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A questão: somos nós que controlamos a nossa mente, ou ela nos controla a nós!?

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    A questão: somos nós que controlamos a nossa mente, ou ela nos controla a nós!?

    A mente...a parte mais misteriosa e pouco explicada sobre as nossas reacções, pensamentos, consciência/inconsciência; tudo o que as mais variadas ciências procuram descobrir e revela extrema curiosidade de podermos compreender todo o desempenho do nosso cérebro e todos os factores que podem originar pelos impulsos que esta desencadeia.

    Aqui se coloca a questão, afinal que poderes temos nós sobre a nossa mente?

    Que relação causal existe, entre mente/corpo?

    http://bancodameditacao.com.sapo.pt/..._descartes.pdf

    O dualismo foi por muito tempo a teoria dominante no que diz respeito ao problema mente/corpo

    Psicofisiologia: A relação corpo e mente

    Sigo a apologia de que o corpo não é separado da mente, e existe uma interligação entre estes dois corpos, fisico e psicológico, que determina toda a sua acção.

    #2
    A mente controla-nos. Mas nós também podemos aprender a controlá-la, só não sei muito bem como e isso ando eu a tentar aprender.

    Comentário


      #3
      Os genes controlam tudo.

      A mente, o corpo, são só meios para um fim.

      Comentário


        #4
        A mente controla-nos.

        No entanto, podemos tentar aumentar o nosso controlo sobre ela (ou melhor, tentar de certa forma evitar sermos totalmente dominados por ela).

        Penso que existem algumas maneiras de o fazer...

        Comentário


          #5
          Ao controlar-mos a nossa mente é a nossa mente que está a funcionar, logo ela controla-nos sempre.

          O que é a mente?

          A nossa mente é o que nós somos, não a podemos controlar, toda a acção que fazemos para a controlar é ela mesma a funcionar.

          Comentário


            #6
            Originalmente Colocado por Nthor Ver Post
            Os genes controlam tudo.

            A mente, o corpo, são só meios para um fim.
            Boa verdade.
            YouTube - Genes

            Comentário


              #7
              Originalmente Colocado por UmDois Ver Post
              Ao controlar-mos a nossa mente é a nossa mente que está a funcionar, logo ela controla-nos sempre.

              O que é a mente?

              A nossa mente é o que nós somos, não a podemos controlar, toda a acção que fazemos para a controlar é ela mesma a funcionar.
              Bem visto.

              Comentário


                #8
                Originalmente Colocado por Nthor Ver Post
                Os genes controlam tudo.

                A mente, o corpo, são só meios para um fim.
                ....x2
                Editado pela última vez por Docj; 14 June 2009, 15:05.

                Comentário


                  #9
                  lINTRODUÇÃO HISTÓRICA ÀS CIÊNCIAS COGNITIVAS

                  As Ciências Cognitivas têm um passado muito longo, mas uma história relativamente curta. Remontam aos debates dos filósofos gregos acerca da natureza da mente humana e concretizam-se actualmente na Inteligência Artificial, Neurociências, Filosofia, Linguística e Psicologia Cognitiva.

                  A tentativa de compreensão do mental não é exclusiva do pensamento ocidental. No contexto da cultura oriental a preocupação pelo mental seguiu, porém, uma matriz mais cósmica e transcendente, tornando-se, por isso, mais difícil uma avaliação científica dos seus resultados, ainda que a tradição budista seja hoje objecto de um significativo interesse por parte de alguns teóricos das ciências cognitivas.

                  No ocidente, depois dos Gregos, também os filósofos medievais se interrogaram sobre o que é a mente, sua estrutura, origem, relação com o corpo e possível imortalidade. Quem não se delicia com as obras verdadeiramente imortais como o Fedro de Platão, o De anima de Aristóteles, as Confissões de S. Agostinho, e a Summa Theologica de S. Tomás de Aquino? Contudo, a imagem que tradicionalmente temos do ser humano ganhou os seus contornos finais nos séculos XVII e XVIII, com o eixo Descartes-Locke-Kant.

