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Será que os Portugueses ganham demasiado?

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    [Economia] Será que os Portugueses ganham demasiado?

    Por mais estranha que a pergunta possa parecer, a verdade dos números mostra que talvez a resposta seja "sim". Pelo menos é o que diz este artigo de opinião que, à primeira vista, me parece muito bem conseguido.

    A gestão dos salários

    11/09/09 00:01 | Daniel Amaral

    O rendimento disponível das famílias portuguesas é de 118 mil milhões de euros, números de 2008.
    Divididos pelos 10,6 milhões de pessoas, dá cerca de 11 mil euros ‘per capita', menos de 800 euros por mês. Acresce que a distribuição é terrivelmente injusta e, quando chega a hora de fazer as contas, os mais pobres só sobrevivem enganando a fome. Já o revelámos aqui: 18% da população vive com menos de 400 euros/mês, uma miséria.
    Mas o fenómeno tem outras leituras. Daqueles 118 mil milhões, 83 são rendimentos do trabalho, e este valor equivale a 50% de toda a riqueza produzida. O problema é que, ao olharmos para os nossos parceiros europeus, verificamos que os salários deles não chegam a 48% do PIB. E até a Espanha e a Alemanha, principais destinos das exportações portuguesas, têm valores inferiores. A conclusão arrepia: os salários de miséria são afinal altos de mais.
    É importante explicar porquê. Uma análise aos últimos cinco anos revela que os salários sempre cresceram mais do que a inflação e, nalguns casos, até mais do que a conjugação dos preços com a produtividade. E 2008 reivindicou a cereja no bolo: com a economia estagnada e a produtividade a cair, os salários aumentaram 3,4%! Há quem desvalorize estes números e lhe chame acção social; eu chamo-lhe acelerador de falências.
    Claro que isto se repercute na vida das empresas, sejam exportadoras ou não. No primeiro caso, não conseguem competir na ordem externa - as exportações baixam. No segundo, não conseguem competir na ordem interna - as importações sobem. O resultado final é um múltiplo atentado ao país: caem o investimento e a produção, disparam o desemprego e o endividamento. Como é que ainda ninguém reparou?
    Como se vê, temos aqui um paradoxo: os salários de miséria... são altos de mais. O choque, que se adivinha terrível, vai ocorrer lá para o final do ano, gerido por um Governo previsivelmente minoritário no Parlamento. Adivinho o pior: o Executivo apelará ao realismo dos sindicatos; as oposições cantarão loas ao "social" e serão todas contra. A questão central fica de pé: como é que se explica a uma pessoa com menos de 400 euros que a solução para a crise está na redução dos salários?
    A palavra aos políticos.

    fonte: A gestão dos salários | Económico

    #2
    Eu se fosse ao Daniel Amaral entregava os rendimentos todos ao patrão ou ao estado. Assim já dormia de consciência tranquila.

    Comentário


      #3
      Resta saber que parte da população é que anda a subir a média 'per capita'. Não me parece que sejam os que ganham 400€.

      Logo, a esta questão,

      A questão central fica de pé: como é que se explica a uma pessoa com menos de 400 euros que a solução para a crise está na redução dos salários?

      a ser levada a sério, só se pode responder, que não se explica. A baixar os salários, baixem a quem ganha para cima de 10.000€, como muito administrador público e outras sanguessugas que por aí andam. Que uma baixa desses salários dá para dar o salário mínimo a muita gente.

      Comentário


        #4
        Originalmente Colocado por Movyk Ver Post
        Resta saber que parte da população é que anda a subir a média 'per capita'. Não me parece que sejam os que ganham 400€.

        Logo, a esta questão,

        A questão central fica de pé: como é que se explica a uma pessoa com menos de 400 euros que a solução para a crise está na redução dos salários?

        a ser levada a sério, só se pode responder, que não se explica. A baixar os salários, baixem a quem ganha para cima de 10.000€, como muito administrador público e outras sanguessugas que por aí andam. Que uma baixa desses salários dá para dar o salário mínimo a muita gente.
        Desta vez estamos de acordo Acho que não há grande margem de interpretação para esta opinião jornalística.

        Comentário


          #5
          Originalmente Colocado por Sweden Ver Post
          ......... produtividade ..........
          .............

          Comentário


            #6
            suponho que sim...cada vez se vêem mais carros na estrada diariamente...

            Comentário


              #7
              Originalmente Colocado por Movyk Ver Post
              Resta saber que parte da população é que anda a subir a média 'per capita'. Não me parece que sejam os que ganham 400€.

