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Dívidas ao exterior valem 90% da riqueza que produzimos num ano - Era 18,5% em 1997

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    [Economia] Dívidas ao exterior valem 90% da riqueza que produzimos num ano - Era 18,5% em 1997

    Projecções do Banco de Portugal não são optimistas

    Depois de uma década em que o país consumiu mais do que produziu, o valor da dívida externa subiu para 90 por cento do PIB, noticia o «Público».


    Em 2008, e de acordo com as últimas projecções do Banco de Portugal, o défice externo português (medido pela balança corrente e de capital) terá atingido os 8,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), superando os 8,2% do ano passado e ficando próximo dos 9,2% de 2006.

    A acumulação de défices externos sucessivos fez com que a dívida do país ao estrangeiro se tivesse elevado em 2007 para 146,2 mil milhões de euros, ou seja, 89,6% do PIB desse ano. Em 1997, este valor estava ainda nos 18,5%, o que significa que, no espaço de uma década, este indicador mais do que quadruplicou.

    O endividamento aconteceu a partir do momento em que as taxas de juro reduzidas levaram as pessoas a comprar mais casas e carros, mas sem que, em contraponto, se produzisse mais. Devido à protecção do euro, o valor da dívida não abre o risco de uma crise cambial, mas pode vir a limitar o ritmo de crescimento da economia durante muitos anos.


    Fonte:
    http://www.agenciafinanceira.iol.pt/...56&div_id=1730

    #2
    Eu como não percebo nada de economia expliquem-me:

    O que é os créditos automóveis + habitação levam a 70% de endividamento ao estrangeiro (70% do PIB)?

    Comentário


      #3
      Originalmente Colocado por Superfast Ver Post
      Eu como não percebo nada de economia expliquem-me:

      O que é os créditos automóveis + habitação levam a 70% de endividamento ao estrangeiro (70% do PIB)?

      Isto é daquelas coisas que é facílimo de explicar comum guardanapo de papel e uma caneta, mas dificílimo de explicar por escrito. Depois gozam com o Medina Carreira por fazer gráficos em folhas de papel para explicar coisas complicadas de modo simples


      Isto é o básico de economia, a economia Portuguesa (tal como as outras todas) é um circuito fechado. Basicamente tens:


      Empresas ----------------------- Pessoas


      O que as pessoas gastam nas empresas (produtos), as empresas devolvem às pessoas (ordenados).

      Depois tens vários factores a influenciar esse circulo, como o Estado, como as importações, e os Bancos.

      Ora, quando as pessoas têm acesso a dinheiro que não é delas (digamos, com baixas taxas de juros) vão pedir dinheiro ao banco e injectam no circulo, o circulo fica maior, mas o dinheiro na prática não está lá, porque teve de vir de algum lado. É sinal que os bancos foram buscar o dinheiro a algum lado.

      O problema da nossa balança, prende-se essencialmente como o facto das nossas importações serem muito maiores que as exportações, o que faz o ciclo ficar mais pequeno (há € a sair). Agora pensa, há dinheiro que não é "nosso" a entrar no circulo, mas dinheiro que é "nosso" a sair...


      E pronto, muito rapidamente (porque tenho de estudar) é isto. Aconselho que vejas com atenção esta entrevista:

      Video


      Já cá tinha andado mas fica sempre bem recordar!


      Para perceberes como esse ciclo funciona, vê a entrada sobre Macro Economia do Wikipedia, http://en.wikipedia.org/wiki/Macroeconomics

      Comentário


        #4
        Originalmente Colocado por Superfast Ver Post
        Eu como não percebo nada de economia expliquem-me:

        O que é os créditos automóveis + habitação levam a 70% de endividamento ao estrangeiro (70% do PIB)?
        Para adquirir esses bens as pessoas endividam-se junto dos bancos. O dinheiro emprestado pelos bancos provêm (ou melhor, deveria provir...) dos depósitos feitos pelas pessoas e empresas.

        Uma vez que a economia portuguesa não gera riqueza suficiente para sustentar esse nivel de endividamento (o dinheiro depositado pelas pessoas e empresas nos bancos não chega para "cobrir" o volume de emprestimos), os bancos portugueses são obrigados a pedir emprestado a bancos estrangeiros.

        Comentário


          #5
          Engraçado como este tema não é discutido.

          Ninguém tem opinião sobre isto?