                  Em todo o seu pensamento filosófico, René Descartes, considerado por alguns o pai da Modernidade, preocupou-se sobretudo em estabelecer conhecimentos tão válidos e certos que nem o mais céptico dos cépticos pudesse duvidar deles. Usando um método introspectivo concebeu-se a si mesmo como uma realidade composta por duas substâncias: mente e corpo. Concebeu a mente como puro pensamento não estando, por isso, sujeita às leis da física nem da biologia; o corpo, material e, portanto, divisível, está sujeito ao princípio da causalidade e à morte. Nesta perspectiva, sob o ponto de vista corporal, o ser humano mais não é que um autómato, comparável a uma máquina biológica; é a mente que é a fonte dos princípios de racionalidade, dignidade e imortalidade, constituindo, deste modo, o elemento distintivo que constitui o ser humano enquanto tal.

                  Contrapondo-se a esta visão introspeccionista, surgiu em psicologia nos inícios do século XX o paradigma behaviourista. Tendo por objectivo explicar toda a actividade humana sem recorrer a processos mentais internos, defendia o uso de métodos de observação pública do comportamento dos indivíduos. Estes eram vistos como reflectores passivos das várias forças e factores do meio ambiente no qual estavam inseridos, podendo os seus comportamentos ser quantificados. O estudo comportamental era o que verdadeiramente importava, a mente era considerada uma caixa negra na qual não se encontrava qualquer elemento que fosse objecto de interesse científico.

                  Uma vez que os métodos e resultados behaviouristas se revelaram pouco satisfatórios, desenvolveram-se a partir da década de 40 até meados da década de 50 diversos estudos interdisciplinares que visavam criar uma nova ciência da mente, na altura denominada por cibernética. Os estudos desenvolvidos a nível da lógica e da matemática, por autores como Turing e von Neumann, da psicologia por Lashley, da neurofisiologia por McCulloch e Pitts, e da teoria da informação por Shannon e Wiener, criaram o contexto adequado ao desenvolvimento da Cibernética e da sua posterior substituição pelas Ciências Cognitivas.

                  É de realçar um duplo aspecto no movimento cibernético. Em primeiro lugar, questionou e ultrapassou o paradigma behaviourista pondo a nu o seu simplismo; em segundo lugar, considerou a metáfora computacional como a imagem central da mente humana. Esta imagem mostrou-se tão frutuosa que em apenas algumas décadas os psicólogos e neurocientistas não diziam que o cérebro era como um computador, mas que o cérebro era um computador. Atingiu-se, assim, o cume de uma longa lista de metáforas que conforme a época e o interesse em voga visaram representar a mente: placas de cera, relógios, teares, tubos e válvulas, máquinas, sistemas hidráulicos, telégrafos e as comunicações telefónicas.

                  Em 1956, realizou-se em Dartmouth, nos Estados Unidos, um congresso de seis semanas reunindo os maiores especialistas em Ciências da Computação da época, visando compreender os processos mentais à luz de um modelo computacional. Este modelo permitia abandonar o behaviourismo sem cair na vacuidade do introspecionismo. A importância deste encontro foi de tal ordem que o ano de 1956 é hoje considerado o momento oficial do nascimento das Ciências Cognitivas.

                  A força da metáfora computacional reside quer na clareza e simplicidade com que explica a mente, quer na sua capacidade de simular os vários processos mentais humanos. Não é por isso de estranhar que as Ciências Cognitivas se tenham desenvolvido principalmente a partir da Inteligência Artificial, consubstanciando-se no movimento cognitivista.

                  A partir dos anos 80 desenvolve-se uma abordagem alternativa ao cognitivismo, denominada conexionismo. Este novo modelo retoma os trabalhos de McCulloch e Pitts acerca das redes neuronais, tornando-se o cérebro o modelo dominante na investigação cognitiva. Contrariamente ao cognitivismo, esta é uma perspectiva "bottom-up", que procura partir dos elementos mais simples do nosso cérebro (os neurónios) para chegar à compreensão das capacidades mentais mais elevadas no ser humano, tais como o pensamento e a resolução de problemas.

                  Enquanto estes dois paradigmas continuam a manter as suas agendas intelectuais, novos modelos explicativos têm surgido, nomeadamente o do enactivismo elaborado pela Escola Chilena.

                  Embora tenha passado já muito tempo desde as primeiras abordagens do problema mente-corpo, muitas interrogações permanecem sem resposta. Ainda que estejamos agora mais elucidados sobre os processos cognitivos devido aos progressos conseguidos sobretudo nas últimas décadas, o futuro é ainda uma incógnita. Há ainda muito a percorrer quer pelos caminhos já traçados, quer pelos novos percursos que poderão vir a ser abertos.