              Logo, a esta questão,

              A questão central fica de pé: como é que se explica a uma pessoa com menos de 400 euros que a solução para a crise está na redução dos salários?

              a ser levada a sério, só se pode responder, que não se explica. A baixar os salários, baixem a quem ganha para cima de 10.000€, como muito administrador público e outras sanguessugas que por aí andam. Que uma baixa desses salários dá para dar o salário mínimo a muita gente.
              Precisamente! O Daniel Amaral "esqueceu-se" que os ordenados representam 50% do PIB talvez porque haja dois ou três sujeitos que sozinhos sugam 10%... Interessava ver o desvio padrão dessa média de 800 euros/mês. Quer-me parecer que não seria pequeno.
              De qualquer forma, acho que aumentos de ordenado acima da inflação dão barraca e nesse aspecto dou razão ao artigo.

              Comentário


                #8
                A diferença entre Portugal e o resto da UE é o peso do nº de funcionários públicos no conjunto da população activa.

                Há subemprego na função pública, fraquíssima produtividade e salários e pensões obscenas.

                Em contrapartida, as empresas são obrigadas a esmagar salários dos trabalhadores para se manterem competitivas face à concorrência externa.

                Esse é o cancro da nossa economia, e não é preciso fazer o raciocínio do Daniel Amaral para se chegar a essa conclusão.
                Pelo contrário, partindo dessa certeza, é interessante validá-la com os nºs do Daniel Amaral.

                O mais curioso é a retorcida pergunta que ele formula: não é o operário dos 400€ a quem tem que se explicar o problema - é ao pensionista dos 6000€ ou 10000€, ao "alto funcionário público" dos 7000€ e à multidão de avençados no Estado, que não contam para as estatísticas e mamam da mesma forma.

                O desgraçado que trabalha para a empresa privada - assim como o gestor privado que ganha um salário "obsceno" de 5000€ - é que são a pedra basilar do sistema e os primeiros a ser penalizados pelas "políticas sociais mais justas".

                Comentário


                  #9
                  Este texto é hilariante!!!

                  Começa por dizer e bem que os salários são baixos mas depois mete os pés pelas mãos e junta alhos e bugalhos!!!

                  Os salários, pelos dados que apresenta, contam pouco menos lá fora do que cá. Se atendermos a que os salários no resto da Europa são bastante mais elevados, só podemos tirar a conclusão que o que é feito em PT é feito, como já disseram acima, com pouca produtividade, mas acima de tudo não traz grande valor acrescentado! E aí está o busílis da questão, só conseguiremos penetrar nos mercados exteriores com produtos de qualidade e inovadores!

                  Agora a maneira como chega à conclusão de que os salários são altos demais é um mistério, tira as ideias da cartola mas não as explica! Está certamente a esquecer-se que há muita gente a ganhar muito bom dinheiro, tendo malta a 400€ nos seus quadros!

                  Fartos de Economistas destes já estamos fartos, o futuro é na direcção oposta: salários decentes, aposta na formação, produtos inovadores, com qualidade e com MUITO valor acrescentado! Enquanto tivermos gente a pensar assim à frente das empresas simplesmente vamos ficando para trás.

                  Já agora espreitem este "blog", apesar de ser de Esquerda (com todos os prós e contras que lhe estão associados), aponta alguns dados concretos e refere lá este Sr. Daniel...
                  Editado pela última vez por cuica; 11 September 2009, 01:45.

                  Comentário


                    #10
                    Originalmente Colocado por cuica Ver Post
                    Este texto é hilariante!!!

                    Começa por dizer e bem que os salários são baixos mas depois mete os pés pelas mãos e junta alhos e bugalhos!!!

                    Os salários, pelos dados que apresenta, contam pouco menos lá fora do que cá. Se atendermos a que os salários no resto da Europa são bastante mais elevados, só podemos tirar a conclusão que o que é feito em PT é feito, como já disseram acima, com pouca produtividade, mas acima de tudo não traz grande valor acrescentado! E aí está o busílis da questão, só conseguiremos penetrar nos mercados exteriores com produtos de qualidade e inovadores!

                    Agora a maneira como chega à conclusão de que os salários são altos demais é um mistério, tira as ideias da cartola mas não as explica!

                    Fartos de Economistas destes já estamos fartos, o futuro é na direcção oposta: salários decentes, aposta na formação, produtos inovadores, com qualidade e com MUITO valor acrescentado! enquanto tivermos gente a pensar assim à frente das empresas simplesmente vamos ficando para trás.

                    Já agora espreitem este "blog", apesar de ser de Esquerda (com todos os prós e contras que lhe estão associados), aponta alguns dados concretos e refere lá este Sr. Daniel...
                    A ideia era mesmo conseguir exportar qualquer coisa... mas o quê?