          Comentário


            #6
            Originalmente Colocado por Superfast Ver Post
            Engraçado como este tema não é discutido.

            Ninguém tem opinião sobre isto?
            Claro que sim.

            Numa nota mais atenta sobre o assunto, a explicação quer do Rasec quer do Mercuro Cromo são correctas, mas são apenas uma parte do problema.

            Sendo que o principal problema é ainda a fuga fiscal, a tal que leva a ter resultados errados sobre todas esta questão.

            Não que não seja preocupante, muito pelo contrario, é bastante grave, mas é importante realçar que esses 89,6% do PIB não tem em conta a produtividade real do país, bastante mais alta do que o que se quer fazer crer.

            Comentário


              #7
              O que poderá acontecer caso este valor continue a crescer para valores acima do PIB gerado? E caso este valor se torne incontrolável?

              Comentário


                #8
                Não deve faltar muito e a Finlândia somos nós...

                Originalmente Colocado por Superfast Ver Post
                Engraçado como este tema não é discutido.

                Ninguém tem opinião sobre isto?

                Salários milionários em gestão pública, acumulação de salários e reformas, esbanjamento do erário público em obras megalómanas que não geram retorno, etc, etc,...

                A cada hora que passa devemos 2M€.

                E como o César (Rasec) disse, vê o vídeo
                Editado pela última vez por jcc; 04 January 2009, 21:34. Razão: No título leia-se Islândia e não Finlândia

                Comentário


                  #9
                  Originalmente Colocado por freefall2900 Ver Post
                  O que poderá acontecer caso este valor continue a crescer para valores acima do PIB gerado? E caso este valor se torne incontrolável?

                  Acontece algo semelhante com o que aconteceu com a Islândia...


                  "Faz-se um reset à Bios"... começa-se tudo de novo... quem mamou, está bem e foge, quem não mamou, fica e paga as dívidas (não consigo não deixar de rir com esta situação).


                  Claro que a dívida não se esquece nem se apaga, alguém vai ter de a pagar...

                  Comentário


                    #10
                    não existe muito a dizer, andamos uma década a viver acima das nossas possibilidades, agora à que pagar a factura.

                    eu sou absolutamente contra o crescimento da economia baseado em empréstimos.

                    uma empresa pode achar que está a aumentar as vendas graças ao crédito concedido aos seus clientes, mas na prática está apenas a antecipar as suas vendas a médio prazo. porque vai chegar a uma altura, como hoje em dia, que as pessoas estão a pagar os créditos do que consumiram no passado e não tem dinheiro para comprar mais nada.

                    na prática o que as empresas andaram a vender a mais no passado, acaba por não compensar o que não é vendido presentemente.

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por psantos Ver Post
                      eu sou absolutamente contra o crescimento da economia baseado em empréstimos.
                      Partilho desta opinião. Andámos a alimentar a economia com o dinheiro dos estrangeiros e agora começam a chegar as facturas. Com esta brincadeira hipotecámos o nosso futuro e o dos nossos filhos.

                      E todos temos culpa. Os nossos governantes porque não delinearam estratégias para evitar esta situação. Todos nós, porque não resistimos ao dinheiro fácil e entrámos em aventuras irracionais.

                      O pior disto tudo é que, mesmo quem tem juízo a gastar o seu dinheiro também apanhou por tabela, pois o crédito fácil fez subir escandalosamente os preços da habitação.

                      Agora, chegou a hora de pagar pelos nossos erros. Preparem-se: vêm aí décadas de miséria e crime.

                      Infelizmente não temos governos com coragem para tomar as medidas de choque necessárias para limitar os estragos, por isso, em vez de invertermos a situação, ainda nos vamos endividar mais...

                      Comentário


                        #12
                        Originalmente Colocado por eu Ver Post
                        Partilho desta opinião. Andámos a alimentar a economia com o dinheiro dos estrangeiros e agora começam a chegar as facturas. Com esta brincadeira hipotecámos o nosso futuro e o dos nossos filhos.

                        E todos temos culpa. Os nossos governantes porque não delinearam estratégias para evitar esta situação. Todos nós, porque não resistimos ao dinheiro fácil e entrámos em aventuras irracionais.

                        O pior disto tudo é que, mesmo quem tem juízo a gastar o seu dinheiro também apanhou por tabela, pois o crédito fácil fez subir escandalosamente os preços da habitação.

