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São pessoas altruistas?

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    São pessoas altruistas?

    Definam aqui como são, os vossos actos e a definição da palavra, altruismo.

    Percebida muitas vezes como sinônimo de solidariedade, a palavra altruísmo foi criada em 1830 pelo filósofo francês Augusto Comte para caracterizar o conjunto das disposições humanas (individuais e coletivas) que inclinam os seres humanos a dedicarem-se aos outros. Esse conceito opõe-se, portanto, ao egoísmo, que são as inclinações específica e exclusivamente individuais (pessoais ou coletivas).
    Além disso, o conceito do altruísmo tem a importância filosófica de referir-se às disposições naturais do ser humano, indicando que o homem pode ser - e é - bom e generoso naturalmente, sem necessidade de intervenções sobrenaturais ou divinas.
    Na doutrina comtiana, o altruísmo pode apresentar-se em três modalidades básicas: o apego, a veneração e a bondade. Do primeiro para o último, sua intensidade diminui e, por isso mesmo, sua importância e sua nobreza aumentam. O apego refere-se ao vínculo que os iguais mantêm entre si; a veneração refere-se ao vínculo que os mais fracos têm para com os mais fortes (ou os que vieram depois têm com os que vieram antes); por fim, a bondade é o sentimento que os mais fortes têm em relação aos mais fracos (ou aos que vieram depois).
    Altruísmo - Wikipédia, a enciclopédia livre

    #2
    Óh Nuno, a estas horas da madrugada e ainda tens «carola» para criares tópicos destes.....«difíceis» ?!
    Parece impossível....esses neurónios devem estar em «alta»....

    O que queres que te diga?
    Se sou altruista?
    Prefiro deixar isso á consideração daqueles aos quais as minhas acções se dirigem...quer no meu dia a dia de «humano», quer por aqui na «rede».

    A minha profissão passa muito por ter disponibilidade para os outros, ter capacidade para os perceber e, poder ajudar....numa palavra....ser-lhes útil. E isso, para mim, é o que importa.

    Passando um pouco esse «modo de ser» para a Web, o tópico do «consultório», quando foi criado, tinha esse objectivo...poder ajudar os outros, numa área sensível e onde posso ter alguma utilidade.

    Fico muito contente por ter vingado e, muito importante, por ter uma "equipa residente multidisciplinar", que lhe permite abarcar muitas áreas. A eles, o meu obrigado por lá aparecerem periodicamente.
    Também muito importante é a participação, no tópico, daqueles users que, com as suas experiências de vida, deixam sempre valor acrescentado nos posts que colocam...

    A utilidade do tópico, deve-se a todos eles....

    Quanto ao resto....como diz o povo, " Quem anda por gosto, não cansa...."

    Grande abraço.
    Editado pela última vez por Sansoni7; 29 July 2009, 13:24. Razão: Vida e não viva

    Comentário


      #3
      Originalmente Colocado por Sansoni7 Ver Post
      Óh Nuno, a estas horas da madrugada e ainda tens «carola» para criares tópicos destes.....«difíceis» ?!
      Parece impossível....esses neurónios devem estar em «alta»....

      O que queres que te diga?
      Se sou altruista?
      Prefiro deixar isso á consideração daqueles aos quais as minhas acções se dirigem...quer no meu dia a dia de «humano», quer por aqui na «rede».

      A minha profissão passa muito por ter disponibilidade para os outros, ter capacidade para os perceber e, poder ajudar....numa palavra....ser-lhes útil. E isso, para mim, é o que importa.

      Passando um pouco esse «modo de ser» para a Web, o tópico do «consultório», quando foi criado, tinha esse objectivo...poder ajudar os outros, numa área sensível e onde posso ter alguma utilidade.

      Fico muito contente por ter vingado e, muito importante, por ter uma "equipa residente multidisciplinar", que lhe permite abarcar muitas áreas. A eles, o meu obrigado por lá aparecerem periodicamente.
      Também muito importante é a participação, no tópico, daqueles users que, com as suas experiências de viva, deixam sempre valor acrescentado nos posts que colocam...

      A utilidade do tópico, deve-se a todos eles....

      Quanto ao resto....como diz o povo, " Quem anda por gosto, não cansa...."

      Grande abraço.
      Pois deve ser influencias da lua...tenho de investigar se isso tem mesmo influencias nos meus meus neurónios.

