Anúncio

Collapse
No announcement yet.

Direitos dos Animais - AQUI AGORA (SIC)

Collapse

Ads nos topicos Mobile

Collapse

Ads Nos topicos Desktop

Collapse
X
Collapse
Primeira Anterior Próxima Última
 
  • Filtrar
  • Tempo
  • Show
Clear All
new posts

    Direitos dos Animais - AQUI AGORA (SIC)

    Neste momento, está a decorrer um debate na sic sobre os direitos dos animais.

    Alguns dos temas debatidos:
    • Legislação Portuguesa sobre os direitos dos animais.
    • Que condições têm os canis?
    PS: Fico muito contente com a "perca de tempo" da SIC sobre este assunto (já não é a primeira vez que debates sobre animais acontecem). Isto sim, é serviço público.
    Editado pela última vez por NaoInteressa; 14 May 2009, 20:26.

    #2
    Originalmente Colocado por NaoInteressa Ver Post
    Neste momento, está a decorrer um debate na sic sobre os direitos dos animais.

    Alguns dos temas debatidos:
    • Legislação Portuguesa sobre os direitos dos animais.
    • Que condições têm os canis?
    Queria ver isso, mas estou a trabalhar, vou tentar ver depois no site da SIC

    Comentário


      #3
      Originalmente Colocado por rCrew Ver Post
      Queria ver isso, mas estou a trabalhar, vou tentar ver depois no site da SIC
      Logo a ver se coloco aqui o LINK.

      Comentário


        #4
        SIC - Aqui e Agora - Direitos dos Animais

        Está a dar agora...

        A Dra. loura já me irritou, mas enfim... vamos continuar...

        Comentário


          #5
          Originalmente Colocado por Texuga Ver Post
          Está a dar agora...

          A Dra. loura já me irritou, mas enfim... vamos continuar...
          Xuga, já abri um tópico sobre o mesmo.

          Mas podem fundir!

          Neste momento mostraram imagens de abandonos pelos próprios donos...

          Comentário


            #6
            Sorry, não sabia... fundam fundam


            Agora é a caça... ui, isto vai ferver...

            "Para que serve um perdigueiro se não souber caçar???"

            Comentário


              #7
              Originalmente Colocado por Texuga Ver Post
              Sorry, não sabia... fundam fundam


              Agora é a caça... ui, isto vai ferver...

              "Para que serve um perdigueiro se não souber caçar???"
              Eu tenho de ir passear os cães.

              Andam aqui a pedinchar e eu a ver esta porcaria! Mau exemplo!

              Comentário


                #8
                Ai que raiva agora os caçadors não abandonam???????? AAAAAAARRRGGGGHHHHHH

                Comentário


                  #9
                  Originalmente Colocado por Texuga Ver Post
                  Sorry, não sabia... fundam fundam


                  Agora é a caça... ui, isto vai ferver...

                  "Para que serve um perdigueiro se não souber caçar???"
                  Quando comecei a ver pensei: olha, a Texuga está por ali! Afinal não!

                  Comentário


                    #10
                    Originalmente Colocado por Texuga Ver Post
                    Ai que raiva agora os caçadors não abandonam???????? AAAAAAARRRGGGGHHHHHH
                    Os caçadores abandonam como as outras pessoas.

                    E se são abandonam e têm chip têm que se actuar.

                    Mas provavelmente abandonam mais as pessoas que vão de férias e que decidem que o cão deve ser abandonado.

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por rogerAjacto Ver Post
                      Os caçadores abandonam como as outras pessoas.

                      E se são abandonam e têm chip têm que se actuar.

                      Mas provavelmente abandonam mais as pessoas que vão de férias e que decidem que o cão deve ser abandonado.

                      O chip dos cães dos caçadores por norma, não têm dados associados. Isto acontece porque são os donos que têm a obrigação de enviar os papéis para as entidades, e não o fazem para poder abandonar e matar os animais e ficar impunes. Conheço DEZENAS de casos assim.

                      E sim, os caçadores não só abandonam como matam se um cão não prestar para caçar, ou estiver velho para caçar.

