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Objectivos (não materiais) na vida

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    Objectivos (não materiais) na vida

    Alguém já parou para pensar que tipo de objectivos é que têm na vida, sem ser os materiais e/ou relacionados com trabalho?
    Pode parecer "lugar comum", mas actualmente dá-se tanta importância à carreira, casa, carro, contas para pagar, reforma, seguros, subsídios, IRS... enfim....

    Não acham que levamos uma vida (em muitos sentidos) completamente estúpida?

    Eu não sou propriamente velho, ainda nem cheguei aos 30, mas confesso que a idéia de largar tudo e ir morar para uma praia qualquer, sem me preocupar se a minha casa é maior do que a do vizinho ou o meu carro tem mais 10 cavalos do que o dele é bastante atractiva.

    Não se trata de ser rico ou pobre, é apenas uma constatação. Acho que 90% daquilo que nos mantém ocupados é fútil e não acrescenta nada de extraordinário ao que somos. Imagino que grande parte da nossa geração vai sofrer de solidão extrema quando chegar aos 60-70 anos, devido ao estilo de vida que levamos.

    Pode ser apenas um modo particular de ver as coisas, daí querer saber outras opiniões.
    Obrigado.

    #2
    Compreendo o que queres dizer, e penso o mesmo, frequentemente.

    Penso muitas vezes se vale mesmo a pena estar a matar-me a estudar, se é este o estilo de vida que me faz feliz. Sobretudo quando olho à volta e vejo que por este estilo de vida, pelo dinheiro, vejo pessoas a descerem a um nível (moral) que eu considero muito baixo, a levar uma vida inteira somente dedicada ao trabalho, e penso que não quero ficar assim. Não quero trabalhar 12, 13, 14h por dia, a fazer algo que não me dê prazer, apenas para ter um bom ordenado ao fim do mês, obrigando-me isso a abdicar de muitas outras coisas. Tenho sorte de estar numa área que gosto e me deixa satisfeito.

    Mas desde pequenos que é nos incutido este apego pelos bens materiais, que devemos trabalhar muito para conseguir a casa X ou o carro Y. E outros valores vão ficando esquecidos...e lutar contra aquilo que te ensinam desde pequeno, é difícil. Aliás, toda a sociedade está construída à volta disso.

    Não critico quem gosta deste estilo de vida, quem trabalha o dia todo para comprar um carro que não tem muito tempo para usufruir. Se são felizes assim, desde que não estejam a magoar ninguém, acho bem que o façam. Mas não sei se quero isso para mim, para o resto da vida.

    Comentário


      #3
      Originalmente Colocado por Fadista Ver Post
      Não critico quem gosta deste estilo de vida, quem trabalha o dia todo para comprar um carro que não tem muito tempo para usufruir. Se são felizes assim, desde que não estejam a magoar ninguém, acho bem que o façam. Mas não sei se quero isso para mim, para o resto da vida.

      No meu ponto de vista isso não é ser feliz, é apenas um consolo material para uma vida vazia. É fácil prová-lo, já que os verdadeiros valores (e felicidade) não desaparecem conforme a tua situação económica. No entanto, se a tua vida for maioritariamente baseada nesse lado material, vai certamente chegar o dia em que tens o "click" e começas a questionar para que serve (ou serviu) todo o teu esforço.

      E concordo contigo quando dizes que a sociedade está toda construída à volta disso. Por norma, o sonho de qualquer casal é ver os filhos com um grande diploma, um belo carro na garagem e uma casa de 3 andares para mostrar à família. Acho bem se puder ser assim, mas acho muito errado que seja esse o objectivo principal.

      Comentário


        #4
        Pois, mas se cada um é feliz ou não, só ele o saberá, e não se deve impingir a ninguém um estilo de vida (no fundo, não é isso que criticamos?!)

        O problema é ter coragem para lutar contra a maré, quando te chega esse click. Tens coragem de largar tudo? um emprego, a família, e correr atrás de um sonho, um novo estilo de vida, se fôr isso que te faz feliz? Eu bem posso dizer que tenho, mas na altura, não faço ideia se teria ou não.