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por VorsprungDurchTechnik Ver Post
                      A diferença entre Portugal e o resto da UE é o peso do nº de funcionários públicos no conjunto da população activa.

                      Há subemprego na função pública, fraquíssima produtividade e salários e pensões obscenas.

                      Em contrapartida, as empresas são obrigadas a esmagar salários dos trabalhadores para se manterem competitivas face à concorrência externa.

                      Esse é o cancro da nossa economia, e não é preciso fazer o raciocínio do Daniel Amaral para se chegar a essa conclusão.
                      Pelo contrário, partindo dessa certeza, é interessante validá-la com os nºs do Daniel Amaral.

                      O mais curioso é a retorcida pergunta que ele formula: não é o operário dos 400 a quem tem que se explicar o problema - é ao pensionista dos 6000 ou 10000, ao "alto funcionário público" dos 7000 e à multidão de avençados no Estado, que não contam para as estatísticas e mamam da mesma forma.

                      O desgraçado que trabalha para a empresa privada - assim como o gestor privado que ganha um salário "obsceno" de 5000 - é que são a pedra basilar do sistema e os primeiros a ser penalizados pelas "políticas sociais mais justas".
                      Claro q sim, a razão de todas as maleitas há-de sempre ser o cancro do funcionalismo público, q tem sido o saco de pancada predilecto de vários governos, pq são trabalhadores por conta de outrem q tem mais dificuldade nas "ginásticas" de IRS, e, ao mesmo tempo são o suspeito do costume qd as estatísticas nos desfavorecem...mesmo q sejamos os funcionários q mais tempo teem q trabalhar por ano para pagar impostos. Aliás, no ano de 2008 o funcionário público português teve q trabalhar até ao dia 22 de Maio do ano exclusivamente p impostos, cerca de 120% acima da média europeia...
                      Dando o meu exemplo: trabalho à 15 anos e tenho um vencimento de 1230 euros...com sorte recebo 1000 euros limpos... O meu salário, tirando a inflação, não teve qq evolução nos últimos 6 anos, por mais cursos, formação em serviço, pós-graduações q faça a título pessoal e por mais q me aplique no meu trabalho, já sei q nada acontecerá pq està tudo congelado em termos de progressoes. No privado tb é assim? E as gestões privadas empresariais dos hospitais, por exemplo, q pagam mais 20 ou 30% sobre salário a profissionais baseados em avaliações mensais viciadas em q toda a gente tem avaliação superior a 14 na escala de 0 a 20 para não perderem a "benesse" é essa gestão privada q falam q dá lucro e faz a economia crescer e o país evoluir? Não me parece...

                      Comentário


                        #12
                        Mas os privados não pagam o mínimo que precisam de pagar para obterem o maximo que puderem obter?

                        Eu, pelo menos, vejo assim. Não vejo ninguém a pagar 1000, quando arranja o mesmo funcionário por 500...

                        Comentário


                          #13
                          Isto em Portugal temos realmente um problema muito grande a analisar números.

                          Os números que deveriam ser exactos, cada um analisa os números como quer e bem entende, desde que sirva os seus argumentos.


                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por Spinnaker Ver Post
                            A ideia era mesmo conseguir exportar qualquer coisa... mas o quê?
                            Queres que te diga muito a sério?
                            Estou a seguir de perto um projecto ENORME para Portugal, de nível mundial, ao qual espero vir a dar o meu contributo e que vai ser anunciado em breve.
                            Os mentores do projecto acreditam de tal maneira nas capacidades dos Portugueses que vão investir mesmo muito dinheiro, esperando que muitas empresas se internacionalizem com os seus contactos e apoios e muitas outras sejam criadas!
                            Um dos "advisors" saiu-se com esta frase: oil is “found” in the mind, not in the ground!
                            Preciso de dizer mais alguma coisa?

                            Comentário


                              #15
                              Originalmente Colocado por Spinnaker Ver Post
                              Mas os privados não pagam o mínimo que precisam de pagar para obterem o maximo que puderem obter?

