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    José da Silva Lopes

    Viram a entrevista deste senhor?

    A coisa que ele disse mais gostei foi:

    "Nos países nórdicos se o vizinho não paga os impostos eu faço queixa porque me está a tirar dinheiro a mim, em portugal se o vizinho não paga fico com inveja porque quero fazer igual."

    Ou seja antes de criticarmos o governo, secalhar também somos maus, ou piores que os políticos.Com que legimitade ficamos nós?

    #2
    Vi. Mas gostei mais da parte de acabar com as vergonhosas reformas milionárias de certos cargos públicos aos 50 anos.

    Comentário


      #3
      Originalmente Colocado por Israel Ver Post
      Viram a entrevista deste senhor?

      A coisa que ele disse mais gostei foi:

      "Nos países nórdicos se o vizinho não paga os impostos eu faço queixa porque me está a tirar dinheiro a mim, em portugal se o vizinho não paga fico com inveja porque quero fazer igual."

      Ou seja antes de criticarmos o governo, secalhar também somos maus, ou piores que os políticos.Com que legimitade ficamos nós?
      Pois, é a diferença entre países civilizados e países de terceiro mundo. Aqui neste cantinho à beira-mar, abrem-se tópicos a avisar onde se encontram os radares e tópicos onde se combinam corridas cronometradas de rua e tópicos a perguntar como não pagar aquela multa ou como passar na Via Verde sem pagar. É a diferença.

      Comentário


        #4
        Originalmente Colocado por Israel Ver Post
        A coisa que ele disse mais gostei foi:

        "Nos países nórdicos se o vizinho não paga os impostos eu faço queixa porque me está a tirar dinheiro a mim, em portugal se o vizinho não paga fico com inveja porque quero fazer igual."
        mais à frente na entrevista, também disse que sabia de casos em que as empresas pagavam aos administradores em dinheiro a partir de contas off-shore.

        se ele não vez queixa, então se calhar ficou com inveja.

        Comentário


          #5
          Vi mas não gostei. Fiquei mesmo triste e deprimido tal o pessimismo... Até fiquei mal disposto. (tomei até um medicamento a sério)

          Já viram o que é não haver esperança no futuro e sabermos que isto vaia ainda ficar pior? Só me apetece

          Adiante. Eu até gosto dele, mas em vez de mandar os seus bitaites, porque é que ele não nos mostra o seu património pessoal + a reforma que ele ganha??? Sim porque ele só falava de ordenados de 2000 e tal contos. Deve ser a ordem de grandeza a que ele tá habituado...

          Porque falar da crise é fácil qd estamos cheios do papel e podemos dar-nos ao luxo de ler o Financial times numa bela duma esplanada a saborear um belo dum cafézinho eqt os outros estão a bulir ou desempregados...
          Editado pela última vez por neoxic; 31 March 2009, 10:35.

          Comentário


            #6
            onde se pode ler essa entrevista?

            Nota: em relação ao pessimismo, também faz falta para contrapor ao optimismo... a realidade não será tão negra nem tão brilhante como a pintam... como na história do copo meio cheio ou meio vazio... a realidade é que está meio...

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              #7
              Originalmente Colocado por D4Dpower Ver Post
              onde se pode ler essa entrevista?
              a entrevista deu ontem na sic, com o mario crespo. não sei se vasculhando no site da sic, se consegue encontrar o video para ver.

              edit:

              aqui esta ele
              http://sic.aeiou.pt/online/video/inf...ilva-lopes.htm
              Editado pela última vez por psantos; 31 March 2009, 11:42.

              Comentário


                #8
                Originalmente Colocado por neoxic Ver Post
                Vi mas não gostei. Fiquei mesmo triste e deprimido tal o pessimismo... Até fiquei mal disposto. (tomei até um medicamento a sério)

                Já viram o que é não haver esperança no futuro e sabermos que isto vaia ainda ficar pior? Só me apetece

                Adiante. Eu até gosto dele, mas em vez de mandar os seus bitaites, porque é que ele não nos mostra o seu património pessoal + a reforma que ele ganha??? Sim porque ele só falava de ordenados de 2000 e tal contos. Deve ser a ordem de grandeza a que ele tá habituado...