                        Agora, chegou a hora de pagar pelos nossos erros. Preparem-se: vêm aí décadas de miséria e crime.

                        Infelizmente não temos governos com coragem para tomar as medidas de choque necessárias para limitar os estragos, por isso, em vez de invertermos a situação, ainda nos vamos endividar mais...
                        Em alguns países da Europa o estado serve de regulador dos preços ao intervir como vendedor de habitações.

                        Porque no caso da habitação (como em muitos outros sectores) a ausência de um contrapeso levou ao aumento anormal das habitações e consequentemente dos materiais (estranhamente este aumento não se reflectiu nos salários, porque será?), levando a situações de apartamentos de qualidade duvidosa a serem vendidos ao preço de um de luxo.

                        Resumindo, não foi o credito acessível que fez subir os preços, mas antes a ausência de qql controlo.

                        O aumento da procura do crédito tem outros resultados, já documentadas e explicadas por vários economistas.

                        Comentário


                          #13
                          Resumindo e concluindo...a nossa economia que já não era famosa, está pior, estrangulada, com tendência para a bancarrota.

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por warmthboy Ver Post
                            Resumindo e concluindo...a nossa economia que já não era famosa, está pior, estrangulada, com tendência para a bancarrota.
                            E o pior é que se quer continuar no mesmo trilho, o do liberalismo aumentando ainda mais os problemas sociais e económicos.

                            Comentário


                              #15
                              Enquanto isso, aqui e ali, timidamente, vai-se falando do que não se fez e devia ter feito.

                              Luís Amado: Portugal adaptou-se mal ao euro e foi penalizado


                              E do exemplo que devia ser seguido mas que inconscientemente se adia (vá-se lá saber porquê).

                              Este será o segundo pacote anti-crise alemão

                              Alemanha: Merkel cede às pressões e baixa impostos

                              -----------------------------------------------//---------------------------
                              Corte fiscal sobre consumidores deverá representar 40% do plano

                              Plano de Obama para estimular economia inclui grande corte de impostos

                              Comentário


                                #16
                                Infelizmente é quase impossivel baixar os impostos, pois isso iria por em risco o defice orçamental.

                                Agora o que tem de ser feito é modernizar a actual politica fiscal, de forma a reduzir em alguns sectores de forma a captar e dinamizar a industria e comercio e taxar aonde ainda se pode aumentar a carga fiscal.

                                O segredo é mesmo pagar menos mas haver mais gente a pagar.

                                Está provado que quanto maior é a carga fiscal, maior é a apetencia de fuga ao fisco.

                                Comentário


                                  #17
                                  Originalmente Colocado por Alpiger Ver Post
                                  Infelizmente é quase impossivel baixar os impostos, pois isso iria por em risco o defice orçamental.

                                  Agora o que tem de ser feito é modernizar a actual politica fiscal, de forma a reduzir em alguns sectores de forma a captar e dinamizar a industria e comercio e taxar aonde ainda se pode aumentar a carga fiscal.

                                  O segredo é mesmo pagar menos mas haver mais gente a pagar.

                                  Está provado que quanto maior é a carga fiscal, maior é a apetencia de fuga ao fisco.
                                  Era um começo...

                                  Comentário


                                    #18
                                    Um excelente artigo...


                                    Francisco Jaime Quesado
                                    Ainda há solução para a economia portuguesa?



                                    No actual panorama de análise da situação económica de Portugal, há duas clarificações a fazer. Primeiro, a crise de crescimento que se vive actualmente vem sendo atribuída a um fenómeno externo, conjuntural. Isto não é assim, em grande medida: a não convergência para a média de rendimento per capita da UE dura há cerca de uma década e, por isso,...

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                                    Isto não é assim, em grande medida: a não convergência para a média de rendimento per capita da UE dura há cerca de uma década e, por isso, em paralelo àquele fenómeno macroeconómico há um problema estrutural em Portugal. Segundo, se existe um problema específico no País, na sua estrutura económica, coloca-se a questão de como o resolver e se é possível resolvê-lo com relativa probabilidade de sucesso, dada a abertura da nossa economia. Aqui há uma luz ao fundo do túnel: parte do problema – a parte estrutural – depende em grande medida das nossas opções enquanto povo, enquanto empresários, trabalhadores, estudantes, etc.

