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Fazer aquilo que se gosta VS Qualidade de trabalho.

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    Fazer aquilo que se gosta VS Qualidade de trabalho.

    Hoje assisti a uma situação num café, em que a funcionária claramente estava a trabalhar "por favor". E isto levou-me a pensar um pouco sobre este assunto.

    Sempre defendi que uma importantíssima fatia da nossa vida para a levarmos de forma agradável e repleta de boa disposição, é fazermos aquilo que gostamos, a nível de trabalho.

    Há duas vantagens – vamos trabalhar com excelente disposição, o trabalho flui melhor, é agradável, e a qualidade deste sobre consideravelmente.

    Eu gosto imenso do que faço, e por isso mesmo, por vezes não me importo de ter mais trabalho, mas deixar as coisas a 200%, não descanso se deixar algo imperfeito, ou mal feito.

    Quando fazemos algo que não gostamos, a tendência é aldrabar um bocado. Claro que se a pessoa for perfeccionista tenta sempre fazer o melhor possível, mas a vontade é diferente.

    Acho que esta questão pode parecer simples, mas podia mudar muita coisa, se algumas pessoas fossem redistribuídas.

    Se uma pessoa for para um determinado tipo de trabalho apenas porque "dá dinheiro", não me parece que seja boa ideia, por vezes é mais racional ganhar menos um pouco, mas fazer aquilo que gostamos mesmo.

    Penso ás vezes no caso dos médicos, tenho colegas que adoram a área, e não conseguiram entrar porque não tinham média, no entanto acho que dariam EXCELENTES profissionais. E já vi alguns médicos, que de certeza odeiam a sua profissão, e o que lhes sabe bem é receber o chorudo ordenado ao final do mês.

    Tenho colegas na área de electrónica precisamente na mesma situação, estão na área porque sim, e qualquer coisa que se fale para fazer um projecto, ou uma ideia, ou testar umas coisas, a resposta é sempre a mesma - "tu és tolo, vou lá perder tempo com isso" Alguém que esteja numa determinada área tem que a saber explorar, jogar com ela, investigar, etc. Só assim se ganham qualidades, se evolui!

    E vocês? Fazem aquilo que gostam? Esmeram-se e esforçam-se para fazer um trabalho de elevada qualidade?

    Uma boa noite a todos.

    #2
    Eu faço aquilo que gosto, podia estar noutro sitio a ganhar mais, mas onde estou, estou a fazer o que gosto, todos os dias (noites) que vou trabalhar, vou sempre bem disposto, salvo raras excepções, e noto bem a diferença de outros sitios onde estive.
    Já estive em locais, onde ia mesmo "por favor" porque tinha que ser, e o dia custava a passar, sempre a olhar para o relógio. Aqui, tive sorte, o facto de estar a gostar do que faço, aliado ao facto de ser respeitado pela entidade patronal. O que é certo é que o tempo custa menos a passar e o trabalho flui bastante melhor. E cada dia que passa, dou o meu melhor, mas isso sempre fiz em todo o lado.

    Prefiro estar a ganhar menos do que noutra profissão, mas compensa pela minha felicidade de estar onde estou. E tenho sempre oportunidades de crescer na empresa.

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      #3
      Tema interessante e difícil.

      Eu não faço "aquilo que gosto", mas gosto do que faço. Se é que me entendem.

      O meu desejo é mesmo chegar a ter um trabalho que goste realmente e seja mesma aquilo. Sei +/- o que é, mas não é assim tão fácil conseguir, até porque nem tudo é claro.

      Mas temos de ser realistas, poucos são aqueles que fazem aquilo que gostam. Devemos sempre tentar fazer o que gostamos, mas até o conseguir temos de ter capacidade para ganhar motivação e fazer o nosso trabalho com brio.

      Essa vai ser a característica chave do futuro, a flexibilidade. Porque é muito bom fazer aquilo que se gosta, mas é bem pior só se querer fazer aquilo que se gosta!

      É um pouco confuso..