                  INTRODUÇÃO HISTÓRICA ÀS CIÊNCIAS COGNITIVAS

                  http://z3950.crb.ucp.pt/biblioteca/M...esis14_311.pdf

                  Comentário


                    #10
                    Há certas atitudes e comportamentos que fogem completamente ao nosso controlo. Por muito esforço que possamos fazer para controlar determinadas características do nosso ser, há certas coisas que nos escapam completamente. Quem é que nunca pensou durante horas e horas "vou fazer isto de uma determinada maneira", mas quando chega o momento da verdade acaba por fazer de uma forma completamente diferente, simplesmente porque "bloqueia"?
                    É a maior prova de que não temos controlo sobre a nossa mente, pelo menos em grande parte das situações.

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por nunomplopes Ver Post
                      Boa verdade.
                      YouTube - Genes
                      Mais como:
                      The Genius of Charles Darwin





                      Comentário


                        #12
                        Originalmente Colocado por Nthor Ver Post
                        Os genes controlam tudo.

                        A mente, o corpo, são só meios para um fim.
                        Os genes controlam tudo o que seja físico. A mente é o resultado de ramificações do cérebro. Essas ramificações são manipuláveis ou dito doutra forma vão-se adaptando conforme o meio, sendo que existe uma estrutura base nas ramificações, essas são as influências genéticas são as bases, a forma como se vai estruturando a mente depende dos primeiros anos de vida, é quando ela se forma, quando ainda não tem domínio próprio.

                        Quando é que ela se torna completamente autónoma? Diria que por volta dos 13/14 anos, que é quando os jovens começam analisar a influência que tem as suas acções nos outros e adaptam o comportamento, é quando tem aquilo a que chamo (chamamos todos) múltipla personalidade todas elas relacionáveis tendo todas a consciência umas das outras. Esta característica de autonomia da mente já se manifesta por volta dos 3 anos de forma observável.

                        Comentário


                          #13
                          Originalmente Colocado por Nthor Ver Post
                          Excelente documentário Nthor.
                          Embora o meu propósito fosse centralizar-me neste tema; de, e, certa forma faz uma abordagem em si e explora bem a visão de Charles Darwin.
                          Originalmente Colocado por UmDois Ver Post
                          Os genes controlam tudo o que seja físico. A mente é o resultado de ramificações do cérebro. Essas ramificações são manipuláveis ou dito doutra forma vão-se adaptando conforme o meio, sendo que existe uma estrutura base nas ramificações, essas são as influências genéticas são as bases, a forma como se vai estruturando a mente depende dos primeiros anos de vida, é quando ela se forma, quando ainda não tem domínio próprio.

                          Quando é que ela se torna completamente autónoma? Diria que por volta dos 13/14 anos, que é quando os jovens começam analisar a influência que tem as suas acções nos outros e adaptam o comportamento, é quando tem aquilo a que chamo (chamamos todos) múltipla personalidade todas elas relacionáveis tendo todas a consciência umas das outras. Esta característica de autonomia da mente já se manifesta por volta dos 3 anos de forma observável.
                          Excelente contributo.

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por nunomplopes Ver Post
                            Excelente documentário Nthor.
                            Embora o meu propósito fosse centralizar-me neste tema; de, e, certa forma faz uma abordagem em si e explora bem a visão de Charles Darwin.

                            (...)
                            Não pretendia ser redutor do tema, mas antes, dar-lhe um outra abordagem e dimensão.

                            Especialmente na parte 8 em diante do documentário, onde se fala do "gene egoísta", do altruísmo e de como os nossos cérebros "grandes", lidam com a "programação" original.

                            Uma outra abordagem e dimensão de que muitos se esquecem ou não sabem.

                            Comentário


                              #15
                              Originalmente Colocado por Nthor Ver Post
                              Não pretendia ser redutor do tema, mas antes, dar-lhe um outra abordagem e dimensão.

                              Especialmente na parte 8 em diante do documentário, onde se fala do "gene egoísta", do altruísmo e de como os nossos cérebros "grandes", lidam com a "programação" original.

                              Uma outra abordagem e dimensão de que muitos se esquecem ou não sabem.