                Porque falar da crise é fácil qd estamos cheios do papel e podemos dar-nos ao luxo de ler o Financial times numa bela duma esplanada a saborear um belo dum cafézinho eqt os outros estão a bulir ou desempregados...
                Eu sinto-me como tu. Que optimismo é que havemos de ter se o mais certo é o país ir ao fundo daqui a 2 ou 3 anos?

                Quanto a esse senhor e outros que defendem congelamento de salários, porque não falam da redução de reformas superiores a 500 euros? Isso já era falar com pés e cabeça.

                Então e acumulação de cargos que pagam bem? Não seria mais justo deixar uma pessoa que não tem ocupação preencher essa posição, em vez da mesma pessoa ter 2, 3 e por vezes 4 cargos ao mesmo tempo?

                E aqueles que recebem reformas boas e ainda trabalham? Se calhar se começassem a tirar privilégios e reduzir ganhos aos indivíduos de topo, os indivíduos da base estariam mais predispostos a fazer sacrifícios também...

                Hoje tive a ler um pequeno comentário de Camilo Lourenço no Jornal de Negócios sobre esta questão do congelamento de salários, e o mesmo diz que provavelmente será o próprio mercado de trabalho a decidir o congelamento ou decréscimo do valor dos salários, conforme o aumento ou não do desemprego. Por um lado até lhe dou razão, no meu último trabalho ganhava à volta de 950 euros, tou disposto a trabalhar por 750 actualmente, mas se até final de Abril, não arranjar nada talvez terei que aceitar os 650. Esperemos que não...
                Editado pela última vez por Dannymad; 31 March 2009, 16:11.

                Comentário


                  #9
                  Originalmente Colocado por Dannymad Ver Post
                  Por um lado até lhe dou razão, no meu último trabalho ganhava à volta de 950 euros, tou disposto a trabalhar por 750 actualmente, mas se até final de Abril, não arranjar nada talvez terei que aceitar os 650. Esperemos que não...
                  Eu não. Por 650€ preferia andar ao papelão ou à sucata, fazer biscates por aí desentupimentoss, arranjar máquinas de lavar etc. Ganhava mais e tinha menos chatices com patrões. Comprava um ford transit de 1989 e fazia-me à vida

                  Comentário


                    #10
                    Pois ....

                    Desigualdades aumentam em Portugal

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por Israel Ver Post
                      Viram a entrevista deste senhor?

                      A coisa que ele disse mais gostei foi:

                      "Nos países nórdicos se o vizinho não paga os impostos eu faço queixa porque me está a tirar dinheiro a mim, em portugal se o vizinho não paga fico com inveja porque quero fazer igual."

                      Ou seja antes de criticarmos o governo, secalhar também somos maus, ou piores que os políticos.Com que legimitade ficamos nós?
                      Como é que algo tão elementar, pode ser tão difícil de entender?

                      Comentário


                        #12
                        Originalmente Colocado por orion Ver Post
                        Vi. Mas gostei mais da parte de acabar com as vergonhosas reformas milionárias de certos cargos públicos aos 50 anos.
                        Desses já não há, era tudo do tempo do estado novo e já morreram quase todos.

                        Actualmente as reformas milionárias são ao fim de 8 anos de serviço.

                        Comentário


                          #13
                          Originalmente Colocado por neoxic Ver Post
                          Vi mas não gostei. Fiquei mesmo triste e deprimido tal o pessimismo... Até fiquei mal disposto. (tomei até um medicamento a sério)

                          Já viram o que é não haver esperança no futuro e sabermos que isto vaia ainda ficar pior? Só me apetece

                          Adiante. Eu até gosto dele, mas em vez de mandar os seus bitaites, porque é que ele não nos mostra o seu património pessoal + a reforma que ele ganha??? Sim porque ele só falava de ordenados de 2000 e tal contos. Deve ser a ordem de grandeza a que ele tá habituado...

                          Porque falar da crise é fácil qd estamos cheios do papel e podemos dar-nos ao luxo de ler o Financial times numa bela duma esplanada a saborear um belo dum cafézinho eqt os outros estão a bulir ou desempregados...
                          Fico sempre com esse mesmo sentimento de cada vez que vejo pessoas como ele, que fizeram o que fizeram ao país, a cantar de galo.

                          Não é que ele não tenha alguma razão, em alguns temas, até porque o arrependimento é meio caminho para o paraíso, mas porque diabo é que só se lembram agora, ao fim destes anos todos?

