Dia do Trabalhador - 1º de Maio

[PeLeve]

Sim, que significado tem para vocês esta data?

Vivem-na apenas como mais um feriado é nada significa para vós, ou sentem que a data encerra em si própria, de facto, algo de mais valioso e importante relativamente ao mundo do trabalho e à sua evolução?

Será o 1º de Maio um mito?

[Stormskaer]

Já li qualquer coisa sobre isso. Do pouco que me lembro, foi em 1 de Maio que houve uma grande manifestação nos EUA (?) a favor de várias regras laborais, uma das mais importantes seria a redução do horário de trabalho (para 9 ou 8 horas, não me recordo). Houve várias mortes mas penso que o objectivo foi alcançado e esta data passou a ser lembrada como o Dia do Trabalhador.

É um feriado em que se deve prestar homenagem a quem luta/lutou pelos direitos laborais.

Atualmente vivemos muito acomodados. Recebemos mal? É a crise! Temos más condições de trabalho? É a crise! (...)

Temos de despertar. Não pode continuar a haver pessoas com ordenados em atraso quando o patrão tem tudo do bom e do melhor.

[Nthor]

Em Portugal

A decisão da Comuna de Paris, de decretar o 1º de Maio como o Dia Internacional do Trabalhador teve repercussões no nosso país. Diz-nos José Mattoso (in História de Portugal, vol. 5), que houve um reforço da luta do movimento operário português em finais do séc. XIX sendo "em torno da associação e da greve que gravita o próprio movimento operário". Entre 1852 e 1910 realizaram-se 559 greves no nosso país. A subida dos salários, a diminuição da jornada de trabalho e a melhoria das condições de laboração eram as principais exigências dos operários.



Mas, segundo o mesmo autor, o movimento operário alcançava grande força quando "aquelas (associações) a que hoje chamaríamos propriamente «sindicatos» se juntavam com as recreativas, as de socorros mútuos e os centros políticos". Tal ficou demonstrado no 1º de Maio de 1900 que juntou em Lisboa cerca de 40 mil pessoas, numa altura em que "as classes médias ainda viam as organizações de trabalhadores com alguma simpatia".
Durante a I República não se deixou de festejar o Dia do Trabalhador, mas sublinhe-se que um dos primeiros diplomas aprovados, com a instituição do novo regime, dizia respeito ao estabelecimento dos feriados nacionais e destes não constava o dia do trabalhador. Em 1933 é decretada a "unicidade sindical" e o "controle governamental dos sindicatos" esmorecendo um movimento operário que só ganharia novo ânimo na década de 40. Durante o Estado Novo as manifestações no Dia do Trabalho (e não do Trabalhador) eram organizadas e controladas pelo Estado.


O primeiro 1º de Maio celebrado em Portugal depois do 25 de Abril foi a maior manifestação alguma vez organizada no país. Só na cidade de Lisboa juntaram-se mais de meio milhão de pessoas. Para muitos, foi a forma dos portugueses demonstrarem a sua adesão ao 25 de Abril, que uma semana antes restituía ao país a democracia.

JPN: O primeiro 1º de Maio em Portugal e no mundo

[Nthor]

Já li qualquer coisa sobre isso. Do pouco que me lembro, foi em 1 de Maio que houve uma grande manifestação nos EUA (?) a favor de várias regras laborais, uma das mais importantes seria a redução do horário de trabalho (para 9 ou 8 horas, não me recordo). Houve várias mortes mas penso que o objectivo foi alcançado e esta data passou a ser lembrada como o Dia do Trabalhador.

É um feriado em que se deve prestar homenagem a quem luta/lutou pelos direitos laborais.

Atualmente vivemos muito acomodados. Recebemos mal? É a crise! Temos más condições de trabalho? É a crise! (...)

Temos de despertar. Não pode continuar a haver pessoas com ordenados em atraso quando o patrão tem tudo do bom e do melhor.

1 de Maio de 1886.

Manifestação operária em Chicago termina com mortes e detenções. Três anos depois nascia o Dia do Trabalhador.

No século XIX, a pujança da “Revolução Industrial” conduziu à sujeição dos trabalhadores a condições desumanas de laboração. A necessidade de se produzir o máxima ao mais baixo custo não respeitava idades nem sexos. As organizações sindicais eram incipientes e perseguidas pelas autoridades policiais.