      Tudo o que dizes é uma pura verdade, mas saberás que para existir esse espaço teve de partir de ti e reconhecer que seria uma forma de ajudar os outros (parabenizo-te por isso) como me alargarei a esta comunidade, que aos dias de hoje por mais raro, ainda se verifica em certas pessoas essa capacidade e reconheço-as, tanto no teu tópico como por aqui se vai encontrando.

      Mediante as mais dispersas atitudes penso que esta palavra nesta comunidade terá o seu significado e algum propósito, que será ajudar, reconfortar, apoiar (etc...) á comunidade a que pertencemos.
      As pessoas terão capacidades para reconhecer isso quando sabem as atitudes e os seus propósitos, agradecerei e resconheço a quem aqui se dispõe a isso. Na vida real direi que será um pouco mais complexo mas casos desses existem, de pessoas que dão tudo de si pelos outros.

      Que então, reflitamos sobre esta palavra e as nossas atitudes.

      Comentário


        #4
        Tenho um pouco de altruísta e de egoísta..

        Eu estou em primeiro lugar, isso é certo! Mas em segundo vêm os outros. Não é 1º eu, 2º eu, 3º eu....

        Comentário


          #5
          Claro que não!

          Comentário


            #6
            Originalmente Colocado por air Ver Post
            Tenho um pouco de altruísta e de egoísta..

            Eu estou em primeiro lugar, isso é certo! Mas em segundo vêm os outros. Não é 1º eu, 2º eu, 3º eu....
            Isso nada em implica pensarmos em nós próprios, tenderá de existir aqui um ponto de equilibrio, o beneficio de pensarmos em nós e transpôr-mos isso para os outros, não pensar no conceito extremo de egoismo.

            Esse equilibrio é essencial.

            Comentário


              #7
              Não posso falar por actos que apenas poderão ser julgado por terceiros.

              Diz-me contudo a consciência que devo actuar e agir consoante o que me dita a minha consciência e educação.

              Presumo que se TODOS tivermos uma educação adequada suportada por uma consciência correcta que identifique o certo do errado, em todos nós haverá sempre algo de altruísta, em menor ou em maior numero.


              Contudo, confesso, após alguma experiência da vida e uma vivência alargada com "filhos de muitas e variadas mães" o egoismo ganhou terreno e espaço em algos dos actos ou atitudes que hoje em dia pratico, não é bonito, mas também deixei de ser parvo.

              A vida assim ensina.

              Comentário


                #8
                O altruismo é algo que muitos acham fazer parte apenas, da teoria dos enxames.

                Mas salvou a nossa especie da extinção e permitiu a nossa evolução.


                Comentário


                  #9
                  Se sou altruista? Sim. Odeio mais os outros que a mim.

                  Comentário


                    #10
                    Originalmente Colocado por Excalibur Ver Post
                    Não posso falar por actos que apenas poderão ser julgado por terceiros.

                    Diz-me contudo a consciência que devo actuar e agir consoante o que me dita a minha consciência e educação.

                    Presumo que se TODOS tivermos uma educação adequada suportada por uma consciência correcta que identifique o certo do errado, em todos nós haverá sempre algo de altruísta, em menor ou em maior numero.


                    Contudo, confesso, após alguma experiência da vida e uma vivência alargada com "filhos de muitas e variadas mães" o egoismo ganhou terreno e espaço em algos dos actos ou atitudes que hoje em dia pratico, não é bonito, mas também deixei de ser parvo.

                    A vida assim ensina.

                    Revejo que seja uma verdade, mas acho que como pessoas teremos capacidades de avaliar os nossos actos.

                    Como também agimos conforme a nossa consciência

                    O que penso mesmo mediante o nosso egoismo mais marcado aos dias de hoje, penso que o altruimos fará sempre parte da natureza humana, em maior ou menor escala, verificará-se isso em momentos de dificuldade, em que a ajuda e entre-ajuda se manifestará aos nossos semelhantes.

                    Originalmente Colocado por Nthor Ver Post
                    O altruismo é algo que muitos acham fazer parte apenas, da teoria dos enxames.

                    Mas salvou a nossa especie da extinção e permitiu a nossa evolução.


                    Lê o que deixei, e podes formular a tua opinião, que terei todo o gosto de ler mediante essa opinião.

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por Excalibur Ver Post
                      Não posso falar por actos que apenas poderão ser julgado por terceiros.

                      Diz-me contudo a consciência que devo actuar e agir consoante o que me dita a minha consciência e educação.