                          Será que as reformas de 3000€ já não dão para os gastos e eles andam a fazer gratificados?

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por Nthor Ver Post
                            Desses já não há, era tudo do tempo do estado novo e já morreram quase todos.

                            Actualmente as reformas milionárias são ao fim de 8 anos de serviço.
                            Tb há aqueles que trabalham a vida toda ...... ora vê o link que meti um pouco mais acima .....

                            Comentário


                              #15
                              Originalmente Colocado por neoxic Ver Post
                              Eu não. Por 650€ preferia andar ao papelão ou à sucata, fazer biscates por aí desentupimentoss, arranjar máquinas de lavar etc. Ganhava mais e tinha menos chatices com patrões. Comprava um ford transit de 1989 e fazia-me à vida

                              este post é maravilhoso

                              ao papelão

                              Comentário


                                #16
                                Originalmente Colocado por Omega Ver Post
                                Pois......


                                SILVA LOPES DEFENDE PARA OS OUTROS A CONTENÇÃO NOS RENDIMENTOS QUE NÃO APLICA A SI NEM AOS GRANDES ACCIONISTAS, OU MAIS UM EXEMPLO CONCRETO DA DESIGUALDADE DE RENDIMENTOS EM PORTUGAL

                                O dr. Silva Lopes defendeu como medida para enfrentar a actual crise o congelamento das remunerações, incluindo as da maioria dos trabalhadores portugueses. Os principais órgãos de comunicação social divulgaram, em 5 do mês Março de 2009, a seguinte noticia que copiamos directamente da versão "on-line" de um deles.

                                "O ex-ministro das Finanças Silva Lopes defendeu esta quarta-feira o congelamento dos salários e a redução dos salários e pensões mais elevados. Porque o tempo, sublinhou, exige medidas menos ortodoxas" (JN, 05/03/2009).

                                É evidente que o congelamento dos salários, e não dos lucros distribuídos aos grandes accionistas (recorde-se que, por ex., a EDP, para quem trabalha actualmente o dr. Silva Lopes, vai distribuir aos seus accionistas em 2009 dividendos superiores aos que distribuiu em 2008, o que beneficiará fundamentalmente os grandes accionistas), agravaria ainda mais a desigualdade que já se verifica na repartição do rendimento em Portugal, reduzindo também a procura o que determinaria mais falências e mais desemprego. Mas para além disso, comparemos esta medida defendida pelo dr. Silva Lopes para os trabalhadores portugueses, mesmo para aqueles que não têm remunerações elevadas, que são a maioria, o que determinaria uma redução do seu baixo poder de compra, com os seguintes factos.

                                No Relatório e Contas de 2008 do Montepio que vai ser analisado na Assembleia-geral de 26 de Março de 2009, trás a seguinte informação que nos limitamos a copiar para não sermos acusados de a deturpar.

                                MONTEPIO
                                Remuneração do Órgão de Administração
                                No exercício de 2008, a totalidade de remunerações atribuída aos membros do órgão de administração é a seguinte
                                CONSELHO DE ADMINISTRAÇÂO
                                Presidente (Até a Abril)
                                José da Silva Lopes..............................410.249,21 euros


                                E como se sabe, o Montepio não é um banco com accionistas iguais aos dos outros bancos. A entidade proprietária do Montepio é uma associação mutualista com mais de 450.000 associados, e a redução dos resultados do Montepio, determinado por despesas exageradas, como são as resultantes dos pagamentos feitos ao dr. Silva Lopes, vai determinar menores benefícios para os associados da Associação Mutualista (em 2009, a remuneração do capital investido pela Associação Mutualista no Montepio será apenas 1,7%).
                                Para além disso, o dr. Silva Lopes, exerceu as funções de presidente do Montepio durante apenas quatro anos, e por esse período de actividade, vai receber do Montepio uma pensão mensal de cerca de 4.000 euros mês, a juntar às duas que deve ter, uma da CGD e outra do Banco de Portugal, onde exerceu também funções e, como é do conhecimento público, estas duas entidades pagam pensões "douradas" aos seus ex-administradores.