                              Compreendo a tua visão e no qual enalteço a tua participação, ao qual o próprio documentário é bem descritivo e vai englobar a temática, no qual aconselho ver.

                              Edit:Para quem gosta de aprofundar realmente isto...

                              Editado pela última vez por nunomplopes; 14 June 2009, 05:29.

                              Comentário


                                #16
                                Nuno, mais uma vez obrigada e parabéns pelo excelente tópico.

                                Ao longo da minha caminhada académica este é um tema recorrente e, por isso, é sempre bom ouvir os outros e ver as diferentes perspectivas que defendem.

                                Destaco e agradeço o contributo do Nthor

                                Comentário


                                  #17
                                  Originalmente Colocado por NinaChampa Ver Post
                                  Nuno, mais uma vez obrigada e parabéns pelo excelente tópico.

                                  Ao longo da minha caminhada académica este é um tema recorrente e, por isso, é sempre bom ouvir os outros e ver as diferentes perspectivas que defendem.

                                  Destaco e agradeço o contributo do Nthor
                                  Muito agradecido...


                                  ...eu bem tento filosofar um bocadinho () e aprender algo mais que é essencial.

                                  Acho natural que seja uma questão que passe pela nossa mente, e o que podemos designar dela, ou cientificamente comprovar dados.
                                  Tocamos aqui em algo misterioso e desconhecido que vai para além do nosso conhecimento e capacidades de compreenção para designar aquilo que faz parte, um conjunto num todo do nosso corpo biológico.
                                  Que seja o ponto de partida e o caminho para compreender-mos e conhecer-mos tudo o nos comanda, e alguma pena é o pouco interesse e desafio de expressar-mos os nossos pensamentos que nos vagueiam e o que pensamos sobre o tema.
                                  Mas para mim é sempre produtivo, como fazendo parte da minha personalidade, a minha disposição para aprender e poder valorizar as minhas capacidades intelectuais () forma-nos um pensamento próprio e dá-nos uma outra capacidade de formalização de pensamento.
                                  A quem se interessa e gosta de discutir o tema sou um atento compreendedor de os mais variados tipos de visão e teorias, em toda essa envolvência também repercute em mim as minhas formas e ideais que está sempre em constante mobilização de ideais.
                                  Uma opinião meramente pessoal do que gosto de discutir e como se enquadra no tema em si.

                                  Comentário


                                    #18
                                    Desde que casei que a mente a minha mulher controla tudo cá por casa.

                                    Antes disso já não me lembro.

                                    Comentário


                                      #19
                                      É um assunto que me interessa bastante.
                                      Já li n livros sobre o assunto, ainda não cheguei
                                      a uma conclusão.
                                      Quanto á pergunta inicial acho que são as 2 verdade,
                                      se calhar é como a história do ovo e da galinha.
                                      Uma pergunta-quanto tempo conseguem estar com a mente
                                      vazia, sem pensar em nada? Eu não consigo mt tempo e para
                                      mim é bastante dificil, pois estão sempre a aparecer novos pensamentos.

                                      Comentário


                                        #20
                                        Os genes têm um papel fundamental.

                                        Basta ver a forma como controlam a mente dos homens para procurarem sexo de forma desenfreada

                                        Tudo para que os genes se reproduzam

                                        Comentário


                                          #21
                                          Originalmente Colocado por NinaChampa Ver Post
                                          Nuno, mais uma vez obrigada e parabéns pelo excelente tópico.

                                          Ao longo da minha caminhada académica este é um tema recorrente e, por isso, é sempre bom ouvir os outros e ver as diferentes perspectivas que defendem.

                                          Destaco e agradeço o contributo do Nthor
                                          Agradecido

                                          Comentário


                                            #22
                                            Aproveitei a questão deste tópico e perguntei à minha "psicóloga" (cara metade) o qual na opinião dela está comprovado que o determinismo (teoria do Darwin que se foca nos genes) não prevalece sobre o meio envolvente, que é determinado pelas variantes da vida (Watson)


                                            Ora eu sou mais apologista de que nós, seres humanos, somos tão complexos e incertos que nunca nenhuma teoria há-de provar a 100% a natureza da nossa "natureza"

                                            Comentário


                                              #23
                                              Originalmente Colocado por Echos Ver Post
                                              Aproveitei a questão deste tópico e perguntei à minha "psicóloga" (cara metade) o qual na opinião dela está comprovado que o determinismo (teoria do Darwin que se foca nos genes) não prevalece sobre o meio envolvente, que é determinado pelas variantes da vida (Watson)


                                              Ora eu sou mais apologista de que nós, seres humanos, somos tão complexos e incertos que nunca nenhuma teoria há-de provar a 100% a natureza da nossa "natureza"
                                              Concordo plenamente. O que os genes proporcionam é a estrutura básica (cérebro com ramificações pré-estabelecidas e comuns a todos) para que tudo o resto se desenvolva.