                      [...snip...]

                      Contudo, confesso, após alguma experiência da vida e uma vivência alargada com "filhos de muitas e variadas mães" o egoismo ganhou terreno e espaço em algos dos actos ou atitudes que hoje em dia pratico, não é bonito, mas também deixei de ser parvo.

                      A vida assim ensina.


                      Vou muito pelo que o Excalibur escreve aqui.

                      Procuro sempre agir da maneira que é mais favorável para o geral do que guiado pelo interesse ou facilidade própria. Há uma noção de "colectivo" que se impõe ao "eu".

                      A talhe de foice ocorre-me uma história. Durante uns anos tive um part-time como formador. Entre outros motivos, dei por mim a fazer certas coisas porque me seria mais fácil e não porque era o melhor para os alunos. A consciência disto, de ser egoísta por tomar o caminho mais fácil para mim e não aquele que seria melhor para todos, desgostou-me. Vi o egoísmo a ganhar terreno e não gostei.

                      Este foi um dos motivos que me levou a despedir-me desse part-time. Ainda assim, tenho consciência que estava a fazer um trabalho bem melhor que muitos outros formadores.

                      Tenho-me lembrado que aqui há uns anos, principalmente durante os tempos de estudante e os primeiros anos de trabalho, participava activamente em grupos de voluntariado. Neste momento não faço nada disso, acabo enclausurado no meu trabalho e no meu pequeno mundo. Mais uma vez o egoísmo a ganhar terreno noutra vertente. É uma coisa que quero combater a curto prazo, sinto-me uma pior pessoa do que era há uns anos.

                      Concordo também no que o Excalibur diz no último parágrafo: há atitudes que dantes tomava e agora não face a algumas coisas que a vida foi ensinando. Mas a isso não chamo egoísmo, chamo defesa. O nosso espaço também é importante e há que saber dizer "não" porque é irreal pensar que todas as outras pessoas são movidas também pelo altruísmo - e dizer "não" impede o abuso.

                      Comentário


                        #12
                        Sou altruísta quando acho que merecem mas também egoísta quando se tentam aproveitar da solidariedade.

                        E infelizmente cada vez mais existe o espírito do aproveitamento e do chico-espertismo.

                        Comentário


                          #13
                          Sou altruísta para quem merece, às vezes até em demasia. Mas quando abusam, ou vejo que certas pessoas não prestam, de mim não levam rigorosamente nada. Ai sou capaz de ser muito, mas muito egoísta.

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por ClioII Ver Post
                            Vou muito pelo que o Excalibur escreve aqui.

                            Procuro sempre agir da maneira que é mais favorável para o geral do que guiado pelo interesse ou facilidade própria. Há uma noção de "colectivo" que se impõe ao "eu".

                            A talhe de foice ocorre-me uma história. Durante uns anos tive um part-time como formador. Entre outros motivos, dei por mim a fazer certas coisas porque me seria mais fácil e não porque era o melhor para os alunos. A consciência disto, de ser egoísta por tomar o caminho mais fácil para mim e não aquele que seria melhor para todos, desgostou-me. Vi o egoísmo a ganhar terreno e não gostei.

                            Este foi um dos motivos que me levou a despedir-me desse part-time. Ainda assim, tenho consciência que estava a fazer um trabalho bem melhor que muitos outros formadores.

                            Tenho-me lembrado que aqui há uns anos, principalmente durante os tempos de estudante e os primeiros anos de trabalho, participava activamente em grupos de voluntariado. Neste momento não faço nada disso, acabo enclausurado no meu trabalho e no meu pequeno mundo. Mais uma vez o egoísmo a ganhar terreno noutra vertente. É uma coisa que quero combater a curto prazo, sinto-me uma pior pessoa do que era há uns anos.

                            Concordo também no que o Excalibur diz no último parágrafo: há atitudes que dantes tomava e agora não face a algumas coisas que a vida foi ensinando. Mas a isso não chamo egoísmo, chamo defesa. O nosso espaço também é importante e há que saber dizer "não" porque é irreal pensar que todas as outras pessoas são movidas também pelo altruísmo - e dizer "não" impede o abuso.
                            Concordarei que aqui será sempre necessário colocar fronteiras para não sairmos prejudicados na nossa pessoa.

