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E depois da crise?

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    E depois da crise?

    A pergunta é mesmo esta.

    Sei que há por ai muitos tópicos sobre "A Crise", mas parece-me não ter sido ainda devidamente abordada nesta perspectiva.

    Refiro-me essencialmente á evolução das taxas de juro, á evolução dos preços do petróleo e consequentemente dos preços dos combustiveis, á evolução dos preços em geral.

    São coisas que me preocupam e, embora actualmente esteja, felizmente, bem, o dia de amanhã não deixa de ser uma incógnita.

    Será que a prestação da minha casa vai voltar a aumentar quase 350€? Será que os combustiveis vão aumentar novamente quase 0,50 por litro?

    Confesso que o meu conhecimento da área é banal e gostava de ouvir não só as opiniões "banais" de todos como as respostas fundamentadas de quem é da área e acompanha mais de perto estes temas, se bem que até para esses parece ser uma incógnita...

    Pessoalmente sou de opinião que as cotações do petróleo/combustiveis e as taxas de juro subirão significativamente mas, não me perguntem porquê - talvez optimismo infundado, não tão abruptamente como se verificou antes desta crise mundial. Poderei estar minimamente correcto, ou estou a dizer uma grande asneira?

    Debitem opiniões, opiniões essas que espero ajudar/alertar o comum cidadão que se preocupa com o dia de amanhã, principalmente na vida quotidiana da sua carteira.

    #2
    Se os ordenados também subirem é compreensivel que o resto suba, mas se esses bens subirem e o resto não subir proporcionalmente, boa coisa não dará penso eu de que....por algum lado há-de voltar a rebentar!

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      #3
      Crise?Qual crise?

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        #4
        Eu acho que depois da crise aqueles que sempre nos roubaram irão continuar a roubar, talvez de forma um pouco mais cautelosa, mas não vão deixar de o fazer...

        Vão voltar a subir os juros, o preço do petróleo, consequentemente o dos combustíveis e com isso transportes, bens de primeira necessidade, etc...

        Comentário


          #5
          Não percebo muito(nada...) de economia/finanças, mas penso que as taxas de juro subirão, quando anunciado o fim da crise(não, o fim da crise by Manuel Pinho não vale)

          Depois seguirá inevitavelmente o preço do petróleo - se bem que por ora não se fale neste assunto, o facto é que o preço dos combustíveis está novamente bastante alto.
          Nada como converter o meu chaço a "Channel 5", qualquer dia fica mais barato.

          Subidas as taxas de juro, lá vão as prestações das nossas casas aumentar a pique, é o meu palpite.

          Mas convém lembrar que antes do início desta crise mundial, tinhamos a nossa, interna, pois enquanto os países europeus cresciam, nós estávamos, estamos e estaremos mergulhados em crise.(Desculpem o pessimismo, mas é o que penso, somos um país europeu com governantes ao "melhor" estilo africano, com todo o respeito que me merece o povo africano).

          Ou seja, alguém virá dizer "A crise acabou", mas o cidadão pagante continuará na mesma, pagante, e agora só(e sempre) ele em crise.




          (espero não fazer nada neste Totobola)

          Comentário


            #6
            Originalmente Colocado por TheOnlyRonin Ver Post
            Não percebo muito(nada...) de economia/finanças, mas penso que as taxas de juro subirão, quando anunciado o fim da crise(não, o fim da crise by Manuel Pinho não vale)

            Depois seguirá inevitavelmente o preço do petróleo - se bem que por ora não se fale neste assunto, o facto é que o preço dos combustíveis está novamente bastante alto.
            Nada como converter o meu chaço a "Channel 5", qualquer dia fica mais barato.

            Subidas as taxas de juro, lá vão as prestações das nossas casas aumentar a pique, é o meu palpite.

