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Direito a brincar na rua - Que qualidade de vida das crianças portuguesas

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    Sociedade Direito a brincar na rua - Que qualidade de vida das crianças portuguesas

    Considero o tema demasiado importante, não sendo debatido, pelo menos que tomem dele conhecimento. Para que ao valorizarem o importante, não desleixem o urgente.

    PUBLICO.PT

    20 de Novembro de 2008

    TEMAS

    Brincar na rua, sem adultos a tomar conta, é uma coisa que a maioria das crianças portuguesas desconhece. Um espantoso sinal dos tempos, relatado por investigadores:
    para estes miúdos "enclausurados" pelo medo crescente dos pais e a presença das novas tecnologias, o recreio escolar será o único local que resta para brincar livremente. Os pais estão cada vez mais a inventar a infância dos filhos e o modo como o fazem poderá estar já a deturpar o seu desenvolvimento. Serão menos de 15 em cada 100 as crianças portuguesas que continuam a poder brincar na rua sem a supervisão de adultos e menos de 30 por cento as que se deslocam para a escola sozinhas ou apenas acompanhadas por amigos, adianta Carlos Neto, professor da Faculdade de Motricidade Humana, em Lisboa, com base em inquéritos e estudos que tem vindo a desenvolver, tanto no âmbito do mestrado em Desenvolvimento da Criança, de que é coordenador, como em parceria com universidades e outras instituições.

    Também por observação directa Carlos Neto fala de um progressivo "analfabetismomotor" que está a tomar conta desta geração criada entre quatro paredes. As crianças mexem-se cada vez menos e cada vez pior. Por exemplo, começam a correr e chocam com as cabeças uns dos outros. "O afinamento perceptivo está em decadência", constata.
    Para esta "falta" de rua contribuem vários fenómenos cruzados. Entre eles: os pais estão com mais medo, as cidades têm mais carros e menos espaços livres, há mais oferta de actividades dentro de casa (computador, televisão, vídeo), as crianças têm menos tempo livre.
    O tempo que pertence por direito às crianças, para fazerem o que lhes apetece, está a ser roubado pelos adultos e os miúdos estão a ser transformados em "crianças de agenda", num corrupio entre a escola, onde passam o dia inteiro, e as actividades fora dela, alerta Carlos Neto.
    Alberto Nídio, sociólogo da infância, descreve assim o que acontece no resto do tempo destas crianças: "Depois chega a noite e têm que fazer os deveres. Aos sábados, têm escuteiros, catequese, piscina. E aos domingos ainda têm que sair com os pais."

    "Um inferno"

    Nídio está agora a redigir a sua tese de doutoramento - Trajectos intergeracionais do jogo, do brinquedo e da brincadeira -, que tem por base entrevistas a 10 famílias, com quatro gerações vivas (os seus entrevistados oscilam entre os seis e os 98 anos), residentes em diferentes meios (urbano, rural e intermédio) e de classes sociais distintas.
    Numa das casas, a mãe queixou-se por a filha já não querer acompanhá-la nos passeios de domingo. A miúda explicou-lhe porquê, resumindo o que vai na alma de muitas outras crianças: "É uma seca. Vai visitar a avó ou a tia. Fica lá a falar. Durante a semana, faço o que outros querem, mas ao domingo queria fazer o que me apetecesse".
    Alberto Nídio e Carlos Neto não poupam palavras duras para descrever este quotidiano:
    "Um inferno". "A identidade da infância não é compatível com a ideia de um intelecto activo num corpo passivo", adverte o professor da Faculdade de Motricidade Humana (FMH).

    As crianças precisam de brincadeiras espontâneas, de ter tempo para explorar, de contacto com a natureza, de dispêndio de energia, de aventura. "Todos os animais que têm uma infância prolongada (como é o caso da vida humana, têm necessidade de investir muito tempo e jogo durante esse tempo como uma ferramenta de aprendizagem e adaptação para situações inesperadas e imprevisíveis de natureza motora, social e emocional na vida adulta", explica Carlos Neto, que frisa: "Brincar é treinar para o inesperado".
    Durante muito tempo, a rua foi o espaço de eleição da infância. Hoje, esse é... o recreio da escola. "É o único local que resta às crianças para brincarem livremente", diz o professor da FMH. Um lugar onde estão por elas, entre elas, sem adultos a preencher-lhes o tempo. Este espantoso sinal dos tempos é também apontado por Alberto Nídio, que está, aliás, a colaborar com a Câmara do Porto num projecto destinado a adaptar melhor os recreios escolares a esta função central que agora desempenham.

    "Dar-lhes na cabeça"

    Para o sociólogo, que foi professor primário durante mais de 30 anos em Vila Verde (distrito de Braga), a própria escola vai ter de mudar para responder ao tempo crescente que ocupa na vida das crianças. E média, recorda, as crianças passam ali mais 10 horas semanais do que há três anos, quando foram implementadas as chamadas "actividades de enriquecimento curricular" e alargado o horário das escolas do 1.º ciclo do ensino básico: "Estão sufocadas. Há crianças que estão nas escolas antes da oito horas da manhã e saem depois das 18, em actividades que, apesar de mudarem de nome, são mais do mesmo: ensinar", descreve, chamando a atenção para esta características dos tempos correntes. Todos os adultos ali, sejam professores ou monitores em ATL e actividades desportivas, aparecem com um projecto para cumprir. "De um modo ou de outro, as crianças acabam sempre por estar com alguém a dar-lhes na cabeça." Carlos Neto aponta também o dedo: "O aumento da carga curricular e a total formalização escolar não é compatível com as necessidades de desenvolvimento de crianças e jovens, que necessitam de tempo informal para a promoção de um estilo de vida mais activo".

    O investigador tem dúvidas, por exemplo, acerca dos efeitos benéficos das aulas de substituição. "Na perspectiva das crianças, a falta do professor representava um ritual fundamental para se gostar de estar na escola. Era um momento para a actividade livre no recreio, actividades físicas e desportivas e convivência com os amigos."

    Neto frisa, por outro lado, que as mais das vezes as novas aulas de substituição têm pouca ou nenhuma mais-valia: são preenchidas "com actividades incoerentes e não coincidentes com o projecto de ensino de cada disciplina".

    Ao contrário das vivências experimentadas pelas gerações antes delas, a maioria dos miúdos de hoje desconhece, em absoluto, a explosão de energia que acontecia nas ruas no final de cada dia passado em aulas. Um estudo sobre níveis de bem-estar das crianças da Área Metropolitana de Lisboa (AML), realizado pelo Instituto Superior de Economia e Gestão, o Instituto de Apoio à Criança e a Faculdade de Motricidade Humana, em que foram inquiridas cinco mil crianças, mostra que quase 85 por cento não podem brincar com amigos depois do anoitecer, revela Carlos Neto.


    Os pais têm cada vez mais medo e mais medos. Têm medo que os filhos se magoem, que sejam roubados, que sejam atropelados, que sejam violados, que sejam raptados.
    Neto e Nídio falam mesmo de "paranóia" e sublinham as responsabilidades da comunicação social neste processo, que tende a agravar-se. Também para efeitos de cultura familiar "o caso Maddie foi uma tragédia", alerta o professor da FMH.
    Inês Lobão, psicóloga, monitora na mediateca do centro social da Musgueira, Lisboa, regressou há sete meses aos arredores da capital, depois de quatro anos numa aldeia do Centro do país, onde nasceu o seu filho mais novo. O mais velho foi para lá ainda quase bebé. Cresceram de porta aberta para o quintal. Hoje, no prédio onde vivem, em Queluz, descem por vezes à frente da mãe: "Os meus vizinhos ficam em pânico se os vêem lá em baixo a brincar sozinhos".


    "Um tesouro"

    Nisto do que fazer com os filhos, as novas tecnologias, e, antes delas, já a televisão, são amigas dos pais: estão a transformar a casa - e, nela, o quarto - no centro do mundo dos filhos. "O quarto dá-lhes tudo. Têm lá a televisão, o computador, a consola", refere Nídio. Mesmo nas casas mais humildes, os miúdos têm isto tudo, constata.
    Em média, as crianças portuguesas passam mais de três horas por dia à frente de ecrãs.

    Alberto Nídio chama-lhes "nativos digitais", em contraposição com a "maioria de infoexcluídos" que compõem as gerações dos seus pais e avós. Diz que este contraponto poderá estar a contribuir para a sobrevalorização da criança nos tempos de hoje: "Os pais olham para elas e acham-nas importantes. São depositadas muitas expectativas nelas". "É um tesouro que está ali", disse-lhe um bisavô de 92 anos sobre o neto de oito.

    Este modo de encarar as crianças poderá também ajudar a explicar o medo crescente que tem tomado conta dos adultos. E que está a condenar os mais novos. Nos inquéritos que tem feito, Nídio constatou, por exemplo, que mesmo aqueles para quem o quarto é tudo, se tivessem oportunidade, se os deixassem, o que queriam era ir brincar lá para fora.



    Menos rua em países do Sul

    Ao contrário do que poderia parecer óbvio, até por causa do clima, é nos países do Sul da Europa que as crianças passam mais tempo em interiores. A diferença é abissal: nos países nórdicos, quase todas as crianças (99 por cento) vão para a escola sozinhas ou com amigos e podem brincar na rua com autonomia, adianta Neto, com base em dados constantes de um estudo comparativo sobre a mobilidade das crianças europeias, publicado em 2001.

    Uma sondagem conduzida anualmente pela Duracell em nove países europeus, Portugal incluído, dá conta de que, na Alemanha ou na Holanda, as actividades no exterior encontram-se no topo das preferências, com percentagens (33 e 30 por cento) que praticamente triplicam as contabilizadas junto das crianças portuguesas (11 por cento).

    Mas não são só as diferenças Norte-Sul a ditar variações. Brincar ou não na rua depende ainda também da classe social de pertença e do meio envolvente. As crianças e jovens realojados na Musgueira que diariamente frequentam a mediateca onde Inês Lobão trabalha terão, pelo contrário, "rua a mais", constata a psicóloga. A "cultura de rua" é ainda muito forte em quase todos os bairros de realojamento e também nos bairros mais populares, em forte contraste com o deserto silencioso em que se transformaram as zonas residenciais da classe média.

