com mulheres bonitas, crio este para as outras,...as que não são tão bonitas,...

    Este tópico tem como objectivo, conhecer e relembrar algumas mulheres que marcaram o nosso mundo, pelas mais variadas razões, seja pela sua coragem, independência, sensibilidade, força, caracter, ou seja pela sua personalidade, o seu todo.

    Começo eu colocando duas que admiro, a Golda Meir, pela sua inteligência, e força.

    Golda Meir




    Até 1956, seu verdadeiro nome era Golda Meyerson, Mabovitch quando solteira. Ainda criança, emigrou com os pais para os Estados Unidos (1906) e, em 1921, estabeleceu-se na Palestina. Ali começou a trabalhar para a criação do Estado de Israel, aliando-se ao movimento sindical Histadrut e no Partido Trabalhista (Mapai) e integrando a frente da divisão política da Agência Judaica (1946-1948). Em 1948, chefiou as infrutíferas conversações secretas com o rei Abdallah da Transjordânia a fim de tentar uma solução pacífica para o conflito na Palestina. Foi embaixadora na União Soviética entre 1948 e 1949, ministra do Trabalho entre 1949 e 1956, dos Negócios Estrangeiros entre 1956 e 1966, secretária-geral do Mapai entre 1966 e 1968 e, por fim, primeira-ministra em 1969, após a morte de Levi Eschkols (chefe do Governo entre 1963 e 1969). Demitiu-se após os confrontos políticos que se seguiram à Guerra do Yom Kippur, em 1973.

    http://www.youtube.com/watch?v=-E4Ya...eature=related

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Golda_Meir

    http://www.netsaber.com.br/biografia...fia_c_699.html


    e como sou de extremos,... a outra mulher que escolho é a Diane Fossey pela sua força também,...mas essencialmente pela sua sensibilidade e amor.

    Dian Fossey




    http://www.youtube.com/watch?v=GVPeMX5E8_M

    http://www.youtube.com/watch?v=SZvmzDMEKt0


    Antropóloga americana, chamada Dian Fossey, que vai para a África estudar o comportamento dos gorilas. Lá ela acaba por descobrir que esses primatas estão seriamente ameaçados pela caça ilegal. Dian se torna uma das maiores defensoras dos gorilas e passa a dedicar sua vida a sua preservação.

    Fonte: http://educacao.uol.com.br/biologia/...-ciencias.jhtm


    http://pt.wikipedia.org/wiki/Dian_Fossey

    #2
    Michèle Mouton (nascida no dia 23 de Junho de 1951 em Grasse) foi a primeira e até hoje única mulher a vencer uma etapa do Campeonato Mundial de Rali (WRC), em Sanremo em 1981. Em 1982 após um disputado campeonato ela terminou o ano na segunda posição do WRC, vencendo as etapas de Portugal, Brasil e Acrópole pilotando um Audi Quattro.

    Em 1985 ela foi a primeira mulher a vencer a subida de Pike's Peak, famosa corrida realizada nos EUA. No ano de 1986 com o fim do Grupo B (FIA) ela abandonou a carreira no Rali, entretanto foi figura chave na organização do evento Race of Champions, em homenagem a Henri Toivonen.

    Em 1975 ela também participou das 24 Horas de Le Mans em uma equipe feminina.

    Michèle Mouton certamente é a mulher que obteve o maior sucesso no rali e uma das mais famosas e bem sucedidas mulheres no automobilismo mundial



    http://pt.wikipedia.org/wiki/Mich%C3%A8le_Mouton
    Editado pela última vez por AutoFan; 28 December 2008, 23:55.

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      #3
      Diane Fossey acabou também por ser vitima dos caçadores ilegais.

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        #4
        Agatha Christie

        Agatha Mary Clarissa Mallowan (Torquay, 15 de Setembro de 1890 — Wallingford, 12 de Janeiro de 1976), mundialmente conhecida como Agatha Christie, foi uma romancista policial britânica e autora de mais de oitenta livros. Seus livros são os mais traduzidos de todo o planeta, superados apenas pela Bíblia e pelas obras de Shakespeare. É conhecida como Duquesa da Morte, Rainha do Crime, dentre outros títulos.

        http://pt.wikipedia.org/wiki/Agatha_Christie

        Marguerite Yourcennar

        Marguerite Yourcenar, pseudônimo de Marguerite Cleenewerck de Crayencour (anagrama de Yourcenar) (8 de junho de 1903, Bruxelas — 17 de dezembro de 1987, Mount Desert Island, Maine, EUA) foi uma escritora belga de língua francesa. Foi a primeira mulher eleita à Academia Francesa de Letras em 1980, após uma campanha e apoio ativos de Jean d'Ormesson, que escreveu o discurso de sua admissão.
        Ela foi educada de forma privada e de maneira excepcional: lia Jean Racine com oito anos de idade, e seu pai ensinou-lhe o latim aos oito anos e grego aos doze.
        Em 1939 mudou-se para os Estados Unidos, onde passou o resto de sua vida, obtendo a cidadania estado-unidense em 1947 e ensinando literatura francesa até 1949.
        As suas Mémoires d´Hadrien (Memórias de Adriano), de 1951, tornaram-na internacionalmente conhecida. Este sucesso seria confirmado com L'Œuvre au Noir (A Obra em Negro, 1968), uma biografia de um herói do século XVI, chamado Zénon, atraído pelo hermetismo e a ciência. Publicou ainda poemas, ensaios (Sous bénéfice d'inventaire, 1978) e memórias (Archives du Nord, 1977), manifestando uma atracção pela Grécia e pelo misticismo oriental patente em trabalhos como Mishima ou La vision du vide (1981) e Comme l´eau qui coule (1982).

        http://pt.wikipedia.org/wiki/Marguerite_Yourcenar

        Madre Teresa de Calcutá

        Madre Teresa de Calcutá, cujo nome verdadeiro é Agnes Gonxha Bojaxhiu, (Skopje, 27 de Agosto de 1910 — Calcutá, 5 de Setembro de 1997) foi uma missionária católica albanesa, nascida na República da Macedônia e naturalizada indiana beatificada pela Igreja Católica.