                                E como tudo isto já não fosse suficiente, o dr. Silva Lopes, depois de ter apresentado a sua demissão de presidente do Montepio, alegando que já tinha 74 anos e precisava de descansar, aceitou o cargo de administrador da EDP Renováveis (são essas as suas funções actuais), onde aufere um vencimento que não é certamente inferior ao que recebia no Montepio. Mas aguardemos a publicação do Relatório e Contas da EDP Renováveis para podermos ficar a conhecer o seu valor concreto. E isto se a EDP não decidir ocultar os valores auferidos por cada um dos seus administradores.

                                Em resumo, é esta personalidade, com este comportamento, que defende o congelamento dos salários da esmagadora maioria dos trabalhadores portugueses, mas não dos lucros distribuídos aos grandes accionistas, uma medida socialmente injusta (porque agravaria a situação da maioria dos trabalhadores portugueses que já vivem em grandes dificuldades, beneficiando os accionistas das empresas que ficariam assim com mais lucros para receber) e tecnicamente errada (porque provocaria uma maior redução da procura, o que determinaria a falência de muitas empresas e mais desemprego). No entanto, a sua proposta teve um grande "eco" em todos os grandes órgãos de comunicação social portuguesa e já foi aproveitada por grandes empresas para anunciar o congelamento, em 2009, das remunerações dos trabalhadores ou, pelo menos, para uma parte deles.

                                Enquanto foi presidente do Montepio durante quatro anos, o dr. Silva Lopes congelou uma parcela das remunerações dos trabalhadores do Montepio, não a actualizando nem de acordo com a inflação, o que provocou uma baixa contínua no poder de compra destes trabalhadores. E tal medida continua a fazer carreira no Montepio. Que cada leitor tire as suas próprias conclusões
                                Afinal não é reforma de 3000€...



                                Originalmente Colocado por Omega Ver Post
                                Tb há aqueles que trabalham a vida toda ...... ora vê o link que meti um pouco mais acima .....
                                Pois já vi, é chamado falar de barriga cheia....

                                Comentário


                                  #17
                                  Olhando para ele até parecia um reformado humilde que conta tostões...

                                  De qq forma é de louvar estar ao serviço aos 74 anos em vez de estar a gozar dos rendimentos.

                                  Além disso não sabemos o que ele faz ao dinheiro. Pode até doar grande parte dele a instituições sem ng saber de forma anónima...

                                  (eu a tentar arranjar desculpas para o homem...)

                                  Comentário


                                    #18
                                    Originalmente Colocado por Nthor Ver Post
                                    Pois......


                                    Afinal não é reforma de 3000€...



                                    Pois já vi, é chamado falar de barriga cheia....

                                    Ainda sobre este sr. de seu nome Silva Lopes, que como se vê recomenda cortes e sacrificios para alguns, que se dá ao luxo de dizer que se se aumentar o salário minimo as empresas perdem competitividade, há que ter em conta a sua nomeação para a EDP renováveis.

                                    Silva Lopes: sem alternativa, crescimento será afectado - Economia - DN

                                    Entrevista com Silva Lopes, economista.

                                    O antigo ministro das Finanças considera que a situação desesperada condenou o País aos sacrifícios.


                                    Elogia o PSD e o trabalho de Teixeira dos Santos.

                                    Mas diz que a Assembleia não inspira confiança e critica as corporações de privilegiados