      Comentário


        #4
        Eu não gosto muito do que faço agora, mas faço-o com o melhor aprumo, às vezes maior que muitos no ramo em questão.
        No entanto, por não me encontrar satisfeito, tenho sempre tomado decisões de ir mudando de emprego e estou neste momento à espera de entrar no meu primeiro projecto "não assucatado"...aí sim, vou ter oportunidade de mostrar o melhor de mim!

        Comentário


          #5
          já fiz imensas coisa na vida, a nivel profissional. a grande verdae é que se se está "por favor", metade do ordenado está perdido...

          insatisfação, não se sentir realizado, andar contra vontade... depois tudo isso se reflecte na vida pessoal, etc.

          prefiro menos guito e vou fazendo o que gosto.

          Comentário


            #6
            Compreendo-te muito bem Air, e realmente falas numa coisa que eu não falei, e deveria ter falado.

            Eu gosto do que faço, mas o que gostava mesmo de fazer (que está relacionado), não faço, espero um dia vir a fazer, se eu conseguir cumprir alguns objectivos/metas.

            Mas de facto, há aquilo que não gostamos mesmo e temos que fazer, aquilo que fazemos e até gostamos, e aquilo que gostaríamos mesmo de fazer.

            Comentário


              #7
              Eu gostava de ter dinheiro para não fazer nada.

              Comentário


                #8
                Não faço aquilo que gosto, se me dessem a escolher não trabalhava e passava o dia na boa vai ela.

                Mas estou ali como o air, gosto daquilo que faço.

                Comentário


                  #9
                  Eu felizmente tenho a sorte de trabalhar naquilo que gosto mas como todos nós sabemos no mundo do trabalho nada é perfeito.
                  Felizmente não tenho mau ambiente de trabalho e sei que o meu trabalho é reconhecido no entanto acho que há muita coisa que poderia ser melhorada e não há esforços nesse sentido por isso assim que acabar a minha licenciatura vou tentar criar o meu próprio emprego para finalmente poder dizer que faço o que gosto e gosto do que faço.

                  Comentário


                    #10
                    É um tema bem "alembrado"! E pertinente no meu caso pessoal...

                    Deixo um conselho a todos e que uso para mim próprio como forma de ter mais força e resistência interior face às vicissitudes do mundo do trabalho: A virtude está na flexibilidade que estamos dispostos a ter para com ele; em fazer do que "ninguém pega" o brilharete...

                    Atravesso um momento de início de carreira meio frouxo em motivação pessoal...sofri por tabela um pouco com a conjuntura económica e de um momento para o outro vi-me deslocado para uma área na minha empresa onde entenderam ser-lhes mais útil mas que ainda assim um pouco fora do meu espectro de competências técnicas e já agora...perspectivas de carreira futura.

                    Está a ser complicado digerir esta machadada nos meus planos de médio e longo prazo que sempre os fiz como pessoa organizada e metódica que tento ser em tudo o que quero para mim, mas os dias passam e tento descortinar interesse onde antes pensava não poder haver...

                    A conjuntura também aconselha a alguma calma e brandura para aqueles que procuram incessantemente um emprego onde só façam exactamente aquilo que gostam ou sempre sonharam...e por isso me mantenho para já como estou, mas para dizer que hoje como nunca o senti, compreendo aqueles que fazem o que não gostam e nunca conseguiram encontrar forma de dar a volta por cima...exige tambem alguma mestria e positivismo!

                    Arrisco a dizer que na minha geração, a mobilidade total e a flexibilidade de competências são hoje pontos chave para o sucesso.

                    Comentário


                      #11
                      Excelente temática Tubular.

                      Eu, actualmente e pessoalmente não estudo para aquilo que gosto, é uma porra. Uma pessoa nem tem vontade de agarrar num livro para estudar.

                      Fiquei curado a tempo (antes da Faculdade), ir para as coisas que tem saída, só por ir, nem pensar!!! É horrível não ter motivação nem vontade para fazer as coisas.

                      E daqui a 1 ano, no final do 12º ano, rumarei o caminho que tenho traçado. Quer seja excelente, quer seja péssimo.

                      Comentário


                        #12
                        Bem, é um bom tema mas dou o meu caso.