        Considerada a missionária do século XX, concretizou o projeto de apoiar e recuperar os desprotegidos na Índia. Através da sua congregação "Missionárias da Caridade", partiu em direção à conquista de um mundo que acabou rendido ao seu apelo de ajudar o mais pobre dos pobres.
        http://pt.wikipedia.org/wiki/Madre_Teresa_de_Calcutá

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          #5
          Pedia aos user, que dão o seu contributo neste tópico, que colocassem, fotos, porque a ideia é dá-las a conhecer, para de uma forma simples as conhecermos, pelo menos de uma forma mais generalista,...e assim aumentarmos um bocadinho o nosso conhecimento, sobre pessoas que de certeza alguma coisa nos ensinam,...
          Editado pela última vez por MariaHelena; 28 December 2008, 23:38.

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            #6
            Excelente tópico.

            Joana d’Arc

            A guerreira que era orientada por vozes de santos.


            Joana d’Arc foi uma das mulheres mais fortes e guerreiras que o mundo já conheceu. Nasceu em 1412, no vilarejo de Domrémy, França. Pertencia a uma família de camponeses, foi educada para ser uma boa esposa, para isso aprendia as prendas domésticas. Fora isso, não recebera outro tipo de educação, era praticamente analfabeta. Ao completar 13 anos a jovem passou a ouvir vozes sagradas: São Miguel, Santa Catarina e Santa Margarida. A primeira orientação feita pelas vozes à Joana foi de que a menina deveria permanecer virgem para obter a salvação de sua alma. Mais tarde as vozes passaram a orientá-la sobre política, dizendo que deveria coroar o príncipe herdeiro do trono, Carlos, mais conhecido como delfim, e salvar a França dos ingleses. Joana foi concebida no ápice da Guerra dos Cem Anos, conflito que se iniciou em 1337 e teve fim em 1453. A situação francesa era crítica tanto na política como na economia. A Igreja estava enfraquecida devido às limitações do papado, para sobreviver em meio aos poderosos a Igreja saiu em busca de alianças.

            Com a França em decadência, a Igreja optou por aliar-se à Inglaterra, que até então era a mais forte. Para Joana e sua família, tais alianças significava o início de tragédias, já que o feudo era vizinho de Lorena, onde se localizava o vilarejo de Domrémy. Com isso, as terras da família d’Arc passaram a sofrer constantes ataques. Na época em que os borguinhões se apossaram de vez de Domrémy, em 1428, Joana tinha 16 anos de idade. Com os conselhos das vozes santas na cabeça, decidiu que iria coroar o rei. Tinha consciência de que a paz só seria possível com uma França forte, e que o país só atingiria tal objetivo quando o delfim recebesse a coroa na catedral de Notre-Dame de Reims, conforme a tradição. Decida, Joana convenceu o padrinho, um soldado que já havia se aposentado, a acompanhá-la até a cidade de Vaucouleurs. Ela tinha o objetivo de persuadir o nobre Roberto de Baudricourt, chefe militar e senhor local, a lhe conceder um exército. No primeiro encontro se impressionou com a força e a coragem da jovem, mas não cedeu um exército de imediato. Na espera de uma resposta favorável, Joana ficou vagando por Vaucouleurs. Nesse tempo acabou levando muito soldado na conversa.

            Ao tomar conhecimento de que cada vez mais soldados juravam lealdade à Joana, Baudricourt não teve alternativa. D’Arc partiu para o castelo de Chinon, quartel-general do delfim Carlos, juntamente com o duque de Anjou, com os cavaleiros que havia amealhado e com os soldados que Baudricourt finalmente lhe concedera. Ao chegar a Chinon, Carlos já havia sido informado sobre a jovem camponesa, provavelmente louca, que dizia ouvir vozes sagradas. Ficando meio receoso, permaneceu dois dias recluso, discutindo com a corte se deveria ou não recebê-la. Por fim d’Arc convenceu Carlos de que estava ali com um propósito e que era digna de ser recebida por ele. Com tudo, delfim equipou e abençoou Joana em sua Marcha até Orléans. Apesar de estarem em menor número, os franceses contavam com a força, coragem e garra de Joana. A batalha durou alguns dias e os ingleses recuaram.

            Em maio de 1429, a França obteve sua primeira grande vitória militar. Joana d’Arc estava pronta para sua missão, a de coroar o delfim, sendo assim, em julho de 1429, Carlos recebeu a coroa do rei na Catedral de Notre-Dame de Reims. Com isso, Joana havia atingido seu objetivo maior, só que sua ambição militar falou mais alto. Partiu para Paris a fim de expulsar os ingleses, em setembro de 1429 invadiu Paris, onde foi derrotada, seus soldados partiram em retirada, mas seu espírito guerreiro resistiu. Joana foi capturada, levada para a fortaleza de Beaulieu e, logo em seguida, para o castelo de Beaurevoir. Tentou escapar de ambas as prisões, mas não obteve êxito, Joana foi vendida pelos borguinhões por 10 mil libras aos ingleses. Em 1430, foi levada a julgamento no tribunal inglês, sendo conduzido pelo bispo de Beauvais, Pierre Cauchon. Todas as acusações eram de ordem religiosa: bruxa, herege, idólatra, entre outras. Martírio que durou seis meses, sua sentença foi ser queimada viva.
            Cumpriu-se então a sentença, Joana foi queimada viva em uma fogueira aos 19 anos de idade. Foi o fim da heroína francesa.

            Comentário


              #7
              Originalmente Colocado por José Maia Ver Post
              Diane Fossey acabou também por ser vitima dos caçadores ilegais.
              A ganância do ser humano não tem fim,...mas há outra mulher que lhe segue as pisadas, a morte dela não foi em vão,...