                              Eu, pelo menos, vejo assim. Não vejo ninguém a pagar 1000, quando arranja o mesmo funcionário por 500...
                              As coisas não são tão simples assim, vou explicar com recurso a um exemplo:
                              um soldador é um trabalhador especializado e muito solicitado. Por 500€ arranjas um que sabe "soldar portões de quintas e tirar crostas do c*", como diria o Ribeiro da Costa, meu professor de Soldadura.
                              Por 1000€ arranjas um tipo que faz trabalhos porreiritos, solda um tubito aqui, outro acolá, estraga muito material, faz umas coisitas de gás e tal...
                              De 1500€ para cima arranjas um gajo jeitoso, que já sabe fazer umas coisas...
                              De 2500€ para cima arranjas malta que já fez refinarias nos EUA, em França, nos UAE...sim, vês soldadores a chegarem à Refinaria de Mercedes novinho em folha e todo pago!
                              Percebes o que quero dizer?
                              Por mais que queiras, não consegues ter alguém altamente especializado a trabalhar para ti por 500€...e é isso que faz falta ao país!
                              O modelo da tshirt a 1€ não funciona, os Chineses fazem-nas a 0,10€!!!!
                              Nós temos de produzir peças para foguetões mais baratas e melhores que um Alemão ou Francês!!!

                              Comentário


                                #16
                                Originalmente Colocado por manucas
                                Claro q sim, a razão de todas as maleitas há-de sempre ser o cancro do funcionalismo público, q tem sido o saco de pancada predilecto de vários governos, pq são trabalhadores por conta de outrem q tem mais dificuldade nas "ginásticas" de IRS, e, ao mesmo tempo são o suspeito do costume qd as estatísticas nos desfavorecem...mesmo q sejamos os funcionários q mais tempo teem q trabalhar por ano para pagar impostos. Aliás, no ano de 2008 o funcionário público português teve q trabalhar até ao dia 22 de Maio do ano exclusivamente p impostos, cerca de 120% acima da média europeia...
                                Dando o meu exemplo: trabalho à 15 anos e tenho um vencimento de 1230 euros...com sorte recebo 1000 euros limpos... O meu salário, tirando a inflação, não teve qq evolução nos últimos 6 anos, por mais cursos, formação em serviço, pós-graduações q faça a título pessoal e por mais q me aplique no meu trabalho, já sei q nada acontecerá pq està tudo congelado em termos de progressoes. No privado tb é assim? E as gestões privadas empresariais dos hospitais, por exemplo, q pagam mais 20 ou 30% sobre salário a profissionais baseados em avaliações mensais viciadas em q toda a gente tem avaliação superior a 14 na escala de 0 a 20 para não perderem a "benesse" é essa gestão privada q falam q dá lucro e faz a economia crescer e o país evoluir? Não me parece...
                                Here we go again!

                                Ok. Por força do outro tópico, sei qual o teu sector de actividade.
                                Esquecendo esse factor e o mérito da profissão (que é enorme), responde-me às seguintes questões:

                                1. O teu trabalho pode ser importado?

                                2. O teu trabalho pode ser exportado?

                                3. É o trabalho desenvolvido pelos funcionários públicos que vão aumentar as exportações ou combater as importações? Contribuem directamente para a competitividade da economia?

                                (Numa economia de mercado, a função pública tem um papel fundamental no desempenho do"welfare state", mas não garante por si só a subsistência do sistema.
                                No limite - e numa economia da nossa dimensão não estamos longe, viveríamos exclusivamente de importações. Sem qualquer termo de troca com o exterior. Se não temos rendimentos do exterior, como se pagam as dívidas contraídas pelo que importamos?)

                                4. O funcionário por conta de outrem - desde o porteiro ao Pres. Conselho Administração - fogem ao fisco de que maneira? Não há obrigatoriedade de retenção do IRS na fonte? Seg. Social idem aspas?

                                (Ok, há "informalidade" com salários por fora e consequente fuga ao fisco numas quantas micro e pequenas empresas. Mas, ao contrário do que se possa pensar, actualmente a informalidade encontra-se mais nas zonas de influência estatal - negociatas com obras públicas, concursos de fornecimento, etc., etc - do que propriamente na pequena e média empresa. O pequeno comércio tem mais informalidade que o tecido empresarial de média dimensão).

                                4. Qual é a tua percepção do nível salarial nas empresas privadas? E as actualizações anuais? O sistema de assistência na saúde dos funcionários públicos aplica-se aos privados? A precaridade do emprego vs. a garantia de um quadro público, quanto vale?

                                Originalmente Colocado por Citação
                                Os trabalhadores do Estado ganham salários «claramente acima dos seus congéneres do sector privado».


                                Esta é a principal conclusão do estudo do Banco de Portugal «Salários e Incentivos na Administração Pública em Portugal», que revela ainda que o diferencial entre o salário médio da Administração Pública e o salário do sector privado para trabalhadores com as mesmas funções aumentou de 50 para 75%, entre 1996 e 2005, escreve a Lusa.

                                Se a referência for a remuneração horária, então esse diferencial é ainda maior. «Isto acontece porque, no sector privado, onde é menor a assimetria e dispersão salarial, o tempo médio de trabalho é mais longo», adianta o Banco de Portugal.

