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Autoeuropa admite sair de Palmela

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    Autoeuropa admite sair de Palmela

    Autoeuropa admite sair de Palmela

    A administração da Autoeuropa prepara-se para tomar medidas drásticas na fábrica de Palmela, depois de ter considerado impossível continuar as negociações com a comissão de trabalhadores da empresa. Isto mesmo foi comunicado ontem pelo director-geral, Andreas Hinrichs, numa comunicação interna a que o i teve acesso.

    "Lamentavelmente, não foi possível alcançar um consenso entre ambas as partes", informou Hinrichs, avisando que "a empresa irá tomar as decisões que melhor se ajustem à situação actual". Em cima da mesa está a não renovação de contrato a 250 trabalhadores a prazo, cujo vínculo termina entre Julho e Agosto. Estes postos seriam salvaguardados caso a comissão de trabalhadores aceitasse renegociar o acordo de empresa, vigente até 2010. Bo entanto, a directora de comunicação da Autoeuropa, Carmo Jardim, confirmou ao i que a administração vai "analisar o comportamento do mercado" a partir de hoje e comunicará as medidas a tomar "o mais rápido possível". Isto inclui, admite a responsável, o risco de sair de Portugal. "Não há nenhum plano", garante a directora de comunicação, "mas infelizmente eles não aceitaram a proposta e o risco de saída existe." Esta hipótese não tinha sido admitida pela responsável na segunda-feira, dia em que também António Chora, porta-voz da comissão de trabalhadores, disse ao i que "não há qualquer intenção de deslocalizar a produção".

    Certo é que haverá consequências para os 3028 trabalhadores da segunda maior exportadora nacional. Fonte próxima da empresa disse ao i que a carta de Hinrichs originou um alvoroço nos corredores da empresa e que "ninguém sabe mesmo quais os passos seguintes nesta história nem o seu futuro pessoal e profissional". Alguns trabalhadores admitem um recuo e a eventual cedência perante as posições da administração, mas nada foi decidido. Os outros cenários são o lay-off de algumas centenas de trabalhadores e a redução do salário aos restantes, já que o subsídio de turno (cerca de 15%) não será pago se a redução de dois para apenas um período de trabalho se confirmar a partir de Agosto.

    "Só a Autoeuropa poderá resolver os seus problemas, nenhum governo ou entidade está à altura de resolver a situação actual." A frase foi dita pelo director-geral da Autoeuropa na reunião de segunda-feira, quando a administração tentou convencer os trabalhadores a aceitarem a renegociação do acordo de empresa. Em causa está a quebra das vendas e o excesso de capacidade da unidade - neste momento trabalha apenas a 43%. A administração queria que os trabalhadores aceitassem a não remuneração dos sábados, se trabalhassem mais de 208 dias no fim do ano e não tivessem saldo negativo de dias de paragem (downdays).


    CLUSTER EM RISCO

    Na semana passada a Autoeuropa pediu à Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA) dados concretos sobre a indústria de componentes que depende da fábrica de Palmela. A administração queria ter números para fundamentar a sua posição quando reunisse com os trabalhadores nesta segunda-feira. E o cenário que a AFIA lhe mostrou é negro: só no primeiro semestre de 2009, a quebra de facturação nas principais empresas do sector atingiu os 35% em comparação com o mesmo período do ano passado.

    As 55 empresas que constituem o grosso da indústria de componentes já despediram mais de mil pessoas desde que a crise começou. Adão Ferreira, secretário técnico da AFIA, garante que estes números surpreenderam, uma vez que se esperava um nível maior de despedimentos num sector que emprega cerca de 39 mil pessoas. Isto não está a acontecer porque as empresas do cluster da Autoeuropa não acreditam na possibilidade da saída de Palmela.

    "As empresas estão com pessoas a mais mas não têm dinheiro para despedir efectivos", explica Adão Ferreira, garantindo que "o clima está tranquilo". Enquanto o sufoco não passa, acrescenta ainda o responsável, várias empresas estão já à procura de novos clientes fora de Portugal e de entrar em novos sectores para diversificar a produção. "Formar um técnico automóvel é muito caro e estas empresas acreditam que mais cedo ou mais tarde a produção vai regressar", garante. Para o responsável, a alegada ameaça de saída foi uma forma de pressionar a comissão de trabalhadores.