              Jane Goodall



              http://www.janegoodall.org/


              http://www.youtube.com/watch?v=SAmjb...eature=related

              http://www.youtube.com/watch?v=HRPSo...eature=related


              A pesquisadora Jane Goodall, que alterou a definição dos primatas e do animal humano, esteve em Lisboa no passado mês de Maio na "International Conference on Conservation and Animal Welfare".

              Jane Goodall tem dedicado toda a sua vida à pesquisa dos primatas e à causa da preservação da vida selvagem. Viveu durante 25 anos no ambiente de uma comunidade de chimpanzés, observando o seu comportamento e conquistando a sua confiança passo a passo. As suas pesquisas revelaram caminhos revolucionários no pensamento científico sobre a evolução dos primatas e dos humanos. Contribuindo para o avanço dos conhecimentos sobre a aprendizagem social, o raciocínio e a cultura dos chimpanzés, as suas descobertas fizeram desabar a concepção vigente de que apenas os humanos podiam ter sentimentos, memórias e personalidade.

              Mais do que uma cientista, Jane Godall é hoje em dia uma activista ambiental, que se opõe às corporações multinacionais e à alimentação geneticamente modificada, defendendo veementemente a agricultura sustentável, o consumo de produtos biológicos e o vegetarianismo.
              Jane Goodall optou por uma alimentação vegetariana quando, há 36 anos, leu o livro "Libertação Animal" de Peter Singer.

              fonte: http://www.centrovegetariano.org/Art...Bprimatas.html

              Comentário


                #8
                http://www.rtp.pt/gdesport/?article=606&visual=3&topic=1

                Ana de Castro Osório - consegui que as mulheres tivessem direito ao voto em Portugal





                Escreveu, em 1905, “Mulheres Portuguesas”, o primeiro manifesto feminista português. Ana de Castro Osório foi pioneira na luta pela igualdade de direitos. O seu activismo levou à criação da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas. Colaborou com Afonso Costa na criação da Lei do Divórcio. Defendeu até à exaustão que as mulheres não deviam ser meras peças decorativas e que a educação era o “passo definitivo para a libertação feminina”. Mas há mais. Esta mulher notável é considerada a fundadora da literatura infantil em Portugal. Escreveu romances, novelas e peças de teatro.

                Em 1911, estava escrito na lei que tinham direito a voto apenas “cidadãos portugueses com mais de 21 anos que soubessem ler e escrever e fossem chefes de família”. Apesar de não ser dito explicitamente, as mulheres estavam excluídas. Ana de Castro Osório rebelou-se contra esta e outras situações. Lutou por direitos como o voto universal e a igualdade de salários. Não estava disposta a engolir discriminações. Encontramos o seu grande objectivo nas páginas do livro “Mulheres Portuguesas”: “O caminhar do espírito feminino para a sua autonomia.” Ana de Castro Osório desenrolava os mais robustos argumentos para defender a causa das mulheres.

                Esta cidadã notável nasceu em Mangualde em 18 de Junho de 1872. Despertou cedo para a escrita. Talvez fosse o ambiente familiar: o gosto pelas palavras corria-lhe nas veias. O seu irmão, Alberto Osório de Castro, foi poeta. Os seus dois filhos e netos também se tornaram escritores. Ana de Castro Osório iniciou a carreira literária em Setúbal, colaborando com vários periódicos. A partir de 1897 começou a publicar uma colecção em fascículos, intitulada “Para as Crianças”, obra gigantesca que durou até à sua morte.

                Foi aqui que nasceu a literatura infantil em Portugal. Cada edição tinha um pouco de tudo: traduções de contos dos irmãos Grimm ou de Andersen, originais da autoria da escritora e adivinhas. As crianças deliciaram-se. Beatriz Pinheiro, directora da revista “Ave-Azul”, escreveu, em 1899, que Ana de Castro Osório “soube compreender a necessidade de prazer intelectual que se faz sentir na criança”. Publicou, nesse mesmo ano, o primeiro excerto do romance “Ambições”, que viria a ser editado em 1903. Foi o primeiro de uma série de histórias de ficção dirigidas a adultos.

                O poder dos homens na sociedade portuguesa de então fazia com que ser mulher - e interventiva - fosse inevitavelmente uma arte. Ana de Castro Osório teve essa destreza. Casou com Paulino de Oliveira, poeta e membro do Partido Republicano. Aproximou-se do campo republicano e, com isso, pôde defender os seus ideais num quadro partidário. A nível associativo, fundou a Liga Republicana das Mulheres Portuguesas e o Grupo de Estudos Feministas. Escreveu artigos e organizou conferências. Tudo em prol da mulher. Com o advento da República, colaborou com o ministro da Justiça, Afonso Costa, na elaboração da Lei do Divórcio.

                Apesar da sua luta, Ana de Castro Osório tinha uma opinião crítica sobre a mulher portuguesa. Escreveu: “Não tem opinião para não ser pedante, não lê para não ser doutora e não ver espavoridos os maridos.” Atacava quem se confinava ao silêncio, como que num sono apático.

                Em 1911, o marido foi nomeado cônsul em São Paulo. Ana de Castro Osório acompanhou-o. Foi professora e escreveu alguns livros, entre os quais “Lendo e Aprendendo” e “Lição de História”, dois manuais adoptados pelas escolas brasileiras e portuguesas. Foi o seu contributo para a construção da lusofonia. Regressou a Portugal em 1914. Dois anos mais tarde, o País entrou na I Guerra Mundial, enviando um corpo expedicionário para as trincheiras da Flandres. Para dar apoio moral às tropas, criou as “Madrinhas de Guerra”, instituição que existiu até ao 25 de Abril. Faleceu em Setúbal em 23 de Março de 1935.