                                O documento diz ainda que a proporção dos funcionários públicos que dizem ter educação universitária ronda os 50%, contra os 10% no sector privado.

                                Sobre os rendimentos dos funcionários públicos, o documento indica que trabalhadores em início de carreira foram os mais beneficiados pelos aumentos ocorridos no período 1996/2005, verificando-se uma quebra de prémios à medida que se passa dos escalões mais baixos para os superiores, face aos privados.

                                «O aumento do prémio salarial no sector público para os licenciados no início da carreira é explicado, em particular, por um acréscimo da oferta destes trabalhadores dirigida ao sector privado, que terá sido acomodado por mudanças na respectiva estrutura do emprego e por um ajustamento em baixa do salário à entrada», realça o estudo.

                                Mais. Os funcionários públicos têm, em média, um ritmo de progressão na carreira «mais lento do que os seus congéneres do sector privado», o que acontece devido «a um impacto negativo na sua motivação».

                                Recorde-se que a Administração Pública empregava, nessa década, cerca de um quinto da mão-de-obra nacional.
                                Fonte:IOL Diário - Salários pagos pelo Estado muito acima dos privados
                                Data: 16-07-2009

                                Comentário


                                  #17
                                  A Média é um indicador estatístico "falso"...influenciada pelos valores extremos..

                                  Eliminem os outliers ou coloquem um intervalo de confiança para a média ou acrescentem o desvio padrão como alguém frisou..

                                  No minha aldeia vivem 3 pessoas..

                                  um ganha €2000
                                  um ganha €500
                                  um ganha €500

                                  A média do salário da minha aldeia é de €1000

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                                    #18
                                    Originalmente Colocado por VorsprungDurchTechnik Ver Post
                                    Here we go again!

                                    Ok. Por força do outro tópico, sei qual o teu sector de actividade.
                                    Esquecendo esse factor e o mérito da profissão (que é enorme), responde-me às seguintes questões:

                                    1. O teu trabalho pode ser importado?

                                    2. O teu trabalho pode ser exportado?

                                    3. É o trabalho desenvolvido pelos funcionários públicos que vão aumentar as exportações ou combater as importações? Contribuem directamente para a competitividade da economia?

                                    (Numa economia de mercado, a função pública tem um papel fundamental no desempenho do"welfare state", mas não garante por si só a subsistência do sistema.
                                    No limite - e numa economia da nossa dimensão não estamos longe, viveríamos exclusivamente de importações. Sem qualquer termo de troca com o exterior. Se não temos rendimentos do exterior, como se pagam as dívidas contraídas pelo que importamos?)

                                    4. O funcionário por conta de outrem - desde o porteiro ao Pres. Conselho Administração - fogem ao fisco de que maneira? Não há obrigatoriedade de retenção do IRS na fonte? Seg. Social idem aspas?

                                    (Ok, há "informalidade" com salários por fora e consequente fuga ao fisco numas quantas micro e pequenas empresas. Mas, ao contrário do que se possa pensar, actualmente a informalidade encontra-se mais nas zonas de influência estatal - negociatas com obras públicas, concursos de fornecimento, etc., etc - do que propriamente na pequena e média empresa. O pequeno comércio tem mais informalidade que o tecido empresarial de média dimensão).

                                    4. Qual é a tua percepção do nível salarial nas empresas privadas? E as actualizações anuais? O sistema de assistência na saúde dos funcionários públicos aplica-se aos privados?
                                    Antes de mais deixa-me desmistificar o seguinte, fruto de falar sem conhecer: não existe qq mais valia, neste momento em pertencer à ADSE...temos comparticipações menores e benefícios mais reduzidos em mtas áreas em relação à Segurança Social...para os descontos q efectuamos. E quem disser o contrário não conhece a realidade. Não estou a falar de sub-sistemas como ADME ou CGD, q esses não conheco. Mas comparem por exemplo c as regalias do SAMS...

                                    Respondendo às tuas questões 1 e 2
                                    Que visão tão simplista! Na tua óptica só as imports e exports fazem a riqueza de um país...como essa produtividade é obtida, a assiduidade, a saúde ocupacional, a taxa de incapacidade temporária, "baixas médicas", acidentes no trabalho,...menosprezavel, portanto.
                                    E o trabalho intelectual, mesmo no ramo da saúde, não gera riqueza ao país
                                    ?