    O i contactou as principais empresas de componentes, incluindo a Peguform, Faurecia e Inapal, mas houve uma recusa generalizada de fazer declarações. "Ninguém quer criar alarmismo", explicou ao i fonte do sector. A verdade é que a Autoeuropa é a principal cliente deste sector e muitas empresas estão mesmo sedeadas no parque industrial de Palmela. Uma saída da Volkswagen seria equivalente ao fim do cluster automóvel, que só em 2008 gerou receitas de 5,5 mil milhões de euros e que exporta quase 100% da sua produção.

    Este é aliás o principal motivo da grave quebra de produção. As vendas de carros estão a cair há 12 meses consecutivos na Europa - em Abril voltaram a recuar 12,3%, segundo dados da Associação de Construtores Europeus de Automóveis. Desde o início do ano, a queda acumulada foi de 15,9% só na Europa ocidental, enquanto no Leste atingiu os 26,3%. Isto explica porque Hinrichs sustenta que nenhum governo ou organização podem salvar a Autoeuropa. No entanto, a empresa tem um compromisso com o Estado que a obriga a manter--se em Portugal até 2014. Já em 2008 Andreas Hinrichs reiterou a intenção de investir 541 milhões de euros em Palmela durante os próximos dois anos.

    Fonte
    A ver se isto não será uma nova "Opel Azambuja"

    Lá tambem começou assim, com desentendimento entre a administração e os trabalhadores.
    Esperemos que estes tenham aprendido alguma coisa com o que se passou na Azambuja.

    #2
    A comissão de trabalhadores da AutoEuropa sempre foi muito... estranha nas suas "exigências" e nunca cede em nada.

    Se for embora é daquelas coisas que não tenho pena. Tenho pena de perdermos uma fábrica mas, desculpem-me a franqueza, não tenho pena dos trabalhadores por terem mais olhos que barriga. E actualmente já recebem 15 meses de ordenado entre muitas outras regalias.


    Cumprimentos,

    Comentário


      #3
      Originalmente Colocado por Alpiger Ver Post
      A ver se isto não será uma nova "Opel Azambuja"

      Lá tambem começou assim, com desentendimento entre a administração e os trabalhadores.
      Esperemos que estes tenham aprendido alguma coisa com o que se passou na Azambuja.

      Eu compreendo quer uns quer outros.

      Mas a realidade é que os trabalhadores há 3 anos atrás foram flexiveis, disso fiz eu eco com num artigo/tópico.

      Hoje continuam a pedir que sejam só os trabalhadores a ceder.

      Eu sei que as coisas estão más, mas não haverá algum aproveitamento da "questão" ?

      Comentário


        #4
        Originalmente Colocado por Excalibur Ver Post
        Eu compreendo quer uns quer outros.

        Mas a realidade é que os trabalhadores há 3 anos atrás foram flexiveis, disso fiz eu eco com num artigo/tópico.

        Hoje continuam a pedir que sejam só os trabalhadores a ceder.

        Eu sei que as coisas estão más, mas não haverá algum aproveitamento da "questão" ?
        Mesmo que o haja. A questão é que, como o Belmiro de Azevedo disse, se a AutoEuropa quiser fecha já amanhã as portas. E depois é que os trabalhoderes se arrependem e muitos deles tão cedo não arranjam nada para fazer.


        Cumprimentos,

        Comentário


          #5
          Originalmente Colocado por Excalibur Ver Post
          Eu compreendo quer uns quer outros.

          Mas a realidade é que os trabalhadores há 3 anos atrás foram flexiveis, disso fiz eu eco com num artigo/tópico.

          Hoje continuam a pedir que sejam só os trabalhadores a ceder.

          Eu sei que as coisas estão más, mas não haverá algum aproveitamento da "questão" ?
          Com 15 meses de ordenados e outra regalias, o miguel tem razão, não tenho pena deles.