    Inês Lobão diz que os "seus" jovens se habituaram a estar na rua desde pequenos, que esta cultura é passada de irmão para irmão. Muitos deles vêm de famílias com oito e 10 filhos. É outra diferença: os filhos únicos estão mais "enclausurados" do que os outros.

    Na Primavera passada, Alberto Nídio confirmou que se pode mudar de mundo em apenas um quilómetro. Nas entrevistas que realizou, deparou-se, nas quatro gerações, com uma referência comum ao lugar da catequese como local de brincadeiras. Foi ver o que se passava. Constatou primeiro que, "no meio urbano, o tempo que antecede e procede a catequese já não é de brincadeira". "As crianças são transportadas de automóvel, geralmente pelas mães. Não são sequer deixadas no adro, mas levadas à porta, para [os adultos] terem a certeza de que as entregam ao catequista: cerca de cinco minutos antes do fim da catequese, que demora à volta de uma hora, já estão outra vez à porta para pegarem nas crianças e desaparecerem dali."
    Mas a mil metros de Vila Verde, num contexto que Alberto Nídio descreve como "intermédio", já não totalmente urbano mas ainda sem ser rural profundo, "a esmagadora maioria das crianças vai sem adultos para a catequese, numa brincadeira pegada que se estende ao adro do templo e às ruas em volta".

    Parques infantis iguais Para repor as crianças em acção não é só preciso que os pais mudem, é também necessário mudar as cidades e o que se decide sobre elas. O automóvel invadiu todos os espaços. Por se ter privilegiado sempre mais construção, as zonas livres são cada vez menos; e aquelas que foram "concebidas" para as crianças sofrem de um mal de raiz. "A maior parte dos espaços de recreio e jogo para crianças resulta de critérios ligados ao 'negócio' empresarial e político. Um bom exemplo disso são os parques infantis completamente padronizados, iguais em todo o lado, sem interesse nenhum para as crianças", denuncia Carlos Neto.
    Uma entre outras lacunas, diz: "Está ainda por criar em Portugal o conceito de espaço aventura", em que os mais novos são intervenientes no processo de construção e se privilegia o contacto com a natureza.

    "Hoje, a vida na cidade é desesperadamente adulta e racional", lamenta o professor da Faculdade de Motricidade Humana. Em Londres, Nova Iorque, em vários pontos da Alemanha, entre outros lugares, estão em curso projectos com o objectivo de tornar as cidades mais amigas das crianças, promover a mobilidade (em Londres, os transportes públicos são gratuitos para menores de 16 anos) e assim ajudar também a combater uma das grandes ameaças do século, a obesidade.
    Calcula-se que, nas sociedades desenvolvidas, 40 a 45 por cento das crianças e adolescentes sejam sedentárias ou insuficientemente activas, adianta Carlos Neto.

    Provavelmente, irão dar corpo a uma geração de obesos (em Portugal, cerca de 14 por cento das crianças já o serão). Mas não é só o corpo, é também a alma que se encontra ameaçada. Neto di-lo de outro modo e deixa o recado: "É absolutamente importante que as crianças tenham uma infância feliz, não uma infância inventada pelos adultos".
    Editado pela última vez por MariaHelena; 28 July 2009, 03:45.

    #2
    É claro q ao ler este artigo todos nos revemos e sentimos mal por sermos em parte, pais de agenda cheia, q transformam os filhos em crianças c funções e actividades marcadas toda a semana.
    Eu cresci a brincar num grande quintal, cheio de coelhos, galinhas e árvores de fruto. Onde brincava livremente, c formigas, aranhas e borboletas. Hoje, qd meu filho vê uma simples joaninha, é um dia de festa! Mas tb não caio no erro de dizer q antes é q era bom. Convenhamos: eu tinha todo o tempo pq os meus pais trabalhavam de sol a sol logo era a rua, os vizinhos e os miúdos o meu infantario/ATL. E tb não tenho saudades nem considero q contribua p desenvolvimento dos meus filhos fazerem 3 kms a pé todos os dias p ir p escola, como eu fazia. Se os posso levar e buscar, tanto melhor.
    Tento sempre andar de bicicleta ou jogar bola c eles qd chego a casa e os deveres ficam p depois. Eles percebem q terão q ser feitos mas não são o mais importante do dia. Se são sobrecarregados naescola? São, mas qd não participam ou não fazem algo q os amigos fazem, sentem-se mal e colocados de parte, logo, há q ter cuidado c o "eu sou um pai mt liberal e não obrigo meu filho a fazer nada"...pode servir de exclusao no seio do grupo onde se querem inserir e eles precisam de se sentir integrados e adaptados.
    Eu sou contra colecção de actividades: não há cá aulas de piano, falar francês e um sem n. de desportos: para além do q a escola/infantario oferece, tem mais 2 actividades à escolha, em função dos seus gostos e qd lhes apetece trocar, por não gostarem, podem fazê-lo. Não ando nem projecto formar Ronaldos ou Federers...apenas quero filhos felizes e equilibrados, sem extremismos de liberdade/libertinagem ou controlo/opressão.

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      #3
      Ja muitos dos que vejo nas geraçoes adultas de hoje tem mentalidades e comportamentos que reflectem a infancia que passaram..

      para muitos o que é bom é ficar em casa a ver filmes ou ir ao cinema, sabem tudo de cor e salteado sobre o assunto, mas nao fazem puto ideia de como funcionam determinadas coisas na vida.. é quase como o puto a quem é dito que o fiambre vem da sicasal... lol

      cada vez mais as crianças sao aquilo que os pais lhes impoem e nao aquilo que querem ser.. ha tempos na TV uma reportagem mostrava um pai todo orguihoso nos filhos que erma ja craques de futebol... e os forçava a regimes de treinos quase militares

      se é para terem putos e serem educados pelos avos porque os pais nao tem tempo ou para fazerem deles ignorantes sociais mais vale nao os ter...

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        #4
        Apesar de os avós não substituírem os pais, acho q são eles q teem um papel preponderante no bom desenvolvimento dos netos, por terem tempo, desafogo econômico, uma visão mais ponderada e menos stressada do dia a dia q os pais. Ter bons avós e avós presentes é das melhores coisas q uma criança pode ter: avós q contém histórias, q passeiem, q façam bolos sem ter medo de sujar a cozinha Siemens :-), q brinquem,
        é melhor q todas as actividades extracurriculares q o dinheiro possa comprar.

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          #5
          Originalmente Colocado por manucas Ver Post
          Apesar de os avós não substituírem os pais, acho q são eles q teem um papel preponderante no bom desenvolvimento dos netos, por terem tempo, desafogo econômico, uma visão mais ponderada e menos stressada do dia a dia q os pais. Ter bons avós e avós presentes é das melhores coisas q uma criança pode ter: avós q contém histórias, q passeiem, q façam bolos sem ter medo de sujar a cozinha Siemens :-), q brinquem,
          é melhor q todas as actividades extracurriculares q o dinheiro possa comprar.

          Acho que aqui está tudo dito. Muito bom post Manucas, parabéns

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            #6
            Originalmente Colocado por manucas Ver Post
            Apesar de os avós não substituírem os pais, acho q são eles q teem um papel preponderante no bom desenvolvimento dos netos, por terem tempo, desafogo econômico, uma visão mais ponderada e menos stressada do dia a dia q os pais. Ter bons avós e avós presentes é das melhores coisas q uma criança pode ter: avós q contém histórias, q passeiem, q façam bolos sem ter medo de sujar a cozinha Siemens :-), q brinquem,
            é melhor q todas as actividades extracurriculares q o dinheiro possa comprar.
            Bem verdade, apesar de nunca ter tido oportunidade de conviver com os meus avós, tive outras duas pessoas a quem chamava de tios, mas que em muito contribuiram para a minha educação e crescimento.

            Eu sempre tive um mix de casa/rua, tanto estava em casa com uma consola, como estava na rua a andar de Bmx ou jogar à bola, por norma sempre acompanhado de bons amigos da minha rua.

            O problema é que estamos uma sociedade impessoal, onde nem os vizinhos do próprio prédio conhecemos, quanto mais os da rua.
            O medo da droga, dos furtos, dos pedofilos, das doenças, prevalece sobre a liberdade de deixar os miudos brincar na rua - os meus pais sabiam lá o que eu fazia entre as 15 e 19h .
            Depois os próprios miudos copiam-se uns aos outros, querem a mesma roupa, o mesmo cd, o mesmo telele, pc, consola - preferindo crescer com a Lucy (eu tb não me importava ), e comunicar por sms ou msn, do que falar com o amigo que mora no 10º andar...

            Por tudo isto é que não tenho putos

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              #7
              O autor do tópico que me desculpe mas acho que deixar as crianças a brincar na rua sozinhas e sem qualquer supervisão é, actualmente, uma grande irresponsabilidade.

              Quando era miúdo existia um enorme jardim e parque infantil no meio dos prédios onde vivia. Podiamos ir para lá brincar livremente sem a supervisão directa dos pais. No entanto era um meio relativamente pequeno, onde toda a gente se conhecia, e se acontecesse alguma coisa os pais eram avisados imediatamente.

              Actualmente a morfologia das cidades e da sociedade mudou radicalmente: existem poucos locais onde brincar; as áreas residenciais são cada vez maiores e mais anónimas; se acontecer alguma coisa, ninguém avisa os pais e mesmo que conheçam os pais muita gente pura e simplesmente lava as mãos do assunto e diz que não é responsabilidade deles. Isso implica outras soluções!

              Não digo que a solução radicalmente oposta seja melhor. Encarcerar em casa não é propriamente uma boa solução. Mas há que encontrar um equilíbrio!

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                #8
                Originalmente Colocado por rantamplan Ver Post
                O autor do tópico que me desculpe mas acho que deixar as crianças a brincar na rua sozinhas e sem qualquer supervisão é, actualmente, uma grande irresponsabilidade.

