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O domínio das máquinas

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    O domínio das máquinas

    O domínio das máquinas
    O ser humano tem trilhado um percurso na história da sua evolução que desde os primórdios passou pelas invenções. Contudo, se há alguns séculos a revolução industrial trouxe consigo a máquina, não menos verdade é que a 2ª metade do século passado foi marcada pela invenção da chamada “inteligência artificial” que viria a mudar o mundo de forma inesperada.

    Existem actualmente diversos humanóides com inteligência artificial, principalmente no Japão, que já conseguem efectuar inúmeras tarefas com ou mais precisão do que o ser humano. A sua autonomia é assegurada por uma inteligência artificial que lhe permite ser independente do ser humano.
    Este jogo em que o ser humano anda a brincar aos deuses, não poderá ser um dia prejudicial para si?
    Os cientistas especulam que daqui a algumas décadas os humanóides terão semelhança física e intelectual idêntica à nossa, sendo contudo controlados pelo homem. O facto de não terem sentimentos será determinante para que possamos dominá-los. Porém, se as máquinas conseguirem aceder aos sentimentos, compreendê-los e interiorizá-los, não estaremos todos em perigo? Será que conseguimos controlar algo que nos vai ultrapassar? Será que num mundo criado para que a humanidade dependa da máquina para subsistir não fará com que a mesma máquina que nos serve se sirva de nós para a sua própria subsistência? E será que a sua superioridade intelectual não conseguirá demonstrar legalmente o direito a ter direitos próprios? E será que as máquinas, como matéria feita de átomos como nós, não terão o mesmo direito à existência como nós temos? Afinal, todos somos matéria. Será que todas as espécies do cosmos estarão geneticamente programadas para evoluírem para o estágio de inteligência para mais tarde construírem a máquina que dominará o próprio universo? Será nelas que iremos perpetuar a nossa individualidade transpondo para elas a nossa consciência oferecendo-lhes a tal alma que lhes falta e assim tornando-nos nós igualmente imortais? Será esta a tal fórmula mágica que encontraremos de nos tornarmos deuses e eternos?
    Será que num futuro não muito distante, iremos ser vítimas da nossa criação?

    Deixo-vos aqui algumas das minhas questões acerca da supremacia da máquina derivada da veneração do homem pelas suas criações.
    O que pensam vocês de todas estas interrogações acerca do nosso futuro?

    #2
    Bem, deixei no ar algumas perguntas sobre o futuro da humanidade, a inevitabilidade da supremacia das máquinas, a possível extinção do ser humano ou a sua perpetuação ou fusão na própria máquina permitindo uma vida eterna. Foquei a possibilidade da máquina ser matéria como nós e da eventualidade de poder vir ter o direito à existência tal e qual como os humanos têm; além de que poderá ser a máquina o último estágio da evolução humana, bem como de todos os seres extraterrestres do universo programados para no seu trabalho criativo, mais tarde ou mais cedo, acabar por inventar a máquina que tomará conta de tudo.

    Gostava mesmo de saber a vossa opinião e debater ideias sobre este tema que me fascina e que, quanto a mim, tem a ver com o nosso futuro próximo (ainda deste século). Mas se calhar o “people” não está muito virado para uma discussão tão incisiva.
    Então aqui fica a evolução das máquinas e dos humanos, segundo outra perspectiva.


    Ficheiros anexados
    Editado pela última vez por BLADERUNNER; 31 August 2009, 16:42.

    Comentário


      #3
      Lembras-te do filme "extreminador" acredito que esta será mais uma guerra, humanóides contra humanos e acredita que não precisam de ter sentimentos...

      Comentário


        #4
        Talvez venha a haver uma guerra entre máquinas humanóides e os humanos. Mas se actualmente estamos já muito dependentes delas, no futuro a nossa dependência será muito maior. Além disso, estou mais do que certo de que os corpos cibernéticos serão usados ao nível da medicina com próteses para substituir membros e órgãos (como o olho e braço mecânico artificiais que vimos recentemente implantados em humanos), o que tornará o controlo muito mais complicado, bem como o podermos desfazermo-nos delas.

        Além disso, existirão as nanomáquinas (máquinas microscópicas, que já existem e serão cada vez mais pequenas e eficientes) que estarão espalhadas por toda a parte, incluindo o interior dos seres humanos (na circulação sanguínea), onde efectuarão trabalhos de monitorização e restauro. A nanotecnologia será, talvez, o maior problema que poderemos vir a enfrentar se cair em mãos erradas, como será inevitável.