            Mas convém lembrar que antes do início desta crise mundial, tinhamos a nossa, interna, pois enquanto os países europeus cresciam, nós estávamos, estamos e estaremos mergulhados em crise.(Desculpem o pessimismo, mas é o que penso, somos um país europeu com governantes ao "melhor" estilo africano, com todo o respeito que me merece o povo africano).

            Ou seja, alguém virá dizer "A crise acabou", mas o cidadão pagante continuará na mesma, pagante, e agora só(e sempre) ele em crise.




            (espero não fazer nada neste Totobola)



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              #7
              A teia económica é demasiado complexa e dinâmica para que se possa estabelecer relações simples de causa-efeito.

              de uma forma simplista e incompleta, poder-se-á processar da seguinte forma:

              O primeiro factor de que estará ultrapassada a crise é a recuperação da confiança dos consumidores. Uma vez restabelecida, teremos um aumento da procura de bens no geral, com impacto directo no mercado de bens e serviços. A Lei da Oferta e da Procura é sobejamente conhecida, e com esse aumento , c.p., teremos pressões inflacionistas. Logo aqui temos o primeiro efeito sobre a taxa de juro. O BCE, através da sua analise prospectiva, e tendo em vista a estabilidade da taxa de inflação, responde aumentando a taxa de referência (REFI), que estabelece as "balizas" da Euribor - 1p.p. para cima e outro para baixo. Tendência para a Euribor aumentar.

              2º efeito do aumento da procura: aumento da actividade industrial, de forma a adequar a oferta. Ora o Petroleo é demasiado necessário na industria, pelo que temos novamente aumento da procura e, c.p., aumento do preço.

              Com o aumento do consumo teremos também uma maior procura de crédito, que influencia também a tx de juro pois a liquidez dos bancos não é ilimitada.

              Resumindo ainda mais: com o restabelecimento da actividade económica voltaremos à situação anterior da controlo da inflação por via da taxa de juro. E, enquanto não existirem alternativas e implementação dessa tecnologia com sucesso, o preço do petroleo tende também a aumentar à medida que a economia volte "a carburar".

              Comentário


                #8
                Originalmente Colocado por Vanquish
                A pergunta é mesmo esta.

                Sei que há por ai muitos tópicos sobre "A Crise", mas parece-me não ter sido ainda devidamente abordada nesta perspectiva.

                Refiro-me essencialmente á evolução das taxas de juro, á evolução dos preços do petróleo e consequentemente dos preços dos combustiveis, á evolução dos preços em geral.

                ...

                Será que a prestação da minha casa vai voltar a aumentar quase 350€? Será que os combustiveis vão aumentar novamente quase 0,50 por litro?

                ...

                Pessoalmente sou de opinião que as cotações do petróleo/combustiveis e as taxas de juro subirão significativamente mas, não me perguntem porquê - talvez optimismo infundado, não tão abruptamente como se verificou antes desta crise mundial. Poderei estar minimamente correcto, ou estou a dizer uma grande asneira?

                ...
                Epá, assim não vale.

                Fazes a pergunta e dás a resposta. Nós ficamos com os ossos?

                O teu (nosso) problema é o desfasamento da retoma entre Portugal e Europa.
                As commodities e as taxas de juro vão começar a subir à medida que as economias centrais (Alemanha, França, UK, nórdicos e Itália) forem arrancando.
                Nós vamos ficar presos por Espanha, que enfrenta uma forte possibilidade de retardar a sua recuperação - o mercado imibiliário rebentou com a fileira toda mais o que estava nas imediações - que por sua vez tb depende fortemente da procura naqueles mercados iniciais.

                Ou seja: no crescimento seremos rebocados pela procura da Alemanha e da Espanha, com dúvidas acerca do arranque deste segundo motor.
                Mas os efeitos nos preços e tx de juro serão imediatos.

                Para além disto, os impostos: é bom que auditem novamente o défice - que estimo estar nos 8 a 10% (incluam a dívida dos hospitais EP e a restante desorçamentação descarada do Socrates ) - e por isso também a carga fiscal vai aumentar, se não houver uma revisão nos critérios de convergência.