                        Eu bem que gostaria passar o dia na praia ou tirar fotografias, quem sabe fazer umas belas viagens e aproveitar a vida. Em resumo, gostaria muito de ter a profissão de "Turista", como muitas vezes lhe chamo e isso sim seria perfeito.

                        Mas está claro que nunca tal será passível de ser atingido, pelo que qualquer outra profissão será imperfeita... Tendo sempre este compromisso em mente, posso dizer que a área em que estou é bastante interessante e como tal, gosto do que faço.

                        Não é perfeito, mas satisfaz-me profissionalmente.

                        Comentário


                          #13
                          Originalmente Colocado por Gmigas Ver Post
                          Excelente temática Tubular.

                          Eu, actualmente e pessoalmente não estudo para aquilo que gosto, é uma porra. Uma pessoa nem tem vontade de agarrar num livro para estudar.

                          Fiquei curado a tempo (antes da Faculdade), ir para as coisas que tem saída, só por ir, nem pensar!!! É horrível não ter motivação nem vontade para fazer as coisas.

                          E daqui a 1 ano, no final do 12º ano, rumarei o caminho que tenho traçado. Quer seja excelente, quer seja péssimo.
                          Nem tanto ao mar nem tanto à terra.

                          É desmotivante e desmoralizante andar a estudar aquilo que se gosta e depois não se trabalhar nisso ou então trabalhar com más condições. Há "n" casos desses por aí e eu conheço alguns.

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por Karma Ver Post
                            É desmotivante e desmoralizante andar a estudar aquilo que se gosta e depois não se trabalhar nisso ou então trabalhar com más condições. Há "n" casos desses por aí e eu conheço alguns.
                            Também conheço muita gente que teve esse percurso. A maior parte deles tem licenciatura numa determinada área, mas está ou em call centers ou nas caixas dos hipermercados.

                            Comentário


                              #15
                              Originalmente Colocado por Karma Ver Post
                              Nem tanto ao mar nem tanto à terra.

                              É desmotivante e desmoralizante andar a estudar aquilo que se gosta e depois não se trabalhar nisso ou então trabalhar com más condições. Há "n" casos desses por aí e eu conheço alguns.
                              Também tens razão.

                              Mas a realidade é que é desmotivante e desmoralizante estudar/fazer algo que não se gosta. Para além de pouco produtivo.

                              Claro que eu falo assim, porque tanto a área que estou e que não gosto e a área que vou e que gosto, tem ambas muita empregabilidade, por isso não deve haver problema.

                              Comentário


                                #16
                                Originalmente Colocado por TubularBells Ver Post
                                Hoje assisti a uma situação num café, em que a funcionária claramente estava a trabalhar "por favor". E isto levou-me a pensar um pouco sobre este assunto.

                                Sempre defendi que uma importantíssima fatia da nossa vida para a levarmos de forma agradável e repleta de boa disposição, é fazermos aquilo que gostamos, a nível de trabalho.

                                Há duas vantagens – vamos trabalhar com excelente disposição, o trabalho flui melhor, é agradável, e a qualidade deste sobre consideravelmente.

                                Eu gosto imenso do que faço, e por isso mesmo, por vezes não me importo de ter mais trabalho, mas deixar as coisas a 200%, não descanso se deixar algo imperfeito, ou mal feito.

                                Quando fazemos algo que não gostamos, a tendência é aldrabar um bocado. Claro que se a pessoa for perfeccionista tenta sempre fazer o melhor possível, mas a vontade é diferente.

                                Acho que esta questão pode parecer simples, mas podia mudar muita coisa, se algumas pessoas fossem redistribuídas.

                                Se uma pessoa for para um determinado tipo de trabalho apenas porque "dá dinheiro", não me parece que seja boa ideia, por vezes é mais racional ganhar menos um pouco, mas fazer aquilo que gostamos mesmo.

                                Penso ás vezes no caso dos médicos, tenho colegas que adoram a área, e não conseguiram entrar porque não tinham média, no entanto acho que dariam EXCELENTES profissionais. E já vi alguns médicos, que de certeza odeiam a sua profissão, e o que lhes sabe bem é receber o chorudo ordenado ao final do mês.