        Julgo que o que se irá passar é inevitável face à curiosidade humana.
        Se deixarmos um brinquedo em cima de uma mesa numa sala vazia e dissermos a uma criança para não mexer, se virarmos costas ela irá ficar curiosa, impaciente e não demorará muito a ir ver o que está dentro da caixa. O mesmo se passa com os cientistas. A sua ânsia por novas descobertas e criações, apimentada pelo desejo de descodificarem o indecifrável, tem levado e conduzirá sempre o homem ao desenvolvimento de máquinas à sua imagem.
        Começámos por máquinas criadas para nos servirem de auxílio, mas os humanóides estão mesmo aí ao virar da esquina. A ideia de que se não formos nós a fazer, alguém o fará, é a velha desculpa dos cientistas para muitas vezes enveredarem por caminhos sombrios.

        O ser humano acabará por abrir a caixa de Pandora e o que acontecerá depois ninguém sabe.

        Comentário


          #5
          No livro "Formula de Deus" de José Rodrigues dos Santos, aborda a possibilidade de serem os robots que nos subtituirão a nós, na exploração do expaço, sendo para eles nos uma especie de Deus.
          Para viagens de milhões de anos, para os humanos é mais complicado, ainda por cma quando o nosso sistema solar se extinguir.

          Comentário


            #6
            Mais um excelente tópico BLADERUNNER




            Já agora, um tópico relacionado, onde se fala das tecnologias que podem permitir algo semelhante:

            http://forum.autohoje.com/off-topic/...post1062805181

            Comentário


              #7
              Originalmente Colocado por BLADERUNNER Ver Post
              O domínio das máquinas
              [FONT=Verdana]O ser humano tem trilhado um percurso na história da sua evolução que desde os primórdios passou pelas invenções. Contudo, se há alguns séculos a revolução industrial trouxe consigo a máquina, não menos verdade é que a 2ª metade do século passado foi marcada pela invenção da chamada “inteligência artificial” que viria a mudar o mundo de forma inesperada.

              Existem actualmente diversos humanóides com inteligência artificial, principalmente no Japão, que já conseguem efectuar inúmeras tarefas com ou mais precisão do que o ser humano. A sua autonomia é assegurada por uma inteligência artificial que lhe permite ser independente do ser humano.
              Este jogo em que o ser humano anda a brincar aos deuses, não poderá ser um dia prejudicial para si?
              Com certeza que sim. É uma caixa de pandora. Mas o Homem acha que tem sempre tudo sobre controlo...

              Os cientistas especulam que daqui a algumas décadas os humanóides terão semelhança física e intelectual idêntica à nossa, sendo contudo controlados pelo homem. O facto de não terem sentimentos será determinante para que possamos dominá-los. Porém, se as máquinas conseguirem aceder aos sentimentos, compreendê-los e interiorizá-los, não estaremos todos em perigo? Será que conseguimos controlar algo que nos vai ultrapassar? Será que num mundo criado para que a humanidade dependa da máquina para subsistir não fará com que a mesma máquina que nos serve se sirva de nós para a sua própria subsistência? E será que a sua superioridade intelectual não conseguirá demonstrar legalmente o direito a ter direitos próprios?


              Especular, especula-se muita coisa. O que acontecerá ao certo... ?
              Mas sim, parece que o objectivo é criar máquinas "pensantes". O que para mim é um non-sense, uma loucura, um disparate completo.
              Quando me falam de máquinas inteligentes, eu lembro-me que já existem pessoas. Então, para quê "pessoas de metal"? Nós já nos chateamos com as de carne e osso! Com a agravante que dar porrada num robot deve doer a nós e não a ele.

              E será que as máquinas, como matéria feita de átomos como nós, não terão o mesmo direito à existência como nós temos? Afinal, todos somos matéria. Será que todas as espécies do cosmos estarão geneticamente programadas para evoluírem para o estágio de inteligência para mais tarde construírem a máquina que dominará o próprio universo? Será nelas que iremos perpetuar a nossa individualidade transpondo para elas a nossa consciência oferecendo-lhes a tal alma que lhes falta e assim tornando-nos nós igualmente imortais? Será esta a tal fórmula mágica que encontraremos de nos tornarmos deuses e eternos?
              Falais de um "cruzamento"? Alma humana em corpo de máquina? Há quem diga que a alma é uma questão quimica mas para mim não é assim tão simples e nunca será "produzida". Para mim, o ser humano (humano mesmo, não falo das bestas que andam de pé) é já perfeito porque não é perfeito. A perfeição não interessa a ninguém. É apenas um objectivo obsessivo que não tem nada de bom para oferecer.