                Foi um exemplo de empenho e dedicação por uma causa justa. Claro que não foi do dia para a noite que as mulheres derrubaram os muros da discriminação. Como todo o movimento de mudança, o discurso vem antes da prática. Ainda hoje há verdadeiros redutos masculinos - como a política ou os negócios -, dominados pela equipa dos machões de barba rija. A igualdade dos sexos é, seguramente, uma luta que ainda não terminou, mas sem activistas como Ana de Castro Osório a tarefa seria bem mais difícil.

                fonte:http://www.rtp.pt/gdesport/?article=...sual=3&topic=1
                Editado pela última vez por MariaHelena; 28 December 2008, 23:59.

                Comentário


                  #9
                  Maria Helena.

                  A minha esposa .....

                  Comentário


                    #10
                    Originalmente Colocado por Maria Helena Ver Post
                    Ana de Castro Osório - consegui que as mulheres tivessem direito ao voto em Portugal





                    Escreveu, em 1905, “Mulheres Portuguesas”, o primeiro manifesto feminista português. Ana de Castro Osório foi pioneira na luta pela igualdade de direitos. O seu activismo levou à criação da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas. Colaborou com Afonso Costa na criação da Lei do Divórcio. Defendeu até à exaustão que as mulheres não deviam ser meras peças decorativas e que a educação era o “passo definitivo para a libertação feminina”. Mas há mais. Esta mulher notável é considerada a fundadora da literatura infantil em Portugal. Escreveu romances, novelas e peças de teatro.

                    Em 1911, estava escrito na lei que tinham direito a voto apenas “cidadãos portugueses com mais de 21 anos que soubessem ler e escrever e fossem chefes de família”. Apesar de não ser dito explicitamente, as mulheres estavam excluídas. Ana de Castro Osório rebelou-se contra esta e outras situações. Lutou por direitos como o voto universal e a igualdade de salários. Não estava disposta a engolir discriminações. Encontramos o seu grande objectivo nas páginas do livro “Mulheres Portuguesas”: “O caminhar do espírito feminino para a sua autonomia.” Ana de Castro Osório desenrolava os mais robustos argumentos para defender a causa das mulheres.

                    Esta cidadã notável nasceu em Mangualde em 18 de Junho de 1872. Despertou cedo para a escrita. Talvez fosse o ambiente familiar: o gosto pelas palavras corria-lhe nas veias. O seu irmão, Alberto Osório de Castro, foi poeta. Os seus dois filhos e netos também se tornaram escritores. Ana de Castro Osório iniciou a carreira literária em Setúbal, colaborando com vários periódicos. A partir de 1897 começou a publicar uma colecção em fascículos, intitulada “Para as Crianças”, obra gigantesca que durou até à sua morte.

                    Foi aqui que nasceu a literatura infantil em Portugal. Cada edição tinha um pouco de tudo: traduções de contos dos irmãos Grimm ou de Andersen, originais da autoria da escritora e adivinhas. As crianças deliciaram-se. Beatriz Pinheiro, directora da revista “Ave-Azul”, escreveu, em 1899, que Ana de Castro Osório “soube compreender a necessidade de prazer intelectual que se faz sentir na criança”. Publicou, nesse mesmo ano, o primeiro excerto do romance “Ambições”, que viria a ser editado em 1903. Foi o primeiro de uma série de histórias de ficção dirigidas a adultos.

                    O poder dos homens na sociedade portuguesa de então fazia com que ser mulher - e interventiva - fosse inevitavelmente uma arte. Ana de Castro Osório teve essa destreza. Casou com Paulino de Oliveira, poeta e membro do Partido Republicano. Aproximou-se do campo republicano e, com isso, pôde defender os seus ideais num quadro partidário. A nível associativo, fundou a Liga Republicana das Mulheres Portuguesas e o Grupo de Estudos Feministas. Escreveu artigos e organizou conferências. Tudo em prol da mulher. Com o advento da República, colaborou com o ministro da Justiça, Afonso Costa, na elaboração da Lei do Divórcio.

                    Apesar da sua luta, Ana de Castro Osório tinha uma opinião crítica sobre a mulher portuguesa. Escreveu: “Não tem opinião para não ser pedante, não lê para não ser doutora e não ver espavoridos os maridos.”

                    Atacava quem se confinava ao silêncio, como que num sono apático.

                    Em 1911, o marido foi nomeado cônsul em São Paulo. Ana de Castro Osório acompanhou-o. Foi professora e escreveu alguns livros, entre os quais “Lendo e Aprendendo” e “Lição de História”, dois manuais adoptados pelas escolas brasileiras e portuguesas. Foi o seu contributo para a construção da lusofonia. Regressou a Portugal em 1914. Dois anos mais tarde, o País entrou na I Guerra Mundial, enviando um corpo expedicionário para as trincheiras da Flandres. Para dar apoio moral às tropas, criou as “Madrinhas de Guerra”, instituição que existiu até ao 25 de Abril. Faleceu em Setúbal em 23 de Março de 1935.

                    Foi um exemplo de empenho e dedicação por uma causa justa. Claro que não foi do dia para a noite que as mulheres derrubaram os muros da discriminação. Como todo o movimento de mudança, o discurso vem antes da prática. Ainda hoje há verdadeiros redutos masculinos - como a política ou os negócios -, dominados pela equipa dos machões de barba rija. A igualdade dos sexos é, seguramente, uma luta que ainda não terminou, mas sem activistas como Ana de Castro Osório a tarefa seria bem mais difícil.

                    fonte:

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                      #11
                      Originalmente Colocado por Omega Ver Post
                      Maria Helena.

                      A minha esposa .....
                      Podia explicar melhor??,..é que já houve aí um user, que afirmava que eu tinha sido sua namorada,... agora o Omega afirma que sou sua mulher, ou a sua mulher chama-se Maria Helena?? ,...ou quer dizer que a sua mulher é notável??

                      Nunca pensei que o nome Maria Helena tivesse tanto sucesso,...meninas, coloquem às filhas o nome de Maria Helena,..., huuuuuummmm, acho que isto tudo é a era pós foto,...



