O Barreiro, a sua história ligada à C.U.F. e ao seu criador, Alfredo da Silva.
Para quem o Barreiro e as fábricas digam alguma coisa aqui fica um vídeo cujo link me foi enviado por alguém para quem a cidade e as fábricas também têm um significado especial:
Não é um tema muito popular, eu percebo, mas talvez ajude a perceber a história de um povo, a vida dura dos operários e as regras laborais de "outros tempos"!
Vale a pena ver, sobretudo para se perceber quão mais fácil é a vida hoje em dia e as diferenças de mentalidade empresarial...
Não é um tema muito popular, eu percebo, mas talvez ajude a perceber a história de um povo, a vida dura dos operários e as regras laborais de "outros tempos"!
Vale a pena ver, sobretudo para se perceber quão mais fácil é a vida hoje em dia e as diferenças de mentalidade empresarial...
Excelente post, e excelente vídeo. Obrigado Pé leve, andava há quase uma década, à proucura de um trabalho semelhante, que obviamente toca no fundo a quem assistiu à Cuf em plena laboração, e reside na cidade obviamente. Os actuais projectos para a cidade tem tanto de fantástico, como de assustador ao mesmo tempo. Vai perder-se muita coisa (qualidade vida essencialmente) de facto
Mais uma vez, obrigado pela partilha
A CUF e o Barreiro ficarão para sempre ligadas a Alfredo da Silva.
O homem, que mesmo nos períodos quentes após a revolução Abrilista, continuou a ser respeitado, o seu túmulo dentro das instalações foi sempre disso a prova.
Pena é, que outros excelentes espólios da demonstração industrial portuguesa tenham sido perdidos ou dilapidados.
Nos últimos anos tive oportunidade de ter visitado alguns exemplos destas unidades que foram erigidas por todo este nosso Portugal, simbolo da revolução industrial que se vivia na altura.
Como exemplos
Antiga Central Eléctrica a Carvão em Belém
Fábrica de Cortiça em Silves (Penso que apelidada do Inglês)
Mas falando para finalizar do Barreiro, de vila ligada à faina do rio a colosso industrial, foi graças a este homem.
Excelente post, e excelente vídeo. Obrigado Pé leve, andava há quase uma década, à proucura de um trabalho semelhante, que obviamente toca no fundo a quem assistiu à Cuf em plena laboração, e reside na cidade obviamente. Os actuais projectos para a cidade tem tanto de fantástico, como de assustador ao mesmo tempo. Vai perder-se muita coisa (qualidade vida essencialmente) de facto
Mais uma vez, obrigado pela partilha
Já lá trabalharam os meus avós, os meus pais e eu, no meu início de vida profissional.
Aliás, sendo filho do Barreiro e, por assim dizer, das fábricas, sinto que a minha alma é e será sempre de operário, fosse qual fosse ou seja, hoje ou no futuro, a minha actividade profissional.
É por isso que vejo sempre com desagrado alguma falta de consideração por quem vende a força de trabalho e sempre me invade a tristeza sempre que vejo operários à porta de fábricas a fechar...
O Barreiro tem de facto uma história de vida fantástica, onde grande parte dela, como espelha e muito bem a reportagem, ainda pode ser encontrada em alguns recantos da cidade. Apenas a 15 minutos de Lisboa, será das regiões mais inexploradas, da zona metropolitana da capital. Infelizmente, ou não, com os projectos megalómanos para executar a curto prazo, vão-se perder definitivamente raízes, qualidade de vida, e memórias presentes de um passado saudoso
Sim, foi um fartar vilanagem. Gamou-se à força toda e tudo serviu de pretexto para destruir.
Neste caso, o da C.U.F./Quimigal, foi a divisão das valências, devidamente desvalorizadas e vendidas "a retalho" até à destruição quase absoluta...
(...)
Resultado directo de anos de intolerância politica, social, religiosa (subtil), cultural, entre tantos outros agravados na época pelo bipolarismo politico existente a nível internacional, que ainda hoje em termos de desenvolvimento do país se tenta recuperar tendo como referência os parceiros europeus.
Em termos históricos, há correntes de estudo que simplesmente afirmam que a convulsão social não foi de maior dimensão pela questão económica.
Por acaso não sabia que existia este documentário!
Eu cresci ao lado Barreiro e joguei alguns anos no Barreirense, mas a minha mãe trabalhava mesmo no Barreiro, trabalhava nos escritórios de uma empresa de cortiça, que também já fechou.
Deste Barreiro, já só existem as fábricas e mesmo assim, não devem demorar muito a desaparecer!
Aliás, agora até já se passa no meio das fábricas, porque aquilo está tudo em obras.
É impressionante ver a força que o Barreiro já teve e agora parece uma cidade moribunda.
A uns meses deu na televisão(não me lembro do canal) o documentário da historia da CUF. Não tinha a ideia da origem da CUF, porque só conhecia este nome atribuído a hospitais e clinicas privados.
Deu para errinquecer a minha cultura geral.
PéLeve, fizeste bem em criar este tópico acerca da CUF e o Barreiro. Só estranho ninguém ter criado um tópico quando o documentário passou na televisão.
A uns meses deu na televisão(não me lembro do canal) o documentário da historia da CUF. Não tinha a ideia da origem da CUF, porque só conhecia este nome atribuído a hospitais e clinicas privados.