          Eles então ainda tem mais para ceder. Nem os funcionários publicos tem regalias desses. Isso foi sempre algo que irritou-me do sector automóvel: trabalhadores a receber muito mais do que deviam receber. Foi uma das principais razões do colapso do sector nos EUA.

          Se os trabalhadores não querem reduzir as exigencias para niveis decentes, então de certeza há pessoas lá na Europa de Leste que estariam dispostos a fazé-lo.

          Comentário


            #6
            A crise é desculpa para tudo. O melhor é trabalhar de graça, ou por uma sandes de torresmos. Andam loucos para sair de Portugal. Vão lá para a Índia/China/África. Já sugaram tudo o que havia.

            Comentário


              #7
              Originalmente Colocado por migueldefender Ver Post
              Mesmo que o haja. A questão é que, como o Belmiro de Azevedo disse, se a AutoEuropa quiser fecha já amanhã as portas. E depois é que os trabalhoderes se arrependem e muitos deles tão cedo não arranjam nada para fazer.


              Cumprimentos,
              Originalmente Colocado por luso2kx Ver Post
              Com 15 meses de ordenados e outra regalias, o miguel tem razão, não tenho pena deles.

              Eles então ainda tem mais para ceder. Nem os funcionários publicos tem regalias desses. Isso foi sempre algo que irritou-me do sector automóvel: trabalhadores a receber muito mais do que deviam receber. Foi uma das principais razões do colapso do sector nos EUA.

              Se os trabalhadores não querem reduzir as exigencias para niveis decentes, então de certeza há pessoas lá na Europa de Leste que estariam dispostos a fazé-lo.
              Este é o artigo de que fazia referência.
              Foi há dois anos.

              Querem mesmo aprender com a Autoeuropa?

              O ministro Vieira da Silva e outros comentadores têm usado o acordo da Autoeuropa para defender algumas das propostas feitas no inenarrável Livro Branco para as leis laborais. Houve mesmo quem dissesse que o acordo assinado naquela empresa não era de facto possível perante a legislação de trabalho actual. E que outros trabalhadores deveriam seguir o exemplo dos trabalhadores da Autoeuropa em matéria de adaptabilidade de horários. Pedi ao meu amigo António Chora, coordenador da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa e operário naquela fábrica, para escrever um texto para eu publicar aqui para ajudar as pessoas a perceber do que se estava a falar. E ele, simpaticamente, escreveu. Aqui está:

              Nos últimos dias várias referencias tem sido feitas ao acordo de 2003 na Autoeuropa a propósito das conclusões do livro branco para as relações laborais e da anunciada flexigurança.
              Houve mesmo quem, com responsabilidades, tivesse garantido que face à lei actual o acordo que assinamos não seria legalmente possível. Não é verdade. Tal acordo de ilegal não tem nada. Baseado num acordo de não aumento salarial por dois anos (de 2003 a 2005), ele só foi possível porque as tabelas salariais da Autoeropa estão muito acima das negociadas com os sindicatos.


              Ao contrário do que se tem dito, a Autoeuropa não tem adaptabilidade de horários. O que temos é a possibilidade de, havendo trabalho normal, trabalhar 230 dias por ano. Não havendo, o trabalhador fica em casa os dias que forem necessários, cobrando exactamente o mesmo. Não é simples de explicar mas tentarei: todos os anos temos direito a 22 dias “não trabalháveis”. São dias em que recebemos na mesma e podemos trabalhar ou não, conforme a empresa decida. Recebemos sempre. No fim do ano são feitos acertos. Houve, por exemplo, um ano em que ficámos 36 dias sem trabalhar e a receber. Os 14 dias que não estavam incluídos nos dias “não trabalháveis” passaram para o ano seguinte como dívida dos trabalhadores. O que quer isto dizer? Que no ano seguinte ficámos apenas com 8 dias “não trabalháveis” em vez de 22. Se o saldo for positivo (infelizmente ainda não aconteceu à maioria), a empresa paga por isso. E se o saldo for nulo, os trabalhadores recebem, na realidade, 15 meses de salário em vez de 14. É isto que se propõe para o resto das empresas? Não me parece.
              Quanto às férias, temos 23 dias de férias garantidos (em vez dos 22 do resto das empresas) e dois dependendo da assiduidade (em vez dos três do resto das empresas). E a avaliação da assiduidade é mais favorável para os trabalhadores do que o que está definido no Código de Trabalho.