                                    Portugal não consegue atingir os níveis de produtividade da UE e isto é uma condição sine qua non para se atingir os grandes objectivos de prosperidade, solidariedade e qualidade de vida. Como é que vamos além dos grandes números (PIB por habitante) e identificamos as variáveis concretas que vão propiciar aquela convergência? Como é que se passa do debate macroeconómico para o chão das empresas?

                                    Em primeiro lugar, um estudo recente da OCDE (2008) e o Anuário do INE (2008) já identificaram causas para a falência do modelo actual, de onde se salienta:

                                    a) um modelo exportador, mas que é reactivo relativamente aos mercados e relativamente pobre em valor acrescentado;

                                    b) uma crença no IDE sem a adequada incorporação de produção ou decisão nacional naquilo que faz;

                                    c) transferência de mão de obra e capital para actividades de baixo valor acrescentado, em alguns serviços (ex: turismo) e na construção civil. O gráfico abaixo (do Anuário do INE, 2008) mostra a relativa improdutividade da construção e dos serviços face à indústria porque compara o nº de empresas e de empregados com o VAB que devolvem ao País:

                                    Numa frase, com este modelo obtivemos um País de baixa produtividade e muito dependente do exterior, porque implementámos mal o que parecia ser uma boa receita: exportações; infra-estruturas; atracção de capital estrangeiro via investimentos e via turistas.

                                    Impõe-se – por agora a título de ideias em discussão – corrigir o rumo e a posição dos protagonistas do processo de desenvolvimento do País, em ordem a obter um modelo mais assertivo e mais eficaz. As variáveis para esse processo, com base em dados do Fórum Económico Mundial e para o caso português, são:

                                    a) aumentar as exportações no PIB, mas fazê-lo porque se trabalha para clientes mais exigentes. Abandonar a captação de clientes baseada nas vantagens de preço baixo e procurar os clientes mais sofisticados – pagam mais pelo valor acrescentado e ainda nos desafiam a modernizar e a aumentar os nossos padrões de exigência a vários níveis. Isto reforçará factores de competitividade baseados em recursos e capacidades únicos, flexíveis e valiosos, por oposição aos modelos mecânicos, lineares, baseados na minimização de custos;

                                    b) apostar na dinamização de indústrias de bens transaccionáveis de média e alta intensidade tecnológica, procurando envolvê-las com os grandes investimentos de IDE. Isto reforçará o capital empreendedor, normalmente em micro e médias empresas/projectos, e contribuirá para a fixação de conhecimento, ganhos económicos e aumentos nos centros de decisão portugueses;

                                    c) apostar na educação superior e na formação. Mas isto não significa elevar o número de diplomados por si. Significa promover o grau de utilidade da educação/formação para as empresas. Actualmente assiste-se à emigração de talentos ou ao subemprego de licenciados, por falta desta relação entre centros de formação e empresas. A solução não é um "super plano" que aponte as áreas prioritárias – isto é ineficaz. É antes introduzir concorrência e liberdade de opção entre as escolas, universidades e centros de formação, para além dos investimentos em estrutura e nas pessoas dessas instituições. Rapidamente os benefícios da internalização de mecanismos de mercado serão transpostos para outras áreas de welfare;

                                    d) o Sector Público consome, em despesa total, quase 50% do PIB português. É preciso reflectir muito seriamente sobre tomar uma de duas opções: ou este número se reduz para níveis mais eficientes, em torno dos 40%, com a necessária revisão das funções do Estado; ou o Sector Público aprende a tornar-se mais produtivo e devolve à Sociedade, em serviços públicos e em bem-estar, tanto ou mais quanto lhe cobra em impostos.

                                    Em conclusão, é possível atingir os objectivos individuais e colectivos que ambicionamos. O que já não é possível é manter o modelo actual. No entanto é bom saber que parte da solução está nas mãos dos portugueses e que é possível monitorar os progressos do País olhando para alavancas muito simples, identificadas acima. Com certeza que há um debate ideológico implícito mas podemos, seguindo Schumpeter, ser pragmáticos e reconhecer honesta e desapaixonadamente qual o modelo que nos traz, ou não, mais benefícios.
                                    in: www.jornaldenegocios.pt

                                    Comentário


                                      #19
                                      Esse Francisco Jaime Quesado deve ser comuna, só pode...