                ...
                Actualmente a morfologia das cidades e da sociedade mudou radicalmente: existem poucos locais onde brincar; as áreas residenciais são cada vez maiores e mais anónimas; se acontecer alguma coisa, ninguém avisa os pais e mesmo que conheçam os pais muita gente pura e simplesmente lava as mãos do assunto e diz que não é responsabilidade deles. Isso implica outras soluções!

                Não digo que a solução radicalmente oposta seja melhor. Encarcerar em casa não é propriamente uma boa solução. Mas há que encontrar um equilíbrio!

                Rantamplam, deve ter lido o texto na diagonal,no texto está bem referido o que diz, mas coloca-o com um certo antagonismo ao texto.Eu não tenho que desculpar nada, no texto não se faz apologia do que refere,...

                Aliás esses aspectos são abordados. As conclusões que tiraram não são opiniões, são factos retirados dum estudo quantitativo, que nos diz que as crianças, brincam menos, de uma forma livre e espontanea, com as consequencias que daí podem vir. Eles apontam as razões e dizem que têm que ser criadas alternativas e soluções, entre elas o espaço urbano tem que ser repensado.

                A essência do texto, fala da necessidade de serem criados contextos para as crianças, terem abertas possibilidades essenciais para o seu desenvolvimento de uma forma mais saudável.

                Deixo dois links, para quem quiser saber mais sobre este tema, (Aos pais aconselho que leiam):


                http://www.drealg.min-edu.pt/upload/..._pes_art_5.pdf

                http://www.drealg.min-edu.pt/upload/..._pes_art_3.pdf




                Entrevista com Carlos Neto - Cláudia Almeida

                Será que a maioria das crianças portuguesas tem boas condições para brincar? O que são as crianças de agenda? A que se deve o aumento do índice de obesidade nos mais novos? Carlos Neto, representante em Portugal da associação internacional que promove o direito das crianças ao jogo e aos espaços de lazer (IPA), dá-nos estas respostas e levanta outras questões. Este professor de educação física explicou-nos porque é que brincar não é, para a maior parte dos mais pequenos, um passatempo saudável e divertido no nosso país. A atitude da nossa sociedade para com o corpo faz parte da resposta.

                As propostas do IPA envolvem os pais?

                Também envolvem, porque muitas das experiências são fora de instituições e relacionam-se com a mobilização dos espaços públicos. O que nós pretendemos é promover a ideia de uma criança, um jovem, um idoso, um cidadão, em termos gerais, activo. Essa noção de corpo activo tem que passar através de um discurso em que as pessoas percebam que têm um corpo que tem de ter mobilidade. Hoje em dia os constrangimentos são enormes, principalmente ao nível das crianças. As mudanças sociais das últimas duas décadas são inacreditáveis.

                Pode concretizar essa ideia das mudanças sociais?

                Mudanças sociais no sentido em que os estilos familiares se alteraram significativamente. É óbvio que a progressão da autonomia das mulheres é uma conquista democrática e social, mas isso transformou a vida quotidiana das famílias e teve repercussões enormes ao nível das rotinas das crianças no seu dia-a-dia. De modo que, associado a uma densidade de tráfego, um aumento da insegurança e uma grande dificuldade que as crianças hoje têm de fazer amigos, leva a que o nível de inactividade física e de sedentarismo na vida da cidade seja enorme.

                Mas o próprio espaço urbano em Portugal não ajuda.

                O espaço urbano, ainda para mais num país enquadrado numa cultura mediterrânica, era suposto admitir alguns cuidados na planificação urbana, ao nível da forma de se explorar este dom natural que temos que é uma Natureza esplêndida, num país junto ao mar e por outro lado com o clima fantástico que temos durante o ano. Também era de esperar que existisse algum bom senso e alguma capacidade artística para dar qualidade de vida aos cidadãos.
                "ainda não foi criada uma democracia cultural"

                E por que lhe parece que isso não aconteceu?

                Ainda há falta de cultura democrática, parece-me que existe uma democracia política, mas ainda não foi criada uma democracia cultural. A maneira como fazemos hoje a planificação do espaço de vida é sujeita a muitos constrangimentos e interesses económicos e, de facto, a forma como o espaço é estruturado, quer nas relações entre a casa e o trabalho ou o modelo de vida quotidiana, não favorece essa qualidade de vida, principalmente às crianças; a cidade não está planificada em função das crianças.
                Não há uma cultura lúdica implementada na vida das nossas crianças e jovens, mas há uma situação desesperada de falta de mobilidade. Há por outro lado uma cultura cada vez mais profunda centrada no envolvimento electrónico e isso significa que não nos estamos a preocupar com a saúde pública dos portugueses. Eu temo que a cultura física neste país esteja em indíces muito abaixo dos que eram esperados e, portanto, está em causa a saúde pública e a não existência de padrões de estilos de vida activa.

                Que quadro prevê a médio prazo?

                Eu vejo um quadro negro. Repare por exemplo no aumento da obesidade nas crianças, que têm uma paupérrima cultura motora e coordenativa.

                Mas toda esta actividade que desenvolve a partir da Faculdade de Motricidade Humana não devia ter uma relação estreitíssima com os Cursos de Educadores de Infância?

                Eu há muitos anos que me ligo com a Educação da Infância.

                Mas esse curso não deveria estar integrado nesta Faculdade?

                Nós temos, por exemplo, um mestrado em desenvolvimento da criança cujos clientes são professores do 1º ciclo, educadores de infância e de outras áreas profissionais.
                Mas eu penso que a Educação da Infância, nesse aspecto, até nem está mal, os educadores de infância têm hoje uma formação muito boa, em termos internacionais, sobre aquilo que é a importância das actividades físicas e corporais e até as relações entre o corpo e as actividades artísticas. A meu ver, o problema não se coloca na formação corporal, motora e lúdica das crianças até aos 6 anos de idade. O problema é o vazio enormíssimo que existe entre os 6 e os 10 anos. Aí sim, nós não temos um modelo suficientemente robusto de modo a que as actividades motoras e físicas possam ser desenvolvidas na escola, por diversas razões.

                Por falta de tempo...?

                Falta de tempo, um currículum excessivo, uma expectativa social e familiar enorme em relação àquilo que são consideradas matérias mais elegíveis do que outras...
                "as actividades de aventura, de descoberta, de subir às árvores, jogar à bola... Essa estimulação ocasional, espontânea, desapareceu da cultura das nossas crianças"
                Mas é vulgar ser nessas idades que os pais põem as crianças na ginástica e afins.

                É outro drama que vivemos actualmente: se a educação motora e lúdica na escola, do ponto de vista curricular, não exige condições para que ela exista de facto, também é verdade que os pais procuram desde muito cedo propor aos seus filhos actividades demasiado padronizadas, organizadas e formais. Do meu ponto de vista, existe aqui uma falta de interpretação correcta do que é a formação da cultura motora e lúdica. Porque as crianças necessitariam muito de uma educação informal: o jogo, o encontro dos amigos na rua, as actividades de aventura, de descoberta, de subir às árvores, jogar à bola... Essa estimulação ocasional, espontânea, desapareceu da cultura das nossas crianças que, hoje, nas grandes cidades, já não têm tempo nem espaço para brincar e para encontrar os seus amigos em termos informais. São crianças de agenda. O que existe é escolas paralelas para além da escola. Os pais, nos chamados e considerados tempos livres (que não são), colocam as crianças em instituições que organizam actividades musicais, desportivas, religiosas, e no fundo as crianças vivem as suas semanas, o seu mês, o seu ano em actividades completamente formais. Parece-me que não é por aí que essa formação da cultura motora e lúdica se faz.

                Mas tudo isso deveria ser planeado a outros níveis, por exemplo o da aurqitectura.

                Um dos maiores combates que temos hoje é fazer uma ligação entre a actividade física e aquilo que se chama a educação ambiental, isto é, tem que haver uma tomada de consciência de que essa mobilidade do corpo, em sentido espontâneo, livre, tem que voltar a ter uma grande convivência com o espaço natural. Porque se consegue fazer uma ligação entre a arquitectura paisagística e a planificação dos espaços escolares, comunitários, os espaços verdes e, através dessas atitudes, promover a actividade física. A ideia é fomentar uma mobilidade do corpo mas em situação natural.

                Foi por essas razões que se ligou ao IPA?

                O IPA é um projecto anterior. É uma instituição não governamental criada desde os anos 40 nos países nórdicos, que tinha como primeiro objectivo fomentar e desenvolver a existência de parques infantis. Esse objectivo foi-se transformando progressivamente para parques de aventura e para estudar a importância das políticas para a infância no que diz respeito ao direito ao jogo. Procura-se promover o artigo 31º da Declaração Internacional dos Direitos da Criança, que é o direito ao jogo e aos tempos livres. Hoje já está representada em mais de 45 países.

                E também em Portugal.

                Sim. O primeiro contacto não foi feito por mim mas pelo Professor Domingos Morais. Mais tarde, quando foi criado o Instituto de Apoio à Criança, nós enquadrámos o IPA dentro dessa instituição e criámos um grupo de actividade lúdica e de animação que foi responsável pelo desenvolvimento em Portugal do movimento ludotecário, hoje expandido por todo o país.

                Parece que o IPA, pelo menos em Portugal, actualmente funciona mais a nível teórico do que prático.

                Nós temos de facto alguns constrangimentos e ainda não tivemos condições de fazer uma estrutura autónoma em Portugal, mas vamos fazê-lo a curto prazo [até ao final do ano] e obviamente com a contribuição do Instituto de Apoio à Criança que nos acolheu numa determinada fase. Até agora o que temos feito é representar o país no que se faz em termos de formação e intervenção em muitos organismos, no que diz respeito às ideias sobre o jogo e a promoção dos direitos da criança ao jogo.

                Só para abrir o apetite, diga-nos, que tipo de actividades promoverá o IPA?