                      Ps-Se fosse a era pre foto, era mais ranzinza,...mas agora quero ser ser simpatica, que estou em campanha, há para aí uma eleição

                      Bom,...simpatica, simpatica,...sem exageros, se se está a referir que sou sua mulher,...em chegando a casa, pagamas,...é que já me deu duas penalizações,...
                      Editado pela última vez por MariaHelena; 29 December 2008, 00:30. Razão: editei para ameaçar o Omega

                      Comentário


                        #12
                        A Maria Helena é a minha esposa. A Maria Helena é naturalmente uma mulher notável!
                        Quanto a fotos tenho visto algumas mas ainda não vi essa que se fala por aí ....

                        Comentário


                          #13
                          Originalmente Colocado por Omega Ver Post
                          A Maria Helena é a minha esposa. A Maria Helena é naturalmente uma mulher notável!
                          Quanto a fotos tenho visto algumas mas ainda não vi essa que se fala por aí ....
                          Que alívio,..já estava a ver que tinha mais um marido desconhecido,...

                          Então vá ver, vá ver e vá votar,...

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por Maria Helena Ver Post
                            ....

                            Ps-Se fosse a era pre foto, era mais ranzinza,...mas agora quero ser ser simpatica, que estou em campanha, há para aí uma eleição

                            Bom,...simpatica, simpatica,...sem exageros, se se está a referir que sou sua mulher,...em chegando a casa, pagamas,...é que já me deu duas penalizações,...
                            " editei para ameaçar o Omega "

                            Comentário


                              #15
                              desculpem,...houve aqui um moderador, que quis boicotar o tópico,...voltanto ao tema,..


                              ISADORA DUNCAN - Com bases de ballet clássico, criou a dança moderna




                              "A arte não é, de modo nenhum, necessária. Tudo o que é preciso para tornarmos o mundo mais habitável é o amor"

                              "Os pensamentos das mulheres originam-se no abdómen e dirigem-se para cima, ao passo que os pensamentos dos homens originam-se na cabeça e dirigem-se para baixo"

                              http://www.youtube.com/watch?v=tDETQ...eature=related

                              http://www.youtube.com/watch?v=zRaKB...eature=related

                              Bailarina norte-americana nascida em San Francisco, Estados Unidos, considerada pioneira da dança moderna ao romper com os dogmas do balé clássico, fazendo da improvisação e da espontaneidade as principais características de seu modo de dançar, criando uma nova escola de dança. A segunda dos quatro filhos do poeta Joseph Charles e da pianista e professora de música Dora Gray Duncan, morou em Chicago e, depois, em Nova York, onde sua maneira de dançar, com os pés descalços, vestida com túnica leve e tendo por cenário apenas uma cortina azul, não despertou entusiasmo. Com um treinamento técnico incipiente, ela rejeitou as regras da balé clássico e partiu para criar um estilo próprio de dançar, com túnicas esvoaçantes e pés descalços como sua marca. Não muito afeita a casamentos viveu maritalmente com designer teatral Gordon Graig e o milionário parisiense Eugene Singer, dono das máquinas de costura do mundo de então, com os quais teve um filho de cada. Em busca do reconhecimento de seu estilo revolucionário foi para Londres (1898) e consolidou e sua fama quando fez sua primeira exibição em Paris (1902). Depois percorreu quase toda a Europa, onde fez sucesso e apresentou-se nas principais capitais européias, na Grécia e na Rússia (1904). Em Paris (1902), desgraçadamente seus dois filhos, Deirdre e Patrick, morreram afogados no rio Sena (1913) juntamente com sua governanta inglesa, o que a levou a retirar-se temporariamente de cena. Depois da primeira guerra mundial (1920) foi para Moscou, onde se casou (1922) com o poeta soviético Serguei Iessnin, mas se separaram dois anos depois. Yesenin suicidou-se (1925) e ela se estabeleceu na França e passou seus últimos anos em Nice, na Riviera francesa, onde morreu acidentalmente, sem fortuna e esquecida, enforcada pela própria echarpe, que se enrolou nas rodas do automóvel que dirigia. Escreveu The Dance (1909) e o autobiográfico My Life (1927). Além desses e de vários artigos em periódicos, também postumamente foi editado o The Art of the Dance (1928).

                              Fonte: http://www.netsaber.com.br/biografia...ia_c_2267.html
                              Editado pela última vez por MariaHelena; 29 December 2008, 01:15.

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                                #16
                                Sempre admirei a Simone de Beauvoir. Já li vários livros sobre ela.

                                Simone Lucie-Ernestine-Marie Bertrand de Beauvoir, mais conhecida como Simone de Beauvoir (Paris, 9 de janeiro de 1908 — Paris, 14 de abril de 1986), foi uma escritora, filósofa existencialista e feminista francesa. Escreveu romances, monografias sobre filosofia, política, sociedade, ensaios, biografias e uma autobiografia.
                                As suas obras oferecem uma visão sumamente reveladora de sua vida e de seu tempo.
                                Em seu primeiro romance, A convidada (1943), explorou os dilemas existencialistas da liberdade, da ação e da responsabilidade individual, temas que abordou igualmente em romances posteriores como O sangue dos outros (1944) e Os mandarins (1954), obra pela qual recebeu o Prêmio Goncourt e que é considerada a sua obra-prima.
                                As teses existencialistas, segundo as quais cada pessoa é responsável por si própria, introduzem-se também em uma série de quatro obras autobiográficas, além de Memórias de uma moça bem-comportada (1958), destacam-se A força das coisas (1963) e Tudo dito e feito (1972).
                                Entre seus ensaios críticos cabe destacar O Segundo Sexo (1949), uma profunda análise sobre o papel das mulheres na sociedade; A velhice (1970), sobre o processo de envelhecimento, onde teceu críticas apaixonadas sobre a atitude da sociedade para com os anciãos; e A cerimônia do adeus (1981), onde evocou a figura de seu companheiro de tantos anos, Sartre.

                                Wikipedia.

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                                  #17
                                  Originalmente Colocado por Patricinha Ver Post
                                  Sempre admirei a Simone de Beauvoir. Já li vários livros sobre ela.
                                  Desculpe patricinha,... vou completar um pouco, esta mulher merece,..