                                      Comentário


                                        #20
                                        Mesmo a calhar:

                                        Portugal vê rating de crédito piorar

                                        Comentário


                                          #21
                                          Originalmente Colocado por Nthor Ver Post
                                          Esse Francisco Jaime Quesado deve ser comuna, só pode...


                                          Nthor, tenho-te em muito melhor conta do que isto...




                                          Só não concordo com ele numa coisa, acho que Portugal deve apostar naquilo que pode trazer uma vantagem competitiva face aos outros países, uma dessas vantagens é de longe o Turismo, temos é de cada vez mais criar melhores condições para atrair Turismo de qualidade como turismo "Quinta do Lobo" e não turismo de "Albufeira" (espero que me entendam), a elevada especialização também se pode conseguir aqui, sendo esta uma actividade que pode representar benefícios a vários níveis. Mas quando vi criticado em vários sítios um Mestrado em Gestão de Campos de Golf... diz muito da nossa visão redutora do que o nosso Turismo deve ser...


                                          A outra actividade onde Portugal deve apostar MUITO é nas energias alternativas e renováveis, já se vai fazendo qualquer coisa, mas é quase tudo investimento estrangeiro que depois vende a energia ao estado, tem de ser Portugal a fazer esses investimentos para compensar a nossa balança de importações tão dependente dos combustíveis.

                                          Comentário


                                            #22
                                            Originalmente Colocado por Rasec Ver Post
                                            Nthor, tenho-te em muito melhor conta do que isto...
                                            Estava a ser sarcástico , mas tens razão devia ter sido mais explicito.

                                            Acho o texto excelente, coincide com o que tenho defendido por aqui (*) e com o que alguns economistas tem dito sobre Portugal e a nossa "economia", bem como o que muitos economistas de renome tem defendido.

                                            É pena que muita gente não queira ver ou consiga ver para além disso e se ocupe a classificar sem perceber ou a sentir-se ofendido quando as únicas soluções viáveis não lhes agradam.

                                            (*) o que me conotou como simpatizante de esquerda vermelha



                                            Originalmente Colocado por Rasec Ver Post
                                            Só não concordo com ele numa coisa, acho que Portugal deve apostar naquilo que pode trazer uma vantagem competitiva face aos outros países, uma dessas vantagens é de longe o Turismo, temos é de cada vez mais criar melhores condições para atrair Turismo de qualidade como turismo "Quinta do Lobo" e não turismo de "Albufeira" (espero que me entendam), a elevada especialização também se pode conseguir aqui, sendo esta uma actividade que pode representar benefícios a vários níveis. Mas quando vi criticado em vários sítios um Mestrado em Gestão de Campos de Golf... diz muito da nossa visão redutora do que o nosso Turismo deve ser...
                                            Julgo que ele faz esse tipo de distinção quando escreve:
                                            a) aumentar as exportações no PIB, mas fazê-lo porque se trabalha para clientes mais exigentes. Abandonar a captação de clientes baseada nas vantagens de preço baixo e procurar os clientes mais sofisticados – pagam mais pelo valor acrescentado e ainda nos desafiam a modernizar e a aumentar os nossos padrões de exigência a vários níveis. Isto reforçará factores de competitividade baseados em recursos e capacidades únicos, flexíveis e valiosos, por oposição aos modelos mecânicos, lineares, baseados na minimização de custos;
                                            Originalmente Colocado por Rasec Ver Post
                                            A outra actividade onde Portugal deve apostar MUITO é nas energias alternativas e renováveis, já se vai fazendo qualquer coisa, mas é quase tudo investimento estrangeiro que depois vende a energia ao estado, tem de ser Portugal a fazer esses investimentos para compensar a nossa balança de importações tão dependente dos combustíveis.
                                            Exacto.

                                            Comentário


                                              #23
                                              Eu percebi e estava a picar-te para te trazer à conversa!


                                              Sim, ele de facto diz isso, mas também faz uma pequena crítica implícita ao Turismo "transferência de mão de obra e capital para actividades de baixo valor acrescentado, em alguns serviços (ex: turismo)"


                                              Ora, o Turismo só é de baixo valor acrescentado se nós quisermos que ele seja! É um erro apostarmos no Turismo de massas de baixo valor acrescentado que é o que se tem feito, desbravando e destruindo parte da nossa paisagem natural como se tem feito constantemente no Algarve em inúmeras zonas e construindo sem qualquer plano e sentido.