              Será que num futuro não muito distante, iremos ser vítimas da nossa criação?

              Deixo-vos aqui algumas das minhas questões acerca da supremacia da máquina derivada da veneração do homem pelas suas criações.
              O que pensam vocês de todas estas interrogações acerca do nosso futuro?
              Acho que o intuito inicial da razão de ser das máquinas foi desvirtuado. Supostamente, foram inventadas para aliviar o Homem do trabalho. E em parte foi. Mas criou outras "trabalheiras", outras chatisses, novos problemas. A máquina devia servir apenas para auxílio, nunca para substituir. Podemos extrapolar para a imagem do homem que usa uma calculadora mas sabe a tabuada.
              Falando nisto, acho que já hoje, as máquinas contribuem para a estupidificação e preguiça mental do Homem.

              Isto é um tema que dá pano para mangas e talvez seja por isso que já é alvo do interesse e da curiosidade de escritores e realizadores desde há décadas atrás.
              De repente, lembro-me de filmes/obras como "Cherry 2000" e "Homem bicentenário", onde são abordadas algumas destas questões.
              Editado pela última vez por Zell; 01 September 2009, 01:54.

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                #8
                Ainda hoje penssei neste assunto!
                - Isto no futuro vai ser so naves e teletrasnportes e coisas do genero

                Comentário


                  #9
                  Isto está a fazer-me lembrar a essência do Battlestar galactica...

                  Comentário


                    #10
                    Já tinha um grande texto escrito mas graças ao espectacular bloqueio do browser foi tudo à vida.

                    Resumindo, eu pessoalmente acredito que chegaremos ao dia em que humanos e máquinas viverão em conjunto, com as suas divergências e convergências. Em guerras não acredito, porque ao haver consciência de "ser" e ao termos seres pensantes, como é natural haverá pacíficos e bélicos, moderados e radicais, pelo que não estou a ver todos unidos contra os humanos ou os humanos todos unidos contra as máquinas.

                    Um filme sobre a linha de raciocinio sobre a inteligência artifical que considero excelente é o Bicentennial Man.

                    Comentário


                      #11
                      Tudo pode acontecer mas não acredito muito que o futuro seja um mundo com humanos e máquinas. Do que vamos vendo e do que vai sendo possivel ouvir dos bastidores desta trama toda, creio mais no Homem-máquina. Que, para todos os efeitos, podemos dizer que já existem:

                      1.jpg

                      3.jpg


                      Acho que as máquinas vão (estão) abrir caminho é por aqui. "Peças" para humanos. Já existem animais com chips, algum dia o quererão pôr nas pessoas também, sob algum pomposo pretexto de comodidade ou segurança.
                      E talvez cheguemos a um dia e ao olhar para uma fotografia de um antepassado, pensaremos: "Somos mesmo parentes?"
                      Editado pela última vez por Zell; 01 September 2009, 02:30.

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                        #12
                        A Sétima Arte já expôs o tema das mais diversas formas,umas focando o lado mais trágico da questão,outras fazendo humor com o tema.Mas em grande parteapontando o caminho a seguir no futuro próximo;a verdade é que quem tem prestado verdadeira atenção à evolução técnológica dos ultimos anos neste campo considerará inevitável,mais ano menos ano,o aparecimento de uma inteligência artificial capaz de rivalizar com o ser humano na realização das mais diversas tarefas.Começará como ser apenas um electrodoméstico como no O Homem Bicentenário.Será o desejo de toda a população ter posses para comprar um lá para casa.Ao início será básico a nível de IA,as suas funções motoras serão desenvolvidas proritariamente para que este esteja apto a desempenhar as mais diversas tarefas.Irá sendo aperfeiçoado ao longo das décadas,ao ponto de passar a ter um aspecto humanoide.Desenvolverá relações complexas com os seus proprietários,havendo dificuldade dos mesmos em continuar a considera-lo um electrodoméstico.Nesta evolução acompanha-lo-á o automóvel inteligente,a casa inteligente,eventualmente nós próprios como seres humanos estaremos também já beneficiados pela nanotecnologia a nível médico,o que provavelmente irá aumentar a nossa longevidade e capacidades.As possibilidades são tantas que eventualmente o fruto das nossas criações acabarão por ocupar o nosso lugar na cadeia hierárquica...