                                              Depois pode é haver factores de influência na mente da pessoa que pode determinar as acções, os neurotransmissores:
                                              São várias as pesquisas científicas que vem demonstrando a estreita relação entre o equilíbrio de nutrientes e as complexas reações cerebrais. Alguns alimentos fornecem nutrientes importantes que participam da produção dos neurotransmissores, mensageiros químicos que favorecem a comunicação entre as células do Sistema Nervoso. Três desses neurotransmissores estão diretamente relacionados ao humor: a serotonina, a dopamina e a noradrenalina.
                                              Neurotransmissores serotonina, dopamina, noradrenalina e bem-estar

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                                                #24
                                                Originalmente Colocado por Echos Ver Post
                                                Aproveitei a questão deste tópico e perguntei à minha "psicóloga" (cara metade) o qual na opinião dela está comprovado que o determinismo (teoria do Darwin que se foca nos genes) não prevalece sobre o meio envolvente, que é determinado pelas variantes da vida (Watson)
                                                Por acaso não, há por ai uma confusão qualquer:
                                                Chama-se determinismo a teoria filosófica segundo a qual todos os acontecimentos do universo obedecem a leis naturais de tipo causal, ou seja, a natureza, a sociedade e a história se subordinam a leis e causas necessárias. As concepções deterministas podem ser rastreadas no atomismo grego do século V a.C., mas no sentido moderno só se estabeleceram no século XIX.
                                                Efectivamente a "teoria dos genes" ou mais precisamente as leis de Mendel foram apresentadas por Gregor Mendel, creio que uns anos antes da publicação da origem das espécies em 1869, mas ficaram esquecidos até ao principio de Séc. XX, altura em que o resto do mundo as descobriu.

                                                E essa é só mais uma coisa que faz confusão à maioria das pessoas quando se fala em evolução, os genes tem por "objectivo" perpetuar-se, mantendo o ser vivo que os possui adaptável ao meio ou muito especializado (como no caso dos koalas), quanto mais adaptável é um ser vivo, maiores as probabilidades de ser bem sucedido em varias situações, inclusive quando o meio ambiente muda de forma gradual.

                                                Efectivamente a diversidade genética, dota um individuo da capacidade de desenvolver aptidões que podem ser úteis adaptando-o ao meio, modificando-se continuamente de forma ligeira e subtil, geração após geração ou de forma "mais rápida" em determinadas situações.

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                                                  #25
                                                  Originalmente Colocado por UmDois Ver Post
                                                  Concordo plenamente. O que os genes proporcionam é a estrutura básica (cérebro com ramificações pré-estabelecidas e comuns a todos) para que tudo o resto se desenvolva.

                                                  Depois pode é haver factores de influência na mente da pessoa que pode determinar as acções, os neurotransmissores:

                                                  Neurotransmissores serotonina, dopamina, noradrenalina e bem-estar
                                                  Sabes que um erro genético pode inibir a produção de neurotransmissores ou criar situações em que são produzidos constantemente?
                                                  Editado pela última vez por Nthor; 14 June 2009, 20:28.

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                                                    #26
                                                    Originalmente Colocado por Nthor Ver Post
                                                    Por acaso não, há por ai uma confusão qualquer:Efectivamente a "teoria dos genes" ou mais precisamente as leis de Mendel foram apresentadas por Gregor Mendel, creio que uns anos antes da publicação da origem das espécies em 1869, mas ficaram esquecidos até ao principio de Séc. XX, altura em que o resto do mundo as descobriu.

                                                    E essa é só mais uma coisa que faz confusão à maioria das pessoas quando se fala em evolução, os genes tem por "objectivo" perpetuar-se, mantendo o ser vivo que os possui adaptável ao meio ou muito especializado (como no caso dos koalas), quanto mais adaptável é um ser vivo, maiores as probabilidades de ser bem sucedido em varias situações, inclusive quando o meio ambiente muda de forma gradual.