                                Tenho colegas na área de electrónica precisamente na mesma situação, estão na área porque sim, e qualquer coisa que se fale para fazer um projecto, ou uma ideia, ou testar umas coisas, a resposta é sempre a mesma - "tu és tolo, vou lá perder tempo com isso" Alguém que esteja numa determinada área tem que a saber explorar, jogar com ela, investigar, etc. Só assim se ganham qualidades, se evolui!

                                E vocês? Fazem aquilo que gostam? Esmeram-se e esforçam-se para fazer um trabalho de elevada qualidade?

                                Uma boa noite a todos.
                                Sempre. Nem poderia ser de outra forma.

                                Comentário


                                  #17
                                  Bem, eu estou longe de fazer aquilo que gosto...

                                  Assumo até que só la estou exclusivamente pelo € e pelo facto de estar muito perto de casa, logo tenho menos custos.... Mas mesmo em dias maus tento sempre dar o meu melhor, isto porque sou perfeccionista e se me deram uma oportunidade tenho de saber explora-la da melhor forma.... porque talvez na minha situação de trabalhador-estudante seja dificil arranjar melhor...

                                  Mas assusta-me a ideia de acabar o curso e continuar lá...
                                  Editado pela última vez por Nero1; 09 September 2009, 02:40.

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                                    #18
                                    Originalmente Colocado por MegaMaster Ver Post
                                    Eu gostava de ter dinheiro para não fazer nada.
                                    Eu gostava de ter dinheiro para fazer muito mais

                                    Comentário


                                      #19
                                      Eu adoro aquilo que faço (seg. no trabalho) e tou sempre disponível para cada situação... só lamento que as empresas de construção não dignifiquem esta profissão, aliado tb à presença de maus profissionais, e especialmente, coloquem todos no mesmo saco, tratando/ remunerando tudo de maneira igual e indiscriminada...

                                      Comentário


                                        #20
                                        Para aqueles que não gostam do que fazem, nada como arranjar um hobbie para ter fora do trabalho.

                                        Se dedicamos a nossa vida à profissão e esta nos corre mal ficamos muito frustrados. Mas se tivermos um hobbie temos aquela motivação do final de tarde e as coisas correm melhor.

                                        Experimentem!

                                        Comentário


                                          #21
                                          Eu nem sei o que responder a este tópico, porque sinto que estou a passar por uma grande incognita a nivel profissional, que passo a explicar por alto.
                                          Tirei uma licenciatura e apenas consegui uma trabalho a part-time (na minha area de formação) que não dá muito rendimento monetário e ainda por cima a recibos verdes. Na altura aceitei este trabalho, esperando que fosse uma situação provissória e com o tempo as coisas iriam mudar. Mas infelizmente manteve-se tudo na mesma e fui obrigada a procurar um segundo trabalho em part-time (fora da area da minha formação) para conseguir ganhar mais uns trocos, para equilibrar as contas.
                                          Com o passar do tempo acabei por me casar e os meus serviços foram dispensados do meu segundo part-time, pois era apenas para substituir uma baixa. Actualmente encontro-me na situação inicial, mas com uma pequena agravante, pois como estou casada a minha area geografica para a procura de um trabalho relacionado com a minha licenciatura está mais reduzida, pois não queria agora no inicio do meu casamento, deixar o meu marido sozinho, nem ele iria querer tal situação.
                                          Sinto que não sei o que fazer. Se desisto da minha licenciatura e procuro algo a tempo inteiro numa area qualquer ou se me mantenho assim por mais algum tempo para ver o que dá, pois estou a tentar arranjar um segundo part-time para conciliar com o que já tenho.
                                          O meu marido nunca me precionou a nada, ele até gosta que eu esteja só com o meu part-time actual porque assim tenho mais tempo livre para estar com ele. Ele não se importa de suportar sozinho as nossas despesas, mas por outro lado eu não me sinto bem em não contribuir, principalmente agora que estamos a construir uma casa.