        Tento seguir a norma que apenas me sacrifico por pessoas, e não por bens. Nem sempre consigo cumprir.

        Comentário


          #5
          Originalmente Colocado por Fadista Ver Post
          Pois, mas se cada um é feliz ou não, só ele o saberá, e não se deve impingir a ninguém um estilo de vida (no fundo, não é isso que criticamos?!)

          O problema é ter coragem para lutar contra a maré, quando te chega esse click. Tens coragem de largar tudo? um emprego, a família, e correr atrás de um sonho, um novo estilo de vida, se fôr isso que te faz feliz? Eu bem posso dizer que tenho, mas na altura, não faço ideia se teria ou não.

          Tento seguir a norma que apenas me sacrifico por pessoas, e não por bens. Nem sempre consigo cumprir.

          Acho que é possível encontrar um meio termo sem ter de "largar tudo". Na minha opinião o que é preciso é reflectir melhor sobre o que fazemos e aquilo que nos move, para não deixar que a rotina nos impeça de ver para além do que estamos "habituados".
          Com pequenas mudanças esporádicas talvez seja possível alterar muita coisa a longo prazo. Eu estou a tentar ;)

          Comentário


            #6
            Originalmente Colocado por Porco Ver Post
            Acho que é possível encontrar um meio termo sem ter de "largar tudo". Na minha opinião o que é preciso é reflectir melhor sobre o que fazemos e aquilo que nos move, para não deixar que a rotina nos impeça de ver para além do que estamos "habituados".
            Com pequenas mudanças esporádicas talvez seja possível alterar muita coisa a longo prazo. Eu estou a tentar ;)
            O largar tudo que eu referia não tem necessariamente que significar deixar tudo e todos e ir para uma ilha deserta morar numa cabana. A mudança pode nem implicar sair de casa, mas irá sempre implicar abdicar de algumas coisas (que à partida nem iremos sentir falta), mudar certas responsabilidades, hábitos, etc. Isso pode implicar deixar um emprego, ou a família, ou não. Algumas pessoas precisam de mudanças mais profundas para serem felizes, outras não.


            Já agora, deixo aqui um texto de Vergílio Ferreira, que se enquadra no assunto:
            "Quando estiveres cansado de olhar uma flor, uma criança, uma pedra, quando estiveres cansado ou distraído de ouvir um pássaro explicar o seu ser, quando te não intrigar o existirem coisas e numa noite de céu limpo nenhuma estrela te dirigir a palavra, quando estiveres farto de saberes que existes e não saberes que existes, quando não reparares que nunca reparaste no azul do mar, quando estiveres farto de querer saber o que nunca saberás, se nunca o amanhecer amanheceu em ti ou já não, se nunca amaste a luz e só o que ela ilumina, se nunca nasceste por ti e não apenas pelos que te fizeram nascer, se nunca soubeste que existias com esse existir, quando, se, porque temes então a morte, se já estás morto?"
            Vergílio Ferreira, Pensar

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              #7
              Questão interessante Porco


              Claro que já me questionei sobre isso! Eu sou um pensador por natureza e questiono TUDO de TODOS os ângulos possíveis e imaginários


              Passei pela minha 1ª crise há pouco tempo atrás (que me roubava muito tempo e saúde) e decidi largar esse emprego e abrir a minha própria empresa

              É um processo muito complexo e demora tempo a percebermos o que realmente nos concretiza, mas chega-se lá


              Daqui a uns anos não descarto essa vida pacata e absolutamente relaxada, mas para já ainda vibro com os "negócios" ainda que tenho que estar sempre (quase diariamente) a ter compensações tipo: Ir ao restaurante, ir ao cinema ou dar uma volta junto ao mar para desanuviar

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                #8
                É uma questão muito interessante, sem dúvida.
                São perguntas que me coloco vezes sem conta.

                Uma coisa, pelo menos, já tenho a certeza: não é muito dinheiro que me faz correr, não é seguramente o meu leitmotiv.

                Tal como o Fadista apontou para si, o que faço tem que ter impacto positivo (ainda que por vezes seja difícil de aferir) na minha vida e na dos outros. As pessoas, claramente, estão à frente nas minhas prioridades.