                            Talvez um pouco contrário ás opiniões, penso que a vida me têm demonstrado mais esse lado e manifesto o amor com o meu próximo, tentando avaliar as minhas atitudes e actos, pelo que passei e fez-me reconhecer isso, também o direi que caberá ás pessoas avaliar e que têm uma visão mais isenta e com outra visão de mim próprio.

                            Por certo haverá dias (ou futuramente) que possas dar algo de ti aos outros...

                            Comentário


                              #15
                              Como o meu nickname indica, não sou altruísta

                              Comentário


                                #16
                                Originalmente Colocado por eu Ver Post
                                como o meu nickname indica, não sou altruísta [:d]
                                [:d][:d][:d]

                                Comentário


                                  #17
                                  Mais um tópico com um tema bastante interessante
                                  E aquilo que, na minha opinião, potencia e desencadeia esse interesse é o facto de este tema ter "duas faces", ou seja, poder ser discutido a partir de uma perspectiva mais global, onde a análise incida sobre a origem do termo e a sua evolução, mas também tem um lado mais particular, que parece ser aquele para o qual o tópico está mais direccionado, e onde podemos analisar o que é actualmente e para nós o altruísmo e se somos ou não pessoas altruístas.

                                  Em relação ao primeiro ponto, poderemos começar pela etimologia: o vocábulo altruísmo foi utilizado pela primeira vez por A. Comte ( altruisme), deriva do latim alter (outro) e pretendia sintetizar a máxima vivre pour autrui. A partir deste momento (1830) a palavra altruismo passou a ser utilizada pelos positivistas em substituição da palavra justiça. A justiça preconizada era insuficiente; os seus méritos, as suas virtudes não se faziam sentir na política e consequentemente na sociedade, e como tal sofreu esta espécie de "reforma". A justiça seria a partir de agora o altruismo, ou seja a capacidade que um indivíduo tem de se preocupar com os outros, sem pensar nos seus próprios interesses.

                                  Vistas as coisas assim, já tínhamos encontrado algo bastante parecido em Kant e no seu imperativo categórico. De facto, o vocábulo foi utilizado pela primeira vez em 1830, mas a essência em si sempre existiu. Foi essa essência que permitiu, tal como diz o Nthor, a salvação da nossa especie e a nossa evolução.

                                  Deixando a esfera global e fechando-me na minha esfera particular, tornam-se mais difíceis as coisas e mais profunda e consequentemente abstracta a reflexão!
                                  Entendendo o altruísmo como base de uma teoria ética que preconiza uma acção inteiramente dirigida a outrem, lanço a pergunta: que motivações ulteriores conduzem a esse sentimento?

                                  Fechando ainda mais a esfera, dirigindo-me a mim mesma com esta questão "És tu altruista?", a resposta é efectiva e sinceramente: não faço a mínima ideia.
                                  E digo isto, porque o altruismo não funciona sozinho a não ser teoricamente. Pelo menos na minha opinião, o mundo actual condiciona o altruismo a outro factor/sentimento que é a confiança. É muito difícil, hoje em dia, sermos tão puros ao ponto de praticarmos quotidianamente actos inteiramente altruistas, porque isso implica uma fraternidade, uma irmandade cósmica, belíssima em termos teóricos, mas cada vez mais longínqua em termos práticos. É para mim impossível viver hoje agindo pelo outro, porque o outro agirá por mim...

                                  Mas tu lanças o debate e foges... não pode ser. Comigo não escapas És altruísta? Ou nos teus devaneios nocturnos os teus pensamentos são sobre ti e para ti?
                                  És tu capaz de ser altruísta sem qualquer outro tipo de motivação interior que não seja o amor ao próximo, o querer fazer bem?

                                  E já agora, pergunto aos outros users: houve, há, acções na vossa vida que se enquadrem na complexa teoria do altruísmo?

                                  Comentário


                                    #18
                                    Originalmente Colocado por NinaChampa Ver Post
                                    Mais um tópico com um tema bastante interessante

                                    E já agora, pergunto aos outros users: houve, há, acções na vossa vida que se enquadrem na complexa teoria do altruísmo?
                                    Certa vez deixei de me atirar a uma miúda que eu achava interessante porque descobri que um amigo gostava dela. Conta?