                                  «Mulher apaixonada e mulher infeliz, ao mesmo tempo autoritária e submissa, inteligente mas de sentidos à flor da pele, muito estilizada apesar do seu estranho penteado, devoradora de amantes e no entanto ligada para sempre a um único homem. De quem se trata? De Britney Spears, Rachida Dati, Carla Bruni? Não, este retrato é o que o semanário Le Nouvel Observateur [1] apresenta de uma mulher que foi filósofa, intelectual comprometida e militante, e que para muita gente, em França e no estrangeiro, encarna o feminismo: Simone de Beauvoir. Para esse retrato ser traçado foram mobilizados os mesmos meios que a imprensa sensacionalista emprega, não faltando sequer a fotografia «chocante», neste caso um nu em plena capa. O dossiê, publicado por ocasião do centenário do nascimento de Simone de Beauvoir, é eloquentíssimo no que diz respeito às condições graças às quais uma mulher pode dar entrada, em França, nos nossos dias, no Panteão dos Grandes Homens.
                                  A primeira condição para ali penetrar é que esteja… acompanhada por um homem. Beauvoir está sempre acompanhada ao longo de todo o dossiê do Nouvel Observateur. Este começa com o relato da ligação que ela teve com Claude Lanzmann, prossegue com Jean-Paul Sartre e termina com o amante americano Nelson Algren. Os primeiros parágrafos mostram uma mulher que vive uma relação intensa e conjugal (as cartas a Lanzmann são assinadas «Tua mulher»), cheia de gratidão por aquele amor inesperado («ela que já se considerava demasiado velha para o amor, chora então de amor e felicidade», escrevem as jornalistas a propósito de uma mulher de… 44 anos). Ou, para citar as palavras de Lanzmann, «uma mulher autêntica, completa».
                                  Lanzmann – e as jornalistas – estarão mesmo a falar de Simone de Beauvoir? Da autora de «não nascemos mulher, tornamo-nos mulher», da que mostrou que ser mulher não remetia para nenhuma «natureza» que o predeterminasse? Parece que sim, mas o tom revela-se-nos logo: a verdadeira mulher não é a feminista nem a militante que muitos conhecem, é a «grande apaixonada», explica Arielle Dombasle, a quem recorreu o Nouvel Observateur (talvez por também ela ser aquilo que Beauvoir lhe parece ser acima de tudo: «mulher de um filósofo»).
                                  É pois como se a vida amorosa de uma mulher que não se casou, não teve filhos e parece ter tido um certo número de amantes de ambos os sexos, se houvesse unicamente manifestado sob a tutela dos homens (as suas relações homossexuais são apenas evocadas como expressão da sua personalidade «manipuladora»), à maneira da paixão trágica e sobre o pano de fundo duma reconciliação tardia com a conjugalidade monogâmica (foi sepultada «levando num dedo o anel de prata que Nelson Algren lhe oferecera»).
                                  A fotografia publicada na capa, tal como a insistência na vida amorosa de Beauvoir, é seguramente chocante. Como se a filósofa tivesse sido obrigada, antes de aceder à honra das revistas e à glória da celebração nacional, não apenas a dar provas do seu amor pelos homens, mas também… a despir-se. A mulher só é «verdadeiramente» mulher na medida em que for um corpo, e um corpo que não se recuse ao olhar dos homens – nem ao dos publicitários.
                                  Mas esta fotografia desnudada só adquire todo o sentido quando relacionada com o dossiê de Agathe Logeart e Aude Lancelin e com a oposição radical, maniqueísta, em que ele assenta – entre, por um lado, a vida sexual e afectiva de Simone de Beauvoir, e, por outro lado, a sua vida intelectual e militante. «A companheira de Sartre declarou guerra ao patriarcado, mas também foi vítima da paixão», explica-se na introdução. De um lado, a Beauvoir formada em filosofia, autora d’O Segundo Sexo e Prémio Goncourt, militante feminista e de esquerda; do outro lado, a Beauvoir mulher e amante, empolgada pelo desejo e pelas paixões, duas realidades pensadas como antagónicas – como se a vida amorosa de Beauvoir, o seu companheirismo intelectual e o seu casal não exclusivo com Sartre nada tivessem a ver com o seu questionamento das normas conjugais e familiares.
                                  O que diz respeito ao «privado» da vida de Simone de Beauvoir nunca é pensado como «político»; fica-se sempre pela oposição muito «tradicional» – e reaccionária – entre o afecto e o intelecto, entre o corpo e a mente [2]. Esta oposição é sem dúvida um truque jornalístico, mas permite também reafirmar a distinção entre os âmbitos que seriam «naturalmente» ocupados pelos homens e pelas mulheres. Para os homens, a abstracção, para as mulheres, a paixão. De resto, a tentativa empreendida por Beauvoir de desconstruir nos seus livros, e de superar na sua vida, essa sacrossanta barreira é associada à intolerância, à secura e, finalmente, à infelicidade. Ainda no mesmo artigo, Beauvoir é apresentada como uma pessoa que «dá lições, fechada nas suas certezas»; é seguramente «sincera» no seu compromisso, mas «tão fria» que se torna a «Dama de Ferro sartriana».
                                  Acentua essa oposição a ideia, implícita no dossiê, segundo a qual a «natureza» volta sempre ao de cima. Pois não foi sempre Beauvoir uma «jovenzinha fútil até à ponta das suas unhas pintadas»? Explicando Philippe Sollers que, com a sua voz, «empoleirada, desagradável, teimosa, didáctica, ela parecia negar a sua bela imagem». Está tudo dito: Beauvoir é mais encantadora no domínio da aparência, não no da linguagem articulada. Coisa que Arielle Dombasle confirma: «Escondida atrás de fatos grosseiros e turbantes austeros», ela era, mesmo assim, «uma mulher deslumbrante». Porque, naturalmente, seria impróprio que uma mulher célebre e francesa fosse feia e andasse vestida às três pancadas.
                                  Depois, a profética audácia sollersiana enterra a Simone de Beauvoir intelectual e militante: «Ela ficará como uma grande epistológrafa». Decretando como superiores à sua obra teórica as obras-primas que são as suas cartas de amores, Sollers convida-nos a «(re)ler Beauvoir» a epistológrafa, a Beauvoir do segredo e do íntimo, dos sentimentos e das efusões: a Beauvoir, em suma, «sensual e divertida».
                                  Deste modo, o dossiê em questão vem alimentar a temática favorita do backlash antifeminista [3]: a luta das mulheres endurece-as, isola-as, torna-as infelizes. Esta conclusão vai sendo progressivamente exposta através da ideia de que a luta de Beauvoir é violenta. A «guerra» que ela levou a cabo vê-se reduzida a umas quantas reivindicações rapidamente evocadas: a recusa do «futuro másculo», o carácter não misto dos grupos feministas, a defesa do direito das mulheres à violência, a supressão da família em prol da comunidade… Em relação a estas coisas seria de esperar que houvesse algumas explicações, mas os leitores têm de contentar-se com uma simples enumeração, a que logo se segue esta desconcertante questão: «Lida e escutada, celebrada em todo o mundo, seria ela feliz?».
                                  A resposta tão esperada é-nos fornecida umas páginas mais à frente por (mais uma vez) Arielle Dombasle, que vai ao ponto de celebrar o malogro da busca beauvoiriana de uma «liberdade que estava acima das suas forças». Concluindo a actriz-cantora com uma comovente visão de Beauvoir, que «ia sentar-se num banquinho, só, junto ao túmulo de Sartre […] chorando o amor de toda a sua vida». Seria pois esse trágico destino que faria de Simone de Beauvoir uma mulher excepcional. E porquê? Devido ao seu carácter ponderado, de forma completamente tautológica, quase excepcional, e nunca em ligação com a sua obra e a sua acção. Deste ponto de vista, o título do dossiê («Uma mulher escandalosa») é revelador, porque, embora as jornalistas citem as reacções indignadas de Albert Camus ou de François Mauriac após a publicação d’O Segundo Sexo em 1949 [4], elas não consideram oportuno precisar quais são as teses que suscitaram a máscula indignação.
                                  Beauvoir, em suma, entra no património nacional um pouco como Guy Môquet [5] deu entrada no panteão sarkozista: como uma personagem mitificada e despolitizada, desligada de qualquer contexto social e de todas as relações de dominação [6]. Os conflitos são apagados em proveito duma celebração do génio nacional, em que Beauvoir é graciosamente convidada a participar. É aliás sintomático que o artigo dedicado à actualidade de Beauvoir inclua uma série de depoimentos de personalidades feministas contemporâneas, apresentadas como individualidades e nunca como actuantes nas lutas colectivas. A contrario, o maior realce é dado, em destaques, a Philippe Sollers ou Arielle Dombasle, celebridades que falam tu cá tu lá com Beauvoir mas pouco conhecidas pela sua obra filosófica – ou pelo seu empenhamento feminista.
                                  Segundo expôs Roland Barthes, a descrição dos escritores ausentes reforça a imagem de pessoas «à parte», celebradas enquanto tais e nunca pela singularidade da sua produção e do papel que desempenharam [7]. Não é pois surpreendente que o dossiê sobre Simone de Beauvoir termine com a homenagem do povo humilde e respeitoso, os criados de mesa do café parisiense La Coupole, que, «à passagem do cortejo fúnebre, formaram alas em sua honra».»