                                              E se há coisa que dá nome a Portugal, é de facto o Turismo e tudo o que lhe está associado! É sinal que ainda há coisas boas a guardar a apostar!

                                              Comentário


                                                #24
                                                Mas já agora corrige-me se estiver enganado, ele defende uma redução drástica na despesa pública, o que implicaria cortes nos números de colaboradores, tenho ideia que és contra isso?!

                                                Comentário


                                                  #25
                                                  E qdo a notação de risco da República (pareçe que estou a falar do Darth Vader) for actualizado em baixa (já foi posto em revisão) o peso da dívida ainda vai ser pior, para nós e para as gerações futuras...

                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    Sabem porque é que não se pode baixar os impostos?? Não se pode porque as sanguessugas presentes em todas as vertentes do estado continuam a alimentar-se, ou seja, a fuga de capitais continua e apenas está mascarada com o aumento de impostos brutal que sofremos em pouco tempo e em contraciclo com a economia. É só por isso que não se pode baixar, ao contrário da primeira coisa que os outros governos fizeram.

                                                    Uma coisa vos posso garantir, no dia que essas sanguessugas e todos os outros que pediram crédito para ir à casa de banho vierem estender a mão levam com a porta na cara. É fazer as malas e partir, até porque viver num país na bancarrota e com este tipo de gente é obviamente má aposta.

                                                    Cumprimentos.

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Originalmente Colocado por Rasec Ver Post
                                                      Mas já agora corrige-me se estiver enganado, ele defende uma redução drástica na despesa pública, o que implicaria cortes nos números de colaboradores, tenho ideia que és contra isso?!
                                                      Muito pelo contrario.

                                                      Defendo exactamente um corte na despesa publica, mas não defendo nem uma diminuição de funcionários (na maioria dos casos) nem o congelamento de vencimentos e, creio que é possível chegar aos 30% (e não apenas nos 40%) aumentando a quer a qualidade, quer o leque de serviços prestados pelo estado (servindo de regulador e competindo com o sector privado como afirmo neste post).

                                                      E a razão é simples, neste momento temos falta de pessoal na maioria dos sectores do estado (tb é verdade que em alguns há gente a mais, mas basta transferir (nos casos em que se aplica) as pessoas para onde fazem falta) mas temos muitos boys em cargos de chefia que maioritariamente servem apenas de areia na engrenagem.

                                                      A estrutura necessária para manter cargos e nomeações politicas é brutal e consome bastante mais do que se divulga do OE.

                                                      Creio alias que se cortarmos essas ervas daninhas seria possível dar aumentos de vencimento aos funcionários do estado de entre 4,5% a 5% mantendo a despesa total do OE, em 30% do PIB português.

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Originalmente Colocado por Nthor Ver Post
                                                        creio que é possível chegar aos 30%
                                                        É quase impossível fazer um orçamento desses. Só se cortasses de forma brutal em despesas essenciais como a educação ou a saúde, mas isso faria o modelo social entrar em colapso com consequências fracturantes e imprevisíveis.

                                                        Para já, eu só pedia que, mantendo os impostos actuais, o orçamento tivesse défice zero. Não é pedir muito, mas nem isso os nossos governantes conseguem fazer...

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Originalmente Colocado por eu Ver Post
                                                          É quase impossível fazer um orçamento desses. Só se cortasses de forma brutal em despesas essenciais como a educação ou a saúde, mas isso faria o modelo social entrar em colapso com consequências fracturantes e imprevisíveis.

                                                          Para já, eu só pedia que, mantendo os impostos actuais, o orçamento tivesse défice zero. Não é pedir muito, mas nem isso os nossos governantes conseguem fazer...
                                                          Nem por isso, não foi neste orçamento mas no anterior, em que se cortou na educação, na saúde, na justiça, na segurança interna e num conjunto de outros sectores essenciais e a despesa publica aumentou, principalmente com vencimentos e estruturas.

                                                          Ora sendo que os funcionários do estado estão a perder poder de compra há 10 anos e tiveram bastante tempo com vencimentos congelados, o dinheiro vai para algum lado, mas não para onde devia ir e há, como se comprova, um escoadouro no estado, que não o habitualmente apontado.

                                                          Quanto aos impostos, creio que há, pelo menos para já a possibilidade de se reduzir o IRC.

                                                          Comentário

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