Um bem haja a esta comunidade, tenho sido essencialmente uma leitor atento e nada participativo, mas nos últimos dias tenho reparado num determinado tópico, onde decorrente de um acto, direi, pouco cuidadoso, alguém levou à morte o seu filho.
Eu coloco o esquecimento num patamar de falta de cuidado e atenção, e os motivos são óbvios.
Profissões há, onde não é permitido errar, esquecer, e desses exemplos temos:
Piloto Aviação - (errar, esquecer implica colocar em risco a vida de dezenas de pessoas)
Médicos - quem quer ter o esquecimento de uma compressa ou qualquer instrumento cirúrgico dentro do seu organismo, o esquecer de ler o historial e não saber que são alérgicos à penicilina, etc.
Militares, Policias – um erro, um atraso (e aqui iremos mais abaixo), um esquecimento implica muitas vezes a morte de quem das suas ordens depende, ou daqueles que juraram defender.
E agora escalpelizemos o seguinte, o que é ser pai?
Acaba por ser uma “profissão” que abraçamos durante pelo menos 18 anos.
Sabem a responsabilidade que acarreta o nascimento de um filho, não sabem ?
Porque razão ser pai, é sujeito a maiores desculpas do que um piloto ser negligente ?
Um médico ?
Um militar?
De vós (nós) depende um ser que é indefeso, um ser que nos seus primeiros meses comunica convosco pelos sons, pelos gestos, dando indícios da sua saúde, das suas necessidades, em suma dos cuidados de que necessita para sobreviver.
Na natureza os animais, e é comum vermos nas séries documentais da TV, os progenitores têm unicamente as seguintes preocupações:
Segurança
Alimentação
Bem estar
NUNCA, uma cria é deixada para trás. E mesmo em casos em que impera a lei do mais forte e da sobrevivência, quando a cria é demasiado frágil ou débil para sobreviver, a mesma é abandonada com pesar pelo seu progenitor, e quando o é, é porque por vezes já coloca em risco a segurança de toda a família.
E agora chegamos ao outro ponto que menciono acima.
O ATRASO.
Aqui começa na verdadeira acepção do termo, a negligencia, o esquecimento, a falta de disciplina.
Mas vós como adultos, atrasam-se ?
Atrasam-se todos os dias de manhã para sair de casa porque vos soube bem dormir mais 5~10~15minutos !
E depois ?
Atrasam-se para os transportes !
Atrasam-se para o emprego !
Atrasam-se e chegam tarde à fila de transito curta, que entretanto já ficou enorme e vai aumentar o vosso atraso !
Acham bem que chegar atrasados às aulas?
Ao emprego ?
Entrar atrasado 10 minutos depois de iniciada a cessão no cinema ?
Chegar atrasado ao próprio casamento (bem sei que por vezes aqui não há pressa) ?
Pois isto é tudo uma questão de DISCIPLINA, e é o que nos falta como povo.
Não temos disciplina, não se incute disciplina, não se aceita a disciplina.
E depois potenciamos os esquecimentos, os erros, a negligência.
Erramos, porque não fomos disciplinados a errar pouco.
Esquecemos, porque não fomos disciplinados a não esquecer.
Negligenciamos, porque não fomos disciplinados a não ser negligentes.
Criei três filhos, a todos incuti o sentido de disciplina, porque é esse o princípio que fará com que tudo o resto funcione, e mesmo quando algo funciona mal, o próprio sentido de disciplina acabará por alertar o subconsciente.
A disciplina não é uma procissão de fé, mas é somente a forma individual ou colectiva de fazer com tudo possa correr com o menor numero de erros possível, e nalguns aspectos impedir na totalidade o surgimento destes, mas mesmo que estes ocorram, que se possa dizer em consciência, que apesar da disciplina este (o erro) ocorreu, mas não por esquecimento ou negligência, e que de forma alguma, o erro tenha uma dimensão grande ou seja fatal.
Não posso deixar de aqui colocar uma anedota, que mostra como a falta de disciplina, nos pode trazer dissabores.
Um velho padre foi a um jantar de despedida pelos seus 25 anos de
trabalho ininterrupto à frente da Paróquia.
Um importante político da região e membro da comunidade, convidado para
entregar o presente e proferir um pequeno discurso, “atrasou-se”.
O sacerdote decidiu proferir umas palavras de circunstância para ganhar tempo, e disse:
«A primeira impressão que tive da paróquia decorreu da primeiraconfissão que ouvi :
A primeira pessoa que se confessou disse-me que tinha roubado um aparelho de TV, tinha roubado dinheiro aos seus pais, tinha roubado a firma onde trabalhava e tivera aventuras amorosas com a esposa do patrão.
Dedicara-se ainda ao tráfico de drogas e até tinha transmitido uma doença à própria irmã.
Fiquei assustadíssimo... Pensei que o bispo me tinha enviado para um lugar terrível.
Mas fui confessando mais gente, que em nada se parecia com aquele homem...
Constatei a realidade de uma Paróquia cheia de gente responsável,com valores, comprometida
com a sua fé.
Vivi aqui os 25 anos mais maravilhosos do meu Sacerdócio.»
Neste momento, chegou o político.
Desculpou-se:
Desculpem a negligência da minha secretária que se esqueceu de me avisar para este compromisso. (desculpa piedosa de quem anda a “comer” a secretária)
O padre passou-lhe então a palavra.
O político, depois de pedir novamente desculpas pelo atraso, disse:
«Nunca vou esquecer o dia em que o sr. padre chegou à nossa Paróquia.
Como poderia?
Tive a honra de ser o primeiro a confessar-me!!»
Moral da história: DISCIPLINEM-SE, não se atrasem, não se esqueçam dos compromissos que assumem, evitem os erros fatais.