                      Comentário


                        #12
                        Ouvir este tipo de debates chega a ser frustrante tal a quantidade de barbaridades que se diz. Essa do caçador perguntar para que servo o perdigueiro senão para caçar, é um exemplo.

                        Fico com a sensação que querem sempre pôr areia nos olhos quando começam a falar sobre a legislação e os sítios onde nos podemos deslocar para fazer uma denuncia. Legislação? Nem para as pessoas funciona. Denúncias? Idem.

                        Defendo muito os direitos dos animais e na minha opinião devia haver punições. Uma convidada dizia que existiam e até deu exemplos. Mas para que servem se depois não são aplicadas nem há ninguém que as aplique?

                        Comentário


                          #13
                          Ainda bem que não estamos a falar de touradas.

                          Senão repetia-se o mesmo falatório vergonhoso...

                          Comentário


                            #14
                            Já agora... Aproveito para contar uma situação que se passou perto da minha casa há coisa de pouco tempo.

                            Costumava andar por aqui uma cadelinha preta a quem eu e mais umas pessoas costumavamos dar comida.

                            Deve ter sido abandonada certamente. Tanto que ela até se dava bem com as pessoas...

                            Certa altura deixei de ver a cadela. Disseram-me que tinha morrido...

                            Nesta segunda-feira uma amiga da minha mãe (que também dava comida à cadela) foi abordada por um senhor que a via a dar comida na rua a informar que a cadela foi encontra há umas semanas atrás no meio aqui do mato, já quase a morrer e toda mal-tratada.

                            Segundo o homem e os veterinários, a cadela foi abusada sexualmente.

                            Nem queiram imaginar o que senti quando a minha mãe me disse isso.

                            A cadela encontra-se actualmente numa instituição. Infelizmente não sei o nome e a amiga da minha mãe não o memorizou.

                            Gostava de ver a cadelinha e ajudar com alguma coisa que precisassem...
                            Editado pela última vez por NaoInteressa; 14 May 2009, 22:08.

                            Comentário


                              #15
                              Originalmente Colocado por NaoInteressa Ver Post
                              Já agora... Aproveito para contar uma situação que se passou perto da minha casa há coisa de pouco tempo.

                              Costumava andar por aqui uma cadelinha preta a quem eu e mais umas pessoas costumavamos dar comida.

                              Deve ter sido abandonada certamente. Tanto que ela até se dava bem com as pessoas...

                              Certa altura deixei de ver a cadela. Disseram-me que tinha morrido...

                              Nesta segunda-feira uma amiga da minha mãe (que também dava comida à cadela) foi abordada por um senhor que a via a dar comida na rua a informar que a cadela foi encontra há umas semanas atrás no meio aqui do mato, já quase a morrer e toda mal-tratada.

                              Segundo o homem e os veterinários, a cadela foi abusada sexualmente.

                              Nem queiram imaginar o que senti quando a minha mãe me disse isso.

                              A cadela encontra-se actualmente numa instituição. Infelizmente não sei o nome e a amiga da minha mãe não o memorizou.

                              Gostava de ver a cadelinha e ajudar com alguma coisa que precisassem...

                              Infelizmente isso é mais recorrente do que possas imaginar...

                              E quanto aos meus fãs, acalmem-se, eu chego a todos... (almost a private joke..)

                              Comentário


                                #16
                                Eu não consegui ver.

                                Espero que passe na SIC Notícias...

                                Comentário


                                  #17
                                  Abusada sexualmente?

                                  Só se foram putos, não estou a ver outra maneira.

                                  Em relação aos debates, nunca existe nenhum elucidativo, vão quase sempre dar ao mesmo.

                                  Comentário


                                    #18
                                    Originalmente Colocado por Motora Ver Post
                                    Eu não consegui ver.

                                    Espero que passe na SIC Notícias...
                                    Certamente está na Sic Online!

                                    Comentário


                                      #19
                                      Originalmente Colocado por NaoInteressa Ver Post
                                      Certamente está na Sic Online!
                                      E está mesmo! Obrigada pela sugestão. Vou ver agora.