                                    Silva Lopes foi o pai do primeiro défice da democracia portuguesa, enquanto ministro das Finanças do II Governo provisório. Admite que lhe custou fazê-lo, mas olha para o passado sem arrependimento. No final do PREC, quando o País estava à beira da bancarrota, foi nomeado governador do Banco de Portugal. Dois anos depois negoceia o primeiro acordo com o FMI, que já então impõe medidas draconianas a Portugal. Economista próximo do PS, esteve com José Sócrates no início do seu Governo. Mas afastou-se quando o reformismo da maioria absoluta socialista cedeu à pressão das corporações.
                                    Os sacrifícios ontem pedidos pelo Governo respondem à situação de emergência do País?
                                    Chegamos a um ponto em que não podemos viver sem empréstimos estrangeiros. Estaríamos numa situação desesperada nos mercados se a União Europeia não tivesse acordado num megaplano de apoio a países em dificuldades financeiras. Mas ninguém faz empréstimos sem tomar precauções. O conselho de ministros da Zona Euro impôs que baixássemos o défice em mais um ponto percentual. E vai impor-nos ainda mais.
                                    O plano de austeridade centra-se no Orçamento, mas não responde ao endividamento externo...
                                    Tenho dito que só se consegue reduzir o desequilíbrio externo pelo aumento da poupança. Mas a urgência agora é [equilibrar] o Orçamento. Seja por aumento de receitas ou redução de despesa. Era melhor que fosse por corte de despesa corrente. Assim havia aumento da poupança nacional. Mas insisto que estas medidas e o PEC vão prejudicar o crescimento económico. Estou muito pessimista quanto ao crescimento para o resto do ano. Pode até ser negativo.
                                    O Governo tinha alternativa?
                                    Não! O problema é que se não tomássemos essas medidas não conseguiríamos financiamento externo. Isso seria o desastre completo, uma catástrofe garantida. Estes sacrifícios são o menor dos males que temos de encarar. Mas não vale a pena enganar as pessoas e dizer que se consegue isto e o crescimento económico ao mesmo tempo.
                                    O PSD exige um corte de despesa equivalente ao aumento da receita. Isso é exequível?
                                    Devia haver uma comissão para estudar as despesas do Estado. Isto não pode ser a olho. Temos de ir ministério a ministério e ver onde há funcionários a mais e a menos.
                                    E atacar a despesa corrente...
                                    Não há alternativa. Temos uma despesa pública que ultrapassa os 50% do PIB - das mais altas da Europa. Se baixarmos de 51% para 49% não é excessivo. A despesa tem aumentado sempre nos últimos 30 anos. Mas isso acabou. Acabou de uma vez para sempre.
                                    E cortes nas prestações sociais?
                                    Infelizmente, também. E isso é onde custa mais.
                                    Defende o corte dos salários?
                                    Seria a melhor solução para a economia portuguesa porque ia tornar as exportações mais competitivas. Mas, ao mesmo tempo, tinham de ser tomadas outras medidas, como o controlo dos preços dessas empresas que têm monopólio no mercado e grandes lucros. Essas empresas podem aumentar salários à vontadinha...
                                    A supervisão em Portugal é fraca?
                                    As supervisões deviam ter mais poder do que têm. Agora o ambiente político em Portugal não é ainda esse. Sou muito crítico dos partidos da esquerda por não perceberem que é aí que devem atacar.
                                    A independência da supervisão está em causa com o modelo de nomeação pelo Governo?
                                    O modelo pode ser um pouco diferente. Mas em toda a parte tem de ser uma proposta do Governo. A Assembleia da República não inspira muita confiança. Custa dizê-lo, mas é verdade. Só pensam numa coisa: a luta partidária. Tomam decisões de por os cabelos em pé! Nas discussões do Orçamento todos queriam menos impostos e mais despesa.
                                    "ABERTURA DO PSD FOI DO MAIS POSITIVO"
                                    Os protagonistas políticos deste acordo vão "sobreviver nas urnas" à imposição dos sacrifícios?
                                    Espero que não tenhamos eleições tão depressa. Mas lembro que Mário Soares fez acordos por duas vezes com o FMI e perdeu as eleições a seguir. Se os políticos tiverem coragem, não devem recuar.
                                    Sócrates e Passos Coelho têm?
                                    O facto de a nova liderança do PSD ter mostrado abertura face ao Governo foi das coisas mais positivas que vi em Portugal nos últimos anos. Não sei como é que o diálogo se vai resolver. Mas espero que saibam chegar a compromissos. O Governo deve olhar também para os outros partidos.
                                    O acordo tem um prazo de validade. E depois, como será?
                                    Vamos precisar disto mais anos. Por agora é positivo. Para o ano logo se vê.
                                    É preciso um novo bloco central?
                                    Não. Mas são precisas conversas ao nível técnico entre os partidos. Ouvi dizer que Nogueira Leite [conselheiro de Passos] falou com Teixeira dos Santos. Acho isso bem.
                                    Porque não foi à audiência de antigos ministros das Finanças com o Presidente da República?
                                    O facto de ter sido ministro das Finanças não dá qualificações especiais para dar conselhos ao Presidente. Por outro lado, tenho opiniões diferentes de alguns dos ministros que lá foram. Não me sinto bem na sua companhia.
                                    Como avalia Teixeira dos Santos?
                                    Tem tido uma tarefa muito difícil mas tem-na desempenhado muito bem. É dos grandes ministros das Finanças que Portugal teve.
                                    Há a tradicional tensão entre o ministro e o chefe de Governo?
                                    Espero bem que não. Já tive a experiência de ser ministro das Finanças. Normalmente, tem contra ele todos os ministros. Mas não pode ter o primeiro-ministro contra. Senão torna-se impossível.
                                    Portugal pode estar à beira de uma grande conflitualidade social?
                                    Na Letónia e na Irlanda foram impostos sacrifícios maiores e as populações aceitaram. Os povos da orla mediterrânica não têm a mesma capacidade de aceitar sacrifícios sem fazer barulho. Mas em Portugal quem faz reivindicações são os privilegiados, não são os pobres diabos que trabalham nas fábricas têxteis.
                                    São as corporações a funcionar?
                                    Claro. Quem tem poder usa-o. Isso não tem nada de democrático. Estes sindicatos fortes - que juntam aqueles que não correm o risco de perder os empregos - não estão a fazer greves contra patrões capitalistas. Estão a fazer greve contra o resto da população.
                                    Directors - EDP Renováveis