Em 1864 é criada a Primeira Associação Internacional dos Trabalhadores, em Londres. A iniciativa surge num contexto de união entre líderes sindicais e activistas socialistas com vista a dar voz às lutas dos trabalhadores e às nações oprimidas. A esta associação se chamou mais tarde a Primeira Internacional Socialista que duraria sete anos. As divisões ideológicas entre as várias facções (sindicalistas, anarquistas, socialistas, republicanos e democratas radicais, entre outras) puseram fim à agremiação, mas deixaram mais explícitas as reivindicações e propostas pelas quais os trabalhadores se deveriam debater.A redução da jornada de trabalho para as 10 horas diárias era uma delas.

Os objectivos saídos desta Internacional tiveram eco no IV Congresso da American Federation of Labor, em Novembro de 1884. As negociações, sucessivamente falhadas com as entidades patronais, fizeram das cidades operárias um barril de pólvora pronto a explodir. Até que, em 1886, no dia 1 de Maio, teve início uma greve geral com a adesão de mais de 1 milhão de trabalhadores em todo o território norte-americano. A reacção a esta paralisação foi violenta.

Na cidade de Chicago a repressão policial foi especialmente dura. Ao quarto dia de manifestações (dia 4 de Maio) explodiu uma bomba entre a multidão matando dezenas de trabalhadores e alguns polícias. Deste incidente resultou a prisão de oito líderes do movimento. Quatro foram condenados à morte por enforcamento e os restantes a prisão perpétua. Em 1890, o Congresso americano vota a lei que estabelece a jornada de oito horas de trabalho e três anos mais tarde, depois da reabertura do processo que levou à condenação dos oito operários, conclui-se que a bomba que explodiu em Chicago tinha sido colocada pela própria polícia.


O luto fortaleceu a luta

Três anos depois da condenação dos que ficaram conhecidos como os “Mártires de Chicago” as repercussões sentiram-se na Europa. Assim, em 1889, a Segunda Internacional Socialista decidiu, em Paris, proclamar o 1º de Maio como o Dia do Trabalhador em memória dos que morreram em Chicago.

Curiosos são os títulos de alguns jornais americanos a propósito das manifestações dos trabalhadores. O “Chicago Tribune” dizia na altura: “A prisão e os trabalhos forçados são a única solução adequada para a questão social”. O New York Tribune seguia a mesma linha: “Estes brutos só compreendem a força, uma força que possam recordar por várias gerações”. De sublinhar que nos EUA o chamado Labor Day festeja-se a 3 de Setembro e não a 1 de Maio.

Este ultimo paragrafo é curioso, pois já li por aqui e não só, referirem-se aos que lutam pelos seus direitos (arduamente conseguidos), nos mesmos termos.

A memoria dos homens é curta, se lhe juntarmos a ignorância temos uma combinação explosiva...

É costume ouvir dizer-se, em política, que as conquistas sociais têm sempre um preço a pagar.No final do século XVIII e ao longo do século XIX, os baixos salários e as jornadas de trabalho que se estendiam até às 17 horas diárias eram comuns nas indústrias da Europa e dos Estados Unidos da América.

Férias, descanso semanal e aposentação não existiam. Para se protegerem em situações mais difíceis, os trabalhadores inventaram vários tipos de organização, como as caixas de auxílio mútuo, precursoras dos primeiros sindicatos.

No final do século XIX, o auge da Revolução Industrial sujeitava os trabalhadores a condições desumanas de laboração, obrigando-os a produzir o máximo ao mais baixo custo. O trabalho não respeitava a idade ou o género, e as organizações sindicais eram perseguidas pelas autoridades policiais, tornado-se incipientes.

Sem esquecer as lutas de outros trabalhadores, noutros países e noutras épocas, a ‘conquista' do dia 1 de Maio para ‘Dia do Trabalhador' deve ser atribuída aos trabalhadores de Chicago. Mais precisamente àqueles que se manifestaram nas ruas daquela cidade do Estado norte-americano do Illinois, no dia 1 de Maio do ano de 1886.


1º de Maio: A história e o seu impacto nas relações laborais

Estamos a assistir a um retrocesso face aos direitos que tanto custaram a ganhar.