                Como os economistas europeus e o BCE sofrem de autismo agudo, comecem a fazer dieta já para o OE2010, que o cinto nem vai servir...

                Com sempre, estamos fo..lixados.

                Comentário


                  #9
                  “Nenhum espelho reflecte melhor a imagem do homem do que as suas palavras.”1 Por isso vos deixo algumas das palavras que melhor espelham a imagem de certos homens.

                  “Isto faz com que felizmente tenha acabado a palavra crise, e que tenhamos entrado num ponto de viragem no sentido positivo da nossa economia.”
                  (Manuel Pinho, ex-ministro da Economia, 13-Outubro-2008)

                  “Acho que a crise acabou totalmente. Agora a dúvida que há é quando é que a nossa economia vai crescer e quanto tempo vai demorar a darmos totalmente a volta. E sobre isto não deve haver dúvidas.”
                  (Manuel Pinho, ex-ministro da Economia, 13-Outubro-2008)

                  Dias mais tarde, o governo, na figura de Teixeira dos Santos (considerado o pior ministro das Finanças da UE), vem reconhecer que o país está mergulhado numa enorme crise.

                  "Estaremos num ponto de viragem ou próximo de um ponto viragem.
                  (Teixeira dos Santos, ministro das Finanças, 20-Maio-2009)

                  “Nós estamos neste momento mais próximos do fim da crise do que do seu início. Eu creio que estaremos porventura a passar o pior momento da crise. (…) Estamos a ter os sinais de que estaremos porventura a chegar ao fim desta crise e é isto que estes indicadores nos revelam. A crise vai ter um fim. A crise vai acabar, não vai durar sempre e estes são os sinais de que assim será.”
                  (Teixeira dos Santos, ministro das Finanças, 29-Junho-2009)

                  “Teremos crise intensa em 2010 e 2011.”
                  “Devido a esta paragem eleitoral, o país no fim deste ano vai entrar em colapso.”
                  (Núcleo de economistas, Julho de 2009)

                  Quanto ao fim da crise, eu pergunto: qual delas? É que sempre houve crise em Portugal. Agora, quando esta internacional acabar iremos ficar com a que tínhamos antes mas com uma economia muito mais debilitada pela maior taxa de desemprego, maior deficit, menor PIB, tecido empresarial mais debilitado, tendência para mais elevados preços de combustíveis e de taxas de juro e mais endividamento das famílias.
                  Isto faz-me lembrar o chamado olho do furacão. Quando as populações estão a ser devastadas por um furacão, chega uma altura em que o céu fica azul pois estamos no centro da tormenta (digamos que ele tem a forma de um donut e passou uma parte e estamos no centro, no vazio do buraco que nos permite ver o azul do céu). É assim que nos querem fazer crer os membros do governo que pintam agora tudo de cor-de-rosa. Como o furacão está em andamento, depois passa pela população afectada o lado oposto do anel do furacão (do donut) e apanha todas as pessoas desprevenidas que pensavam que o pior já tinha passado e acaba de arrasar o que sobra. O mesmo vai acontecer depois das eleições. Acaba-se esta mentira que está ser impingida e que é fruto do oportunismo político, e é mostrado o país real a naufragar na crise. E a factura será paga pelo povo da forma mais cruel. Mas desde que tudo termine com uma grande tourada (nem que seja no parlamento) tudo se resolve.

                  1(Vives, Juan)

                  Comentário


                    #10
                    Depois actual crise economico-financeira terás nova crise do Deficit.

                    Comentário


                      #11
                      Depois da crise as taxas de juro directoras necessariamente tem de sair dos niveis ultra baixos em que estao - se houver um aumento da inflaccao europeia este aumento pode ser algo violento.

                      Quanto a petroleo e restantes commodities, tambem havera a tendencia para aumentar, a medida que a retoma mundial aumenta a procura.