                                      Comentário


                                        #20
                                        Originalmente Colocado por Wolfman Ver Post
                                        Abusada sexualmente?

                                        Só se foram putos, não estou a ver outra maneira.

                                        Em relação aos debates, nunca existe nenhum elucidativo, vão quase sempre dar ao mesmo.

                                        Não, não são putos infelizmente... e não queiras ver, há casos em que as cadelas e os cães tÊm mesmo de ser abatidos porque já nada há a fazer...

                                        Comentário


                                          #21
                                          Originalmente Colocado por Texuga Ver Post
                                          Não, não são putos infelizmente... e não queiras ver, há casos em que as cadelas e os cães tÊm mesmo de ser abatidos porque já nada há a fazer...
                                          Quem faz isso não é normal... Não há palavras...

                                          Quem faz isto a um animal também poderá fazer a uma criança... Às vezes vejo aqui imensas crianças sem os pais a brincar nos parques.

                                          Espero que nunca entrem em embrulhos...

                                          Enfim. O que é que uma pessoa destas merece...?

                                          Caso fosse apanhado em flagrante delito, não lhe aconteceria nada?

                                          Eu não acho isto normal.

                                          Eu parti-lhe os cornos, literalmente. (Ninguém leu isto)

                                          Comentário


                                            #22
                                            Abusar cães sexualmente?PORRA para não dizer outra coisa.

                                            O máxima que tinha ouvido era que os pastores faziam isso com ovelhas, mas mesmo isso nunca levei muito a sério,porque pensei que seriam mitos e talvez um pouco de brincadeira também, e agora com cães?

                                            Nem tenho palavras....

                                            Comentário


                                              #23
                                              YouTube - The Ascension and Awareness Awakening of the Animal Kingdom

                                              Comentário


                                                #24
                                                Também eu fiquei chocada, quando há anos atrás tive conhecimento deste tipo de atrocidades que fazem com cães e cadelas (abuso sexual), há gente muito nojenta e desprezível, para não dizer outros adjectivos.

                                                Comentário


                                                  #25
                                                  Não, essa é unica!! Já ouvi de tudo mas abusar sexualmente dum pobre animal vadio.
                                                  Xega isto ta tudo ao contrario.
                                                  Eu vi a mais 2 semanas na N14 varios animais dum circo a comer erva na valeta da estrada .( depois dzem na tv em prime time ,que vem palha para os animais) cambada de aldrabões.

                                                  ja agora o brutus tinha 5 meses quando 1 bezerro lhe deu a comer quaquer coisa envenenada
                                                  mas graças ao veterinario e a700 euros ta forte e robusto ,ate parece o maradona

                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    Originalmente Colocado por Texuga Ver Post
                                                    E sim, os caçadores não só abandonam como matam se um cão não prestar para caçar, ou estiver velho para caçar.
                                                    não muito diferente daqueles que matam outros animais, na arena, com a desculpa de que eles só existem por causa da tourada.

                                                    nada de novo, portanto. a não ser, obviamente, as opiniões de uma certa pessoa, que parecem o pêndulo de um relógio da minha avó....


                                                    ld

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Ainda sobre o debate da SIC, recebi esta carta por email, achei fantástica.

                                                      Subject: Mensagem para Suas Excelências a Subdirectora-Geral de Veterinária e a Presidente da Associação Nacional dos Médicos Veterinários dos Municípios
                                                      To: veterinaria@mail.telepac.pt, geral@anvetem.pt
                                                      Cc: aquieagora@sic.pt, campanhas@animal.org.pt




                                                      Exma. Sra. Subdirectora-Geral de Veterinária ,

                                                      Exma. Sra. Presidente da Associação Nacional dos Médicos Veterinários dos Municípios ,

                                                      Sendo uma defensora dos direitos e dignidade dos animais, não de só de Portugal mas de todo o mundo (porque o animais não são uma questão de bairrismo), não pude, obviamente, perder o debate que decorreu na SIC, no programa Aqui e Agora, moderado pelo Dr. Rodrigo Guedes de Carvalho.