              O acordo de então também nada tem a ver com o que alguns entendem por flexigurança.

              Tendo havido uma redução da produção em 60 000 unidades, que punha em perigo 850 postos de trabalho e no limite a continuidade da empresa, o que foi negociado não é nem uma versão local de flexinsegurança, nem qualquer liberdade de despedir. Pelo contrário: ele só foi possível perante a garantia de que não haveria um único despedimento até Dezembro de 2008.

              Garantia que está a ser cumprida.

              Em troca, os trabalhadores prescindiram do aumento salarial por dois anos.

              Em 2005 voltou a haver aumento.

              E em 2006 o aumento foi decidido para dois anos e foi de 4,5% (o que quer dizer que o aumento do ano seguinte entrou um ano antes) e em Setembro de 2008 haverá, antes de qualquer negociação, um aumento de um por cento logo à partida.

              Logo em Dezembro de 2006 recebemos um prémio de 1,2 salários no mínimo de 1.200 euros, para todos.


              Estão as empresas portuguesas disponíveis para este tipo de acordos?
              Que não haja enganos. A empresa ganhou com isto. Foi acordado a redução do custo de trabalho extraordinário ao sábado de 200% para 100% em troco da vinda de um novo produto que implicou um investimento de 500 milhões de euros. E a empresa manteve ao seu serviço uma mão-de-obra com excelente formação, para utilizar logo que as encomendas o justificassem, como veio a acontecer.


              Comparar isto com a possibilidade de cada empresa despedir a seu belo prazer, pela cor dos olhos, ou por que se é delegado ou activista sindical, com o direito arbitrário do patrão mexer nos horários dos trabalhadores e com a perda de dias de férias é um truque de ilusionismo extraordinário. Os acordos assinados foram exactamente no sentido inverso. Aqui, na Autoeuropa, não há menos férias, menos subsídios ou mais facilidade de despedimentos do que no resto do país. Antes pelo contrario.


              O segredo destes acordos não tem segredo nenhum.


              Está num diálogo permanente, em reuniões semanais com a Administração, e na informação que recebemos sobre a situação da empresa, a todo o momento.

              Saber utilizar essa informação a favor dos trabalhadores é o que se exige a um dirigente sindical.

              É isso que fazemos.

              Não é necessária uma nova lei ou a imposição da flexinsegurança (provavelmente sem segurança nenhuma) para tornar as empresas competitivas.

              É necessária outra cultura de gestão e de negociação.
              (Nota by Excalibur -Não é exagero é mesmo para ver se aprendem !! Ou direi, mais importante, é perceber a mensagem.)


              Qualquer activista sindical, principalmente os que estão dentro da empresa e que, por isso, dependem da empresa para o seu sustento, está em condições de avaliar, caso a caso, as necessidades de acordos sem interferências governamentais. Mas para isso tem de receber informação e saber passar essa informação para os trabalhadores, discutindo-a com eles, para estar certo de que contará com o seu apoio quando chega e quando não chega a acordo com a administração.
              Só que todos sabemos que os patrões portugueses e os administradores da maioria das multinacionais aqui implantadas não querem dar este salto: partilhar informação com as estruturas representativas dos trabalhadores. Preferem continuar, em pleno século XXI, a portar-se como pequenos ditadores, escondendo a situação da empresa, deturpando a informação que dão aos sindicatos e às Comissões de Trabalhadores, trocando a negociação pela imposição, não cumprindo os acordos firmados. É isto e não a lei vigente que leva à desconfiança e a situações de conflito inultrapassáveis dentro das empresas.