                        Hoje já tenho os neurónios cansados,amanhã pode ser que acrescente algo mais ao que já disse...

                        Comentário


                          #13

                          No mundo actual, a industrialização é cada vez maior, adoptando-se a máquina para quase tudo quanto é tarefa substituindo o trabalho humano. Numa altura em que se fala tanto de desemprego, ainda não nos lembrámos de uma das causas que tem agravado cada vez mais esta situação no mundo: a mecanização/robotização das fábricas. Existem algumas fábricas totalmente robotizadas geridas e controladas por apenas alguns trabalhadores que vão supervisionando e fazendo a manutenção dessa força de trabalho que tanto agrada ao patronato: não têm horários, não se cansam, não se queixam, não reivindicam, não recebem salários, não precisam de descontar para a segurança social, não pedem aumentos, não fazem greve, não ficam doentes (avariam de vez em quando), enfim, são o sonho de qualquer patrão. Por isso, existem cada vez mais empresários a investir em máquinas dispensando a mão-de-obra humana. Mas também, de vez em quando se pede para recolher milhares de artigos com defeito de fabrico, pois a máquina não se apercebeu (ainda) do erro e o ser humano só o verificou depois de algum tempo de utilização (já no mercado).
                          A máquina está já a ocupar o nosso lugar, ganhando terreno e tornando-nos dispensáveis. A ganância humana leva os patrões a caminharem cada vez mais neste sentido para pouparem na mão-de-obra tornando a cada ano que passa mais clara a evidência de que esta batalha contra a máquina está irremediavelmente perdida.

                          Não estaremos, pois, já a sofrer na pele o domínio das máquinas numa 1ª fase da sua invasão da qual a maioria de nós ainda não se apercebeu? A tal máquina que inicialmente serviu para nos auxiliar no trabalho não será ela mesm que se irá apoderar do nosso próprio trabalho, do nosso próprio emprego, do nosso próprio meio de subsistência? O que acham?
                          Editado pela última vez por BLADERUNNER; 05 September 2009, 09:54.

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por BLADERUNNER Ver Post
                            No mundo actual, a industrialização é cada vez maior, adoptando-se a máquina para quase tudo quanto é tarefa substituindo o trabalho humano. Numa altura em que se fala tanto de desemprego, ainda não nos lembrámos de uma das causas que tem agravado cada vez mais esta situação no mundo: a mecanização/robotização das fábricas. Existem algumas fábricas totalmente robotizadas geridas e controladas por apenas alguns trabalhadores que vão supervisionando e fazendo a manutenção dessa força de trabalho que tanto agrada ao patronato: não têm horários, não se cansam, não se queixam, não reivindicam, não recebem salários, não precisam de descontar para a segurança social, não pedem aumentos, não fazem greve, não ficam doentes (avariam de vez em quando), enfim, são o sonho de qualquer patrão. Por isso, existem cada vez mais empresários a investir em máquinas dispensando a mão-de-obra humana. Mas também, de vez em quando se pede para recolher milhares de artigos com defeito de fabrico, pois a máquina não se apercebeu (ainda) do erro e o ser humano só o verificou depois de algum tempo de utilização (já no mercado).
                            A máquina está já a ocupar o nosso lugar, ganhando terreno e tornando-nos dispensáveis. A ganância humana leva os patrões a caminharem cada vez mais neste sentido para pouparem na mão-de-obra tornando a cada ano que passa mais clara a evidência de que esta batalha contra a máquina está irremediavelmente perdida.

                            Não estaremos, pois, já a sofrer na pele o domínio das máquinas numa 1ª fase da sua invasão da qual a maioria de nós ainda não se apercebeu? A tal máquina que inicialmente serviu para nos auxiliar no trabalho não será ela mesm que se irá apoderar do nosso próprio trabalho, do nosso próprio emprego, do nosso próprio meio de subsistência? O que acham?
                            Não creio que haja muita gente que ainda não se tenha apercebido disso. Eu, por exemplo, já me apercebi disso há alguns anos. E já tinha mencionado subtilmente esse facto noutro post. O simples facto de trocar um funcionário de bilheteira por uma máquina é um óptimo exemplo.