                Todos os países têm nos seus IPA's imensas áreas de trabalho, mesmo ao nível de projectos internacionais financiados -por exemplo, temos um programa financiado pelo Comité Olímpico Internacional para promoção do jogo e actividades de formação desportiva em países subdesenvolvidos; temos grupos de trabalho que promovem actividades lúdicas em países sujeitos a regimes de guerra, temos também o IPA a fazer o papel de organização crítica às políticas governamentais, no que diz respeito à preservação dos espaços de jogo.
                "os parques infantis em Portugal ainda não passaram de uma concepção dos anos 40"
                E têm força suficiente para influenciar decisões?

                É óbvio que sim, porque é uma organização ligada à UNICEF e à ONU.
                Por outro lado tem tentado demonstrar que os parques infantis tradicionais pré-formados não têm qualquer sentido para as crianças.

                Estamos a falar daqueles espaços com escorrega, baloiços, etc.?

                Exacto. Aliás, os parques infantis em Portugal ainda não passaram de uma concepção dos anos 40. Salvo raras excepções notáveis, estamos muito longe de ter uma ideia do que é brincar e jogar de acordo com a interpretação das crianças. Por isso é qaue procuramos esta figura do espaço de aventura: estimula a criatividade, exige a existência dos animadores de jogo que têm de ser, para todos os efeitos, formados e tem de haver uma estrutura de formação. A experiência de Frankfurt, a esse nível, é espantosa.

                Como é?

                Normalmente são jovens em situação de risco que são recuperados e formados; depois dão-lhes condições para serem agentes de fomentação do jogo em crianças. Têm autocarros gigantescos com materiais lúdicos fabricados pelos próprios jovens e andam por toda a cidade a fazer animação. Para além dos diversos espaços de jogo espalhados por toda a cidade.
                Ora, se imaginar uma cidade como a de Lisboa, com um óptimo clima e o lindíssimo rio Tejo... Se tivéssemos algumas Câmaras Municipais com projectos deste tipo, poderíamos dar aos nossos jovens e crianças uma animação da cidade numa dimensão de descoberta da própria cidade, de encontro de gerações e de culturas de infância e de jovens, com animadores suficientemente credíveis.

                Às vezes não é preciso convencer primeiro os pais para essa necessidade de promoção dos tempos livres?

                Hoje tenho a convicção de que só é possível as crianças terem mais tempo e mais qualidade a brincar, se os pais também tiverem mais tempo. Defendo, aliás, uma tese já há algum tempo: neste século XXI temos de ter um ponto de ordem, que é conseguir políticas de harmonização e integração, no que respeita essencialmente à família, à escola, aos locais de trabalho e às políticas comunitárias. Se não houver uma estratégia interdisciplinar, transversal, mesmo ao nível dos ministérios, não poderemos ter qualidade de vida. Temos de pensar em outros modelos de organização da sociedade. Hoje a vida das famílias é um verdadeiro inferno para gerir a vida dos filhos.
                "Temos de começar a ser capazes de dar às nossas crianças e aos nossos jovens uma outra concepção do que é a cultura portuguesa"
                Mas está a falar de uma revolução.

                Mas tem que acontecer. Sob pena de nós vivermos com uma auto-estima muito negativa, associada a todos os problemas que estamos a viver na sociedade portuguesa. Temos de começar a ser capazes de dar às nossas crianças e aos nossos jovens uma outra concepção do que é a cultura portuguesa e a qualidade de vida dos portugueses.

                Mas então, olhando para o nosso país, está praticamente tudo por fazer.

                Eu penso que sim, porque temos uma democracia muito jovem. O que está implementado é uma cultura consumista.

                E já afecta as crianças.

                Completamente. E é inclusivamente uma cultura competitiva. Os pais projectam nas crianças uma ideia de infância completamente utópica, quer dizer, todos os filhos têm de ser génios (um determinado tipo de génios) e não se olha à natureza daquilo que é viver a própria infância. O que me custa mais é promoverem-se políticas para as crianças mas sem as ouvir. Assim, a primeira estratégia deveria ser começar a ouvi-las e colocá-las como interlocutores das suas próprias políticas.

                Em relação aos jogos electrónicos: o IPA consegue detectar essa realidade e integrá-la num crescimento saudável?

                Os especialistas, de várias áreas, ligados à Associação, têm a convicção de que não é possível lutar nem pôr em causa o desenvolvimento das novas tecnologias (seria o mesmo debate dos anos 40 quando apareceu a televisão). Essa área é um potencial enormíssimo de aquisições que têm lugar num grande período da vida da criança e do adolescente. É um mundo virtual fabuloso, até de um ponto de vista do jogo simbólico e da criação de novos heróis.
                "é aos pais que compete a educação dos filhos e não à escola"
                Mas não demasiado individualista?

                Vamos lá ver: esses jogos electrónicos são importantíssimos para o desenvolvimento de certo tipo de capacidades (sentido de estratégia, capacidade de reacção...). Tem é de haver um equilíbrio entre essa formação visual e perceptiva e, ao mesmo tempo, uma actividade física. E são os adultos que têm de gerir esse equilíbrio. E é aos pais que compete a educação dos filhos e não à escola. Eu elegeria como prioridade nacional essa promoção da actividade física a par do desenvolvimento electrónico, que hoje perspassa completamente a vida da família e invade os quartos das crianças e jovens.
                Editado pela última vez por MariaHelena; 28 July 2009, 11:43.

                Comentário


                  #9
                  Eu de vez em quando comparo a minha infância com a dos meus filhos e... qualquer semelhança é pura coincidência.

                  Eles:
                  • Têm todo o tipo de brinquedos e jogos;
                  • Acesso a computadores, DVD, TV, etc;
                  • Passam a maior parte do tempo dentro de casa;
                  • Têm sempre a supervisão de um adulto;
                  • Vou levá-los e buscá-los à escola;

                  Eu:
                  • Tinha poucos brinquedos;
                  • TV era pouca (Vasco Granja e pouco mais...);

                  • Passava todo o dia fora de casa, muitas vezes a KMs de casa;
                  • Ia sozinho para a Escola;
                  • Nem sequer dizia aos meus Pais onde andava;
                  • Ia sozinho para o Rio, para a floresta, etc


                  Se os meus filhos sonhassem a liberdade que eu tinha...

                  Comentário


                    #10
                    Originalmente Colocado por manucas Ver Post
                    Apesar de os avós não substituírem os pais, acho q são eles q teem um papel preponderante no bom desenvolvimento dos netos, por terem tempo, desafogo econômico, uma visão mais ponderada e menos stressada do dia a dia q os pais. Ter bons avós e avós presentes é das melhores coisas q uma criança pode ter: avós q contém histórias, q passeiem, q façam bolos sem ter medo de sujar a cozinha Siemens :-), q brinquem,
                    é melhor q todas as actividades extracurriculares q o dinheiro possa comprar.
                    Excelente post!

                    Que saudades dos tempos passados nas casas dos avós...

                    Comentário


                      #11
                      Podes colocar o link desse artigo?

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                        #12
                        Originalmente Colocado por TheMoBsTeR Ver Post
                        Podes colocar o link desse artigo?

                        Este tema surgiu na minha memória, por causa de um tópico do Nthor, sobre as crianças sobredotadas, onde tivemos a sorte, de ter surgido um expertise, sobre o tema da aprendizagem e desenvolvimento da inteligência.

                        Já tinha colocado os links que dão hipóteses de aprofundamento do tema a quem interessar. Onde tirei esta informação, não diz absolutamente mais nada.

                        Se o tema lhe interessa. O artigo é baseado nestes links, que aliás, penso que foi a área que o Professor Carlos Neto fez o Doutoramento.

                        http://www.drealg.min-edu.pt/upload/..._pes_art_5.pdf

                        http://www.drealg.min-edu.pt/upload/..._pes_art_3.pdf

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                          #13
                          Antes de mais, parabéns pela pesquisa, MariaHelena. São tópicos como este q nos dão vontade diária de cá vir...
                          Agora sentado ao computador, em vez do martirizante telemovel, posso dar mais algumas achegas:

                          - Olho com alguma nostalgia para aquilo q foi a minha infancia e sei q eventualmente não o vou poder oferecer aos meus filhos até pq vivo numa grande cidade e mesmo nos parques e jardins estamos rodeados de regras, onde apanhar uma flor ou subir uma arvore é olhado de soslaio pelos outros "arruaceiros, destroem tudo!" parecem querer dizer, logo até nós nos sentimos tolhidos de querer brincar livremente.

                          Por isso faço e organizo dentro do meu circulo de amigos caminhadas de 3-4 kms em montes, ainda q para isso tenha q fazer antes uns bons kms de carro e caminhadas essas q são principalmente para os miudos.

                          Enquanto os pais ficam calmamente debaixo de uma arvore a preparar o lanche eu vou com miudos de 4-8 anos (mais ou menos a faixa etaria dos miudos do circulo de amigos) fazer caminhadas por locais q eu conheço previamente e onde se possa dar largas à imaginação, desde inventar q debaixo daquela rocha existe uma mundo de gnomos, observar os ninhos, mexer na terra onde as toupeiras fizeram um monte, levantar uma pedra e ver as minhocas e poder mexer-lhes até, ver a resina e escorrer das arvores, enfim, coisas q são os segredos do grupo pq creio q se boa parte dos meus amigos (principalmente as mães!) soubessem q deixo as crianças delas fazerem isso, já tinha sido vergastado com um ramo de giestas....

                          E, apesar de agora até ja irem confiando em mim e pedirem-me p organizar essas mini excursões (pq os filhos adoram e tb pq talvez durante 1-2 horas teem sossego) no inicio era ridiculo as questões e desculpas q colocavam...desde saber se a cça podia ir com chinelos de praia, até saber como iria eu levar os iogurtes liquidos e o Kinder bueno na mochila ao sol (como se as crianças fossem desidratar ou morrer desnutridas em 1 hora), até querer que elas levassem o telemovel nas mochilas ou perguntarem-me se levava GPS...situações q são caricatas mas demonstram o quanto os pais perderam a capacidade de se relacionar c a Natureza e deixar os filhos fazerem-no sem toda a panoplia de tecnologia e mordomias a que habituaram os filhos.