                                    Comentário


                                      #19
                                      Originalmente Colocado por Icedevice Ver Post
                                      Certa vez deixei de me atirar a uma miúda que eu achava interessante porque descobri que um amigo gostava dela. Conta?
                                      Na minha acepção do termo conta e conta muito, porque acima de tudo foste amigo. E ser altruista não implica ser amigo, podemos fazer uma acção que provoque reacções ou consequências positivas em outrem que não nos diga rigorosamente nada, mas ser amigo implica e muito ser altruista. É na amizade que se vê verdadeiros gestos de altruismo, onde a motivação que nos dirige é única e exclusivamente um sentimento de amor em relação a outrem.

                                      Dou-te os parabéns porque já vi situações muito desagradáveis que decorreram de situações similares à que descreves. Mais uma vez destaco, foste um amigo e isso não tem preço.

                                      Comentário


                                        #20
                                        Originalmente Colocado por NinaChampa Ver Post
                                        Mais um tópico com um tema bastante interessante
                                        E aquilo que, na minha opinião, potencia e desencadeia esse interesse é o facto de este tema ter "duas faces", ou seja, poder ser discutido a partir de uma perspectiva mais global, onde a análise incida sobre a origem do termo e a sua evolução, mas também tem um lado mais particular, que parece ser aquele para o qual o tópico está mais direccionado, e onde podemos analisar o que é actualmente e para nós o altruísmo e se somos ou não pessoas altruístas.

                                        Em relação ao primeiro ponto, poderemos começar pela etimologia: o vocábulo altruísmo foi utilizado pela primeira vez por A. Comte ( altruisme), deriva do latim alter (outro) e pretendia sintetizar a máxima vivre pour autrui. A partir deste momento (1830) a palavra altruismo passou a ser utilizada pelos positivistas em substituição da palavra justiça. A justiça preconizada era insuficiente; os seus méritos, as suas virtudes não se faziam sentir na política e consequentemente na sociedade, e como tal sofreu esta espécie de "reforma". A justiça seria a partir de agora o altruismo, ou seja a capacidade que um indivíduo tem de se preocupar com os outros, sem pensar nos seus próprios interesses.

                                        Vistas as coisas assim, já tínhamos encontrado algo bastante parecido em Kant e no seu imperativo categórico. De facto, o vocábulo foi utilizado pela primeira vez em 1830, mas a essência em si sempre existiu. Foi essa essência que permitiu, tal como diz o Nthor, a salvação da nossa especie e a nossa evolução.

                                        Deixando a esfera global e fechando-me na minha esfera particular, tornam-se mais difíceis as coisas e mais profunda e consequentemente abstracta a reflexão!
                                        Entendendo o altruísmo como base de uma teoria ética que preconiza uma acção inteiramente dirigida a outrem, lanço a pergunta: que motivações ulteriores conduzem a esse sentimento?

                                        Fechando ainda mais a esfera, dirigindo-me a mim mesma com esta questão "És tu altruista?", a resposta é efectiva e sinceramente: não faço a mínima ideia.
                                        E digo isto, porque o altruismo não funciona sozinho a não ser teoricamente. Pelo menos na minha opinião, o mundo actual condiciona o altruismo a outro factor/sentimento que é a confiança. É muito difícil, hoje em dia, sermos tão puros ao ponto de praticarmos quotidianamente actos inteiramente altruistas, porque isso implica uma fraternidade, uma irmandade cósmica, belíssima em termos teóricos, mas cada vez mais longínqua em termos práticos. É para mim impossível viver hoje agindo pelo outro, porque o outro agirá por mim...

                                        Mas tu lanças o debate e foges... não pode ser. Comigo não escapas És altruísta? Ou nos teus devaneios nocturnos os teus pensamentos são sobre ti e para ti?
                                        És tu capaz de ser altruísta sem qualquer outro tipo de motivação interior que não seja o amor ao próximo, o querer fazer bem?

                                        E já agora, pergunto aos outros users: houve, há, acções na vossa vida que se enquadrem na complexa teoria do altruísmo?
                                        Excelente descrição, ao qual me preenche a minha sabedoria.

                                        Tinha uns artigos interessantes sobre a Teoria das espécies mas deixei isso á intenção do Nthor que com o saber e a sua sapiência saberá dar a sua visão mais acertada, e que não quis inundar isto.

                                        Penso que estes actos (no meu ponto de vista) preenche-nos de bem estar e o saber que poderemos proporcionar ao próximo, esses mesmos, actos de bondade e uma boa vitalidade; e a criação de um circulo positivista.