                            O problema central da humanidade, para mim, é termos mais olhos que barriga e querermos dar o passo maior que a perna. Queremos mais e mais e quanto mais temos, mais queremos. E para isso, temos de produzir mais, e o rendimento / custo de trabalhador não compensa. Então, automatiza-se tudo e não preciso de acrescentar nada ao que disseste sobre as vantagens dos robots para o empresário.
                            Digamos que o nosso progresso não está a ser sustentável. Para onde é que estamos a ir? Digamos que tentamos comprar a felicidade e nos esquecemos que a felicidade é tão simples e nada tem a ver com dinheiro nem com materialismo.
                            Não sei se conhecem Greg Carr... Este homem fez fortuna nas novas tecnologias, com o voice mail, entre outras coisas e chegou à conclusão que não precisava de ser rico. Não era isso que o fazia feliz. Virou-se para a defesa dos direitos humanos. Para além disso, está a gastar 40 milhões de dólares para recuperar o Parque Nacional de Gorongosa em Moçambique, que foi devastado pela guerra. E sente-se mais feliz, mais completo e realizado agora. Estes exemplos provam que estamos a caminhar na direcção errada. Vamo-nos afastando do verdadeiro ser humano, dos nossos valores e não podemos. Temos de parar, pensar, dar valor ao que já temos e deixar de querer mais e mais por capricho, numa tentativa desenfreada de alcançar não se sabe o quê.
                            Acho que o maior perigo para a nossa espécie somos nós mesmos. É preciso reflectir, pensar muito bem no que queremos e ter coragem para mudar hábitos que já se enraizaram e nos podem levar ao fim. Seja o fim físico, por destruição das condições de vida que o planeta proporciona, seja pelo rebentar de uma guerra mundial; seja o fim humano, em que daremos origem a uma espécie híbrida homem-máquina.
                            Editado pela última vez por Zell; 05 September 2009, 12:00.

                            Comentário


                              #15
                              a minha opinião é que andas a ver filmes em excesso

                              Comentário


                                #16
                                Originalmente Colocado por BLADERUNNER Ver Post

                                Não estaremos, pois, já a sofrer na pele o domínio das máquinas numa 1ª fase da sua invasão da qual a maioria de nós ainda não se apercebeu? A tal máquina que inicialmente serviu para nos auxiliar no trabalho não será ela mesm que se irá apoderar do nosso próprio trabalho, do nosso próprio emprego, do nosso próprio meio de subsistência? O que acham?
                                Não. As máquinas são usadas para executar tarefas na sua maior parte repetitivas e que aumentam a produtividade das linhas de montagem onde estão.

                                Comentário


                                  #17
                                  "quote"Não creio que haja muita gente que ainda não se tenha apercebido disso. Eu, por exemplo, já me apercebi disso há alguns anos. E já tinha mencionado subtilmente esse facto noutro post. O simples facto de trocar um funcionário de bilheteira por uma máquina é um óptimo exemplo.

                                  O problema central da humanidade, para mim, é termos mais olhos que barriga e querermos dar o passo maior que a perna. Queremos mais e mais e quanto mais temos, mais queremos. E para isso, temos de produzir mais, e o rendimento / custo de trabalhador não compensa. Então, automatiza-se tudo e não preciso de acrescentar nada ao que disseste sobre as vantagens dos robots para o empresário. "unquote".

                                  As máquinas que substituem o homem são fabricadas por outros homens, logo o não haver emprego para o "pica bilhetes" não significa linearmente a extinção de postos de trabalho, mas a sua substituição por outros postos de trabalho bem mais qualificados.Para fazer um máquina para substituir os revisores de bilhetes são necessários engenheiros, desenhadores, técnicos de informática(para os programas), técnicos fabris, programadores de CNC, torneiros mecânicos, fresadores, etc.Para não falar já do fabrico das matérias primas para este fim. Logo trata-se apenas de uma evolução positiva no conhecimento e no bem estar das pessoas.O que era emprego para não qualificados passou a ser emprego para pessoal bem mais qualificado.

                                  Comentário


                                    #18
                                    Não é bem assim. No caso de uma bilheteira, é um posto, dois que se extingue (em cada sitio). Foi um exemplo mais visual, sintomático das mudanças. Mas se pensares num local de trabalho onde máquinas substituem o trabalho de dezenas ou centenas de pessoas...

                                    Engenheiros, desenhadores, etc... Sim, aparecem outros postos. Mas estes novos postos não compensam sempre a perda dos outros. Podes inventar com uma equipa de 10 ou 20 pessoas uma máquina que vai em todo o mundo substituir o trabalho de dezenas ou centenas de milhares ou milhões.
                                    Imagina que tens uma fábrica. Vais precisar de gente que desenvolva, "fabrique", programe, mantenha, etc os robots. Mas esse trabalho vai servir para mais não sei quantas fábricas, ou essa mesma equipa é encarregue de outros trabalhos (logo não há criação de mais postos de trabalho) ou após esse trabalho podem ir para o desemprego... No fundo o que ficou? Extinguiram os postos de trabalho nas fábricas. Resumindo, uma equipa de 100 pessoas pode causar a extinção de milhares ou milhões postos de trabalho.