                                    4. Pq é q eu, sendo funcionário público não posso meter um computador pessoal para formação dedutivel em IRS, e se fôr dono de um restaurante (q tb sou...) posso meter 3? E pq é q, se tenho q fazer mais 30 ou 40 horas por mês para além do meu horário normal trabalho q não me são pagas e ficam numa bolsa de horas nem sequer posso meter a gasolina da deslocação para um hospital para assegurar o seu normal funcionamento e se fôr um pequeno empresário posso meter frota? E exemplos não faltam, da maravilha q é ser funcionário público...

                                    5. E se conheces ou podes apontar múltiplos exemplos de despesismo público, q os há, podemos estar a esgrimir exemplos toda a noite, de painéis solares, energias renováveis, carros...q são adquiridos pelas PME e q vão parar às casas particulares dos seus gestores.. Como dos presidentes de Câmara, é claro.

                                    6. O artigo q referes é relativo a uma década de exageros. Vai procurar progressão salarial da Função Pública a partir de 2005...eu sei qt ganham os assalariados das empresas ligadas ao ramo da saúde. Já te referi q entre 20 a 30% mais q eu, com mais anos de profissão. Não conheco outras realidades. Mas faço-te a pergunta de outra forma: qtas empresas privadas congelaram os salários dos seus profissionais nos últimos 6 anos?
                                    Será q qq trabalhador privado, se fizer 54 ou 70 horas por semana não tem igualmente um bom salário? Vamos comparar valor/hora? Eu ganho menos de 8 euros à hora mas pago 40 por 1 hora de mão de obra numa oficina...ou 50 por um picheleiro a casa...e se oferecer 800 euros já com descontos na minha empresa aos desempregados das empresas têxteis e recebo como resposta q não querem, só querem q lhes assine o papel comprovativo em como estão a procurar emprego...são esses e os seus patrões q geram riqueza?

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                                      #19
                                      Originalmente Colocado por manucas Ver Post

                                      Nem sequer posso meter a gasolina da deslocação para um hospital para assegurar o seu normal funcionamento e se fôr um pequeno empresário posso meter frota?

                                      5. E se conheces ou podes apontar múltiplos exemplos de despesismo público, q os há, podemos estar a esgrimir exemplos toda a noite, de painéis solares, energias renováveis, carros...q são adquiridos pelas PME e q vão parar às casas particulares dos seus gestores.. Como dos presidentes de Câmara, é claro.
                                      Um funcionário público não pode ter uma PME?
                                      Em que é que é diferente de um trabalhador por conta de outrem?
                                      Afinal estamos a comparar o que com o que?

                                      Trabalhadores por conta de outrem vs funcionario publico
                                      ou
                                      trabalhadores por conta própria vs funcionários publicos?

                                      Além de que estes têm todos direito ao SNS e os funcionários públicos já têm direito á ADSE, que, não comparando com SAMS ou ADMs, é melhor que simplesmente SNS, ou não???
                                      Ate porque seguros de saúde estão ao alcance de todas estas posições, haja dinheiro...

                                      Em relação á parte a bold, vou só falar do que conheço, mas, normalmente, numa PME, o gestor da empresa é o dono da empresa. Então, se é o dono da empresa, e se adquire um carro em nome da SUA empresa, o carro não será seu? para seu usufruto?

                                      Qual será a dúvida disto? E onde é que isto é despesismo público? o Estado paga alguma coisa ao dono da PME por este adquirir um carro? É ao contrário, se for comercial não paga IVA, se for de passageiros tem uma redução do IVA, mas paga sempre o ISV!!!

                                      Não estou a ver onde é que isto é despesismo público!!!
                                      Editado pela última vez por Spinnaker; 11 September 2009, 04:42.

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                                        #20
                                        Um funcionário público é sempre, em termos fiscais um trabalhador por conta de outrem. Como o funcionalismo público foi cá chamado como exemplo de enterrar o país, eu salientei q o funcionário público, està mt mais amarrado e susceptível à ganância de políticas q e empresário/trabalhador independente, q consegue manusear mt melhor a declaração do q ganha, do q gasta,... O trabalhador q recebe do Estado até pode ganhar uma exorbitância ou ter uma reforma príncipesca... Mas tem q o declarar. Já o gestor privado...
                                        Então para ti, situações em q se investe em carros no nome da empresa e q depois são p uso familiar, ou investir em energias renováveis p empresa e colocá-las na sua habitação, é compreensível...afinal é o patrão!
                                        Já agora reter as contribuições da segurança social alegando q precisavam de investir p modernizar a empresa (como foi moda em mta PME) tb se justifica...gera riqueza. O pior é qd o trabalhador fica a arder c o dito sacrifício...
                                        Outro exemplo perfeitamente injusto: um funcionário público q opte por não descontar 4 ou 5 anos/trabalhar até aos 65 anos arrisca-se a ter perdas na sua reforma q vão quase até 30% da mesma. Mas a empresa privada faz acordos c o seu trabalhador de 55 ou 60 anos, paga-lhe X e coloca-o no fundo desemprego uns anitos...no final desse período o trabalhador recebe uma reforma c perdas quase residuais... Infelizmente a função pública só despede por justa causa e não posso fazer acordo c patrão para me vir embora ou ser despedido c indemnização...