                                                    Efectivamente a diversidade genética, dota um individuo da capacidade de desenvolver aptidões que podem ser úteis adaptando-o ao meio, modificando-se continuamente de forma ligeira e subtil, geração após geração ou de forma "mais rápida" em determinadas situações.
                                                    Nthor, penso que esta frase da forma como está pode criar dúvidas.
                                                    O que acontece é que os mais aptos ficam e transmitem os seus caracteres à descendência. Claro que há a adaptação do índivíduo, mas em todas as espécies a evolução acontece, porque houve mutações que face às necessidades, se mostraram mais aptas e por isso singraram. É isso ou percebi mal o que disse?

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                                                      Originalmente Colocado por MariaHelena Ver Post
                                                      Nthor, penso que esta frase da forma como está pode criar dúvidas.

                                                      O que acontece é que os mais aptos ficam e transmitem os seus caracteres à descendência. Claro que há a adaptação do índivíduo, mas em todas as espécies a evolução acontece, porque houve mutações que face às necessidades, se mostraram mais aptas e por isso singraram. É isso ou percebi mal o que disse?
                                                      Isso, mas convêm esclarecer o que significa "mais aptos", já que os mais aptos são-no apenas por oportunidade.

                                                      Ou seja, um gene que torna um individuo mais rápido a correr, de pouco serve num meio onde há sempre neve fofa, pelo contrario um gene que dota um individuo de pés maiores dar-lhe-a vantagem sobre o mais rápido.

                                                      A evolução acontece de forma relativamente rápida nos seres que usam a reprodução sexuada, porque esta permite "recombinar genes" aumentando a possibilidade de ocorrerem variações úteis, mas tem um outro efeito, algumas variações nunca são úteis e podem mesmo tornar o elemento menos capaz de sobreviver "naquele" meio.

                                                      Há um conjunto de variáveis no meio que transformam "mais aptos" em elementos normais ou até em "menos aptos", de um grupo, mas há tb de ter em conta a selecção sexual entre outros factores.

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                                                        Originalmente Colocado por Nthor Ver Post
                                                        Isso, mas convêm esclarecer o que significa "mais aptos", já que os mais aptos são-no apenas por oportunidade.

                                                        Ou seja, um gene que torna um individuo mais rápido a correr, de pouco serve num meio onde há sempre neve fofa, pelo contrario um gene que dota um individuo de pés maiores dar-lhe-a vantagem sobre o mais rápido.

                                                        A evolução acontece de forma relativamente rápida nos seres que usam a reprodução sexuada, porque esta permite "recombinar genes" aumentando a possibilidade de ocorrerem variações úteis, mas tem um outro efeito, algumas variações nunca são úteis e podem mesmo tornar o elemento menos capaz de sobreviver "naquele" meio.

                                                        Há um conjunto de variáveis no meio que transformam "mais aptos" em elementos normais ou até em "menos aptos", de um grupo, mas há tb de ter em conta a selecção sexual entre outros factores.
                                                        Acho a selecção sexual uma teoria extremamente interessante e que, de facto, explica muito sobre a evolução da espécie humana e sobre o querermos que os nossos descendentes sejam pessoas integradas no "meio" onde nós vivemos.

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                                                          Originalmente Colocado por Nthor Ver Post
                                                          Isso, mas convêm esclarecer o que significa "mais aptos", já que os mais aptos são-no apenas por oportunidade.

                                                          Ou seja, um gene que torna um individuo mais rápido a correr, de pouco serve num meio onde há sempre neve fofa, pelo contrario um gene que dota um individuo de pés maiores dar-lhe-a vantagem sobre o mais rápido.

                                                          A evolução acontece de forma relativamente rápida nos seres que usam a reprodução sexuada, porque esta permite "recombinar genes" aumentando a possibilidade de ocorrerem variações úteis, mas tem um outro efeito, algumas variações nunca são úteis e podem mesmo tornar o elemento menos capaz de sobreviver "naquele" meio.

                                                          Há um conjunto de variáveis no meio que transformam "mais aptos" em elementos normais ou até em "menos aptos", de um grupo, mas há tb de ter em conta a selecção sexual entre outros factores.