                                                      Enfatisando o excelente trabalho do moderador, mais uma vez um debate sobre direitos dos animais pecou por falta de verdade e por mera defesa de posições políticas por parte dos representantes oficiais presentes no programa, nomeadamente a Exma. Subdirectora-Geral de Veterinária e a Presidente da Associação Nacional dos Médicos Veterinários dos Municípios .

                                                      Infelizmente, é um facto recorrente este tipo de tomadas de posição por parte de orgãos governativos, quer ao nível central como local. É a política de “tapar o sol com a peneira”, defendendo o indefensável, protegendo o seu “pedaço”, sem a coragem de assumir posições “em consciência” e dizer, contra o seu próprio “poleiro”, que há realmente coisas que estão muito mal no que respeita os direitos dos animais em Portugal.

                                                      Mas não. A defesa do “pedaço” foi de tal forma flagrante e incomodativa que chegou ao cúmulo de ter a Presidente da Associação Nacional dos Médicos Veterinários dos Municípios a defender os caçadores! Em que mundo e em que País vivem a Exma. Subdirectora-Geral de Veterinária e a Presidente da Associação Nacional dos Médicos Veterinários dos Municípios? Não será, com certeza, no mesmo país em que eu vivo, pois que o nosso conhecimento da realidade nacional é absolutamente dispar.

                                                      Será que conseguem realmente dormir com tranquilidade sabendo que mentem a vós próprias ao mesmo tempo que mentem ao mundo, apresentando justificações e explicações que não correspondem à realidade e que as senhoras, em consciência, com certeza sabem que não são verdadeiras? Em prol de quê? Do vosso estatuto? Do vosso “lugar”? Do ordenado que recebem ao fim do mês? Também eu sou empregada por conta de outrém, também eu preciso do meu ordenado ao fim do mês, mas não venderia a alma ao meu patrão para continuar empregada e a receber ordenado. Mas isso, minhas senhoras, é uma questão de carácter e de ética. E pelo que me tem sido dado ver, os orgãos políticos e governativos do nosso país não são pródigos nem em carácter, nem em ética.

                                                      Sabe a Exma. Sra. Subdirectora-Geral de Veterinária que não existe realmente legislação à altura e adequada à efectiva e eficaz protecção dos animais. Sabe a Exma. Sra. Subdirectora-Geral de Veterinária que se excusou permanentemente à pergunta do moderador “alguém já foi preso por maltratar um animal”. Em consciência, não em defesa do seu lugar/poleiro, pode realmente dizer que a legislação é eficaz e suficiente? Pode dizê-lo pela sua honra, quando todos nós sabemos que a maior parte dos casos são tratados com um “é só um animal” tanto pelas autoridades como pelos representantes dos poderes central e local? E se neste momento estiver a pensar que nem todos os casos são assim, deixe-me recordar-lhe que todas as regras têm excepçõs, mas que não é a excepção que faz a regra.

                                                      Sabe, também, a Exma. Sra. Presidente da Associação Nacional dos Médicos Veterinários dos Municípios que os animais são tratados em Portugal como “lixo urbano” pelo poder central e local, embora o negasse veementemente. Sabe a Exma. Sra. Presidente da Associação Nacional dos Médicos Veterinários que os canis portugueses são verdadeiros antros, de tal forma que em muitos deles é vedado o acesso ao público e às associações, tal é o estado em que se encontram os animais ali “guardados”. E digo guardados, em vez de alojados, porque sabem estas duas ilustres representantes do poder que em Portugal os animais continuam a ser coisas tratadas pior do que coisas. Com certeza as senhoras terão muito mais cuidado com o estado de conservação dos vossos automóveis do que com a forma como são os animais tratados pelo poder central e local.

                                                      A realidade é só uma e é triste: em Portugal os animais não são amados, respeitados, tratados e protegidos por aqueles que têm por obrigação dar o exemplo: o Estado e os seus representantes, quer se trate de autoridades políciais, onde se inclui o SEPNA, quer se trate de Câmaras Municpais.
                                                      De todas as vezes que eu própria contactei via e-mail o SEPNA com denúncias de casos de abandono e maus-tratos, pedindo explicita e directamente resposta à minha mensagem, nunca se dignaram sequer a acusar a recepção do e-mail. Muito menos, evidentemente, se dignaram dar-me conta das diligências que tencionavam desenvolver quanto aos casos apresentados.