                                          Enfim, sinto-me perdida e não sei o que fazer.

                                          Comentário


                                            #22
                                            Originalmente Colocado por Vilina Ver Post
                                            Eu nem sei o que responder a este tópico, porque sinto que estou a passar por uma grande incognita a nivel profissional, que passo a explicar por alto.
                                            Tirei uma licenciatura e apenas consegui uma trabalho a part-time (na minha area de formação) que não dá muito rendimento monetário e ainda por cima a recibos verdes. Na altura aceitei este trabalho, esperando que fosse uma situação provissória e com o tempo as coisas iriam mudar. Mas infelizmente manteve-se tudo na mesma e fui obrigada a procurar um segundo trabalho em part-time (fora da area da minha formação) para conseguir ganhar mais uns trocos, para equilibrar as contas.
                                            Com o passar do tempo acabei por me casar e os meus serviços foram dispensados do meu segundo part-time, pois era apenas para substituir uma baixa. Actualmente encontro-me na situação inicial, mas com uma pequena agravante, pois como estou casada a minha area geografica para a procura de um trabalho relacionado com a minha licenciatura está mais reduzida, pois não queria agora no inicio do meu casamento, deixar o meu marido sozinho, nem ele iria querer tal situação.
                                            Sinto que não sei o que fazer. Se desisto da minha licenciatura e procuro algo a tempo inteiro numa area qualquer ou se me mantenho assim por mais algum tempo para ver o que dá, pois estou a tentar arranjar um segundo part-time para conciliar com o que já tenho.
                                            O meu marido nunca me precionou a nada, ele até gosta que eu esteja só com o meu part-time actual porque assim tenho mais tempo livre para estar com ele. Ele não se importa de suportar sozinho as nossas despesas, mas por outro lado eu não me sinto bem em não contribuir, principalmente agora que estamos a construir uma casa.

                                            Enfim, sinto-me perdida e não sei o que fazer.
                                            Situação complicada.

                                            Se posso dar a minha opinião, acho que não te deves prender por estares agora casada. Deves sim procurar trabalho seja onde for. Essas coisas temos de fazer quando somos jovens, senão mais tarde vens a arrepender-te.

                                            E hoje em dia as distâncias estão cada vez mais curtas!

                                            Comentário


                                              #23
                                              Originalmente Colocado por air Ver Post
                                              Situação complicada.

                                              Se posso dar a minha opinião, acho que não te deves prender por estares agora casada. Deves sim procurar trabalho seja onde for. Essas coisas temos de fazer quando somos jovens, senão mais tarde vens a arrepender-te.

                                              E hoje em dia as distâncias estão cada vez mais curtas!
                                              Mas ao ir para longe ia estar adiar outros planos que tenho com o meu marido, como por exemplo um filhote. Não sei se ia aguentar estar longe da minha familia. Quando estava sozinha não me importava de ir à aventura, mas acho que o destino preparou tudo para que eu estivesse em casa na altura que o meu pai ficou doente e faleceu, porque assim pode estar ao lado dele nos ultimos dias de vida. A minha irmã vai agora entrar para a universidade e se eu sair perto da minha mãe ela vai ficar muito sozinha.
                                              Há muita coisa que me prende.

                                              Será que a realização profissional mais importante que a estabilidade emocional?

                                              Às vezes também penso: "Será, que é mesmo isto que eu quero?? Passar o resto da minha vida a fazer sempre a mesma coisa, ainda por cima num ambiente fechado de um laboratório?" Acho que se calhar há outras profissões que me poderiam realizar profissionalmente.

                                              Na altura que terminei o 12º ano, deveria ter pensado melhor o que queria fazer da minha vida, deveria ter optado por uma licenciatura que me desse mais liberdade de escolha a nivel profissional. Mas na altura estava inclinada para a area da saude e achei que area das analises clinicas seria uma boa aposta.

                                              Enfim... são decisões que se tomam e que agora tenhos de arcar com as consequências.