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                                          #21
                                          não tenho neste momento paciencia para ler o tópico, cheguei agora de trabalhar e tou sem cabeça, mas posso responder por mim: ganho demasiadamente mal.

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                                            #22
                                            Originalmente Colocado por manucas Ver Post
                                            Outro exemplo perfeitamente injusto: um funcionário público q opte por não descontar 4 ou 5 anos/trabalhar até aos 65 anos arrisca-se a ter perdas na sua reforma q vão quase até 30% da mesma. Mas a empresa privada faz acordos c o seu trabalhador de 55 ou 60 anos, paga-lhe X e coloca-o no fundo desemprego uns anitos...no final desse período o trabalhador recebe uma reforma c perdas quase residuais... Infelizmente a função pública só despede por justa causa e não posso fazer acordo c patrão para me vir embora ou ser despedido c indemnização...
                                            Então e o funcionário público que ia para a reforma com 52/53 anos (conheço alguns casos de professores assim) a ganhar ainda mais do que recebiam a trabalhar? Era justo? Felizmente já não é assim.

                                            A função pública só despede com justa causa, sendo muito difícil em Portugal arranjar uma justa causa, e dizes "infelizmente"? Até costumo ouvir o contrário dos funcionários públicos, que não há despedimentos...

                                            Em todas as classes há bons e maus profissionais, mas tens de admitir que as regalias e facilidades que existem/existiam na FP não levava a que todos se esforçassem ao máximo.

                                            E se é tão mau a FP, porque é que os teus colegas ligados à saúde, mesmo que haja oportunidades no privado querem sempre manter seguro o seu lugar na FP?

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                                              #23
                                              Originalmente Colocado por manucas Ver Post
                                              ...

                                              Então para ti, situações em q se investe em carros no nome da empresa e q depois são p uso familiar, ou investir em energias renováveis p empresa e colocá-las na sua habitação, é compreensível...afinal é o patrão!
                                              Já agora reter as contribuições da segurança social alegando q precisavam de investir p modernizar a empresa (como foi moda em mta PME) tb se justifica...gera riqueza. O pior é qd o trabalhador fica a arder c o dito sacrifício...
                                              Mas quem é que faz o investimento? Então achas lógico comprar um carro em nome individual e depois usa-lo em prol da empresa? assim já tem mais lógica???

                                              Olha, na área da saúde acho que isto se coaduna bem:
                                              uma empresa de serviços médicos, pertença de um medico que dá consultas em varios pontos do país. Compra um carro para deslocações para esses varios pontos onde dá consulta.
                                              Achas que tem de comprar outro para uso pessoal, é isso?

                                              É que não entendo o cerne da questão em relação aos carros!!!

                                              Falares das energias renovaveis também não é boa ideia, porque não são só as PME que têm direito a essas ajudas estatais...


                                              Essa da segurança social nunca tinha ouvido falar, mas, em qualquer dos casos, o trabalhador nunca pode ser prejudicado, nesta situação. Afinal, a obrigação do pagamento da SS não era dele, era da empresa, logo, tem de ser a empresa a prejudicada.

                                              Comentário


                                                #24
                                                Na minha opinião, que não percebo nada de economia, o raciocínio do Daniel Amaral é simples:
                                                a percentagem do PIB absorvida pelos salários em Portugal é superior ao de outros países da Europa, devido à mais baixa produtividade dos trabalhadores nacionais... não se pode dizer que não esteja certo... agora, a solução por ele apontada é a mais fácil, reduzir ordenados.
                                                O que se deveria fazer é aumentar a produtividade de modo a baixar essa percentagem sem diminuir ordenados e se possível até os aumentar, mas esta solução é muito difícil de conseguir. Isto depende não só dos próprios trabalhadores, como também das empresas que devem investir, modernizar-se, formar-se, etc...

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                                                  #25
                                                  O problema do rácio importação Vs exportação é simples. Se apenas compramos coisas vindo do estrangeiro (importação) o nosso dinheiro vai para lá, se eles não nos compram nada (exportação) o nosso dinheiro não volta.

                                                  Ou seja, estamos sempre a ser descapitabilizados -descapitalizados- (esta palavra existe e está bem escrita? ).