Deu para errinquecer a minha cultura geral.
PéLeve, fizeste bem em criar este tópico acerca da CUF e o Barreiro. Só estranho ninguém ter criado um tópico quando o documentário passou na televisão.
Esse documentario passou na RTP1, eu vi tambem. Fiquei fascinado foi como num país como era o Portugal do Antigo Regime, haver uma empresa tão grande e que dedicasse tanto aos seus trabalhadores. Louvável. Foi uma pena foi o destino que teve após o 25 de Abril...
Esse documentario passou na RTP1, eu vi tambem. Fiquei fascinado foi como num país como era o Portugal do Antigo Regime, haver uma empresa tão grande e que dedicasse tanto aos seus trabalhadores. Louvável. Foi uma pena foi o destino que teve após o 25 de Abril...
Também fiquei com a mesma ideia. De facto, os métodos de trabalho da CUF eram muito avançados para altura. E penso que foi um bom exemplo para empresas e instiruições que vieram depois.
Por acaso não sabia que existia este documentário!
Eu cresci ao lado Barreiro e joguei alguns anos no Barreirense, mas a minha mãe trabalhava mesmo no Barreiro, trabalhava nos escritórios de uma empresa de cortiça, que também já fechou.
Deste Barreiro, já só existem as fábricas e mesmo assim, não devem demorar muito a desaparecer!
Aliás, agora até já se passa no meio das fábricas, porque aquilo está tudo em obras.
É impressionante ver a força que o Barreiro já teve e agora parece uma cidade moribunda.
Pois é nessa cidade "moribunda" que ainda se vai conseguindo ter alguma qualidade de vida nos arredores de Lisboa. Não por muito tempo, pois com a chegada da nova ponte, metro sul do Tejo, Rav - Comboio de Alta velocidade e o novo complexo industrial da Quimiparque, irá perder-se por completo
O Barreiro está, apesar de tarde, a modernizar-se... Contrastando com outras câmaras da Margem Sul e inclusivé, as suas vizinhas, o Barreiro nada fez para se modernizar e adaptar às necessidades actuais de uma cidade pertissímo da Capital...
Deixou-se envelhecer, deixou a sua população envelhecer...
Hoje, tenta-se dar a (devida) volta, contudo, tendo em contas as mudanças necessárias, prevê-se que o Barreiro irá ficar "em obras" durante uma década... As obras deixaram de ser necessárias para serem obrigatórias!
Quem é daqui da zona vê isso no estado das estradas/ruas da cidade, av. principais incluídas... quando passam para o dominio de outra câmara, o alcatrão não tem buracos nem remendos...
Os anos dourados da CUF... quando hoje em dia muitas empresas tentam pôr serviços perto da empresa para que os trabalhadores não percam tempo em deslocações (ex. agências de bancos durante horario definido, posto médico, etc.) há 50 anos o Chefe Alfredo da Silva, já tinha isso tudo...
Esse documentario passou na RTP1, eu vi tambem. Fiquei fascinado foi como num país como era o Portugal do Antigo Regime, haver uma empresa tão grande e que dedicasse tanto aos seus trabalhadores. Louvável. Foi uma pena foi o destino que teve após o 25 de Abril...
Era de facto uma empresa como não há muitas actualmente.
Mas é preciso ver a reportagem sem "filtros" e entender o que é dito a dada altura na reportagem "não tinham direitos, recebia favores", e esses favores eram cobrados.
Até a passagem para as 40 horas foi das mais tardias no país e depois de algumas greves.
Ficamos tb a saber que nacionalização da empresa foi feita como muitas coisas neste país na altura do prec em que serviu para arrumar boys de governos sem qualquer conhecimento e sem uma estratégia definida.
Assim como que a privatização foi feita da pior maneira, depois de os antigos donos terem sido indemnizados, compraram a empresa de volta por um valor simbólico, desmontaram e venderam o que era um dos motores económicos do país.
De salientar, que mesmo Portugal ter entrado na Revolução Industrial tardiamente, em comparação com a França e Inglaterra, ainda deu alguns frutos. Mas a Alemanha também se atrasou na Rev. Industrial e tornou-se uma das maiores potências (ganhando cada vez mais peso face à Inglaterra)
O Barreiro foi durante muitos anos a principal cidade da marguem sul e a mais industrializada, industria que tambem se estendia a outras localidades como setubal ou almada com os estaleiros navais da lisnave ou no seixal a siderurgia, eram grandes impresas com mtos trabalhadores e representavam a maioria dos portos de trabalho nestas zonas, conheço muita gente que trabalhou nesses locais.
O que aconteceu de mau foi quando passaram a ser nacionalizadas, aí começou tudo a querer mandar , as greves, as faltas de incumprimento e as inevitais falencias e encerramentos. Foi a CUF , foi a Lisnave encerrou a oficina e passou para a Setenave e a sidururgia que voltou a sr comprada por espanhois e franceses e salvo erro holandeses, mas mto do que ali se construia deixou de se fabricar e o numero de trabalhadores é mto reduzido comparado com o que era.
Editado pela última vez por Nephilim; 21 May 2009, 20:50.
Alfredo da Silva era uma pessoa de ideias simples até, mas tremendamente eficazes, o que tornou a CUF num titan industrial. Podia não ser nenhuma IG Farben, mas no contexto português... Hoje a malta quer é mandar e quer guito.
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