                                                      Por isso, tal como milhares de portugueses que assistiram à triste defesa de estatuto das senhoras representantes do poder central e local, não sou facilmente enganada e iludida por falsas declarações de normalidade no panorama da defesa e protecção dos animais no nosso pobre e atrasado país. Poder-se-ia dizer que temos os orgãos governativos que merecemos... mas os animais não têm culpa disso.

                                                      À minha custa pessoal, a minhas expensas e pelo meu cuidado, já retirei três animais da rua, tratados e esterilizados em veterinário particular e entregues para adopção responsável, sem apoio de ninguém, muito menos estatal. E sou apenas um exemplo ténue, posto que existem particulares a tratar de dezenas de animais sem quaisquer tipo de ajudas. Pensamos, e muito bem, que para o Estado a única coisa que interessa é retirar o “lixo vivo” da rua e lançá-lo para antros onde, se não morrem de doença, são abatidos sem muitas vezes perfazerem o tempo obrigatório de permanência. Mas em defesa da dignidade dos animais também posso dizer que a morte deve realmente ser preferível à maior parte dos canis nacionais.

                                                      Mais ainda, continua a ser prática corrente – o que me deixa estupefacta – esquecer que nos animais abandonados e mal tratados também se incluem os gatos, uns pequenos párias dentro da já enorme tristeza do panorama animal nacional.

                                                      Enquanto não houver bom-senso e sensibilidade por parte dos orgãos governativos para gerir a questão dos direitos dos animais, assumindo os deveres que todos os seres humanos têm de os tratar e proteger (não digo amar, porque ninguém pode ser obrigado a amar), dando o exemplo que obrigatoriamente deveria já estar a ser dado há muito tempo; enquanto não se responsabilizar os cidadãos criando uma legislação efectiva e eficaz que proteja realmente os animais através da punição adequada ao crime (e não falamos de coimas, Sra. Subdirectora-Geral de Veterinária, falamos de prisão efectiva); enquanto não houver um sistema de educação de populações eficiente, que eduque tanto as crianças como os adultos no sentido do respeito pelos animais; enquanto os animais não deixarem de ser considerados coisas e adquirirem o estatuto que é seu por direito de seres vivos sencientes, Portugal permanecerá no obscurantismo, promovido e defendido por representantes estatais, como o foi claramente durante o debate do Aqui e Agora.

                                                      Infelizmente, o Dr. Miguel Moutinho encontrou-se sozinho a defender a nobre causa dos direitos dos animais, excluindo a forma inteligente e profissional como foi conduzido o debate pelo Dr. Rodrigo Guedes de Carvalho, que ouviu e respondeu adequadamente aos diversos pedidos de completar o painel de convidados com um representante de uma Associação de Protecção Animal. Mas, também infelizmente, a representante presente no debate limitou-se a encolher os ombros e a dizer “não sei”, perdendo uma oportunidade de ouro para sair em defesa das muitas dificuldades que certamente sente diariamente e dos muitos casos trágicos com que, também certamente, se cruza permanentemente.

                                                      Recentemente, o vereador do pelouro do Ambiente de certa Câmara Municipal, ao falar-se neste debate, disse-me que a dita Câmara tinha sido convidada a estar presente no programa, mas que não esteve porque o Dr. Miguel Moutinho, referido como “aquele senhor dos animais”, ameaçou que revelaria coisas graves, como, por exemplo, “que ia dizer que não deixamos ninguém entrar no canil”. Pergunta minha: “e deixam entrar?”. Resposta: “Claro que não.” Novamente a minha questão: “E porquê?”. E a admirável resposta, num tom indignado (e desconfio que por todas as razões erradas): “Minha senhora eu tenho vergonha de mostrar aquele canil!” Suspeito que por razão de votos... e não pelo bem-estar dos animais.
                                                      E continuam os representantes do governo central e local a dizer que tudo está bem em Portugal. Não há, pelos vistos, vergonha. Mas como sempre se ouviu dizer... “ainda nenhum cão a perdeu para a encontrarem”.