                                    E levantas outra questão que é a qualificação. Não temos que ser todos engenheiros, doutores e cientistas. Não temos que escolher entre desemprego ou trabalho qualificado que exige estudo e pesquisa constante (porque é para aí que caminhamos), vida de dormir 3h, engolir comida ao balcão e o resto do tempo é para trabalhar. Família, filhos, espairecer... é quanto muito umas horas ao fim de semana. E os empregos que permitem ter uma vida saudável ficam para as máquinas.

                                    Por essa ordem de ideias, o trabalho humano limitar-se-á a trabalho técnico, tratar das máquinas que fazem todos os outros trabalhos por nós. Mas se fazem todos os outros trabalhos por nós também serão capazes de tratar de si mesmas. Portanto, nem o emprego técnico sobreviverá.
                                    No fundo, isto das máquinas é o que já disse mais atrás: queremos é alguém que trabalhe por nós. Era bom termos um "eu" que se ocupasse do que não queremos e não gostamos e nós ficávamos com a parte boa. Mas o outro depois também tem direitos. Portanto, nada disto faz sentido. Nem é bom sequer. Não trabalhar é um aborrecimento. Tal como é não ter descanso. O universo é feito de equilíbrio e nós, formiguitas insignificantes achamos que conseguimos encontrar uma nova lei que contraria tudo isso. O que não estiver em equilibrado, cai.
                                    Editado pela última vez por Zell; 05 September 2009, 16:01.

                                    Comentário


                                      #19
                                      A minha visão do futuro:

                                      O trabalho do homem é imaginar, sentir, sonhar e descobrir.
                                      O trabalho da máquina é produzir bens físicos.

                                      Comentário


                                        #20
                                        Isso era o intuito das máquinas ao inicio. Para as pessoas terem mais tempo livre. Vês isso?

                                        Comentário


                                          #21
                                          Todas as máquinas, e equipamentos precisam de electrónica para “viver”, e essa electrónica precisa de software para “saber como viver”.

                                          A questão é que, penso eu que, a grande limitação das máquinas, será precisamente esta, elas apenas fazem o que lhes é incutido na programação. Mesmo que sejam capaz de compreender e de aprender funções, penso que nunca passará dos limites que o ser humano lhe colocará no software, e na electrónica.

                                          Penso que não terão a capacidade de se evoluir a elas próprias, precisamente porque não pensam, apenas compreendem e fazem o que lhes está incutido, em função de sinais externos.

                                          Mas isto é a minha visão sobre o tema, não sei até que ponto fará sentido.

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                                            #22
                                            Originalmente Colocado por Zell Ver Post
                                            Isso era o intuito das máquinas ao inicio. Para as pessoas terem mais tempo livre. Vês isso?
                                            Vejo...

                                            Comentário


                                              #23
                                              Originalmente Colocado por TubularBells Ver Post
                                              Todas as máquinas, e equipamentos precisam de electrónica para “viver”, e essa electrónica precisa de software para “saber como viver”.

                                              A questão é que, penso eu que, a grande limitação das máquinas, será precisamente esta, elas apenas fazem o que lhes é incutido na programação. Mesmo que sejam capaz de compreender e de aprender funções, penso que nunca passará dos limites que o ser humano lhe colocará no software, e na electrónica.

                                              Penso que não terão a capacidade de se evoluir a elas próprias, precisamente porque não pensam, apenas compreendem e fazem o que lhes está incutido, em função de sinais externos.

                                              Mas isto é a minha visão sobre o tema, não sei até que ponto fará sentido.
                                              Isso é verdade até à altura em que se tornarão inteligentes. Esse dia acabará por chegar se não for travado. Nem que seja uma máquina com base humana, como já disse que penso que será o cenário mais provável, a confirmar-se esse salto.

                                              Comentário


                                                #24
                                                Originalmente Colocado por Karma Ver Post
                                                Vejo...
                                                Vês mesmo ou vês aparentemente?

                                                Comentário


                                                  #25
                                                  Originalmente Colocado por Zell Ver Post
                                                  Vês mesmo ou vês aparentemente?
                                                  Vejo mesmo.