Mas a mim não espanta que alguns achem que estes direitos privilégios, espanta-me que muita gente não entenda o que está em causa.







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[CarlosL]

Eu já estou a comemorar desde as 7:00.

A trabalhar.

Pena que muita gente não saiba o que é isso.

Viva o 1º de Maio.

[ffg]

também vou picar o ponto... das 11 horas da manhã ás 11 horas da noite... na feira do livro de Lisboa!!! Belo 1º de Maio...

[Nthor]

também vou picar o ponto... das 11 horas da manhã ás 11 horas da noite... na feira do livro de Lisboa!!! Belo 1º de Maio...

O meu dia de trabalho já acabou .

Um dia como este serve/devia servir, para as pessoas se recordarem da luta difícil que tem sido o conquistar de melhores condições de vida ao longo dos Séculos.

[PeLeve]

Eu já estou a comemorar desde as 7:00.

A trabalhar.

Pena que muita gente não saiba o que é isso.

Viva o 1º de Maio.

É uma boa forma de honrar este dia. Parabéns.

Eu também o comecei a trabalhar. Trouxe trabalho para casa e estive quase toda a noite de volta dele.

Agora vou continuar para terminar o pouco que ficou. Segunda há mais.

Viva o 1º de Maio, honra aos que os que estiveram na sua origem e aos que o ora respeitam.

[RDSBorges]

Feriado não significa de certeza para mim... Saí de serviço à bocado.

[eu]

Nestes tempos complexos no que diz respeito ao trabalho, este dia devia pelo menos obrigar-nos a reflectir sobre o futuro da sociedade, uma sociedade com taxas de desemprego de dois dígitos

[Cheires]

Pra mim significa um dia de trabalho.

[Cahib]

Sempre defendi que o dia do trabalhador deveria ser passado a trabalhar.

[CarlosL]

Nestes tempos complexos no que diz respeito ao trabalho, este dia devia pelo menos obrigar-nos a reflectir sobre o futuro da sociedade, uma sociedade com taxas de desemprego de dois dígitos

Pior, mas pior mesmo, vai ser quando chegar aos 3.

De um modo mais sério, o que dizes é perfeitamente actual.

A relação das pessoas com o trabalho está e irá mudar muito mais.

As pessoas terão de criar o seu próprio trabalho, na maioria dos casos.

E quando se fala no regresso às origens, é de arranjar solução da enorme massa do proletariado suburbano....

[hifi]

É um dia p lembrar a luta, jusíssima, por uma jornada de trabalho decente, q começou nos EUA.

Hoje faz todo o sentido. O pessoal é q anda muito distraído, tipo alienado ,mesmo.

[pmct]

È um dia igual aos outros.

[air]

Significa um fim de semana prolongado que deu para dar um salto a Portugal e reviver o desfile do Enterro

Senão, provavelmente teria sido a tratar de algum trabalho..

[Rasec]

Curioso que em tantos países não seja feriado! Porque será?

[PMCC]

Para a mim é um dia que não tenho aulas e aproveito para ir à praia

[AnkjayCorsaB]

Hum...

Hoje é dia de estudar Física Geral II!

[Sweden]

Dia de trabalho, como todos os outros. Com menos trânsito.
Podias era perguntar isso ao Vital Moreira... pelos vistos não se vai esquecer deste dia tão cedo...

[jcc]

Vital Moreira agredido na manif da CGTP
Cabeça de lista do PS às europeias alvo da fúria de vários populares

Vital Moreira, o cabeça de lista do PS às eleições europeias, foi esta tarde agredido em Lisboa, durante a manifestação da CGTP. O candidato independente tinha sido convidado pela Intersindical a participar nos eventos do Dia do Trabalhador e acabou por ser agredido por vários participantes na marcha promovida pela CGTP.

Tudo terá acontecido, quando o cabeça de lista socialista às europeias, com toda a delegação do PS, pretendia, como faz habitualmente todos os anos, apresentar cumprimentos à direcção da central sindical.

Apesar das tentativas dos dirigentes da CGTP em protegerem Vital Moreira, estes não conseguiram evitar o incidente.