                                                      Gostaria de vos enviar os sinceros cumprimentos, mas em consciência e honra só posso enviar-vos o meu lamento por constatar que os ainda poucos (embora já milhares) de defensores dos direitos dos animais continuam sós e abandonados pelo seu próprio Estado. Pior ainda, o poder central e local é MAIS uma coisa com que têm de se preocupar e com que têm de lutar, chegando até à necessidade de “salvar” os animais dos canis municipais.

                                                      Atentamente,

                                                      Filomena Marta

                                                      Paço de Arcos
                                                      B.I. 659...
                                                      Tlm.: 96 233 ...

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Sabe a Exma. Sra. Presidente da Associação Nacional dos Médicos Veterinários que os canis portugueses são verdadeiros antros, de tal forma que em muitos deles é vedado o acesso ao público e às associações, tal é o estado em que se encontram os animais ali “guardados”.
                                                        Isto é completamente verdade e eu nem fazia ideia disto.

                                                        Na passada 2ª-feira fui ao canil de Oeiras.

                                                        A mulher que lá estava (acho que era a vet) não me pareceu muito interessada em deixar-me entrar para conferir algo que eu queria, mesmo lhe dizendo que fui aconselhada por outras pessoas para conferir o que queria com os meus próprios olhos! E eu não estava a pedir nada de outro mundo...

                                                        Acho isto vergonhoso. Ela própria disse que não tem contacto com os animais! Não quero imaginar o que os animais estejam a sofrer, pois acredito que nem cuidados médicos têm.



                                                        Texuga, já entraste no canil de Oeiras?

                                                        Os veterinários dos canis só servem para abater?
                                                        Editado pela última vez por NaoInteressa; 21 May 2009, 21:43.

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Mas não. A defesa do “pedaço” foi de tal forma flagrante e incomodativa que chegou ao cúmulo de ter a Presidente da Associação Nacional dos Médicos Veterinários dos Municípios a defender os caçadores!

                                                          Ainda gostava de saber o porque não se podem defender os caçadores, e a visão de que os caçadores abandonam os seus cães, é de quem não conhece o que é a caça, a verdade é que a grande maioria quando perde um cão a meio do dia de caça vai passar o resto do dia á procura do animal. Só quem nunca andou no meio do mato onde inclusive é difícil ver outro caçador, a poucos metros de distancia, é extremamente fácil um cachorro novo perder-se do dono. Basta ir no rasto de uma peça de caça e facilmente perde contacto visual com o dono, e isto em terrenos que normalmente são novos para os cães é meio caminho andado para este se perder se não estiver acompanhado de cães mais experientes.

                                                          E se a Presidente da Associação Nacional dos Médicos Veterenários defendeu os caçadores é porque sabe que a sua grande maioria tem muito respeito e carinho pelos seus cães de caça. Quem ataca os caçadores não sabem o que é ter um cão de caça velho que mal pode andar, a pedinchar e a arrastar-se para poder ir á caça, e ver mesmo assim esse mesmo cão mais velho a mostrar aos mais novos como é que se caça mesmo andando devagar.
                                                          Caçador que é digno desse nome nunca abate um animal por estar velho, cão de caça, caça até morrer. Porque não existe melhor professor para novos cães do que outro cão mais velho e experiente.

                                                          E já agora deixo um reflexão sobre a caça e os caçadores e a hipocrisia da sociedade urbana, escrito por Maitê Proença no Globo.