              Quem queira gerir as empresas e relacionar-se com os trabalhadores de uma forma inovadora e quem queira representar os trabalhadores de forma eficaz, tem de estar preparado para apresentar e receber propostas concretas e criativas que tenham como primeiro objectivo a manutenção dos postos de trabalho.


              Infelizmente, esta é a cultura oposta à dos que, aplaudindo as propostas apresentadas no livro branco, não querem nem acordos nem negociações com os representantes dos trabalhadores das suas empresas. A cultura de imposição e da opacidade torna o modelo negocial que temos tido na Autoeuropa numa miragem. Não o usem, por isso, para fazer exactamente o oposto do que aqui temos conseguido.
              António Chora
              O tópico foi este
              Como é que se valoriza o trabalho?

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                #8
                Originalmente Colocado por luso2kx Ver Post
                Com 15 meses de ordenados e outra regalias, o miguel tem razão, não tenho pena deles.

                Eles então ainda tem mais para ceder. Nem os funcionários publicos tem regalias desses. Isso foi sempre algo que irritou-me do sector automóvel: trabalhadores a receber muito mais do que deviam receber. Foi uma das principais razões do colapso do sector nos EUA.

                Se os trabalhadores não querem reduzir as exigencias para niveis decentes, então de certeza há pessoas lá na Europa de Leste que estariam dispostos a fazé-lo.
                Neste caso nem é Europa de Leste, mas sim fábricas da VW na próopria Alemanha que andam a cobiçar a produção que actualmente é feita em Palmela.

                Todos sabemos que os sindicatos em Portugal, nomeadamentte os ligados à CGTP, completamente minados pelo Partido Comunista, estão sempre contra tudo, e qualquer vislumbre de reforma ou adaptação/flexibilidade é visto como um 'ataque aos direitos dos trabalhadores, bla bla...'. a cassete do costume.

                No entanto, os tarabalhadores da Auto-Europa sempre mantiveram uma postura distante das CGTP's, pautanto a sua intervenção com razoabilidade e, com negociações e cedências de parte a parte, sempre foram chegando a consensos com a Administração.. mesmo quando cá fora, às portas da AE, os 'camaradas' dos Sindicatos tentavem convencer a Comissão de Trabalhadores a não aceitar qualquer acordo e partir para a greve.

                Neste caso, parece-me que essa razoabilidade não está a acontecer, e que os trabalhadores estão a esticar a corda demais. QUando ela partir, hão de vir os do costume chorar sobre o leite derramado.

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                  #9
                  Originalmente Colocado por brunoclio Ver Post
                  A crise é desculpa para tudo. O melhor é trabalhar de graça, ou por uma sandes de torresmos. Andam loucos para sair de Portugal. Vão lá para a Índia/China/África. Já sugaram tudo o que havia.
                  Quando os governos anteriors estavam tão desesperados por ter multi-nacionais a instalar-se em Portugal, achas que isto não seria o resultado quando as coisas começam a ir para o torto?

                  Desde quando é que uma empresa tem de ser uma instituição de caridade?
                  Editado pela última vez por luso2kx; 22 May 2009, 11:05.

                  Comentário


                    #10
                    Logo em Dezembro de 2006 recebemos um prémio de 1,2 salários no mínimo de 1.200 euros, para todos.
                    €1200 de bonus, para trabalhar numa fábrica?

                    E estes gajos tem a lata de fazer exigencias enquando grande parte do país anda a receber, com sorte, o ordenado minimo?!?!?

                    Quero que eles se dane. Se o AE fecha as portas, não tem mais ninguem para culpar senão eles próprios.

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por migueldefender Ver Post
                      A comissão de trabalhadores da AutoEuropa sempre foi muito... estranha nas suas "exigências" e nunca cede em nada.

                      Se for embora é daquelas coisas que não tenho pena. Tenho pena de perdermos uma fábrica mas, desculpem-me a franqueza, não tenho pena dos trabalhadores por terem mais olhos que barriga. E actualmente já recebem 15 meses de ordenado entre muitas outras regalias.