Segundo avança a agência Lusa, o candidato rosa foi empurrado, cuspido, insultado e, em várias ocasiões, agredido com murros na cabeça e nas costas. Acabou por ser obrigado a abandonar o local ouvindo gritos como: «traidor», «mentiroso» e «vai-te embora».

Ouvido pelos jornalistas, no local, Vital Moreira referiu que «apesar de não se tratar assim um convidado», não se arrepende de ter assistido à marcha sindical, que se dirige para a Alameda D. Afonso Henriques. Por seu lado, os dirigentes da CGTP apresentaram o seu pedido de desculpas ao candidato e a toda a comitiva do PS, que incluía também os dirigentes socialistas Vítor Ramalho e Ana Gomes.

É deste clima de instabilidade de que se começará a ouvir...cada vez mais...

O povo unido jamais será vencido

[pmct]

É deste clima de instabilidade de que se começará a ouvir...cada vez mais...

O povo unido jamais será vencido

Uns arruaceiros sem um pingo de educação que não fazem falta nenhuma a democrcia!

[Stratos]

Caso para dizer... "Porque será?"

Quanto ao dia 1º Maio, nunca fiz distinções de feriados, sempre trabalhei quando pude sempre descansei quando pude, sempre fiz sacrifícios quando me foram pedidos e nunca fui reconhecido por isso, para mim é mais um dia de luta nesta selva.

[Sweden]

É deste clima de instabilidade de que se começará a ouvir...cada vez mais...

O povo unido jamais será vencido

Tudo bem que se manifestem, agora insultos, agressões e linchamentos públicos é de gente estúpida sem o mínimo de formação e educação. uma vergonha.
(eu nem vou à bola com o Vital, para que fique claro...)

[eu]

A relação das pessoas com o trabalho está e irá mudar muito mais.

As pessoas terão de criar o seu próprio trabalho, na maioria dos casos.

Sim, mas devido à crescente especialização (fruto da globalização) e robotização, a produtividade tem subido em flecha, o que significa que...

...são necessárias cada vez menos pessoas a trabalhar. A organização das sociedades terá que lidar com esta questão.

Uma das formas é reduzir drasticamente o horário de trabalho, de forma que as empresas necessitem de empregar mais pessoas. Obviamente que as empresas não podem sair prejudicadas, por isso, os salários ou os impostos terão que ser reduzidos.

Uma coisa é certa: o modelo actual é insustentável, quer em termos sociais como económicos.

[jcc]

Tudo bem que se manifestem, agora insultos, agressões e linchamentos públicos é de gente estúpida sem o mínimo de formação e educação. uma vergonha.
(eu nem vou à bola com o Vital, para que fique claro...)

Pois, mas é desta instabilidade que certas "revoluções" são feitas... Paris, Atenas, aso... a ver vamos...

[pmct]

os mercados ja estão a subir.
a especulação vem ai em força
ou muito me engano ou la pro natal ja ninguem quer saber disto.
é pena é ser ano impare não haver ne europeu nem mundioal de futebol, pois se assim fosse ja não havia crise, pelo menios nas noticias

[air]

os mercados ja estão a subir.
a especulação vem ai em força
ou muito me engano ou la pro natal ja ninguem quer saber disto.
é pena é ser ano impare não haver ne europeu nem mundioal de futebol, pois se assim fosse ja não havia crise, pelo menios nas noticias

Não ando nos investimentos na bolsa, mas um colega meu anda feliz

[Stratos]

Tudo bem que se manifestem, agora insultos, agressões e linchamentos públicos é de gente estúpida sem o mínimo de formação e educação. uma vergonha.
(eu nem vou à bola com o Vital, para que fique claro...)

Então faz-se mal, as pessoas reprovam, continua-se a fazer mal e pior até que o anterior mal, como queres que as pessoas actuem?

A meu ver o povo está é muito pacifico, tendo em conta a actual situação do pais e nível de vida, acções, que a classe politica tem para com o povo, o RESPEITO PELA NAÇÃO.

Quanto às bolsas, estão a subir mas vão cair a curto prazo, cuidado.

[nunomplopes]

Para mim, um dia de trabalho como todos os feriados; mas compreendendo bem a simbologia marcada por este dia e a reivindicação dos trabalhadores face aos seus direitos, penso que actualmente este dia está a cair no esquecimento e a perder o seu valor devido.