                                                          Maitê Proença em defesa da caça



                                                          Recentemente, em um programa Saia Justa, no meio de uma discussão sobre o macho moderno, me pus a defender a caça. Disse, basicamente que nós mulheres ganhamos tanto espaço nas últimas décadas - espaços que foram, desde sempre, redutos dos homens - e que enquanto avançávamos, os rapazes ficaram olhando perplexos esperando que aquilo fosse uma marola ao invés do grande movimento transformador de hábitos que virou. E que agora os pobres estão tontos sem ter onde manifestar sua masculinidade, não tem mulher para detonar, não têm boi para laçar, não há duelos de morte, não se enfrenta um javali para o sustento da família.
                                                          Assim, defendi a idéia de que se os rapazes empreendessem a caça -, que é esporte de homens, faria-lhes bem ao instinto frustrado, a todo esse lado primitivo primordial deprimido. E aí soltei a frase, "Se o desorientado do Bush caçasse, não teria invadido o Iraque". Pronto! Todas as sociedades de proteção aos animais, dos carrapatos até aos unicórnios, estão em cima de mim. Gente que possivelmente aprecia uma picanha, um franguinho de granja, um robalo asfixiado aos poucos nas redes de pescadores.
                                                          Pois vamos lá. A caça, antes de ser um esporte ou distração, foi sempre uma atividade milenar do homem. Uma atividade econômica e de sobrevivência. O homem foi caçador, antes de ser agricultor ou criador de gado. Nas tribos primitivas da Amazônia, os índios vivem ainda hoje, sobretudo da caça e da pesca, e toda a organização econômica, social e política deles está feita em torno disso. O homem caça para dar de comer à família e fazendo o que todos os outros animais fazem na Natureza. Como disse Woody Allen, "a natureza é um imenso supermercado onde se caçam todos uns aos outros".
                                                          É claro que, com o tempo e nos países desenvolvidos, a caça deixou de representar uma necessidade econômica, para passar a ser uma forma de lazer, embora, mesmo em regiões da Europa, ela ainda represente um importante complemento alimentar. Mas o fato de a caça ter se tornado um esporte e não mais uma necessidade evidente, não faz com que os cromossomos do caçador se tenham extinto, assim como não apaga o ato cultural que a caça representa. Só aqueles que nasceram, cresceram e vivem nas cidades, aqueles que não sabem como funciona a natureza, o campo e o mato, é quenão conseguem entender a íntima relação que existe entre a natureza e a caça.
                                                          A história da pintura, da literatura, da música, da escultura está repleta de exemplos de histórias ambientadas na caça - Picasso e Hemingway, para não ir mais longe. Picasso manteve, a propósito, uma polêmica pública com o filósofo espanhol Ortega Y Gasset, que era adversário da caça, com os argumentos clássicos da brutalidade e ect. Anos depois e após ter decidido estudar a sério o assunto, Gasset escreveu um livro em que se retratava, "Sobre a caça e os touros". O que mudou ao longo dos tempos, e com o fim da necessidade econômica da caça, foi a necessidade de ela deixar de ser um "bem livre" e ter de passar a ser organizada.
                                                          Não conheço o funcionamento da coisa em nosso país, mas na Europa, que pode nos servir de modelo, aonde já participei de caçadas, a caça desportiva é uma atividade economicamente relevante, sobretudo para as populações rurais, dando-lhes emprego, fixando-as nos campos, forçando-as a manter a agricultura (porque só há caça onde houver agricultura e sementeiras para as aves e outros animais se alimentarem). Há, para além da agricultura em função da caça, dos guardas-florestais, dos "batedores" e todos os outros que trabalham diretamente numa caçada, uma infinidade de pequenos hotéis, restaurantes e lojas de província que vivem da passagem dos caçadores e que, se isso acabar, estão condenados a abandonar as terras e ir procurar emprego na periferia das grandes cidades - cada vez mais desumanizadas e inabitáveis. Por isso, porque se tornou uma atividade econômica importante, a caça está hoje organizada em toda a Europa.
                                                          Não apenas o interessado tem de ter licenças e passar em exames para poder se tornar caçador, como também é responsável pela própria existência de caça: ou criando-a diretamente ou pagando a quem o faz. Isto implica tratar do terreno da caça, limpa-lo, cuidá-lo, semeá-lo, fazer comedouros e bebedouros para os bichos e controlar a sua existência, de uma época para a outra. O sujeito não mata o que quer, mas o que pode: é o dono ou o grupo de caçadores que explora um terreno que determina, em cada ano, qual o limite de cada espécie que se pode caçar, sob pena de essa espécie se poder extinguir no ano seguinte.