                      Cumprimentos,
                      Que regalias sao essas?
                      Conheço malta que trabalha e trabalhou lá incluindo um cunhado meu...e nunca vi grandes regalias e ninguem enriquece lá dentro antes pelo contrário mtos já se piraram de lá.
                      A menos que a regalia seja o facto de terem de almoçar em 20minutos nas linhas de montagem

                      A autoeuropa é uma bomba relogio para falir , a ford electronica que conhecia bem fechou e a autoeuropa está por um fio...estas multinacionais sao nojentas querem é escravos para trabalharem de borla.

                      Comentário


                        #12
                        Sugiro que vendam a fábrica à TATA... Haviam de ver...

                        Comentário


                          #13
                          Originalmente Colocado por Nephilim Ver Post
                          A autoeuropa é uma bomba relogio para falir , a ford electronica que conhecia bem fechou e a autoeuropa está por um fio...estas multinacionais sao nojentas querem é escravos para trabalharem de borla.
                          Não exactamente. Querem obter um margem de lucro que se justifica a sua instalação no respectivo país. No momento que essa margem fica menos do que se desejam, começam a ver alternativas em outros sitios.

                          Mais uma vez, quando os governos anteriores estavam desesperados para ter multi-nacionais cá, acham que isto não ia acabar desta forma? Só temos nós para culpar para isso.

                          Devia ter havido uma fomentação melhor de negócios nacionais estes anos todos. Mas, graças a estrutura fiscal neste país, es quase castigado por ter aberto uma empresa.

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por luso2kx Ver Post
                            1200 de bonus, para trabalhar numa fábrica?

                            E estes gajos tem a lata de fazer exigencias enquando grande parte do país anda a receber, com sorte, o ordenado minimo?!?!?

                            Quero que eles se dane. Se o AE fecha as portas, não tem mais ninguem para culpar senão eles próprios.
                            atenção que esse eventual bonus nao é um salario, mas sim um premio por objectivos cumpridos e boa produção, é uma forma de as empresas nao pagarem mais imposto sobre o mto lucro que tiveram nesse ano.

                            Comentário


                              #15
                              Sinceramente não compreendo esta comissão de trabalhadores....

                              Ok, devem defender os direitos dos trabalhadores, mas mostrar intransigência, nesta altura, com fábricas a fechar por todo o mundo, ao ponto de por em causa a continuidade dos postos de trabalho não faz sentido.
                              Esquecem-se que, muito provavelmente, com a pouca formação que têm, não iriam encontrar emprego noutro lado que lhes permita ter os salários e direitos que têm na AE. E estou a falar de casos concretos, pessoas que conheço, familiares e amigos, que sem a AE, hoje em dia não tinham a vida desafogada (claro que não estou a falar em grandes luxos) que têm e antes da chegada AE, as perspectivas de futuro, eram, na altura, muito sombrias....

                              Comentário


                                #16
                                A AutoEuropa que acabe, pelos vistos ninguém tem pena preferem ir para o desemprego porque de certeza que arranjam melhor isto está tão bom e tão simples....

                                Querer brincar com uma multinacional como a VW é meio caminho andado... não querem vocês ok...

                                Comentário


                                  #17
                                  Originalmente Colocado por migueldefender Ver Post
                                  A comissão de trabalhadores da AutoEuropa sempre foi muito... estranha nas suas "exigências" e nunca cede em nada.

                                  Se for embora é daquelas coisas que não tenho pena. Tenho pena de perdermos uma fábrica mas, desculpem-me a franqueza, não tenho pena dos trabalhadores por terem mais olhos que barriga. E actualmente já recebem 15 meses de ordenado entre muitas outras regalias.


                                  Cumprimentos,
                                  Até há bem pouco tempo era tida como uma referência nas relações trabalhadores/empregador.

                                  Comentário


                                    #18
                                    Originalmente Colocado por Nephilim Ver Post
                                    atenção que esse eventual bonus nao é um salario, mas sim um premio por objectivos cumpridos e boa produção, é uma forma de as empresas nao pagarem mais imposto sobre o mto lucro que tiveram nesse ano.
                                    São €1200 na mesma, quer que seja os beneficios para a empresa. Quantas entidades patronais conheces que viram para os seus empregados e dizem "Bem, para alem dos subsidios de férias e Natal, aqui está €1200"?