                                                          Penso que é isto:

                                                          Introdução
                                                          Em 1794 , na obra "Zoonomia", Erasmus Darwin, avô de Charles Darwin, aceitava que "todos os animais de sangue quente se originaram de um único tronco de vida". Era já, portanto, uma ideia clara de evolução.
                                                          Apesar disso, os naturalistas não entendiam que a evolução pudesse ser um processo geral, universal.
                                                          .
                                                          Jean-Baptiste Lamarck (1744-1829) não apenas aceitou a ideia da evolução como foi o primeiro a tentar explicar os factores que a determinam. Ele achava que o aparecimento de um novo órgão num animal, ou o desenvolvimento de um órgão já existente, decorria de uma necessidade e das pressões internas do organismo em adquirir uma capacidade.
                                                          .
                                                          A teoria de Lamarck assentava em dois pontos básicos:
                                                          a - A lei do uso e do não uso.
                                                          Os órgãos usados desenvolvem-se e os não usados têm tendência a uma atrofia progressiva, podendo até desaparecer.
                                                          b - A lei da transmissão dos caracteres adquiridos
                                                          Os órgãos adquiridos no decurso da vida são preservados ao longo das gerações, ou seja, são transmitidos à descendência.
                                                          .
                                                          A teoria de Lamarck, que ficou conhecida como Teoria da transmissão dos caracteres adquiridos, não tem qualquer fundamento científico. Tem apenas um valor histórico.
                                                          Foi publicada na sua obra “Filosofia Zoológica”, no ano de 1809.
                                                          .
                                                          Foi nesta ano de 1809 que nasceu Charles Darwin que, 50 anos depois, em 1859, publicou a “Origem das espécies”, obra cujos 1250 exemplares foram esgotados no primeiro dia da publicação!...
                                                          Charles Darwin
                                                          A teoria da evolução proposta por Darwin tem como ideia básica a Selecção Natural, exaustiva e facilmente observada na natureza.
                                                          A selecção natural não é o único, mas é um importante factor que explica o mecanismo evolutivo. Resumidamente, as pequenas variações casuais que aparecem nos organismos fazem com que as suas probabilidades de sobrevivência e reprodução sejam diferentes.
                                                          Uma determinada característica, quando presente num organismo, pode fazer com que ele seja mais bem sucedido num certo ambiente do que um organismo que não possua essa característica.
                                                          Deste modo, o ambiente actua como seleccionador das características mais favoráveis, em detrimento das outras, que ficam em percentagens mais baixas nas populações, podendo até desaparecer.

                                                          Um exemplo elucidativo de selecção natural é o caso da substituição de populações de borboletas “Biston betulariade cor clara, por populações de cor escura, que ocorreu nos arredores de Manchester por alturas por alturas do desenvolvimento industrial, nos finais do século 18. Fenómeno que ficou conhecido por “melanismo industrial”.
                                                          .
                                                          A localização de zonas industriais nos arredores daquela cidade inglesa e a consequente poluição causada pela queima de combustíveis carbonosos, levou a uma transformação da paisagem constituída por imensos bosques de bétulas. De tronco, muito claro, as bétulas foram adquirindo uma tonalidade cada vez mais escura com a deposição, sobre os seus troncos, de detritos fuliginosos…
                                                          Antes da explosão industrial, as populações de borboletas, na Inglaterra, eram constituídas por indivíduos de cor branco-acinzentada, com pequenas manchas negras distribuídas irregularmente pelo corpo e asas.


                                                          Variedade clara de Biston betularia em caules claros
                                                          Raramente apareciam indivíduos, de cor negra. Sabe-se da existência e raridade desses indivíduos escuros ( melânicos, de melanina ) graças aos coleccionadores de borboletas que se empenhavam muito em conseguir um desses raríssimos exemplares.


                                                          Variedade melânica de Biston betulária em troncos fuliginosos
                                                          A partir do início do século 19, os tipos melânicos tornaram-se comuns em muitos lugares e chegaram, em alguns deles, a constituir cerca de 83% da população. Nas regiões não industrializadas , continuam predominando os indivíduos claros e são extremamente raros os escuros.
                                                          Este fenómeno está relacionado com o facto de os troncos das árvores das regiões industriais se tornarem escuros. Estes troncos, antes esbranquiçados devido à presença de líquenes na sua superfície, foram cobertos pela fuligem libertada pelas fábricas, o que causou a morte dos líquenes e os tornou enegrecidos.
                                                          .
                                                          As aves predadoras destas borboletas passaram a ter mais dificuldade em detectar as suas presas melânicas e a vislumbrar com mais facilidade o local onde pousavam as borboletas claras, nos troncos escurecidos pela poluição.