                          E, apesar de serem os proprios pais a dizerem q os filhos nao conseguem (grande incentivo lhes dão desde pequenos!) raramente tive q trazer algum dos pequenotes ás cavalitas...! Mesmo os de 3 anos e pouco q fazem 2-3 kms sem se aperceberem. As crianças, devidamente motivadas, são capazes de mto e são um verdadeiro exemplo e portento da Natureza.

                          Ao meu avô devo grande parte de irreverencia, infantilidade e respeito pela natureza. A ele, q foi o meu verdadeiro ideal de pessoa, agradeço ser boa parte daquilo q sou como pessoa e daquilo q pretendo para os meus filhos.

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por eu Ver Post
                            Eu de vez em quando comparo a minha infância com a dos meus filhos e... qualquer semelhança é pura coincidência.

                            Eles:
                            • Têm todo o tipo de brinquedos e jogos;
                            • Acesso a computadores, DVD, TV, etc;
                            • Passam a maior parte do tempo dentro de casa;
                            • Têm sempre a supervisão de um adulto;
                            • Vou levá-los e buscá-los à escola;
                            Eu:
                            • Tinha poucos brinquedos;
                            • TV era pouca (Vasco Granja e pouco mais...);
                            • Passava todo o dia fora de casa, muitas vezes a KMs de casa;
                            • Ia sozinhopara a Escola;
                            • Nem sequer dizia aos meus Pais onde andava;
                            • Ia sozinho para o Rio, para a floresta, etc

                            Se os meus filhos sonhassem a liberdade que eu tinha...
                            Na questão dos brinquedos, diria não menos mas os necessários pois o colectivo era muito importante na aprendizagem/jogos e ocupação do tempos livres.

                            Comentário


                              #15
                              Originalmente Colocado por manucas Ver Post
                              Antes de mais, parabéns pela pesquisa, MariaHelena. São tópicos como este q nos dão vontade diária de cá vir...
                              Agora sentado ao computador, em vez do martirizante telemovel, posso dar mais algumas achegas:

                              - Olho com alguma nostalgia para aquilo q foi a minha infancia e sei q eventualmente não o vou poder oferecer aos meus filhos até pq vivo numa grande cidade e mesmo nos parques e jardins estamos rodeados de regras, onde apanhar uma flor ou subir uma arvore é olhado de soslaio pelos outros "arruaceiros, destroem tudo!" parecem querer dizer, logo até nós nos sentimos tolhidos de querer brincar livremente.

                              Por isso faço e organizo dentro do meu circulo de amigos caminhadas de 3-4 kms em montes, ainda q para isso tenha q fazer antes uns bons kms de carro e caminhadas essas q são principalmente para os miudos.

                              Enquanto os pais ficam calmamente debaixo de uma arvore a preparar o lanche eu vou com miudos de 4-8 anos (mais ou menos a faixa etaria dos miudos do circulo de amigos) fazer caminhadas por locais q eu conheço previamente e onde se possa dar largas à imaginação, desde inventar q debaixo daquela rocha existe uma mundo de gnomos, observar os ninhos, mexer na terra onde as toupeiras fizeram um monte, levantar uma pedra e ver as minhocas e poder mexer-lhes até, ver a resina e escorrer das arvores, enfim, coisas q são os segredos do grupo pq creio q se boa parte dos meus amigos (principalmente as mães!) soubessem q deixo as crianças delas fazerem isso, já tinha sido vergastado com um ramo de giestas....

                              E, apesar de agora até ja irem confiando em mim e pedirem-me p organizar essas mini excursões (pq os filhos adoram e tb pq talvez durante 1-2 horas teem sossego) no inicio era ridiculo as questões e desculpas q colocavam...desde saber se a cça podia ir com chinelos de praia, até saber como iria eu levar os iogurtes liquidos e o Kinder bueno na mochila ao sol (como se as crianças fossem desidratar ou morrer desnutridas em 1 hora), até querer que elas levassem o telemovel nas mochilas ou perguntarem-me se levava GPS...situações q são caricatas mas demonstram o quanto os pais perderam a capacidade de se relacionar c a Natureza e deixar os filhos fazerem-no sem toda a panoplia de tecnologia e mordomias a que habituaram os filhos.

                              E, apesar de serem os proprios pais a dizerem q os filhos nao conseguem (grande incentivo lhes dão desde pequenos!) raramente tive q trazer algum dos pequenotes ás cavalitas...! Mesmo os de 3 anos e pouco q fazem 2-3 kms sem se aperceberem. As crianças, devidamente motivadas, são capazes de mto e são um verdadeiro exemplo e portento da Natureza.

                              Ao meu avô devo grande parte de irreverencia, infantilidade e respeito pela natureza. A ele, q foi o meu verdadeiro ideal de pessoa, agradeço ser boa parte daquilo q sou como pessoa e daquilo q pretendo para os meus filhos.


                              Sei que isto não lhe vai agradar,...mas adoro ler os seus relatos, mesmo quando, é irascível,...e este é mais um que gostei de ler.
                              Também são coisas como as que posta, que me fazem vir aqui,...gosto para além disso do seu humor,....

                              Hoje não vou contribuir muito, pois estou com uma enormíssima enxaqueca, de qualquer forma:

                              -Repensem o que é prioritário para os vossos filhos.

                              - Não os façam viver, segundo os vossos desejos daquilo que não foram, vivendo a vida deles, segundo aquilo que acham;

                              - Revejam, realmente aquilo que é importante, questionem as vossas alienações,...sim que todos temos;

                              Ps: Conhecem o Parque de Mafra? É um bom sítio para levar os filhos ao fim de semana. Não deixem de conhecer,...
                              Editado pela última vez por MariaHelena; 28 July 2009, 23:06.

                              Comentário


                                #16
                                Crianças, topem isto:

                                «Não sejam ovelhas, façam o que vos der na telha!»

                                Comentário


                                  #17
                                  Ainda hoje tive essa conversa com amigos. É incrivel a diferença que existe entre a nossa infância e a das crianças actuais.

                                  Antigamente era perfeitamente banal sair para a rua e ter com os amigos, roubar laranjas e ameixas no quintal do vizinho, agarrar na bicicleta e meter-me por caminhos nunca antes explorados e tudo isto sem telemóvel! A única regra era estar à hora certa para jantar.


                                  Como foi possível à nossa geração sobreviver? Digo mais... como será possível a esta nova geração viver? Sem telemóvel e sem internet? Sem hi5 e sem messenger?

                                  Comentário


                                    #18
                                    Olá.

                                    Pensei muito antes de participar neste tópico, tal como fiz em relação ao q se refere aos sobredotados - nesse opto mesmo por n escrever. Opções.
                                    São estes os temas q nos fazem ter uma participação reflectida em público, o q n deixa de nos colocar algumas questões, mais do q racionalizar sobre as crianças. É à escolha: como pais, como futuros pais, como adultos, como professores, como cidadãos, como cínicos.
                                    Termino com os "cínicos" propositadamente, como os dj's dos anos 80, orgulhosos das suas "passagens": é de nós que isto trata.
                                    Penso q todos gostamos de ser apreciados e, quando somos avaliados pelo nosso discurso, é inevitável acabar na "postura" - e então andamos sempre perto do cinismo, umas vezes maledicente, outras pueril... mas sempre sofisticado e adulto, mesmo quando dissertamos sobre os "três quartos traseiros" de qualquer nova "descoberta"...
                                    Aquilo q parece ser a alternativa, a polidez sobranceira do politicamente correcto, n o é. Não passa de mais uma postura, de mais um acento circunflexo.
                                    É como o acento circunflexo q colocamos sobre o trajecto das crianças, enquanto as posturas discursais que referi são, também, como os óculos escuros que colocamos quando vamos buscar as crianças à escola ou quando, ciosos da nossa muito boa estirpe e educação, por mal focada q esteja, as vamos buscar á actividade/ocupação q exigimos (sim, nós!) para elas... O resto n nos interessa; a quem se intrometer, perguntaremos, com a sofisticação q a nossa boa ou má criação permitir: mas quem lhe disse q o meu filho vai sujar as mãos?!...
                                    Editado pela última vez por hifi; 29 July 2009, 08:11.

                                    Comentário


                                      #19
                                      Não tem propriamente a ver com crianças, ou se calhar até tem, mas recebi este texto por email e acho que de certo modo, até se encaixa neste tópico:

                                      Da geração rasca para geração m*rda

                                      Se forem muito sensíveis não leiam! Se forem no mínimo curioso(a)s... então aventurem-se e não se indignem com meia dúzia de impropérios, porque o que interessa é a ideia final....e essa... está muito boa!!!