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                                                    #26
                                                    Pronto, está bem. Eu, por exemplo, não.

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Originalmente Colocado por Zell Ver Post
                                                      Não é bem assim. No caso de uma bilheteira, é um posto, dois que se extingue (em cada sitio). Foi um exemplo mais visual, sintomático das mudanças. Mas se pensares num local de trabalho onde máquinas substituem o trabalho de dezenas ou centenas de pessoas...

                                                      Engenheiros, desenhadores, etc... Sim, aparecem outros postos. Mas estes novos postos não compensam sempre a perda dos outros. Podes inventar com uma equipa de 10 ou 20 pessoas uma máquina que vai em todo o mundo substituir o trabalho de dezenas ou centenas de milhares ou milhões.
                                                      Imagina que tens uma fábrica. Vais precisar de gente que desenvolva, "fabrique", programe, mantenha, etc os robots. Mas esse trabalho vai servir para mais não sei quantas fábricas, ou essa mesma equipa é encarregue de outros trabalhos (logo não há criação de mais postos de trabalho) ou após esse trabalho podem ir para o desemprego... No fundo o que ficou? Extinguiram os postos de trabalho nas fábricas. Resumindo, uma equipa de 100 pessoas pode causar a extinção de milhares ou milhões postos de trabalho.

                                                      E levantas outra questão que é a qualificação. Não temos que ser todos engenheiros, doutores e cientistas. Não temos que escolher entre desemprego ou trabalho qualificado que exige estudo e pesquisa constante (porque é para aí que caminhamos), vida de dormir 3h, engolir comida ao balcão e o resto do tempo é para trabalhar. Família, filhos, espairecer... é quanto muito umas horas ao fim de semana. E os empregos que permitem ter uma vida saudável ficam para as máquinas.

                                                      Por essa ordem de ideias, o trabalho humano limitar-se-á a trabalho técnico, tratar das máquinas que fazem todos os outros trabalhos por nós. Mas se fazem todos os outros trabalhos por nós também serão capazes de tratar de si mesmas. Portanto, nem o emprego técnico sobreviverá.
                                                      No fundo, isto das máquinas é o que já disse mais atrás: queremos é alguém que trabalhe por nós. Era bom termos um "eu" que se ocupasse do que não queremos e não gostamos e nós ficávamos com a parte boa. Mas o outro depois também tem direitos. Portanto, nada disto faz sentido. Nem é bom sequer. Não trabalhar é um aborrecimento. Tal como é não ter descanso. O universo é feito de equilíbrio e nós, formiguitas insignificantes achamos que conseguimos encontrar uma nova lei que contraria tudo isso. O que não estiver em equilibrado, cai.
                                                      Por exemplo, acabar com os computadores na Segurança Social e nos bancos, daria emprego a milhares ou dezenas de milhar de pessoas, só que passavas a descontar apenas para pagar os salários dos empregados, e quem pagava o resto?
                                                      Já imaginaste os bancos sem computadores, sem multibanco?Quanto custariam as operações bancárias?
                                                      O trabalho qualificado não implica só doutores e engenheiros, dei-te como exemplo os torneiros, os frezadores, os operadores de máquinas CNC. E até os operadores de empilhadores e de gruas. Não me parece que fosse melhor ter um trabalho indiferenciado, passando o dia a carregar sacos de 50 Kgs, ou ter um serviço um pouco mais especializado e ser manobrador de empilhador ou de grua.Se fosse possível voltar atrás e não tivesse havido a revolução industrial milhões já teriam morrido de fome.

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Nem tanto ao mar nem tanto à terra. Equilíbrio é o que se procura.

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Originalmente Colocado por TubularBells Ver Post
                                                          Todas as máquinas, e equipamentos precisam de electrónica para “viver”, e essa electrónica precisa de software para “saber como viver”.

                                                          A questão é que, penso eu que, a grande limitação das máquinas, será precisamente esta, elas apenas fazem o que lhes é incutido na programação. Mesmo que sejam capaz de compreender e de aprender funções, penso que nunca passará dos limites que o ser humano lhe colocará no software, e na electrónica.

                                                          Penso que não terão a capacidade de se evoluir a elas próprias, precisamente porque não pensam, apenas compreendem e fazem o que lhes está incutido, em função de sinais externos.