                                    Desculpa, mas estes trabalhadores, para já, optaram para trabalhar lá e logo deviam conhecer as consequencias todas que poderá acontecer, e depois são pagos melhores do que muitos trabalhadores no nosso país.

                                    Porque que eu há de ter pena deles?

                                    Comentário


                                      #19
                                      pelo o bem dos trabalhadores, só espero que não estejam a arranjar lenha para se queimar...

                                      Comentário


                                        #20
                                        Originalmente Colocado por luso2kx Ver Post

                                        Mais uma vez, quando os governos anteriores estavam desesperados para ter multi-nacionais cá, acham que isto não ia acabar desta forma? Só temos nós para culpar para isso.
                                        .
                                        Numa multinacional é complicado, conheco casos de empresas que até deram lucro, os trabalhadores recebem um premio, colocaram pc novos e 2 meses depois sao avisados que o seu sector vai ser extindo ou vai passar para outro país, e vai tudo pa rua... basta vir uma ordem de superior e tudo acaba.

                                        Comentário


                                          #21
                                          Originalmente Colocado por Nephilim Ver Post

                                          A autoeuropa é uma bomba relogio para falir , a ford electronica que conhecia bem fechou
                                          Na volta conhecias mal. A Ford Electrónica foi "comprada" por Visteon e continua a laborar em palmela.
                                          Isso aconteceu para fornecerem auto rádios à BMW, mercedes e outra marcas pipis, a palavra Ford soava mal... Só por isso.

                                          De resto são de facto todas bombas relógio... O próprio país é uma bomba relógio.

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                                            #22
                                            Originalmente Colocado por luso2kx Ver Post
                                            São €1200 na mesma, quer que seja os beneficios para a empresa. Quantas entidades patronais conheces que viram para os seus empregados e dizem "Bem, para alem dos subsidios de férias e Natal, aqui está €1200"?
                                            Ainda ha pouco tempo vi na tv uma empresa que ofereceu jipes aos trabalhadores como forma de reduzir o lucro para nao pagar tantos impostos.
                                            onde trabalho ha uns anos deram 2000euros de bonus no fim do ano...estes bonus nao sao invulgares em anos de demasiado lucros

                                            e para haver bonus é porque houve muito lucro, para haver mto lucro é porque os trabalhadore trabalharam bem...por isso o premio é merecido para eles e uma forma da empresa nao pagar tantos impostos.

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                                              #23
                                              Originalmente Colocado por Nephilim Ver Post
                                              Numa multinacional é complicado, conheco casos de empresas que até deram lucro, os trabalhadores recebem um premio, colocaram pc novos e 2 meses depois sao avisados que o seu sector vai ser extindo ou vai passar para outro país, e vai tudo pa rua... basta vir uma ordem de superior e tudo acaba.
                                              Mais uma vez, desde quando é que uma emprese é uma instituição de caridade?

                                              Os seus objectivo é de gerar lucros e satisfazer os seus accionistas, mais nada. Se um multinacional decide que podem obter mais lucros se mudam as instalações de Setubal para algures na África, então para os trabalhadores no Setubal é "Too bad, so sad". Assim é a vida.

                                              Repito, o nosso querido governo devia ter pensado melhor na fomentação de negócios nacionais esses anos todos e relaxar uma data de restrições que AINDA se existe para quem quer abrir a sua própria empresa. Mas, em vez disso, optaram para um alternativa "get rich quick" de convidar todos os multinacionais que existe. E agora, estão a pagar o preço por esse erro.

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                                                #24
                                                Originalmente Colocado por luso2kx Ver Post
                                                São €1200 na mesma, quer que seja os beneficios para a empresa. Quantas entidades patronais conheces que viram para os seus empregados e dizem "Bem, para alem dos subsidios de férias e Natal, aqui está €1200"?

                                                Desculpa, mas estes trabalhadores, para já, optaram para trabalhar lá e logo deviam conhecer as consequencias todas que poderá acontecer, e depois são pagos melhores do que muitos trabalhadores no nosso país.