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                                                #24
                                                Originalmente Colocado por Vilina Ver Post
                                                Eu nem sei o que responder a este tópico, porque sinto que estou a passar por uma grande incognita a nivel profissional, que passo a explicar por alto.
                                                Tirei uma licenciatura e apenas consegui uma trabalho a part-time (na minha area de formação) que não dá muito rendimento monetário e ainda por cima a recibos verdes. Na altura aceitei este trabalho, esperando que fosse uma situação provissória e com o tempo as coisas iriam mudar. Mas infelizmente manteve-se tudo na mesma e fui obrigada a procurar um segundo trabalho em part-time (fora da area da minha formação) para conseguir ganhar mais uns trocos, para equilibrar as contas.
                                                Com o passar do tempo acabei por me casar e os meus serviços foram dispensados do meu segundo part-time, pois era apenas para substituir uma baixa. Actualmente encontro-me na situação inicial, mas com uma pequena agravante, pois como estou casada a minha area geografica para a procura de um trabalho relacionado com a minha licenciatura está mais reduzida, pois não queria agora no inicio do meu casamento, deixar o meu marido sozinho, nem ele iria querer tal situação.
                                                Sinto que não sei o que fazer. Se desisto da minha licenciatura e procuro algo a tempo inteiro numa area qualquer ou se me mantenho assim por mais algum tempo para ver o que dá, pois estou a tentar arranjar um segundo part-time para conciliar com o que já tenho.
                                                O meu marido nunca me precionou a nada, ele até gosta que eu esteja só com o meu part-time actual porque assim tenho mais tempo livre para estar com ele. Ele não se importa de suportar sozinho as nossas despesas, mas por outro lado eu não me sinto bem em não contribuir, principalmente agora que estamos a construir uma casa.

                                                Enfim, sinto-me perdida e não sei o que fazer.
                                                Se estás a pensar ter filhos, posso partilhar contigo a conclusão a que eu e a minha esposa chegamos:

                                                Os custos de ter um puto numa cresce privada (as "semi-publicas", vulgo IPSS é muito dificil arranjar colocação) custa em média 300 euros mensais. Junta-lhe os custos de transportes, horas perdidas em deslocações e mais uns extras para actividades extra-curriculares ou uns pagamentos extra por teres de ires buscar o miudo mais cedo porque vais sair mais tarde devido a uma reunião qualquer... digamos que um puto na cresce fica-te por uns 400€ mensais. E relativamente a tempo de qualidade familiar, supondo que pões o puto na cresce às 8 da manhã e o vais buscar as 19h, apenas tens tempo de qualidade familiar à hora de jantar, quando tu e o teu conjuge estão arrasados devido a um dia intensivo de trabalho e uma noite mal dormida. Tendo em conta que trabalhas, tens de investir algum dinheiro extra em roupas e transportes... digamos uns 150€/mês. Tens também de almoçar fora todos os dias. Mais 150€/mês. Ou seja, a tua despesa já vai em 700€/mensais associados a fraca qualidade de vida familiar. Supondo que ganhas 800€ mensais, sobram-te 100€ por mês. Agora pergunto eu, vale a pena o esforço? Eu e a minha esposa chegamos à conclusão que não... resumindo, estamos a planear ter um puto e quando o puto nascer ela fica em casa a cuidar dele e eu vou trabalhar. Qualidade de vida é a coisa mais importante do mundo! Se tiveres um filho no futuro, estares desempregada ou com um part-time pode ser a melhor coisa que te pode acontecer!
                                                Editado pela última vez por marcoaraujo; 09 September 2009, 09:29.