                É muito curioso levantarem este assunto, pois encontro-me exactamente numa encruzilhada complexa onde tenho de definir o rumo da minha vida e estas perguntas assolam-me diariamente.

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                  #9
                  A minha carreira é um dos meus objectivos NÂO materiais... Ganhar bem enquanto faço o que gosto é outra coisa...

                  Comentário


                    #10
                    Originalmente Colocado por Porco Ver Post
                    Acho que é possível encontrar um meio termo sem ter de "largar tudo". Na minha opinião o que é preciso é reflectir melhor sobre o que fazemos e aquilo que nos move, para não deixar que a rotina nos impeça de ver para além do que estamos "habituados".
                    Com pequenas mudanças esporádicas talvez seja possível alterar muita coisa a longo prazo. Eu estou a tentar ;)
                    Esta é de facto uma questão muito importante e sobre a qual reflito frequentemente.

                    O dinheiro e os bens materiais não são uma prioridade para mim, mas é verdade que é importante, manter um nivel de conforto. Ou seja temos que ter as nossas necessidades básicas asseguradas.

                    A partir daqui, no meu caso, tento não entrar na lógica do carro cada vez mais potente, da casa cada vez maior, do LCD com mais polegadas, ou do telemóvel com mais funcionalidades.

                    Os meus objectivos são preservar a saúde e aptidão fisica, para desfrutar o melhor possivel da vida nas suas várias facetas. Nomeadamente a minha familia mais próxima (mulher, 3 filhas, pais, irmã) os meus amigos, para poder viajar, conhecer novas sitios, novas pessoas, fazer novos amigos, estar em contacto com a natureza.

                    No fundo disfrutar de uma vida saudável, com o máximo de contacto com a natureza e actividades ao ar livre.

                    Comentário


                      #11
                      Tb queria viver numa fazenda no nordeste brasileiro.
                      Andar de sandálias e não me preocupar com o Governo, a economia, o trabalho...

                      Mas se fosse assim ainda viviamos na idade da pedra.

                      E não sei se estamos melhor nós ou os animais. Comer e dormir !

                      Acho que nós tamos melhorzitos ainda assim.

                      Comentário


                        #12
                        Sou uma pessoa que em termos materiais consigo adaptar-me sempre ao que tenho, por isso não faço a minha vida a olhar para isso.

                        Mas sou uma pessoa ambiciosa, só descansarei quando tiver um trabalho altamente motivador (e para mim motivante não é chegar ao fim do mês e ver o dinheiro a entrar na conta). A partir do momento que trabalhar naquilo que gosto, em termos pessoais estarei muito satisfeito. Por outro lado também quero progressão na carreira, mais uma vez não pelo dinheiro, mas sim por realização pessoal.

                        Podem dizer que o que falo tudo leva a dinheiro, mas não necessáriamente. Chegar a posições de liderança/direcção não quer dizer necessariamente muito mais dinheiro.

                        De resto do lado recreativo, não dispenso fazer desporto, preparar-me para uma maratona, fazer BTT, passear, jantar fora, etc.

                        Comentário


                          #13
                          Os objectivos pessoais podem estar relacionados com determinado sucesso profissional. O sonho de uma vida poderá ser terminar um especialização numa determinada área...

                          Posso não ser materialista, mas ter como sonho atingir o patamar superior de uma área. Seja a estudar ou a trabalhar.

                          Muita gente trabalha por 1000€ mês, quando podia trabalhar pelo dobro. Mas quer cumprir o seu sonho.

                          Comentário


                            #14
                            A felicidade ascéptica não é difícil de encontrar, muitas vezes só nos damos conta de como era bom, depois de passarmos para outra fase, enquanto no presente não se pára para pensar, em como é bom o que temos e onde estamos e por causa disso os momentos bons só são reconhecidos como tal depois numa revisão retrospectiva.
                            Penso que a tal felicidade para ser alcançada depende muito da filosofia de vida de cada um e do que cada um valoriza mais para se aproximar um pouco mais na busca de
                            plenitude da dita felicidade.