                                                          Indivíduo melânico em tronco claro e indivíduo claro em tronco fuliginoso.
                                                          Daí resultou uma maior “esperança de vida”, para os indivíduos da variedade melânica e uma eliminação mais eficiente da variedade clara, muito mais visível pelos elementos predadores... ao contrário do que sucedia anteriormente naqueles bosques ou nos locais sem problemas de poluição carbonosa.
                                                          A selecção natural e a posterior descoberta das mutações genéticas são os dois factores básicos do mecanismo evolutivo.

                                                          A viagem de Darwin, no Beagle
                                                          Em 1831, com 22 anos, como biólogo, Darwin embarcou no navio Beagle, ao serviço da Inglaterra, numa viagem de mapeamento e pesquisas ao redor do mundo que durou 5 anos.
                                                          Foi durante esta viagem que recolheu muitos dos elementos que o levaram ao enunciado da sua teoria evolutiva. Conheceu terras, povos, faunas e floras. Nesse período leu muito, escreveu o seu diário de viagem e, o mais importante, colectou tudo o que foi possível, em todos os continentes por onde andou.
                                                          As inúmeras observações da natureza, especialmente as feitas nas Ilhas de Galápagos, no Oceano Pacífico, onde estudou as variedades das célebres tartarugas e as variedades dos bicos e da alimentação das pequenas aves Fringillidae (tentilhões), e os trabalhos do economista Malthus sobre o crescimento populacional, acenderam a curiosidade de Darwin sobre os possíveis mecanismos da evolução e origem das espécies.
                                                          .
                                                          Cfr. Martho e Amabis,
                                                          in. “A Ciência da Biologia - Genética e Evolução”, Editora Moderna;
                                                          Joel de Rosnay
                                                          in. “As origens da vida”, Livraria Almedina - Coimbra;
                                                          Martho, Amabis e Mizuguchi
                                                          in. “Biologia, vol.3”, Editora Moderna;
                                                          Jean Génermon
                                                          in, “Mutations neutres, mutations selectionnees”,
                                                          Science & Vie, de Dezembro de 1990.
                                                          Fonte: Memoria recente e antiga: Darwin

                                                          Quem tiver curiosiade pode também ver:
                                                          http://www.notapositiva.com/trab_est...hos/darwin.htm
                                                          Editado pela última vez por MariaHelena; 14 June 2009, 21:20.

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                                                            #30
                                                            Dizer que a nossa mente é guiada apenas pelos nossos genes é reduzir um bocado este assunto que tem tanto para se falar!

                                                            Quantos aos genes: O nosso feitio, convicções, pensamentos e etc, podem advir também deles mas não só! Podem existir outras naturezas que nos façam pensar de forma diferente.

                                                            E sinceramente a maior função dos genes é dar o nosso fenótipo... A mente parece-me ser algo que se pode aprofundar mais. Não é algo dogmático. Não é um ADN em que A se liga a T.

                                                            Deixo-vos algo para reflectirem...

                                                            De um modo geral os rosacrucianos defendem a fraternidade universal entre todos os homens. Para os rosacrucianos, os homens podem desenvolver suas potencialidades para tornarem-se melhores, mais sadios e felizes. O rosacrucianismo tem por objetivo primordial levar o homem ao autoconhecimento e à manifestação de sua real natureza espiritual, a fim de contribuir para a evolução de toda a humanidade.
                                                            Estes objetivos, segundo os rosacrucianos, podem ser atingidos por meio de uma mudança pessoal, de hábitos, pensamentos e sentimentos. Segundo eles, isto só é possível ao dissipar o véu de ignorância que cobre os olhos dos homens. A recompensa daqueles que atingem este objetivo, que é de natureza espiritual, é uma paz profunda consigo próprio; estado este que se irradia do indivíduo e atinge todos em volta, produzindo em todos um reflexo positivo.

                                                            Comentário

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