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                                                  #25
                                                  Originalmente Colocado por marcoaraujo Ver Post
                                                  Se estás a pensar ter filhos, posso partilhar contigo a conclusão a que eu e a minha esposa chegamos:

                                                  Os custos de ter um puto numa cresce privada (as "semi-publicas", vulgo IPSS é muito dificil arranjar colocação) custa em média 300 euros mensais. Junta-lhe os custos de transportes, horas perdidas em deslocações e mais uns extras para actividades extra-curriculares ou uns pagamentos extra por teres de ires buscar o miudo mais cedo porque vais sair mais tarde devido a uma reunião qualquer... digamos que um puto na cresce fica-te por uns 400€ mensais. E relativamente a tempo de qualidade familiar, supondo que pões o puto na cresce às 8 da manhã e o vais buscar as 19h, apenas tens tempo de qualidade familiar à hora de jantar, quando tu e o teu conjuge estão arrasados devido a um dia intensivo de trabalho e uma noite mal dormida. Tendo em conta que trabalhas, tens de investir algum dinheiro extra em roupas e transportes... digamos uns 150€/mês. Tens também de almoçar fora todos os dias. Mais 150€/mês. Ou seja, a tua despesa já vai em 700€/mensais associados a fraca qualidade de vida familiar. Supondo que ganhas 800€ mensais, sobram-te 100€ por mês. Agora pergunto eu, vale a pena o esforço? Eu e a minha esposa chegamos à conclusão que não... resumindo, estamos a planear ter um puto e quando o puto nascer ela fica em casa a cuidar dele e eu vou trabalhar. Qualidade de vida é a coisa mais importante do mundo! Se tiveres um filho no futuro, estares desempregada ou com um part-time pode ser a melhor coisa que te pode acontecer!

                                                  Eu e o meu marido também já pensamos nisso.
                                                  O problema é que entramos na aventura de fazer uma casa. E isso tem trazido muitas despesas extras, mesmo tendo em conta a prestação do banco. E temos medo que com o filho, não consigamos suportar as despesas.
                                                  Uma coisa é certa até as crianças entrar para a escola é facil mante-las e dá para estar em casa com elas. Mas depois obrigatoriamente teria que arranjar um trabalho para conseguir dar conta das despesas deles e mais da casa.

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                                                    #26
                                                    Vivemos numa sociedade que valoriza a carreira profissional em deterimento dos "bons custumes e da familia" (atenção, não sou nenhum conservador moralista) e da qualidade de vida. Quantos de vós não têm mais de 30 anos e ainda não têm namorado(a) porque o número excessivo de horas dedicadas ao trabalho não o permite? E mesmo que tenham vida familiar, não acredito que essa possa ter grande qualidade: 8 horas diárias + 1 hora para almoço + 2 horas transportes = 11 horas diárias fora de casa + 8 horas de sono, sobram 5 horas para a familia, para ir ao café com os amigos, para ir ao cinema, ao parque, à praia, ao shopping, etc. Na minha opinião, não chega... Num mundo em que cada vez de ganha menos, cada vez somos menos explorados no emprego, onde há cada vez mais stress, em que as mulheres querem ser cada vez mais independentes, pergunto eu: e a qualidade de vida? Será que vale a pena tudo isto?

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                                                      #27
                                                      Originalmente Colocado por Vilina Ver Post
                                                      Eu e o meu marido também já pensamos nisso.
                                                      O problema é que entramos na aventura de fazer uma casa. E isso tem trazido muitas despesas extras, mesmo tendo em conta a prestação do banco. E temos medo que com o filho, não consigamos suportar as despesas.
                                                      Uma coisa é certa até as crianças entrar para a escola é facil mante-las e dá para estar em casa com elas. Mas depois obrigatoriamente teria que arranjar um trabalho para conseguir dar conta das despesas deles e mais da casa.
                                                      Já fizeste as contas aplicadas ao teu caso pessoal? Como te disse, eu e a minha esposa fizemos e chegamos à conclusão que ter um puto na cresce e estar a trabalhar tem um custo mensal de 600 a 700€. A não ser que ganhas bem mais que isto estarás a perder dinheiro (já não falo da qualidade vida). Além disso, não me parece fazer sentido nenhum uma mãe não estar com o filho quase todo o dia antes dele fazer 3 anos. O que eu e a minha esposa vamos fazer é manter o miudo com ela em casa e quando ele fizer 3 ou 4 anos vai para o infantário. Aí a mãe procura emprego. Antes não vale a pena...