                                    Este pobre desgraçado com 77 anos, ainda tem de trabalhar para conseguir sobreviver.

                                    SILVA LOPES, 77 ANOS, NOMEADO ADMINISTRADOR DA EDP RENOVÁVEIS.



                                    SILVA LOPES, com 77 (setenta e sete) anos de idade, ex-Administrador do Montepio Geral, onde saiu há pouco tempo com uma
                                    indemnização de mais de 400.000 euros, acrescidos de varias reformas que tem, uma das quais do Banco de Portugal como ex-governador, logo que saiu do Montepio foi nomeado Administrador da EDP RENOVAVEIS, empresa do Grupo EDP.

                                    Com mais este tacho dourado, lá vai sacar mais umas centenas de milhar de euros num emprego dado pela escumalha politica do governo, que
                                    continua a distribuir milhões pela cambada afecta aos partidos do centrão.


                                    Silva Lopes foi o tal que afirmou ser necessário o congelamento de salários e o não aumento do salário mínimo nacional, por causa da
                                    competividade da economia portuguesa.


                                    Claro que para este senhor, o congelamento dos salários deve ser uma atitude a tomar, (desde que não congelem o dele, claro).

                                    Ai mama a quanto obrigas !

                                    Comentário


                                      #19
                                      Originalmente Colocado por Israel Ver Post
                                      Viram a entrevista deste senhor?

                                      A coisa que ele disse mais gostei foi:

                                      "Nos países nórdicos se o vizinho não paga os impostos eu faço queixa porque me está a tirar dinheiro a mim, em portugal se o vizinho não paga fico com inveja porque quero fazer igual."

                                      Ou seja antes de criticarmos o governo, secalhar também somos maus, ou piores que os políticos.Com que legimitade ficamos nós?

                                      Caro Israel...

                                      é a velha história do ovo e da galinha... quem começou 1º

                                      Em portugal, não bato palmas, mas tb nao censuro "o pequeno espertalhão" que procura meter ao bolso apenas alguns trocos.

                                      Censuro antes:

                                      - os vários milhões metidos pelas empresas de maior dimensão (particularmente banca);

                                      Para além disso... se tivessemos um Estado Social, semelhante aos paises Nordicos (onde predomina a Social Democracia - ideologia politica e não o partido!), até seria capaz de denunciar o meu vizinho, porque:

                                      - Se for despedido, mantenho a minha qualidade de vida, até encontrar 1 novo emprego, algo que tende a ser breve;
                                      - Tenho a minha escolaridade gratuita (aliás, na faculdade, pagam-me para estudar através de bolsa, sem ter necessariamente falta de recursos);
                                      - Se tiver que ser operado, vou ser tratado rapidamente, sem ter que esperar meses, mais uma vez sem custos.

                                      Ou seja... não me importo de pagar impostos altos, importo-me é de pagá-los sem ver a correcta aplicação destes e pior que isso... sem sentir que estou a ser beneficiado em algo, com o pagamento destes!

                                      Ora... qd vou ao médico, tenho seguro de saúde; estudos, freq. ensino privado, desemprego..ainda nao precisei, mas tendo em conta que trabalho com alguma proximidade do IEFP... ainda bem que nao precisei deles!

                                      Comentário

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