                      Portugal provavelmente nao retomara a taxa de crescimento europeia, e como tal vai ter inconvenientes da retoma, mas nao as suas vantagens.

                      Comentário


                        #12
                        Originalmente Colocado por fapoc Ver Post
                        Eu acho que depois da crise aqueles que sempre nos roubaram irão continuar a roubar, talvez de forma um pouco mais cautelosa, mas não vão deixar de o fazer...

                        Vão voltar a subir os juros, o preço do petróleo, consequentemente o dos combustíveis e com isso transportes, bens de primeira necessidade, etc...
                        E depois volta a crise.

                        De qualquer modo, acho que a dita não passou, para mim é uma maneira de se poder continuar a dar prémios avultados aos administradores dos bancos porque tudo o resto não importa, quem tem dinheiro não quer saber se a taxa de desemprego está nos 2% ou no 25%.
                        Editado pela última vez por pmcb; 07 September 2009, 10:40.

                        Comentário


                          #13
                          Originalmente Colocado por Jfs Ver Post
                          A teia económica é demasiado complexa e dinâmica para que se possa estabelecer relações simples de causa-efeito.

                          de uma forma simplista e incompleta, poder-se-á processar da seguinte forma:

                          O primeiro factor de que estará ultrapassada a crise é a recuperação da confiança dos consumidores. Uma vez restabelecida, teremos um aumento da procura de bens no geral, com impacto directo no mercado de bens e serviços. A Lei da Oferta e da Procura é sobejamente conhecida, e com esse aumento , c.p., teremos pressões inflacionistas. Logo aqui temos o primeiro efeito sobre a taxa de juro. O BCE, através da sua analise prospectiva, e tendo em vista a estabilidade da taxa de inflação, responde aumentando a taxa de referência (REFI), que estabelece as "balizas" da Euribor - 1p.p. para cima e outro para baixo. Tendência para a Euribor aumentar.

                          2º efeito do aumento da procura: aumento da actividade industrial, de forma a adequar a oferta. Ora o Petroleo é demasiado necessário na industria, pelo que temos novamente aumento da procura e, c.p., aumento do preço.

                          Com o aumento do consumo teremos também uma maior procura de crédito, que influencia também a tx de juro pois a liquidez dos bancos não é ilimitada.

                          Resumindo ainda mais: com o restabelecimento da actividade económica voltaremos à situação anterior da controlo da inflação por via da taxa de juro. E, enquanto não existirem alternativas e implementação dessa tecnologia com sucesso, o preço do petroleo tende também a aumentar à medida que a economia volte "a carburar".
                          Acrescento a isso a recuperação da confiança das empresas, o que aumenta o investimento que como sabemos depende de créditos bancários, a procura de moeda aumenta o que ajudará ainda mais à inflação e consequente subida dos juros.

                          A subida do preço do petróleo não sei se será tão linear, já que há outras coisas que jogam aí, como a especulação, novas descobertas etc. Não sei se veremos o petróleo nos 140 dólares nos próximos tempos, espera-se que não.

                          Cumprimentos.

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por Cahib Ver Post
                            Depois actual crise economico-financeira terás nova crise do Deficit.
                            Sem dúvida que será interessante ver como é que os estados vão controlar as suas contas, em Portugal estamos perto de um beco sem saída.

                            Ora vejamos, se aumentamos mais impostos estrangulamos (ainda mais) a actividade económica já de si saturada pelo excessivo peso do Estado. Se diminuímos impostos para estimular a economia (logo aumentando a receita no médio prazo) corre-se o risco de essa diminuição ser colocada em poupança e, assim, não gerar mais receitas, ainda por cima provocando maior buraco nas contas no curto prazo.

                            Por outro lado controlar a despesa é complicado em Portugal, a maior parte é rígida e os investimentos "extraordinários" que se fizeram e vão fazer, talvez se continuem a reflectir nos próximos anos na despesa. Isto sem contar com o aumento da dívida pública e respectivo serviço da dívida.