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                                                        #28
                                                        Originalmente Colocado por marcoaraujo Ver Post
                                                        Já fizeste as contas aplicadas ao teu caso pessoal? Como te disse, eu e a minha esposa fizemos e chegamos à conclusão que ter um puto na cresce e estar a trabalhar tem um custo mensal de 600 a 700€. A não ser que ganhas bem mais que isto estarás a perder dinheiro (já não falo da qualidade vida). Além disso, não me parece fazer sentido nenhum uma mãe não estar com o filho quase todo o dia antes dele fazer 3 anos. O que eu e a minha esposa vamos fazer é manter o miudo com ela em casa e quando ele fizer 3 ou 4 anos vai para o infantário. Aí a mãe procura emprego. Antes não vale a pena...
                                                        O que eu ganho actualmente no meu part-time não compensa trabalhar e deixar o meu filho no infantário.
                                                        Mas por outro lado a minha sogra já disse que quando eu e o meu marido decidissemos ter um filhote que ela vinha para a reforma e que teria todo o gosto de ficar com ele. E assim evitavamos de pagar infantário. Por isso daría para eu continuar a trabalhar em part-time porque teria quem tomasse conta de um filho. O problema que se levanta é que quando eu engravidar o mais provavel é que perca o trabalho que tenho, pois eles não vão querer estar tanto tempo sem uma funcionaria, já que eu sou responsavel por um posto de colheitas de analises clinicas.

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                                                          #29
                                                          Originalmente Colocado por Vilina Ver Post
                                                          Mas ao ir para longe ia estar adiar outros planos que tenho com o meu marido, como por exemplo um filhote. Não sei se ia aguentar estar longe da minha familia. Quando estava sozinha não me importava de ir à aventura, mas acho que o destino preparou tudo para que eu estivesse em casa na altura que o meu pai ficou doente e faleceu, porque assim pode estar ao lado dele nos ultimos dias de vida. A minha irmã vai agora entrar para a universidade e se eu sair perto da minha mãe ela vai ficar muito sozinha.
                                                          Há muita coisa que me prende.

                                                          Será que a realização profissional mais importante que a estabilidade emocional?

                                                          Às vezes também penso: "Será, que é mesmo isto que eu quero?? Passar o resto da minha vida a fazer sempre a mesma coisa, ainda por cima num ambiente fechado de um laboratório?" Acho que se calhar há outras profissões que me poderiam realizar profissionalmente.

                                                          Na altura que terminei o 12º ano, deveria ter pensado melhor o que queria fazer da minha vida, deveria ter optado por uma licenciatura que me desse mais liberdade de escolha a nivel profissional. Mas na altura estava inclinada para a area da saude e achei que area das analises clinicas seria uma boa aposta.

                                                          Enfim... são decisões que se tomam e que agora tenhos de arcar com as consequências.
                                                          É tudo uma questão de definir as prioridades.

                                                          Pessoalmente, e ao contrário do marcoaraujo, acho que mesmo que apenas sobre 100€ depois de pagar as despesas do puto a mulher deve ir trabalhar. Isto se tiver uma carreira, se for um trabalho indiferenciado a história já é diferente.

                                                          Quando me casar a minha esposa não irá abdicar da carreira para ficar em casa com o filho. Nem que na altura esteja a perder dinheiro com isso.

                                                          As pessoas precisam de se sentir realizadas consigo mesmas, que moral teria eu para deixar a minha namorada abdicar da carreira dela para a família? Apenas o dinheiro? Nem pensar, eu não o iria fazer se fosse eu a ganhar menos.

                                                          Por isso é que penso que para casar e ter filhos só quando estiver +/- estabilizado em termos de trabalho e ela igualmente. Sendo ideal estarmos perto de casa dos pais, pois eles serão uma ajuda muito grande na educação do neto!

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            Originalmente Colocado por air Ver Post
                                                            É tudo uma questão de definir as prioridades.

                                                            Concordo contigo.

                                                            E acho que cada um deve fazer as opções que o façam sentir-se realizado. Para uns é o trabalho que trás a realização pessoal para outros é o bem estar da familia.

                                                            Eu queria tentar arranjar uma forma de conciliar as duas coisas. Não sei se vai ser possivel, mas queria tentar.

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