                                      "A SIC montou uma gigantesca campanha de promoção para a sua nova série/novela/monte de trampa, que dá pelo nome de Rebelde Way.Depois de anos a apanhar bonés, percebeu que a melhor maneira de combater a morangada da TVI era...imitar. É lógico. Era inevitável.Depois de 20 minutos a ver a nova série (o que me provocou uma crise de cólicas da qual só um dia depois começo a recuperar e fruto talvez do abusivo alheirame de Vinhais ) sinto-me preparado para uma análise.Bora lá. A fórmula é a mesma nos dois canais. Aqui fica a receita: 1 - Pitas boas. Muitas, quanto mais descascadas melhor (as séries de verão são, naturalmente, as melhores, porque eles vão todos juntos para a praia). 2 - Gajos "estilosos". A coisa divide-se em dois: há aqueles que têm quase 30 anos ( como eu ) mas fazem de adolescentes; e depois há os que são mesmo adolescentes. Estes últimos são aqueles que se levam a sério enquanto "actores".O requisito essencial para qualquer gajo que entre nestas séries é ter um penteado ridículo.3 - O Rebelde Way tem gajas do norte. Fazem de gajas daqui, mas aquele sotaque é f*dido de perder. Fica ridículo, mas as gajas são boas.4 - Nos Morangos, a palavra "pessoal" é dita 53 vezes por minuto, normalmente inserida nas frases "Eh pá, pessoal!", no início de cada conversa, ou então "Bora lá, pessoal", antes do início de qualquer actividade. Agora vamos à bosta que a SIC acabou de parir, com pompa, circunstância, varejeiras e mau cheiro. Chama-se Rebelde Way. Cool, man!O slogan dos Morangos era "Geração Rebelde", mas a inspiração deve ter vindo de outro lado, de certeza. O que me irrita na poia da SIC é que os gajos são todos betinhos (até os mânfios são todos giros e cool e com uma caracterização ridícula, como se fossem a um baile de máscaras vestidos de agarrados ou arrumadores de carros). Mas depois são bué rebeldes. São bué mauzões, man! A brincar com os seus iPhone, com as suas roupinhas fashion, grandes vidas, mas muita mauzões. Se há algo que esta geração de morangada não pode ser, não tem direito a ser, é ser rebelde. Rebelde porquê, contra quê? Nunca houve em Portugal geração mais privilegiada do que a actual, à qual esses putos pertencem. Nunca qualquer puto teve tanta liberdade e tanta guita no bolso como esta malta. Nunca as pitas foram tão boas e tão disponíveis para curtir com a turma inteira como agora. Nunca houve tamanha liberdade de mandar os pais à m*rda e exigir uma melhor mesada porque é altura dos saldos. Rebelde porquê? Em nome de quê? É claro que isto são pormenores com os quais as novelas não se deparam, nem têm de o fazer. O objectivo é simples: para uma geração tão privilegiada como aquela que é retratada, há que criar uma rebeldia fictícia, porque não é cool ser dondoca aos 16 anos. Mas é o que todos eles são. Há uns tempos vi, no Largo Camões em Bragança, um bando de uns 15 putos e pitas, vestidos à "dread" com roupinha acabada de comprar na "..................". Um dos putos que ia à frente, não devia ter mais de 16 anos, vem a falar à idiota como se fosse dono da rua, saca duma lata de tinta e escrevinha qualquer coisa de m*rda na parede. Todos se riram, todos adoraram, e ele foi, durante cinco minutos, o maior do bairro. Não fiz nada, mas devia ter-lhe partido a boca toda.Todas as últimas gerações antes desta (incluindo a minha, a Geração Rasca, que se transformou na Geração Crise - bem nos lixaram com esta m*rda) tiveram de furar, de lutar, de fazer algo. Havia uma alienação mais ou menos real, que depois se podia traduzir nalguma forma de rebeldia. Não era o 25 de Abril como os nossos pais. A nossa revolução é a dos recibos verdes e da consolidação orçamental. Mas esta morangada sente-se, devido à m*rda que a televisão lhes serve e aos paizinhos idiotas que (não) a educaram, que é dona do mundo. Quando já és dono do mundo, vais revoltar-te contra quem? E por que raio haverias de o fazer?! E assim vamos nós. Com novelas de putos "rebeldes", feitas por "actores" cujo momento de glória é entrar numa boys band ou aparecer de cú ao léu na capa da FHM, " as filmagens deviam ser feitas no Azibo " ensinando a todos os outros putos que temos que ter cuidado com as drogas (mas todos os agarrados são limpinhos, assépticos, com os mesmos penteados ridículos), que a gravidez adolescente é má (mas todas as pitas querem f**** à grande, porque são donas da sua própria vida e os pais não sabem nada, etc) e que, sobretudo, este mundo lhes deve alguma coisa. Os tomates. A mim e aos meus, o mundo deve alguma coisa. Aos que foram atrás da m*rda do canudo para trabalhar num call center, aos que se matam a trabalhar e são forçados a ser adultos antes do tempo. Não a esta cambada de mentecaptos.E depois estas séries vão retratando "problemas sociais da juventude", afagando a consciência de quem "escreve" aquela m*rda, enquanto ao mesmo tempo incentivam esta visão egocêntrica, egoísta e vácua desta geração acabadinha de sair do forno. Talvez eu esteja a ficar velho e a soar como o meu pai. Lamento se não é cool. Mas esta m*rda enoja-me.»

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                                        #20
                                        Há coisas fantáticas, muda a geração mas mantêm-se o discursso. Quando eu era puto eram os meus pais que diziam estas coisas.
                                        Editado pela última vez por Jbranco; 29 July 2009, 13:58. Razão: ortografia

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                                          #21
                                          Esse controlo parental irá comprometer a futura destreza social dos seus filhos no futuro, se a liberdade é a solução, sinceramente não sei, há que ponderar as zonas de residencia. Eu tive uma infancia bastante feliz, apesar de já existirem consolas da Sega, o que queria era brincar na rua, ténis, futebol, bibicleta com os amigos.
                                          Não tenho filhos, penso vir a ter, e sinceramente penso que o que irei fazer é proporcional-lhes um regime de "meia liberdade", dar a liberdade de escolher uma actividade desportiva e escreve-los, poderão praticar desporto e relacionar-se com outros rapazes e raparigas sobre a supervisão de um monitor.

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                                            #22
                                            Tem a ver c crianças, sim. Depois disto, prefiro nem imaginar aquilo q aí vem.
                                            Até porque continua a acreditar irremediavelmente nas crianças. A sério pá, c lamechice e tudo.

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                                              #23
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                                              Com a ajuda de apenas mais um colega da minha geração consegui em dois dias compilar esta lista.
                                              Considerem este Post como um desafio e estejam à vontade para acrescentar qualquer coisa e vamos juntos navegar nas nossas memórias.