                            Interessante....

                            Cumps.

                            Comentário


                              #15
                              A situação do défice julgo não ser tão grave como há uns anos atrás, uma vez que a generalidade dos países membros ultrapassou os limites do PEC.

                              Falo sem ter suporte de dados, mas os países apenas tinham a politica orçamental para contrariar a crise e os estabilizadores automáticos também fizeram das suas...

                              Comentário


                                #16
                                O preço do petróleo vai ter brevemente um rigoroso controlo no que toca a especulação. Aliás, penso que até queriam mesmo acabar com isso num dos mercados.

                                Vai ser interessante.

                                Comentário


                                  #17
                                  Originalmente Colocado por Jfs Ver Post
                                  A teia económica é demasiado complexa e dinâmica para que se possa estabelecer relações simples de causa-efeito.

                                  de uma forma simplista e incompleta, poder-se-á processar da seguinte forma:

                                  O primeiro factor de que estará ultrapassada a crise é a recuperação da confiança dos consumidores. Uma vez restabelecida, teremos um aumento da procura de bens no geral, com impacto directo no mercado de bens e serviços. A Lei da Oferta e da Procura é sobejamente conhecida, e com esse aumento , c.p., teremos pressões inflacionistas. Logo aqui temos o primeiro efeito sobre a taxa de juro. O BCE, através da sua analise prospectiva, e tendo em vista a estabilidade da taxa de inflação, responde aumentando a taxa de referência (REFI), que estabelece as "balizas" da Euribor - 1p.p. para cima e outro para baixo. Tendência para a Euribor aumentar.

                                  2º efeito do aumento da procura: aumento da actividade industrial, de forma a adequar a oferta. Ora o Petroleo é demasiado necessário na industria, pelo que temos novamente aumento da procura e, c.p., aumento do preço.

                                  Com o aumento do consumo teremos também uma maior procura de crédito, que influencia também a tx de juro pois a liquidez dos bancos não é ilimitada.

                                  Resumindo ainda mais: com o restabelecimento da actividade económica voltaremos à situação anterior da controlo da inflação por via da taxa de juro. E, enquanto não existirem alternativas e implementação dessa tecnologia com sucesso, o preço do petroleo tende também a aumentar à medida que a economia volte "a carburar".

                                  Faço das tuas palavras as minhas, com mais uma adição: O aumento de impostos.

                                  Porquê? Porque Portugal encontra-se numa situação bastante delicada e perigosa de dívida para com o exterior. Para além disso as responsabilidades assumidas pelo Estado terão de ser cumpridas e o dinheiro necessário terá de aparecer de alguma forma. Estamos a falar das SCUTS, do aeroporto, do TGV, da divida gigantesca dos hospitais e sistema de saúde, das autarquias, entre muitas outras.

                                  O próprio País está em perigo e a única solução será o inevitável aumento de impostos. Quer queiram ou não.

                                  Comentário


                                    #18
                                    Sem dúvida! Vi outro dia um gráfico onde mostrava a evolução da dívida externa e o aumento nos últimos 3 anos era brutal! Este governo sobrecarregou muito as gerações futuras. Claro que a única solução é o aumento de impostos

                                    Edit: Não me lembro onde vi, mas numa busca rápida do google encontrei isto
                                    Editado pela última vez por Jfs; 07 September 2009, 11:53. Razão: adicionar info

                                    Comentário


                                      #19
                                      Especular sobre petroleo ou comida é das coisas mais atrozes do nosso sistema.

                                      Por mim acabava-se de vez com os mercados de futuros e afins sobre TODOS os bens essenciais.