                                  Por SYLVIE TISSOT *
                                  * Socióloga, membro do Colectivo das Feministas pela Igualdade (Collectif des féministes pour l’egalité).

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                                    #18
                                    Antes de ir dormir com a Maria Helena aqui fica a minha contribuição:



                                    http://www.agathachristie.com/

                                    Muitos livros li eu desta Srª noutros tempos ....

                                    Comentário


                                      #19
                                      Marie Curie, nome assumido após o casamento por Maria Skłodowska, (Varsóvia, 7 de Novembro de 1867Sallanches, 4 de Julho de 1934) foi uma cientista francesa de origem polaca. Foi laureada com o Prémio Nobel de Física de 1903 (dividido com seu marido Pierre Curie e Becquerel) pelas suas descobertas no campo da radioatividade (que naquela altura era ainda um fenómeno pouco conhecido) e com o Prémio Nobel de Química de 1911 pela descoberta dos elementos químicos rádio e polônio. Foi uma diretora de laboratório reconhecida pela sua competência.

                                      Biografia

                                      Nascida na capital da Polónia - à época sob domínio do Império Russo - com o auxílio financeiro de sua irmã mudou-se já na juventude para Paris. Licenciou-se em primeiro lugar em Ciências Matemáticas e Física, na Sorbonne. Foi a primeira mulher a lecionar neste prestigiado estabelecimento de ensino. Casou-se em 1895 com Pierre Curie (de quem recebeu o sobrenome pelo qual é conhecida) que também era professor de Física. Em 1896, Henri Becquerel incentivou-a a estudar as radiações, por ele descobertas, emitidas pelos sais de urânio. Juntamente com o seu marido, Maria começou, então, a estudar os materiais que produziam esta radiação, procurando novos elementos que, segundo a hipótese que os dois defendiam, deveriam existir em determinados minérios como a pechblenda (que tinha a curiosa característica de emitir mais radiação que o urânio que dela era extraído). Efetivamente, em 1898 deduziram essa explicação: haveria, com certeza, na pechblenda, algum componente liberando mais energia que o urânio; em 26 de Dezembro desse ano, Maria Skłodowska Curie anunciava a descoberta dessa nova substância à Academia de Ciências de Paris.
                                      Após vários anos de trabalho constante, através da concentração de várias classes de pechblenda, isolaram dois novos elementos químicos. O primeiro foi nomeado polônio, em referência a seu pais nativo, e o outro rádio, devido à sua intensa radiação, do qual conseguiram obter em 1902 0,1 g. Posteriormente partindo de oito toneladas de pechblenda, obtiveram mais 1 g de sal de rádio. Nunca patentearam o processo de obtenção desenvolvido. Os termos radioativo e radioatividade foram inventados pelo casal para caracterizar a energia liberada espontaneamente por este novo elemento químico.
                                      Com Pierre Curie e Antoine Henri Becquerel, recebeu o Prêmio Nobel de Física, em 1903 "em reconhecimento pelos extraordinários serviços obtidos em suas investigações conjuntas sobre os fenômenos da radiação, descoberta por Henri Becquerel". Foi a primeira mulher a receber tal prêmio.