Desculpem a extensão do tema, mas não sendo assim perderia o sentido do que pretendo transmitir.
Um bem haja a todos
Eu coloco o esquecimento num patamar de falta de cuidado e atenção, e os motivos são óbvios.
Profissões há, onde não é permitido errar, esquecer, e desses exemplos temos:
Piloto Aviação - (errar, esquecer implica colocar em risco a vida de dezenas de pessoas)
Médicos - quem quer ter o esquecimento de uma compressa ou qualquer instrumento cirúrgico dentro do seu organismo, o esquecer de ler o historial e não saber que são alérgicos à penicilina, etc.
Militares, Policias – um erro, um atraso (e aqui iremos mais abaixo), um esquecimento implica muitas vezes a morte de quem das suas ordens depende, ou daqueles que juraram defender.
E agora escalpelizemos o seguinte, o que é ser pai?
Acaba por ser uma “profissão” que abraçamos durante pelo menos 18 anos.
Sabem a responsabilidade que acarreta o nascimento de um filho, não sabem ?
Porque razão ser pai, é sujeito a maiores desculpas do que um piloto ser negligente ?
Um médico ?
Um militar?
De vós (nós) depende um ser que é indefeso, um ser que nos seus primeiros meses comunica convosco pelos sons, pelos gestos, dando indícios da sua saúde, das suas necessidades, em suma dos cuidados de que necessita para sobreviver.
Na natureza os animais, e é comum vermos nas séries documentais da TV, os progenitores têm unicamente as seguintes preocupações:
Segurança
Alimentação
Bem estar
NUNCA, uma cria é deixada para trás. E mesmo em casos em que impera a lei do mais forte e da sobrevivência, quando a cria é demasiado frágil ou débil para sobreviver, a mesma é abandonada com pesar pelo seu progenitor, e quando o é, é porque por vezes já coloca em risco a segurança de toda a família.
E agora chegamos ao outro ponto que menciono acima.
O ATRASO.
Aqui começa na verdadeira acepção do termo, a negligencia, o esquecimento, a falta de disciplina.
Mas vós como adultos, atrasam-se ?
Atrasam-se todos os dias de manhã para sair de casa porque vos soube bem dormir mais 5~10~15minutos !
E depois ?
Atrasam-se para os transportes !
Atrasam-se para o emprego !
Atrasam-se e chegam tarde à fila de transito curta, que entretanto já ficou enorme e vai aumentar o vosso atraso !
Acham bem que chegar atrasados às aulas?
Ao emprego ?
Entrar atrasado 10 minutos depois de iniciada a cessão no cinema ?
Chegar atrasado ao próprio casamento (bem sei que por vezes aqui não há pressa) ?
Pois isto é tudo uma questão de DISCIPLINA, e é o que nos falta como povo.
Não temos disciplina, não se incute disciplina, não se aceita a disciplina.
E depois potenciamos os esquecimentos, os erros, a negligência.
Erramos, porque não fomos disciplinados a errar pouco.
Esquecemos, porque não fomos disciplinados a não esquecer.
Negligenciamos, porque não fomos disciplinados a não ser negligentes.
Criei três filhos, a todos incuti o sentido de disciplina, porque é esse o princípio que fará com que tudo o resto funcione, e mesmo quando algo funciona mal, o próprio sentido de disciplina acabará por alertar o subconsciente.
A disciplina não é uma procissão de fé, mas é somente a forma individual ou colectiva de fazer com tudo possa correr com o menor numero de erros possível, e nalguns aspectos impedir na totalidade o surgimento destes, mas mesmo que estes ocorram, que se possa dizer em consciência, que apesar da disciplina este (o erro) ocorreu, mas não por esquecimento ou negligência, e que de forma alguma, o erro tenha uma dimensão grande ou seja fatal.
Não posso deixar de aqui colocar uma anedota, que mostra como a falta de disciplina, nos pode trazer dissabores.
Um velho padre foi a um jantar de despedida pelos seus 25 anos de
trabalho ininterrupto à frente da Paróquia.
Um importante político da região e membro da comunidade, convidado para
entregar o presente e proferir um pequeno discurso, “atrasou-se”.
O sacerdote decidiu proferir umas palavras de circunstância para ganhar tempo, e disse:
«A primeira impressão que tive da paróquia decorreu da primeiraconfissão que ouvi :
A primeira pessoa que se confessou disse-me que tinha roubado um aparelho de TV, tinha roubado dinheiro aos seus pais, tinha roubado a firma onde trabalhava e tivera aventuras amorosas com a esposa do patrão.
Dedicara-se ainda ao tráfico de drogas e até tinha transmitido uma doença à própria irmã.
Fiquei assustadíssimo... Pensei que o bispo me tinha enviado para um lugar terrível.
Mas fui confessando mais gente, que em nada se parecia com aquele homem...
Constatei a realidade de uma Paróquia cheia de gente responsável,com valores, comprometida
com a sua fé.
Vivi aqui os 25 anos mais maravilhosos do meu Sacerdócio.»
Neste momento, chegou o político.
Desculpou-se:
Desculpem a negligência da minha secretária que se esqueceu de me avisar para este compromisso. (desculpa piedosa de quem anda a “comer” a secretária)
O padre passou-lhe então a palavra.
O político, depois de pedir novamente desculpas pelo atraso, disse:
«Nunca vou esquecer o dia em que o sr. padre chegou à nossa Paróquia.
Como poderia?
Tive a honra de ser o primeiro a confessar-me!!»
Moral da história: DISCIPLINEM-SE, não se atrasem, não se esqueçam dos compromissos que assumem, evitem os erros fatais.
Desculpem a extensão do tema, mas não sendo assim perderia o sentido do que pretendo transmitir.
Um bem haja a todos
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