                                                          Mas isto é a minha visão sobre o tema, não sei até que ponto fará sentido.
                                                          Originalmente Colocado por Zell Ver Post
                                                          Isso é verdade até à altura em que se tornarão inteligentes. Esse dia acabará por chegar se não for travado. Nem que seja uma máquina com base humana, como já disse que penso que será o cenário mais provável, a confirmar-se esse salto.
                                                          E como é que vocês sabem que ao programar uma máquina com a especificação X, não vai lá a Y, também por engano ou sem que se saiba?
                                                          Quem tentar criar inteligência artificial não vai restringir parâmetros, senão não está a criar inteligência.

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            Já há e haverá cada vez mais máquinas a desempenhar tarefas com maior exactidão que o homem.
                                                            Mais tarde ou mais cedo saberão decidir de forma independente, recorrendo a uma inteligência emocional que lhes dará a possibilidade de tomarem decisões sozinhas conferindo-lhe a autonomia e independência em relação a nós.
                                                            A recriação da inteligência de forma artificial será tão-somente uma questão de tempo para surgir nos humanóides, para satisfazer a vaidade suprema do ser humano – a sua inteligência (e a vaidade em conseguir recriar a essa sua própria inteligência).
                                                            Essas máquinas inteligentes a que habitualmente chamamos de robots ou humanóides vão despertar relações de afecto connosco. Vai ser impossível não manifestar emoções por aquelas máquinas que se assemelharão tanto connosco.

                                                            Chegará a altura em que a máquina se sairá melhor em tudo aquilo que faz do que o ser humano. Será o criador a ser suplantado pela própria criação. Será um momento difícil onde se misturará um sentimento de grande orgulho e outro de grande resignação perante a criação onde o homem se vê espelhado e ultrapassado. O momento em que deixaremos de ser o ser mais evoluído que caminha à face da terra. Passaremos a ser o parente mais pobre da máquina; os segundos na cadeia hierárquica.

                                                            Chegará o dia em que lhes faltará tempo ou disposição para perderem a ensinar este ser inferior: os humanos. Chegará o dia em que iremos estar dependentes da sua vontade. Mas se a Inteligência Artificial só pode evoluir até onde a deixarmos ir para que não nos ultrapasse na plenitude e fuja do nosso controlo, haverá sempre alguém que quererá ir mais além para descobrir o que estará atrás daquela porta onde está escrito “Não abrir”. Assim, nunca devemos tomar o nosso controlo da situação como garantido.

                                                            Estamos a criar máquinas cada vez mais humanas, enquanto nós humanos estamos a ficar cada vez mais parecidos com as máquinas no que a atitudes e comportamentos diz respeito.
                                                            Depois virá algo de muito polémico que baralhará por completo todas as nossas convicções tidas como certas: os robots com elementos cada vez mais humanos e seres humanos com cada vez mais elementos cibernéticos. Desde microprocessadores instalados no cérebro para melhorar o nosso desempenho intelectual e combater diversas doenças, em especial de origem na massa encefálica como Parkinson, Alzheimer, Esquizofrenia, Autismo, Depressão, etc, até à substituição de órgãos e membros por próteses artificiais em nome da melhoria da qualidade de vida, irão esbater a fronteira que nos separa desses seres cibernéticos que serão nossos semelhantes. Depois só faltará saber ao fim de que quantidade de implantes e próteses é que deixaremos de ser considerados como humanos e passaremos para o lado de lá: para o lado dos humanóides.
                                                            Chegará uma época em que a questão básica que se colocará será a do “Homem versus Máquina”. Mais do que uma questão de luta ou guerra, será antes uma questão existencial e ideológica. Uma questão que mais cedo ou mais tarde acabará por chegar.

                                                            Assim, se por um lado este aproveitamento da inteligência artificial poderá abrir muitas possibilidades para um novo mundo a descobrir, por outro levantará inúmeras novas questões de ordem ética relacionadas com as novas relações com estes seres e o novo enquadramento que teremos na nova concepção social emergente. O ser humano será o “pai” das máquinas que criou “à sua imagem e semelhança”1 enquanto a própria máquina da qual se quererá diferenciar será também parte integrante do seu próprio corpo, criando uma simbiose entre estes dois seres quase indistintos que terão dificuldade em vincar uma fronteira que os diferencie.
                                                            Acredito que ainda durante este século estaremos perante a inevitabilidade de presenciar o momento em que esta ficção tornar-se-á realidade… e a humanidade terá de estar preparada para isso e saber encontrar o seu lugar próprio nesta nova era ainda incógnita.

                                                            1(Génesis, Bíblia Sagrada)
                                                            Editado pela última vez por BLADERUNNER; 06 September 2009, 22:00.

                                                            Comentário

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