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                                        #20
                                        Originalmente Colocado por Omega Ver Post
                                        Antes de ir dormir com a Maria Helena aqui fica a minha contribuição:

                                        Os homens, são uns abusadores,...basta sermos mais liberais (a foto ) e começam logo a levantar falsos testemunhos,...quando chegar à cama,...a Maria Helena vai estar com dor de cabeça,...

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                                          #21
                                          Originalmente Colocado por Maria Helena Ver Post
                                          Desculpe patricinha,... vou completar um pouco, esta mulher merece,..
                                          Ora essa. Eu agradeço.

                                          Já leu alguma coisa dela?

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                                            #22
                                            Luís tb pensei nessa Sr.ª...!

                                            LOL

                                            Cumps,
                                            Edd

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                                              #23
                                              Originalmente Colocado por Patricinha Ver Post
                                              Ora essa. Eu agradeço.

                                              Já leu alguma coisa dela?

                                              Não não li, mas conheço a mulher,..e a razão de a patricinha a ter colocado aqui.

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                                                #24
                                                Originalmente Colocado por Maria Helena Ver Post
                                                Os homens, são uns abusadores,...basta sermos mais liberais (a foto ) e começam logo a levantar falsos testemunhos,...quando chegar à cama,...a Maria Helena vai estar com dor de cabeça,...

                                                Comentário


                                                  #25
                                                  Originalmente Colocado por Maria Helena Ver Post
                                                  Não não li, mas conheço a mulher,..e a razão de a patricinha a ter colocado aqui.
                                                  Está na minha "calha". Mas já folheei e não me pareceu leitura "fácil".

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                                                    #26
                                                    Originalmente Colocado por Patricinha Ver Post
                                                    Está na minha "calha". Mas já folheei e não me pareceu leitura "fácil".

                                                    Com o seu contributo, pode ser que alguém a venha a ler,...inclusivé eu.

                                                    Não deve ser fácil não, nem deve ser bom começar a conhecer melhor a escritora, depois de um dia de trabalho, quando queremos desanuviar um pouco, é melhor numa esplanada a ver o mar, ...

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Originalmente Colocado por Maria Helena Ver Post
                                                      Com o seu contributo, pode ser que alguém a venha a ler,...inclusivé eu.

                                                      Não deve ser fácil não, nem deve ser bom começar a conhecer melhor a escritora, depois de um dia de trabalho, quando queremos desanuviar um pouco, é melhor numa esplanada a ver o mar, ...
                                                      Ela debateu-se muito para que hoje eu e a Maria Helena possamos ir para a esplanada ler depois do trabalho. Em vez de... enfim... já sabemos o quê.

                                                      "Puxando a brasa" à minha costela alentejana, outra grande mulher que merece referência é a Florbela Espanca.

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Assim de repente... Frida.

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Originalmente Colocado por hifi Ver Post
                                                          Assim de repente... Frida.
                                                          Que coincidência, também é uma mulher que gosto muito, essencialmente, pela sua rebeldia, e irreverência,...

                                                          Frida Kahlo



                                                          http://www.youtube.com/watch?v=NArbG...eature=related

                                                          http://www.youtube.com/watch?v=LjyTv...eature=related

                                                          http://www.youtube.com/watch?v=1HwyBtneBUM

                                                          http://pt.wikipedia.org/wiki/Frida_Kahlo

                                                          Frida Nasceu em 1907 no México, mas gostava de declarar-se filha da revolução ao dizer que havia nascido em 1910. Sua vida sempre foi marcada por grandes tragédias; aos seis anos contraiu poliomelite, o que à deixou coxa. Já havia superado essa deficiência quando o ônibus em que passeava chocou-se contra um bonde. Ela sofreu multiplas fraturas e uma barra de ferro atravessou-a entrando pela bacia e saindo pela vagina. Por causa deste último fez várias cirurgias e ficou muito tempo presa em uma cama.Começou a pintar durante a convalescença, quando a mãe pendurou um espelho em cima de sua cama. Frida sempre pintou a si mesma: "Eu pinto-me porque estou muitas vezes sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor". Suas angustias, suas vivências, seus medos e principalmente seu amor pelo marido Diego Rivera.

                                                          A sua vida com o marido sempre foi bastante tumultuada. Diego tinha muitas amantes e Frida não ficava atrás, compensava as traições do marido com amantes de ambos os sexos. A maior dor de Frida foi a impossibilidade de ter filhos (embora tenha engravidado mais de uma vez, as seqüelas do acidente a impossibilitaram de levar uma gestação até o final), o que ficou claro em muitos dos seus quadros.

                                                          Os seus quadros refletiam o momento pelo qual passava e, embora fossem bastante "fortes", não eram surrealistas: "Pensaram que eu era surrealista, mas nunca fui. Nunca pintei sonhos, só pintei minha própria realidade". Frida contraiu uma pneumonia e morreu em 1954 de embolia pulmonar, mas no seu diário a última frase causa dúvidas: "Espero alegremente a saída - e espero nunca mais voltar - Frida". Talvez Frida não suportasse mais.




                                                          fonte:http://www.netsaber.com.br/biografia...ia_c_4200.html
                                                          Editado pela última vez por MariaHelena; 29 December 2008, 23:20.

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            Da-lhes Maria Helena!...

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