                                                Porque que eu há de ter pena deles?
                                                É muito normal em multinacionais e também acontece em muitas empresas portuguesas médias. É uma forma de manter os trabalhadores motivados e ter na sua mão uma parte do seu salário (prémios de assiduidade, produção, limpeza, etc.).


                                                Quanto a este caso, parece-me inevitável eles irem embora. É algo que já seria de esperar há algum tempo.

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                                                  #25
                                                  Originalmente Colocado por Nephilim Ver Post
                                                  Ainda ha pouco tempo vi na tv uma empresa que ofereceu jipes aos trabalhadores como forma de reduzir o lucro para nao pagar tantos impostos.
                                                  onde trabalho ha uns anos deram 2000euros de bonus no fim do ano...estes bonus nao sao invulgares em anos de demasiado lucros

                                                  e para haver bonus é porque houve muito lucro, para haver mto lucro é porque os trabalhadore trabalharam bem...por isso o premio é merecido para eles e uma forma da empresa nao pagar tantos impostos.
                                                  E achas que são muitas dessas empresas NO NOSSO PAÍS que se faz isso?

                                                  Para citar aquele nojento do Alavro Cunhal: Ora que não!

                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    Originalmente Colocado por neoxic Ver Post
                                                    Na volta conhecias mal. A Ford Electrónica foi "comprada" por Visteon e continua a laborar em palmela.
                                                    Isso aconteceu para fornecerem auto rádios à BMW, mercedes e outra marcas pipis, a palavra Ford soava mal... Só por isso.

                                                    De resto são de facto todas bombas relógio... O próprio país é uma bomba relógio.
                                                    conhecia mal? essa é boa trabalhei para lá e tudo. Sei que ha uns anos para cá tem outro nome, a ford electronica deixou de existir para dar lugar a outra empresa.
                                                    Como dizes foi comprada.

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Originalmente Colocado por Nephilim Ver Post
                                                      Ainda ha pouco tempo vi na tv uma empresa que ofereceu jipes aos trabalhadores como forma de reduzir o lucro para nao pagar tantos impostos.
                                                      onde trabalho ha uns anos deram 2000euros de bonus no fim do ano...estes bonus nao sao invulgares em anos de demasiado lucros

                                                      e para haver bonus é porque houve muito lucro, para haver mto lucro é porque os trabalhadore trabalharam bem...por isso o premio é merecido para eles e uma forma da empresa nao pagar tantos impostos.
                                                      Ofereceu Jipes para pagar menos impostos? Que sacanas, a fugir ao fisco

                                                      Já agora, o que significa, para ti, "demasiados lucros"?

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        A VW quer é explorar a situação.

                                                        Oferecem estágios a engenheiros recém licenciados de 3 meses a ganhar 500€/mês.

                                                        São uns chulos e querem chular um pouco mais os trabalhadores. Eles nos cargos elevados não mexem. É sempre a mesma história. Agora ameaçam que se vão embora para as pessoas baixarem as calças.

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Originalmente Colocado por luso2kx Ver Post
                                                          E achas que são muitas dessas empresas NO NOSSO PAÍS que se faz isso?
                                                          Muitas claro que nao...para haver bonus no final de ano tem de ter tido lucros brutais, e infelizmente nem todas as empresas se dao ao luxo de terem tido lucros brutais

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            Ontem vi o porta voz dos trabalhadores da AE a dizer que a administração queria que os trabalhadores trabalhassem aos sábados de borla.

                                                            O porta voz disse que os trabalhadores sugeriram que se pagasse metade em dinheiro e o resto em tempo (penso que foi isto, era de manhã e estava meio ensonado).

                                                            A ser assim, concordo com os trabalhadores, vocês iriam trabalhar ao sábado de borla?

                                                            Isso da AE sair de Portugal parece-me bluff, posso estar a ser ingénuo, mas penso que depois de todo o investimento que se fez para o Scirocco e o Eos, sair assim repentinamente....é estranho.

                                                            Comentário

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