                                      Comentário


                                        #20
                                        Originalmente Colocado por Jfs Ver Post
                                        Sem dúvida! Vi outro dia um gráfico onde mostrava a evolução da dívida externa e o aumento nos últimos 3 anos era brutal! Este governo sobrecarregou muito as gerações futuras. Claro que a única solução é o aumento de impostos

                                        Edit: Não me lembro onde vi, mas numa busca rápida do google encontrei isto
                                        Solução que não é solução. Porque é sabido que os impostos já são elevados em Portugal e aumentar ainda mais vai estrangular a economia, quer ao nível do consumo, quer ao nível do investimento (sobretudo externo).

                                        Se no Curto prazo o aumento de impostos aumenta a receita do estado, não é liquido que no médio prazo o mesmo aconteça (duvido seriamente), devido ao que disse acima.

                                        Os impostos não podem ser continuamente aumentados para suportar o cada vez maior peso do estado, não é sustentável. E é isso que se tem feito em Portugal: "Aumentou a despesa? aumenta-se impostos para compensar e ta tudo bem"... o pior é que não está.

                                        Cumps.

                                        EDIT: Ao ver esse gráfico que colocaste fico a pensar como é que ainda há quem defenda TGV's...

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                                          #21
                                          Tudo bem, mas o Orçamento é cronicamente deficitário e a dívida está a ficar assustadoramente alta!

                                          É a velha escolha do "consumir hoje/consumir amanhã". Nós estamos a consumir hoje... O amanhã vamos ter que o enfrentar

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                                            #22
                                            Originalmente Colocado por Jfs Ver Post
                                            Tudo bem, mas o Orçamento é cronicamente deficitário e a dívida está a ficar assustadoramente alta!

                                            É a velha escolha do "consumir hoje/consumir amanhã". Nós estamos a consumir hoje... O amanhã vamos ter que o enfrentar
                                            Concordo plenamente.

                                            Esse conceito é conhecido como "consumidor impaciente", belas aulas de microeconomia

                                            Aliás, li mal o que tinhas escrito. O consumidor impaciente consome e hoje e paga..... um dia, dia esse em que aperta o cinto até mais não.

                                            Cumprimentos.

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                                              #23
                                              Originalmente Colocado por LCTN Ver Post
                                              Solução que não é solução. Porque é sabido que os impostos já são elevados em Portugal e aumentar ainda mais vai estrangular a economia, quer ao nível do consumo, quer ao nível do investimento (sobretudo externo).

                                              Se no Curto prazo o aumento de impostos aumenta a receita do estado, não é liquido que no médio prazo o mesmo aconteça (duvido seriamente), devido ao que disse acima.

                                              Os impostos não podem ser continuamente aumentados para suportar o cada vez maior peso do estado, não é sustentável. E é isso que se tem feito em Portugal: "Aumentou a despesa? aumenta-se impostos para compensar e ta tudo bem"... o pior é que não está.

                                              Cumps.

                                              EDIT: Ao ver esse gráfico que colocaste fico a pensar como é que ainda há quem defenda TGV's...

                                              Mas infelizmente é o que vai acontecer, seja qual for o Governo que lá estiver.

                                              Comentário


                                                #24
                                                Originalmente Colocado por Jfs Ver Post
                                                A situação do défice julgo não ser tão grave como há uns anos atrás, uma vez que a generalidade dos países membros ultrapassou os limites do PEC.
                                                Chato chato é estarmos em défice, há, hum... 50 anos?

                                                Comentário


                                                  #25
                                                  Originalmente Colocado por TheMoBsTeR Ver Post
                                                  Chato chato é estarmos em défice, há, hum... 50 anos?
                                                  Um dia vai ter de acabar essa história.
                                                  É a mesma coisa que estares todos os dias a aumentar o montante que deves à banca. Um dia rebenta.

                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    Originalmente Colocado por Cahib Ver Post
                                                    Um dia vai ter de acabar essa história.
                                                    É a mesma coisa que estares todos os dias a aumentar o montante que deves à banca. Um dia rebenta.

                                                    Daqui a uns anos vamos ter uma divida externa ao nível de países muito mais desenvolvidos, com a agravante de ficarmos na mesma

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Originalmente Colocado por pmcb Ver Post
                                                      E depois volta a crise.