                            Eu tento aproveitar o melhor possível os bons momentos e captar energia positiva para que eles perdurem e se repitam muitas mais vezes. E vou sendo feliz... desvalorizando e encarando os aspectos menos bons como um caminho curto de passagem para os melhores, não complicando e minimizando o que realmente não é importante ou necessário.

                            Penso que é tudo uma questão de escolhas em alternativa perante a vida tal como ela se nos apresenta.

                            Comentário


                              #15
                              Originalmente Colocado por prius Ver Post
                              A felicidade ascéptica não é difícil de encontrar, muitas vezes só nos damos conta de como era bom, depois de passarmos para outra fase, enquanto no presente não se pára para pensar, em como é bom o que temos e onde estamos e por causa disso os momentos bons só são reconhecidos como tal depois numa revisão retrospectiva.
                              Penso que a tal felicidade para ser alcançada depende muito da filosofia de vida de cada um e do que cada um valoriza mais para se aproximar um pouco mais na busca de
                              plenitude da dita felicidade.

                              Eu tento aproveitar o melhor possível os bons momentos e captar energia positiva para que eles perdurem e se repitam muitas mais vezes. E vou sendo feliz... desvalorizando e encarando os aspectos menos bons como um caminho curto de passagem para os melhores, não complicando e minimizando o que realmente não é importante ou necessário.

                              Penso que é tudo uma questão de escolhas em alternativa perante a vida tal como ela se nos apresenta.
                              Boa onda

                              Comentário


                                #16
                                Como dizia alguém, as coisas só se tornam importantes quando sentimos a falta delas.

                                Comentário


                                  #17
                                  Originalmente Colocado por prius Ver Post
                                  A felicidade ascéptica não é difícil de encontrar, muitas vezes só nos damos conta de como era bom, depois de passarmos para outra fase, enquanto no presente não se pára para pensar, em como é bom o que temos e onde estamos e por causa disso os momentos bons só são reconhecidos como tal depois numa revisão retrospectiva.
                                  Penso que a tal felicidade para ser alcançada depende muito da filosofia de vida de cada um e do que cada um valoriza mais para se aproximar um pouco mais na busca de
                                  plenitude da dita felicidade.

                                  Eu tento aproveitar o melhor possível os bons momentos e captar energia positiva para que eles perdurem e se repitam muitas mais vezes. E vou sendo feliz... desvalorizando e encarando os aspectos menos bons como um caminho curto de passagem para os melhores, não complicando e minimizando o que realmente não é importante ou necessário.

                                  Penso que é tudo uma questão de escolhas em alternativa perante a vida tal como ela se nos apresenta.
                                  Tenho objectivos e prioridades na minha vida, e primeiramente passa por recuperar de uma situação de saúde no qual me deparo e me limita a vida, sendo para isso uma enorme força de lutar e tentar ser, procurar e manter um ponto de equilibrio na nossa forma de felicidade, é tudo isso que ansiamos e procuramos a forma de sermos felizes e não o tem de ser de um modo materialista.

                                  Já deixei aqui a minha opinião no qual conclui que tudo o que por que objectivamos é a procura da felicidade, cada um no seu modo.
                                  http://forum.autohoje.com/off-topic/...o-da-vida.html

                                  Comentário


                                    #18
                                    De vez em quando respira-se fundo e toma-se o pulso à vida. Cada vez mais acho que devemos encontrar o nosso equilíbrio. Temos de ter tempo para trabalhar, para divertir, para amigos e família, etc.
                                    Cada vez que olho para trás, para esta vida atarefada, vejo o tempo a sumir-se, os anos a passarem e ainda não alcancei o equilíbrio que me faz feliz.
                                    Tomo como exemplo uma amiga minha, largou o emprego cá, foi pra Angola como missionária e depois confidenciou-me que não imaginava que podia ser feliz com tão pouco! e depois de Angola quer ir para a Ásia, mas já em trabalho.
                                    Essa amiga uma vez enviou-me um texto que dizia que em 2020 uma % muito grande da sociedade ocidental estaria dependente de Xanax, a pressão sobre os putos se formarem e serem os melhores começaria muito cedo mas rematava com isto: "o objectivo máximo da vida não é a excelência mas sim a felicidade". MAI NADA!!!

                                    Comentário

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