                                              meter as moedas de 2$50 na linha do eléctrico para ficarem espalmadas.
                                              os discos de 45 e 78 rotações
                                              os flocos de neve
                                              As fisgas em que se atiravam modelos de aviões de plástico
                                              partir os clips ao meio e atirá-los com elásticos
                                              as guerras de canudos, as bisnagas de agua e as pistolas de fulminantes.
                                              organizar jogos de futebol Rua vs Rua
                                              jogar ao quarto-escuro
                                              o Subutteo e o Mikado
                                              aproveitar as caricas que traziam as caras dos jogadores e fazer um jogo tipo Subutteo com pregos na madeira
                                              mandar postais para os concursos
                                              fazer os inqueritos das colegas de turma
                                              mandar bolinhas de papel com as canetas para colar no tecto da sala de aula
                                              ser mandado para a rua durante a aula
                                              comprar aqueles saquetas com uma pastilha, um balão, um boneco para montar, um autocolante
                                              as Peta-Zetas que faziam estalidos na boca.
                                              cantar a música da Arca de Nóe para os nossos amigos quando eles eram parvos..."vamos fazer amigos entre os animais..."
                                              aquelas hélices que eram duas peças, a hélice que se enfiava num pau, e depois rodávamos com as mãos e largávamos para aquilo voar..
                                              as caixas registadoras antigas com as teclas dos milhares da centenas das dezenas das unidades e dos centavos.
                                              os soldadinhos de plástico
                                              os carros telecomandados com fio que levavam prái umas 20 pilhas gigantes
                                              fazer picotagem na escola
                                              a cola pelicano
                                              comer o bolo "Piramide" em que havia o mito de ser feito de restos...
                                              as garagens para os carrinhos com o elevador à manivela
                                              os Marretas
                                              assistir religiosamente ao TAL CANAL e o Duarte e companhia
                                              os blusões da Duffy e os outros blusões sem marca em que se dizia que eram dos bombeiros
                                              os numeros de telefone com 6 digitos
                                              as cabines telefonicas com portas
                                              A Samantha Fox, a Sabrina, a Brigitte Nielsen, a Manuela Marle, a Bruna Lombardi e a Ruth Rita da Roda da Sorte.
                                              Os filmes do Porky´s e do Gelado de Limão
                                              o Fernando Mamede.
                                              O Ari Vatanen, Marko Allen, Steve Blonqvist, a Michelle Muton, Thierry Boutsen, Nicola Larini,Michele Alboretto.
                                              o Peter´s Pop Show
                                              As bolachas torradas da Aliança
                                              as tardes de NBA na RTP2
                                              as assaduras dos calções de banho na praia
                                              fazer groselha
                                              Yogurtes da UCAL, quadrados e gigantescos, de coco e de chocolate...
                                              o gelado Muá-Muá da Camy
                                              os Pega-Monstros
                                              Os Transformers, o Buck Rogers, o Get Smart e o Espaço 1999.
                                              O planeta dos macacos original
                                              Os Fords Cortina e Capri
                                              as pistas de carros e de comboios electricos.
                                              os rabichos que se deixavam crescer no cabelo
                                              os Dossiers A5 com separadores
                                              os coldres, pistolas e espingardas de cowboy
                                              as pistolas com dardos com ventosas
                                              o arco e a flecha com ventosas
                                              jogar às 3 covinhas com berlindes (ir a matas..lololol)
                                              arrancar os dentes que estavam prestes cair (amarrar o dente a um fio e na porta e chamar a mãe)
                                              usar suspensórios e galochas e jardineiras.
                                              Batatas Fritas Pála-Pála
                                              Calquitos
                                              Fazer cópias com papel vegetal
                                              jogar aos países, ao "Quantos-queres", fazer aviões e barcos de papel.
                                              Ver os numeros da Casa Cheia
                                              Ter Bichos-da-seda
                                              Jogar ao Traga-Bolas, ao loto com feijões e àquele jogo de basket que era uma redoma de plástico com uns buracos e depois cada buraco tinha um numero e nós tinhamos de carregar numa tecla com esse numero para encestar.
                                              Havia um brinquedo para putos que era um Pato que se puxava por um fio e ele fazia Quá-Quá
                                              O Castelo do Prazer e os anuncios televisivos do Castelo do Prazer
                                              O Hino Nacional no fim da emissão da RTP
                                              O programa às quartas feiras do "Vamos jogar no Totobola"
                                              A musica da Volta a Portugal em Bicicleta
                                              Os Rodinhas
                                              O programa de Televisão em que havia um desenhador a fazer os bonecos e que depois os apagava e fazia outra cena.
                                              As televisões da ITT e da Minervaos videos com controlo remoto com fio
                                              Haviam umas carrinhas da Citroen com uma grelha muito grande e com o simbolo da marca tb muito grande
                                              O bolo de aniversário com os jogadores de futebol
                                              Os pirolitos e os chapéus de chuva de chocolate, as chuchas, os nougats, e fazer gelados em casa.
                                              as bengalas com bolinhas prateadas dentro
                                              Aqueles carros que se montavam, mandáva-mos contra a parede e eles partiam-se todos e voltáva-mos a montar..
                                              As lapiseiras com vários bicos que se tiravam em baixo e se punham em cima.
                                              O jornal A BOLA que era do tamanho A3..
                                              Gasóleo a 110 escudos e a gasolina Super.
                                              as notas de 20 e de 100 escudos
                                              Cantar musicas em Inglês sem saber falar Inglês e a inventar a letra
                                              Comer rebuçados com um embrulho a imitar um morango que se colavam ao céu da boca.
                                              Ter um piano de cauda pequenino.
                                              Os comboios de lata com corda.
                                              Os conguitos ,os malteesers...
                                              As borrachas brancas redondas com metal no meio.
                                              O ardina que dobrava e atirava os jornais para dentro de casa.
                                              O amolador a tocar a flauta na rua.
                                              Ter um tambor, uma flauta e uma harmónica e um xilofone.
                                              Os remendos das calças com as marcas de automóveis.
                                              Colar autocolantes nas janelas do quarto.
                                              Pôr posters na parede.
                                              Jogar ao TRUUM e ao Corredor da Morte e à Macacae ao PINPONETA, Pitá pitá pituxa...
                                              Piões com faces com 1, X e 2 para jogar no Totobola.
                                              Contar anedotas porcas entre miudos
                                              Engolir espinhas e pastilhas.
                                              Semear um feijão em algodão molhado e meter uma batata num copo de àgua.
                                              Os flipers de madeira com elasticos e berlindes.
                                              O jogo de hoquei tipo matraquilhos em que os jogadores rodavam
                                              Perguntarem-nos "Já pintas?"
                                              os sumos da KAS e da Schweeps.
                                              Bater com tachos e panelas no fim de ano
                                              Chegar a casa depois de brincar e ter os joelhos todos sujos
                                              Depois de jogar à bola 3 horas seguidas entrar pela pastelaria e pedir um copo de àgua ou chegar a casa e ir beber àgua directamente da torneira.
                                              Ouvir as rádios pirata do bairro.
                                              Ir jogar matraquilhos e ficarem dois gajos com as mãos por baixo da baliza para agarrar a bola que entrava.
                                              A música da Eurovision antes dos jogos internacionais.
                                              as bolas de futebol de plástico que se amachucavam todas quanto dávamos um biqueiro e que faziam um barulho do caraças a saltar pelo chão.
                                              Dizer que algo estava "escangalhado" quando estava partido e chamar telefonia ao rádio.
                                              Combinar com os colegas deturma para andar à porrada.
                                              Os jogos inter-turmas da escola preparatória.
                                              Os autocarros com o lugar em cima da roda que tinham um espaço ao lado para por a mochila.
                                              O Ticket-Restaurante e o Ticket-Refeição.
                                              Ver o E.T. pela primeira vez e não conseguir conter o choro.
                                              Escorregar pelos corrimãos das escadas.
                                              as lutas de pacotes de leite escolar...
                                              o patrese, o piquet, a brabham,
                                              o sassaricando
                                              as bicicletas pasteleiras, as BMX com selim de plástico que deixavam o cú dorido durante dois dias.
                                              as pastilhas de clorofilao
                                              "som" do Spectrum a fazer o load
                                              os ténis com duas fitas de velcro
                                              o livro da tabuada escolar
                                              a colecção de capacetes dos pilotos de formula nas pastilhas gorila
                                              os estojos de fecho eclair e de lata
                                              pedir lápis emprestados aos colegas da turma
                                              o programa a Quinta do Dois com o Carlos Cruz
                                              os Mata Ratos
                                              os skates pequeninos com umas rodas grandes que davam grandes curvas
                                              a mania das missangas
                                              jogar às escondidas e à apanhada
                                              os relogios digitais com a calculadora e montes de botoezinhos pequeninos
                                              o àgua na Boca dos primordios da Sic
                                              os pelos pubicos da bacana do filme a Mulher de Vermelho
                                              os electricos em Lisboa com um atrelado (os quadradões, 15,17 com a publicidade da GAN)
                                              a Galavision a aparecer na parabólica
                                              as corridas de carrinhos da Majorette e da Matchbox pela rua abaixo
                                              fazer ditados, cópias e "cantar" a tabuada no final da aula...
                                              O Bayer Leverjkusen - Benfica. O Benfica- PSV e o sacana do Veloso
                                              O Dempsey and Makepiece
                                              A bacana dos Cock Robina e a Dora do festival
                                              e as máquinas de venda em que se punha uma moeda de 5 escudos e se rodava o manipulo para sairem duas bolinhas(pastilhas).
                                              a febre do Ping Pong
                                              o Top Disco ao Domingo antes do jantar onde repetiam o Thriller do Michael Jackson vezes sem conta e os Modern Talking.
                                              os sapatos com a chapa metálica na ponta que faziam de espelho...
                                              tocar o sino quando acabava o recreio.
                                              o simples facto de nos lembrarmos do nome da nossa professora primária.
                                              as bola de catchum e estarem sempre a ameacar-nos "se agarro essa bola corto-a com uma faca"
                                              os bilhetes (rijos como tudo) de comboio.
                                              As colecções de latas.
                                              Ir comprar os bolos à fábrica a metade do preço.


                                              Já pensaste Nisto?: Nostalgia...

                                              Comentário


                                                #24
                                                Muito interessante !!

                                                Curiosamente conheço o Prof. Carlos Neto e o seu filho.

                                                Eu concordo genericamente com a reflexão, embora tenha a noção que é mais fácil perceber o fenómeno do que alterá-lo no bom sentido.

                                                Um aspecto relacionado, é precisamente o protagonismo que as crianças assumem actualmente na vida dos seus pais. As pessoas condicionam-se muito pelos seus filhos, em oposição a um passado recente em que as crianças tinham que se adaptar aos programas dos seus pais.

                                                Eu não acho positivo que as nossas vidas sejam tão condicionadas pelos nossos filhos, acho que eles têm que se adaptar, esperar a sua vez para falar, no fundo ter um papel menos central e mais periférico, porque me parece que isso fará deles pessoas melhores.

                                                Para isso poder ser assim, é de facto necessário que tenham mais tempo livre e liberdade, o que dado o "estilo de vida" predominante não é fácil.

                                                Comentário


                                                  #25
                                                  Originalmente Colocado por Duratorq Ver Post
                                                  Nostalgia...

                                                  Com a ajuda de apenas mais um colega da minha geração consegui em dois dias compilar esta lista.
                                                  Considerem este Post como um desafio e estejam à vontade para acrescentar qualquer coisa e vamos juntos navegar nas nossas memórias.


                                                  (...)


                                                  Já pensaste Nisto?: Nostalgia...
                                                  Obrigado Duratorg por me trazeres à memória tanta coisa da minha infância, adorei mesmo!!! Acho que estou é velha...

                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    Originalmente Colocado por Duratorq Ver Post
                                                    Nostalgia...

                                                    Com a ajuda de apenas mais um colega da minha geração consegui em dois dias compilar esta lista.
                                                    Considerem este Post como um desafio e estejam à vontade para acrescentar qualquer coisa e vamos juntos navegar nas nossas memórias.