                                                      De qualquer modo, acho que a dita não passou, para mim é uma maneira de se poder continuar a dar prémios avultados aos administradores dos bancos porque tudo o resto não importa, quem tem dinheiro não quer saber se a taxa de desemprego está nos 2% ou no 25%.
                                                      Enquanto formos governados por indivíduos que só se querem governar a eles próprios não iremos sair disto...

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Originalmente Colocado por TheMoBsTeR
                                                        Daqui a uns anos vamos ter uma divida externa ao nível de países muito mais desenvolvidos, com a agravante de ficarmos na mesma
                                                        Sobre esta matéria, o João Duque resume e identifica os criminosos:

                                                        Originalmente Colocado por citação

                                                        A Geração TuTuTu
                                                        João Duque
                                                        8:00 Quarta-feira, 26 de Ago de 2009



                                                        Tivemos, no futebol português, a designada 'Geração de Ouro', da qual faziam parte nomes como Figo, Rui Costa, Pauleta, Paulo Sousa, Abel Xavier, Sérgio Conceição, Fernando Couto ou Baía.

                                                        Mas Portugal teve melhor: a 'Geração TuTuTu'.
                                                        Em 1974, um grupo de quadros médios, apoiado nas classes inferiores das organizações, e acusando de "fascistas" a elite dos quadros da superstrutura da sociedade política e empresarial, varreu da sua frente esses escolhos e sentou-se nas suas cadeiras.
                                                        Democraticamente, diziam muitas vezes "pá" e tratavam-se por "tu".

                                                        Cedo, essa geração chegou ao poder, alguns nem com 30 anos de idade. Ainda o alargou através da nacionalização de centenas de empresas, numa correria tal a que nem escapou uma barbearia da Baixa. Meia dúzia de comícios, umas manifs, uma passagem pela sede de um partido e a coisa resultava.

                                                        Quando foi preciso, mudaram de partido (para a direita) para manter o pezinho na pista de dança.
                                                        Receberam um país com um saldo líquido de activos sobre o exterior (posição de investimento internacional) acima de um terço do PIB (cálculo de Vítor Bento), venderam as empresas que entretanto nacionalizaram, receberam milhões da Europa, consumiram o que tinham e não tinham e reformaram-se, deixando como legado um saldo líquido de passivos sobre o exterior de quase 100% do PIB.

                                                        Isto é, receberam uma herança, juntaram-lhe outra vinda da Europa, nacionalizaram uma terceira, sumiram as três e deixaram uma dívida de um ano de trabalho. É obra para 35 anos!
                                                        Empurraram os outros da cadeira onde se sentaram, cuidaram-se bem na vida activa, e reformaram-se, alguns antes da idade dos agora impostos 65 anos, com reformas a 100% calculadas sobre os melhores anos das suas vidas contributivas.

                                                        Antes de saírem, para que os seus direitos adquiridos (reformas) se mantivessem, ainda foram a tempo de impor às gerações do futuro a reforma do sistema que lhes dará reformas muito menores.

                                                        Foi uma geração de ouro, a 'Geração TuTuTu': tudo quiseram, tudo tiveram, tudo... A esta geração juntaram-se-lhe as outras que a têm ajudado na rambóia.

                                                        Como membro de outra geração, quero agradecer à 'Geração TuTuTu' a Liberdade e a Democracia de onde escrevo o meu reconhecimento pelo vosso e nosso trabalho.

                                                        Mas a Democracia também pode ser competente.

                                                        João Duque , Professor Catedrático do ISEG
                                                        Editado pela última vez por VorsprungDurchTechnik; 07 September 2009, 14:29.

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          E depois da crise?

                                                          Não sei.
                                                          Se os impostos ao Estado Privado (empréstimos e juros, etc.) continuarão mais baixos? Não sei...
                                                          Se os preços do combustível continuarão sob controlo? Não sei...
                                                          Se o emprego melhorará? Não sei...