                                        Concordarei contigo que a perfeição é inalcançável, e será se calhar um pouco utópico ver o mundo em todo esse esplendor.
                                        Mas lanço a questão não deverá partir de nós para proporcionar um mundo melhor e ter atitudes pró-activas ao nosso semelhante?
                                        Penso que depende um pouco da nossa sensibilidade e capacidade para isso se proporcionar.

                                        Não me entales... (...quando lanço um tema vou explanando sempre a minha opinião. )

                                        Agora, (a sério) não nego que tenho o meu lado egoista (que penso fazer parte da nossa natureza, não valerá desfazer-mos dele, e aqui saliento um maior equilibrio entre os dois lados e que não são dissociáveis ao nosso bem estar) mas fui-me apercebendo e com as minhas vivências estarei a tornar-me uma pessoa mais altruista, e revelo uma maior preocupação pelos outros, que acho humanamente muito positivo.

                                        Não quero circundar isto com o egoismo, mas torna-se presente que hoje em dia centramo-nos em nós próprios, mas que vejo algumas pessoas a ter atitudes altruistas, o que invade o espirito e como isso se reflete da minha parte com essas pessoas, uma atitude sempre valorizável (e como os casos que conheço muito mais existirá, seguindo a base altruista).

                                        Os meus desvaneio-os (engraçado, gostei de tocares nesse aspecto!) embora seja pela troca, e, ou pelo pensamento que crio, sobre o que crio, partilho-o com todos ou não estivessemos num fórum.

                                        Mais alguma coisinha que me estivesse escapado...

                                        Isso de nocturno, deve ter influencias das fases da lua.

                                        Comentário


                                          #21
                                          Originalmente Colocado por NinaChampa Ver Post
                                          Na minha acepção do termo conta e conta muito, porque acima de tudo foste amigo. E ser altruista não implica ser amigo, podemos fazer uma acção que provoque reacções ou consequências positivas em outrem que não nos diga rigorosamente nada, mas ser amigo implica e muito ser altruista. É na amizade que se vê verdadeiros gestos de altruismo, onde a motivação que nos dirige é única e exclusivamente um sentimento de amor em relação a outrem.

                                          Dou-te os parabéns porque já vi situações muito desagradáveis que decorreram de situações similares à que descreves. Mais uma vez destaco, foste um amigo e isso não tem preço.
                                          A amizade e o que fazemos por ela tem um valor inestimável, e isso deveremos preservar.

                                          Comentário


                                            #22
                                            Originalmente Colocado por nunomplopes Ver Post
                                            (...)Lê o que deixei, e podes formular a tua opinião, que terei todo o gosto de ler mediante essa opinião.
                                            Já tinha falado em altruísmo por aqui:

                                            http://forum.autohoje.com/935958-post114.html

                                            http://forum.autohoje.com/1871028-post25.html

                                            http://forum.autohoje.com/2804772-post10.html

                                            http://forum.autohoje.com/2358639-post1.html

                                            http://forum.autohoje.com/1062941148-post14.html

                                            http://forum.autohoje.com/1062967576-post28.html

                                            São posts de tópicos diferentes.

                                            Por isso falei agora da teoria dos enxames, actualmente é algo já muito raro, em uma sociedade com valores corrompidos, que as mães e pais não cuidam da sua descendência, apenas por viverem numa sociedade que incute o culto do individuo.

                                            Estamos programados para usar o altruísmo em situações de crise, mas o individualismo, inibe-nos esse sentimento ao alterar padrões morais e culturais.

                                            Talvez por vivemos numa sociedade que considera situações superficiais como "crises" e questões importantes como "problema dos outros", situação que vivemos por cá, por exemplo, com a abstenção.

                                            Comentário


                                              #23
                                              Eu tento o ser, mas nem sempre é fácil por em prática esta qualidade.

                                              Comentário


                                                #24
                                                Eh pá... Eu costumo comprar aqueles objectos tipo pirilampo mágico, sobretudo quando é uma miúda gira a vende-los... O coração é o meu ponto fraco

                                                Comentário


                                                  #25
                                                  eu tento ser (mãe enfermeira), agora se o sou, alguém vai ter de o dizer, dado que não gosto de ser juiz em causa própria.

                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    Claro que sou, tenho aqui o recibo do pagamento do IRS para comprovar. Este mês paguei o ordenado mínimo a alguém.

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Originalmente Colocado por Karma Ver Post
                                                      Claro que sou, tenho aqui o recibo do pagamento do IRS para comprovar. Este mês paguei o ordenado mínimo a alguém.
                                                      Ainda não vi o meu saldo a crescer... isso está atrasado!?