                                                    meter as moedas de 2$50 na linha do eléctrico para ficarem espalmadas.
                                                    os discos de 45 e 78 rotações
                                                    os flocos de neve
                                                    As fisgas em que se atiravam modelos de aviões de plástico
                                                    partir os clips ao meio e atirá-los com elásticos
                                                    as guerras de canudos, as bisnagas de agua e as pistolas de fulminantes.
                                                    organizar jogos de futebol Rua vs Rua
                                                    jogar ao quarto-escuro
                                                    o Subutteo e o Mikado
                                                    aproveitar as caricas que traziam as caras dos jogadores e fazer um jogo tipo Subutteo com pregos na madeira
                                                    mandar postais para os concursos
                                                    fazer os inqueritos das colegas de turma
                                                    mandar bolinhas de papel com as canetas para colar no tecto da sala de aula
                                                    ser mandado para a rua durante a aula
                                                    comprar aqueles saquetas com uma pastilha, um balão, um boneco para montar, um autocolante
                                                    as Peta-Zetas que faziam estalidos na boca.
                                                    cantar a música da Arca de Nóe para os nossos amigos quando eles eram parvos..."vamos fazer amigos entre os animais..."
                                                    aquelas hélices que eram duas peças, a hélice que se enfiava num pau, e depois rodávamos com as mãos e largávamos para aquilo voar..
                                                    as caixas registadoras antigas com as teclas dos milhares da centenas das dezenas das unidades e dos centavos.
                                                    os soldadinhos de plástico
                                                    os carros telecomandados com fio que levavam prái umas 20 pilhas gigantes
                                                    fazer picotagem na escola
                                                    a cola pelicano
                                                    comer o bolo "Piramide" em que havia o mito de ser feito de restos...
                                                    as garagens para os carrinhos com o elevador à manivela
                                                    os Marretas
                                                    assistir religiosamente ao TAL CANAL e o Duarte e companhia
                                                    os blusões da Duffy e os outros blusões sem marca em que se dizia que eram dos bombeiros
                                                    os numeros de telefone com 6 digitos
                                                    as cabines telefonicas com portas
                                                    A Samantha Fox, a Sabrina, a Brigitte Nielsen, a Manuela Marle, a Bruna Lombardi e a Ruth Rita da Roda da Sorte.
                                                    Os filmes do Porky´s e do Gelado de Limão
                                                    o Fernando Mamede.
                                                    O Ari Vatanen, Marko Allen, Steve Blonqvist, a Michelle Muton, Thierry Boutsen, Nicola Larini,Michele Alboretto.
                                                    o Peter´s Pop Show
                                                    As bolachas torradas da Aliança
                                                    as tardes de NBA na RTP2
                                                    as assaduras dos calções de banho na praia
                                                    fazer groselha
                                                    Yogurtes da UCAL, quadrados e gigantescos, de coco e de chocolate...
                                                    o gelado Muá-Muá da Camy
                                                    os Pega-Monstros
                                                    Os Transformers, o Buck Rogers, o Get Smart e o Espaço 1999.
                                                    O planeta dos macacos original
                                                    Os Fords Cortina e Capri
                                                    as pistas de carros e de comboios electricos.
                                                    os rabichos que se deixavam crescer no cabelo
                                                    os Dossiers A5 com separadores
                                                    os coldres, pistolas e espingardas de cowboy
                                                    as pistolas com dardos com ventosas
                                                    o arco e a flecha com ventosas
                                                    jogar às 3 covinhas com berlindes (ir a matas..lololol)
                                                    arrancar os dentes que estavam prestes cair (amarrar o dente a um fio e na porta e chamar a mãe)
                                                    usar suspensórios e galochas e jardineiras.
                                                    Batatas Fritas Pála-Pála
                                                    Calquitos
                                                    Fazer cópias com papel vegetal
                                                    jogar aos países, ao "Quantos-queres", fazer aviões e barcos de papel.
                                                    Ver os numeros da Casa Cheia
                                                    Ter Bichos-da-seda
                                                    Jogar ao Traga-Bolas, ao loto com feijões e àquele jogo de basket que era uma redoma de plástico com uns buracos e depois cada buraco tinha um numero e nós tinhamos de carregar numa tecla com esse numero para encestar.
                                                    Havia um brinquedo para putos que era um Pato que se puxava por um fio e ele fazia Quá-Quá
                                                    O Castelo do Prazer e os anuncios televisivos do Castelo do Prazer
                                                    O Hino Nacional no fim da emissão da RTP
                                                    O programa às quartas feiras do "Vamos jogar no Totobola"
                                                    A musica da Volta a Portugal em Bicicleta
                                                    Os Rodinhas
                                                    O programa de Televisão em que havia um desenhador a fazer os bonecos e que depois os apagava e fazia outra cena.
                                                    As televisões da ITT e da Minervaos videos com controlo remoto com fio
                                                    Haviam umas carrinhas da Citroen com uma grelha muito grande e com o simbolo da marca tb muito grande
                                                    O bolo de aniversário com os jogadores de futebol
                                                    Os pirolitos e os chapéus de chuva de chocolate, as chuchas, os nougats, e fazer gelados em casa.
                                                    as bengalas com bolinhas prateadas dentro
                                                    Aqueles carros que se montavam, mandáva-mos contra a parede e eles partiam-se todos e voltáva-mos a montar..
                                                    As lapiseiras com vários bicos que se tiravam em baixo e se punham em cima.
                                                    O jornal A BOLA que era do tamanho A3..
                                                    Gasóleo a 110 escudos e a gasolina Super.
                                                    as notas de 20 e de 100 escudos
                                                    Cantar musicas em Inglês sem saber falar Inglês e a inventar a letra
                                                    Comer rebuçados com um embrulho a imitar um morango que se colavam ao céu da boca.
                                                    Ter um piano de cauda pequenino.
                                                    Os comboios de lata com corda.
                                                    Os conguitos ,os malteesers...
                                                    As borrachas brancas redondas com metal no meio.
                                                    O ardina que dobrava e atirava os jornais para dentro de casa.
                                                    O amolador a tocar a flauta na rua.
                                                    Ter um tambor, uma flauta e uma harmónica e um xilofone.
                                                    Os remendos das calças com as marcas de automóveis.
                                                    Colar autocolantes nas janelas do quarto.
                                                    Pôr posters na parede.
                                                    Jogar ao TRUUM e ao Corredor da Morte e à Macacae ao PINPONETA, Pitá pitá pituxa...
                                                    Piões com faces com 1, X e 2 para jogar no Totobola.
                                                    Contar anedotas porcas entre miudos
                                                    Engolir espinhas e pastilhas.
                                                    Semear um feijão em algodão molhado e meter uma batata num copo de àgua.
                                                    Os flipers de madeira com elasticos e berlindes.
                                                    O jogo de hoquei tipo matraquilhos em que os jogadores rodavam
                                                    Perguntarem-nos "Já pintas?"
                                                    os sumos da KAS e da Schweeps.
                                                    Bater com tachos e panelas no fim de ano
                                                    Chegar a casa depois de brincar e ter os joelhos todos sujos
                                                    Depois de jogar à bola 3 horas seguidas entrar pela pastelaria e pedir um copo de àgua ou chegar a casa e ir beber àgua directamente da torneira.
                                                    Ouvir as rádios pirata do bairro.
                                                    Ir jogar matraquilhos e ficarem dois gajos com as mãos por baixo da baliza para agarrar a bola que entrava.
                                                    A música da Eurovision antes dos jogos internacionais.
                                                    as bolas de futebol de plástico que se amachucavam todas quanto dávamos um biqueiro e que faziam um barulho do caraças a saltar pelo chão.
                                                    Dizer que algo estava "escangalhado" quando estava partido e chamar telefonia ao rádio.
                                                    Combinar com os colegas deturma para andar à porrada.
                                                    Os jogos inter-turmas da escola preparatória.
                                                    Os autocarros com o lugar em cima da roda que tinham um espaço ao lado para por a mochila.
                                                    O Ticket-Restaurante e o Ticket-Refeição.
                                                    Ver o E.T. pela primeira vez e não conseguir conter o choro.
                                                    Escorregar pelos corrimãos das escadas.
                                                    as lutas de pacotes de leite escolar...
                                                    o patrese, o piquet, a brabham,
                                                    o sassaricando
                                                    as bicicletas pasteleiras, as BMX com selim de plástico que deixavam o cú dorido durante dois dias.
                                                    as pastilhas de clorofilao
                                                    "som" do Spectrum a fazer o load
                                                    os ténis com duas fitas de velcro
                                                    o livro da tabuada escolar
                                                    a colecção de capacetes dos pilotos de formula nas pastilhas gorila
                                                    os estojos de fecho eclair e de lata
                                                    pedir lápis emprestados aos colegas da turma
                                                    o programa a Quinta do Dois com o Carlos Cruz
                                                    os Mata Ratos
                                                    os skates pequeninos com umas rodas grandes que davam grandes curvas
                                                    a mania das missangas
                                                    jogar às escondidas e à apanhada
                                                    os relogios digitais com a calculadora e montes de botoezinhos pequeninos
                                                    o àgua na Boca dos primordios da Sic
                                                    os pelos pubicos da bacana do filme a Mulher de Vermelho
                                                    os electricos em Lisboa com um atrelado (os quadradões, 15,17 com a publicidade da GAN)
                                                    a Galavision a aparecer na parabólica
                                                    as corridas de carrinhos da Majorette e da Matchbox pela rua abaixo
                                                    fazer ditados, cópias e "cantar" a tabuada no final da aula...
                                                    O Bayer Leverjkusen - Benfica. O Benfica- PSV e o sacana do Veloso
                                                    O Dempsey and Makepiece
                                                    A bacana dos Cock Robina e a Dora do festival
                                                    e as máquinas de venda em que se punha uma moeda de 5 escudos e se rodava o manipulo para sairem duas bolinhas(pastilhas).
                                                    a febre do Ping Pong
                                                    o Top Disco ao Domingo antes do jantar onde repetiam o Thriller do Michael Jackson vezes sem conta e os Modern Talking.
                                                    os sapatos com a chapa metálica na ponta que faziam de espelho...
                                                    tocar o sino quando acabava o recreio.
                                                    o simples facto de nos lembrarmos do nome da nossa professora primária.
                                                    as bola de catchum e estarem sempre a ameacar-nos "se agarro essa bola corto-a com uma faca"
                                                    os bilhetes (rijos como tudo) de comboio.
                                                    As colecções de latas.
                                                    Ir comprar os bolos à fábrica a metade do preço.


                                                    Já pensaste Nisto?: Nostalgia...

                                                    - Ver o programa "Quando o telefone toca" e ver o Bocas e o Passaro da Cidade de ouro (Cité D'Or).
                                                    - do Nikko.
                                                    - dos telefones pretos com a rodinha.
                                                    - do Isaías do Benfica atirar a bola sempre ao lado da baliza e para quase fora do Estádio.
                                                    - da música "final Countdown" dos Europe que dava aos Domingos.
                                                    - dos desenhos do Vasco Granja.
                                                    - da noite do Euro-Festival da Canção.
                                                    - dos Jogos Sem Fronteiras.

                                                    Entre muitas outras...

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Originalmente Colocado por Texuga Ver Post
                                                      Obrigado Duratorg por me trazeres à memória tanta coisa da minha infância, adorei mesmo!!! Acho que estou é velha...

                                                      Ja somos 2 entao

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Originalmente Colocado por Jbranco Ver Post
                                                        Há coisas fantáticas, muda a geração mas matem-se o discursso. Quando eu era puto eram os meus pais que diziam estas coisas.
                                                        E daqui a uns anos são os teus filhos e depois os filhos deles e por aí fora. É cíclico !

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          O direito dos miúdos brincarem na rua, pelo menos aqui na minha...


                                                          Já me custou:

                                                          Uma moça enorme de uma bolada
                                                          Alguns riscos no carro por encostos etc e tal nas correrias
                                                          Mais umas moças que simplesmente estou a tentar ignorar



                                                          Tem aqui uma familia que os miúdos desde os 6 meses nunca tiveram falta de rua, uma vez que estão desde manha á noite na rua, i.e, miudos dos 3 anos até aos 12, das 9h á meia-noite.

                                                          Não têm falta de rua nenhuma... á crianças com sorte.
                                                          Lixam-me o carro todo, mas respiram ar puro e liberdade.

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            O.T.: Agora, com o reply do hpventura, é que reparei que no meu post falhou a acentuação e ficou escrito "matem-se" em vez de "matêm-se". Irra! Vou mas é já corrigir o post!!!

                                                            Comentário

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