                                                  Aumentar as exportações e diminuir as importações era o que deveríamos fazer, para isso estamos com um atraso muito grande...
                                                  Editado pela última vez por air; 11 September 2009, 09:48. Razão: Edit: descapitalizados, obrigado Sweden!

                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    Originalmente Colocado por air Ver Post
                                                    Ou seja, estamos sempre a ser descapitabilizados (esta palavra existe e está bem escrita? ).

                                                    acho que é "descapitalizados"...

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Originalmente Colocado por Sweden Ver Post

                                                      acho que é "descapitalizados"...
                                                      É isso.. Deu uma branca, sabia que não tava bem, mas pronto...

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Sou conservador, mas n posso c este neoliberalismo obsceno!
                                                        Em termos/realidades ligados às ciências sociais, a média é uim conceito inquinado por factores e variáveis manipuladas segundo a "tomada onde se liga a corrente".
                                                        Quanto ao desgraçado do funcionário público, também já chega. Afinal, quantos funcionários públicos, a sério, de carreira, ganham as tais reformas de platina? Desconsiderar, até ofender munindo-se da maior ignorancia e arrogancia, é fácil. Bela desculpa p um tecido empresarial retrógrado, c muito pouca formação e ainda menor ética. Só sso explica opções q passam por contratar tão barato qt o possível, mesmo desbaratando qualquer valor acrescentado e de continuidade. Na volta, são os mesmos patos bravos incultos q, dia sim dia n, no meio dse salpicão e tinto grosseiro, dão nome do tipo q foi p a China dizer p investirem cá, porque tinhamos salários muito baixos, a uma rua lá na terra.
                                                        Neste país ganha-se pobre e tristemente. Ponto final.
                                                        Se o raciocínio sibilante e manhoso q este artigo pretende avançar se tornasse a pedra filosofal, mais valia três quartos deste Planeta "fechar a porta".
                                                        A crise mundial está a passar? Mas quem é q a fez passar? Quem é q o promulgou? Então mas se as doutrinas e as realidades q estiveram na sua origem continuam a fazer escola, quem é q pretendemos enganar? Lá está: são aqueles q vão fechar a porta e entregar as chaves.
                                                        Como dizia o outro: tem juízo, pá...

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Visto Portugal ser o país da UE com maior desigualdade de salários, não me admira que com umas contas básicas o autor chegue a essa conclusão.


                                                          Mas quem o faz não tem a mínima noção de economia e salários praticados em Portugal.

                                                          O problema está no topo, não na base que ganha miseravelmente.

                                                          Esse senhor está-se a esquecer que muitas empresas não aumentaram salários este ano e que os funcionários públicos tiveram os aumentos e progressões congelados durante vários anos.

                                                          O maior descalabro actualmente acontece nos institutos públicos e entidades ligadas ao Estado, que praticamente vivem isolados desta triste realidade, gerindo os aumentos e promoções como bem entenderem.

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            Já quando se falava da crise, se falava que a solução para passar a crise era baixar os salarios.

                                                            No ponto de vista, o que o rapaz (senhor?) diz tem lógica. Mas como os matemáticos dizem, os números mentem. Os senhores das estatisticas dizem que as estatisticas mentem mais (e eu confio no que eles dizem).

                                                            Um salario de 800€ não é um salario baixo. O problema esta no preço das coisas. Um casal que ganhe 1600€ apenas pode dispender 560€ para prestações (35%) do salario. Ora isto para pagar um carro (25000€ - megane) e pagar uma casa (t2 - 100000€) é necessário 18 anos. Isto sem contar com juros e afins (que alonga a coisa para mais uns bons anos).

                                                            Como cada vez mais os empregos são numa área e as residenciais noutra, o transporte publico deixa de ser util. Ai torna-se necessário que cada membro do casal tenha cada um uma viatura. Isto também faz aumentar os gastos mensais (pois é necessário mais despesas com os consumiveis das mesmas).

                                                            Outro facto é que as pessoas licenciadas entram no mercado de trabalho por volta dos 25anos. Infelizmente uma pessoa com formação ou não tem emprego ou tem um emprego muito mal renumerado (ainda a pouco tempo me proposeram 600€ a recibos verdes). Ja tive outros trabalhos e fui muito bem mais renumerado (e a responsabilidade nem chegava a metade).

                                                            O melhor para Portugal seria aumentar os salarios para valores de 1000€ e tal mas isso trazia consigo que a produtividade aumentasse para o dobro (ou triplo) e isso é que as pessoas não vão querer (porque para algumas implica mesmo ter que trabalhar).

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