                                                          Quero acreditar que sim... Mas até agora, não vejo que esteja a mudar muita coisa...

                                                          Estes sinaizinhos que se vêem por aí, são os resultados dos "pacotes de estímulo" de todos os Estados Públicos, dos EUA ao Japão. Mas há uma coisa que os governos não dizem (o que é compreensível, pois parte do sucesso económico vem da confiança...) é que estes estímulos são para reactivar o Estado Privado. O Estado Privado está cheio de liquidez, mas não o aplica, pois está com medo. Se o Estado Privado não aplicar o seu dinheiro, a crise nunca chegará ao fim.

                                                          Mais preocupante ainda, são as declarações da chanceler alemã, Angela Merkel, quando veio dizer que "alguns" bancos estão a retomar as práticas económicas que levaram à Grande Depressão que hoje vivemos.

                                                          Preocupante ainda, são as previsões do Conselho Nórdico para os anos de 2010 e 2011... O aumento do desemprego será brutal, e os membros do conselho preparam ainda mais medidas para apoiar os desempregados. O Conselho Nórdico nunca falhou até agora, sempre disse coisas que o resto do ocidente nunca quis dizer. Mas espero que se tenham enganado desta vez.

                                                          A Grande Depressão não está no fim, especialmente porque há uma letargia enorme em mudar os paradigmas económicos, devido aos interesses instalados, que querem o lucro fácil, rápido e de pobre perspectiva, perspectiva essa que não tem em conta os cenários a longo prazo.

                                                          Mas há sempre Esperança... A crise vai passar, seja daqui a um ano ou cinco. Que vai passar, vai isso sem dúvida. Mas se continuarmos teimosamente no mesmo caminho, recusando mudar, outra Grande Depressão, ainda maior e mais grave que esta estará para chegar daqui a uns 30 anos.

                                                          EDIT:

                                                          Não quero ser pessimista, mas tenho de ser honesto:

                                                          Taxa de desemprego oficial nos EUA: 9,7%
                                                          Taxa de desemprego real nos EUA: 16% (não acreditam? Não sou eu que o digo: ECONOMIA - PUBLICO.PT

                                                          Taxa de desemprego oficial nos EUA, ainda mais detalhada, estado a estado:



                                                          Entendo que os governantes queiram reforçar a confiança, fazer com que as pessoas levantem as cabeças numa altura difícil... Devem mentir para isso? Acho que sim... Se se pôde mentir para justificar guerras ilegais, acho que se pode mentir para encorajar as pessoas...
                                                          Mas quem quer a verdade nua e crua, pois ela aí está.
                                                          Editado pela última vez por z0rg; 07 September 2009, 15:13.

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            Originalmente Colocado por VorsprungDurchTechnik Ver Post
                                                            Sobre esta matéria, o João Duque resume e identifica os criminosos:
                                                            João Duque não diz mentira nenhuma, mas perde-se um bocado em floreados não é um apontamento depreciativo, até porque há compreendo os ditos floreados.
                                                            A questão vai muito além, começa na guerra colonial. Acontece que Salazar com a pressa do "para Angola, rapidamente e em força", desequilibra as contas do estado que durante as décadas anteriores equilibrou, como todos sabemos. Este foi o "bicho" na maçã de bom aspecto (os tais 30% do PIB em activos e afins). Acontece que depois do 25A, andaram dois anos a brincar aos regimes e *****am-se nas contas do estado. Saiu uma constituição, nada mau, mas uma revisão nas contas do estado, é que népias. Fiaram-se no aspecto da maçã, mas ninguém teve tomates para retirar o bicho
                                                            Actualmente, o bicho está quase a comer a maçã, e anda tudo aflito.
                                                            Concluindo, estamos f-lixados Ou se dá uma volta na situação enquanto ainda resta "maçã", ou então.... não quero pensar nisso

                                                            Comentário

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