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Originalmente Colocado por nunomplopes Ver Post
                                                        (..)
                                                        Tinha uns artigos interessantes sobre a Teoria das espécies mas deixei isso á intenção do Nthor que com o saber e a sua sapiência saberá dar a sua visão mais acertada, e que não quis inundar isto.(...)
                                                        Bem, como já escrevi acima, já tinha escrito algumas coisas sobre o altruísmo ao longo da nossa evolução e que a condicionaram.

                                                        Aparentemente a tendência para o altruísmo foi seleccionado desde os primórdios da espécie, algo que tb acontece com os nosso parentes mais próximos os chimpanzés onde o altruísmo usado de forma lógica é uma constante.

                                                        Curioso mesmo é observar os bonobos, onde não só esta tendência é acentuada pela selecção sexual, mas onde o comportamento violento é contido pelo mesmo processo.

                                                        Curiosamente a nossa evolução tem sido como uma espada de dois gumes, pois se por um lado o altruísmo foi factor de sobrevivência e adaptação, este patamar que atingimos mais rapidamente de evolução quando comparados com os bonobos, contribuiu não só para acentuar um comportamento violento dentro da própria espécie, como tem reduzido o comportamento altruísta.

                                                        Cedo percebemos que um comportamento violento em conjunto com a passividade do resto do grupo, nos permitiam contornar a selecção natural, se contarmos cerca de 7000 gerações desde os primeiros seres do género homo, onde a violência e o egoísmo tem sido deixados à solta para se perpetuarem, não é difícil entender porque cada vez mais, as coisas são como são.

                                                        Hoje comprei a National Geografic que vem com um artigo chamado "Abundância em perigo" e que fala da forma como a produção de alimentos não tem acompanhado o aumento do número de pessoas na terra.

                                                        Não me parece que o altruísmo venha a ter um futuro, se não for despoletada uma nova revolução verde, ou uma maneira mais sustentável de comer o que, em ultima analise, não augura nada de bom para a humanidade.

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Originalmente Colocado por nunomplopes Ver Post
                                                          Ainda não vi o meu saldo a crescer... isso está atrasado!?
                                                          Ainda não paguei, mas prometo que pago no proximo fim de semana.

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            Originalmente Colocado por Nthor Ver Post
                                                            Bem, como já escrevi acima, já tinha escrito algumas coisas sobre o altruísmo ao longo da nossa evolução e que a condicionaram.

                                                            Aparentemente a tendência para o altruísmo foi seleccionado desde os primórdios da espécie, algo que tb acontece com os nosso parentes mais próximos os chimpanzés onde o altruísmo usado de forma lógica é uma constante.

                                                            Curioso mesmo é observar os bonobos, onde não só esta tendência é acentuada pela selecção sexual, mas onde o comportamento violento é contido pelo mesmo processo.

                                                            Curiosamente a nossa evolução tem sido como uma espada de dois gumes, pois se por um lado o altruísmo foi factor de sobrevivência e adaptação, este patamar que atingimos mais rapidamente de evolução quando comparados com os bonobos, contribuiu não só para acentuar um comportamento violento dentro da própria espécie, como tem reduzido o comportamento altruísta.

                                                            Cedo percebemos que um comportamento violento em conjunto com a passividade do resto do grupo, nos permitiam contornar a selecção natural, se contarmos cerca de 7000 gerações desde os primeiros seres do género homo, onde a violência e o egoísmo tem sido deixados à solta para se perpetuarem, não é difícil entender porque cada vez mais, as coisas são como são.

                                                            Hoje comprei a National Geografic que vem com um artigo chamado "Abundância em perigo" e que fala da forma como a produção de alimentos não tem acompanhado o aumento do número de pessoas na terra.

                                                            Não me parece que o altruísmo venha a ter um futuro, se não for despoletada uma nova revolução verde, ou uma maneira mais sustentável de comer o que, em ultima analise, não augura nada de bom para a humanidade.
                                                            Excelente visão.
                                                            Em relação ao racionamento mundial, não sou nada optimista, nunca vi grandes mudanças para isso se proporcionar e também não lhe auguro nada de novo, mesmo modificando e imprimindo novas atitudes, que tocando o que se debate aqui, isso será sempre um problema persistente.
                                                            Irei tentar ler isso com mais cuidado.

                                                            Comentário

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