                                                          Porque a regra essencial é manter o equilíbrio entre as espécies. Mesmo a caça grossa da África, que tanta impressão faz às pessoas obedece a estas regras: organização, controle das espécies, rentabilidade econômica para as populações locais. Ao contrário do que alguns julgam, não é qualquer um que pode ir matar um elefante na África. Primeiro, tem de se inscrever numa organização de caça local e comprar a respectiva licença, que anda em torno de 8.000 dólares por elefante - mais as despesas com a estada, os extras, ect. Depois, não mata o que quer, mas sim o elefante que as autoridades locais selecionaram - sempre um macho, já velho e fora da manada.
                                                          E esta é a maneira civilizada de controlar a espécie, não deixando matar de mais, mas matando o necessário para manter o equilíbrio entre as espécies e, ao mesmo tempo, fazendo disso uma atividade econômica que, em muitos casos de populações africanas, é quase a única fonte de rendimento disponível. Há alguns anos, o presidente Mugabe (que só faz asneiras e destruiu a agricultura no Zimbabwe), resolveu proibir a caça ao elefante. O resultado é que, em dois ou três anos, o excesso de elefantes começou a tornar a vida insuportável para as populações rurais, destruindo as colheitas e atacando as próprias aldeias. Então, quis atrair caçadores às pressas, mas como as organizações que o faziam haviam ido embora, teve de pedir ajuda a um organismo internacional qualquer, que veio dizimar os elefantes em excesso com uns sujeitos de helicóptero disparando balas envenenadas por cima da cabeça dos elefantes, que iriam morrer lentamente.
                                                          Ao contrário do que se pensa, o prazer da caça não está em matar. Está, acima de tudo, na fusão com a natureza, na compreensão que se redescobre de como funciona esse mundo de que tantos falam e tão poucos entendem. Perceber o que é uma linha de água, mesmo que não visível, como se deve caminhar no mato, como se faz uma emboscada, que frutos e que raízes se podem aproveitar, distinguir o canto e os hábitos dos animais, ver o estado das culturas, enfim, todo esse lado primitivo e primordial de Robinson Crusoé, que muita cultura urbana já matou dentro da grande maioria de nós - e é por isso que há crianças na cidade que não sabem que o frango tem penas, que o ovo vem da galinha e que os morangos não nascem numa árvore mas no chão. No fim de tudo, sim, resta ainda o prazer do tiro - não porque se matou, mas porque se acertou no alvo.
                                                          Mas, se isso é crueldade, eu pergunto o que será a matança doméstica do porco ou do galo à facada, ou a matança das vacas num matadouro e a morte lenta de um peixe num anzol ou asfixiado aos poucos numa rede de pesca? Será que os defensores dos animais sabem como se faz o foie-gras, como se extrai o caviar do esturjão ou, mais democraticamente, como se criam frangos num aviário? Ou será que sabem como morre uma perdiz na boca de uma raposa ou de uma águia? Eu, se fosse ave, preferia viver no mato como uma perdiz brava do que viver num aviário como um frango, e preferia morrer fulminada por um tiro do que decepada por uma guilhotina mecânica. Ou, como reza um poema de Sophia de Mello Breyner, mãe de meu amigo e caçador Miguel Sousa Tavares:

                                                          "As pessoas sensíveis não são capazes de matar galinhas,
                                                          Porém, são capazes
                                                          De comer galinhas.”

                                                          Esta é uma luta perdida, impossível vencer o politicamente correto. Mesmo assim, insisto: Cacem, rapazes, exercitem instintos ancestrais, soltem seus bichos interiores à captura de outros animais. Esgotem-se nisso.

                                                          Pela alegria, pelo prazer da brincadeira, pela paz!

                                                          O Globo - 18/12/2008

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            Essa da caça é treta. Então têm que se matar para controlar a população de animais? Vão viver para o meio dos elefantes e depois matam-nos porque incomodam?

                                                            Comentário

                                                            AD fim dos posts Desktop

                                                            Collapse

                                                            Ad Fim dos Posts Mobile

                                                            Collapse
                                                            Working...
                                                            X