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Gorbachev: A russia há 20 anos e na actualidade (com vídeo)

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    Gorbachev: A russia há 20 anos e na actualidade (com vídeo)

    Interessante

    BBC NEWS | Europe | Gorbachev: Russia 20 years ago and now

    #2
    Um tópico interessante que curiosamente não foi ainda comentado.

    A Rússia e os russos... um mundo à parte, específico, uma cultura e um povo muito complexo.

    Por acaso ainda não fui à Federação Russa apesar de nem estar muito longe de Moscovo (cerca de 1000 Km).

    E realmente terá mudado muita coisa? Sim e não, digo eu.
    Sim porque a economia de mercado na ex-URSS dos facínoras Lenine e Estaline é um facto consumado e não porque a elite governativa e a corrupção são uma realidade latente.

    Veja-se, por exemplo, o volte-face de Vladimir Putin em relação a ser o próximo presidente da Federação Russa...

    Comentário


      #3
      A Grande Russia terá sempre tendência para ter uma politica interna algo complicada.

      São demasiadas "cores étnicas" para conjugar.

      Já agora, na RTP2 tem dado nas ultimas semanas uma execelnte serie sobre a verdade do Comunismo Soviético.

      Desde o massacre Ucraniano, devido á nacionalização da agricultura aos massacres de Katin, onde prisioneiros Polacos foram massacrados por serem ideologócimante adversos a uma presença Russa na Polónia - não esquecer que a Polónia foi partilhada como espólio de Guerra pela URSS e pela Alemanha de Hitler em 1939-1940.

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        #4
        Originalmente Colocado por Excalibur Ver Post
        A Grande Russia terá sempre tendência para ter uma politica interna algo complicada.

        São demasiadas "cores étnicas" para conjugar.

        Já agora, na RTP2 tem dado nas ultimas semanas uma execelnte serie sobre a verdade do Comunismo Soviético.

        Desde o massacre Ucraniano, devido á nacionalização da agricultura aos massacres de Katin, onde prisioneiros Polacos foram massacrados por serem ideologócimante adversos a uma presença Russa na Polónia - não esquecer que a Polónia foi partilhada como espólio de Guerra pela URSS e pela Alemanha de Hitler em 1939-1940.
        Recentemente os russos finalmente reconheceram a responsabilidade pelo massacre da floresta de Katin - durante décadas isso foi tido como uma teoria da conspiração contra a URSS pois os culpados seriam os nazis, apesar de estes últimos terem sempre acusado os russos e negarem qualquer envolvimento...

        O massacre não foi apenas prisioneiros de guerra mas sim oficiais do exército polaco (seriam substituídos por fantoches), intelectuais, clero, livre-pensadores, em suma parte da elite polaca.
        Editado pela última vez por JorgeCorreia; 21 September 2009, 16:27.

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          #5
          Originalmente Colocado por JorgeCorreia Ver Post
          Recentemente os russos finalmente reconheceram a responsabilidade pelo massacre da floresta de Katin - durante décadas isso foi tido como uma teoria da conspiração contra a URSS pois os culpados seriam os nazis, apesar de estes últimos terem sempre acusado os russos e negarem qualquer envolvimento...

          O massacre não foi apenas prisioneiros de guerra mas sim oficiais do exército polaco (seriam substituídos por fantoches), intelectuais, clero, livre-pensadores, em suma parte da elite polaca.
          A Polónia voltou a ser o ponto de encontro entre os antigos inimigos da segunda guerra mundial, setenta anos após o início da invasão nazi do país.

          O primeiro-ministro russo e a Chanceler alemã deslocaram-se hoje aos arredores de Gdansk para homenagear os combatentes polacos que durante uma semana tentaram resistir aos avanços do exército nazi em 1939.

          A cerimónia, na qual participaram mais de duas dezenas de chefes de Estado e de governo europeus, foi marcada também pela tensão entre a Polónia e a Rússia sobre as diferentes interpretações da segunda grande guerra.

          O primeiro-ministro e o presidente polacos advertiram para o risco de se reescrever a história do conflito, numa alusão às declarações de Putin, que pediu hoje desculpas por meias-palavras.

          “É preciso reconhecer os erros do passado, o parlamento russo condenou o pacto germano-soviético de 1939, mas temos o direito de esperar o mesmo por parte de países que também assinaram acordos com os nazis”, afirmou .

          Nos últimos dias, o presidente russo tinha recusado comparar a violência nazi à do regime soviético, afirmando que o exército vermelho fora uma força de libertação e não de ocupação.

          Angela Merkel mostrou-se mais consensual:

          “Aqui em Westerplatte quero render homenagem, como Chanceler alemã, a todos os polacos que sofreram a violência atroz dos crimes da ocupação nazi”.

          A data da invasão alemã, assinalada pela primeira vez na Polónia tenta assim sarar as feridas da segunda guerra, num momento em que a Rússia contesta a proximidade da NATO e da União Europeia aos países da antiga esfera soviética.
          Em http://pt.euronews.net/2009/09/01/polonia-tenta-sarar-feridas-da-segunda-guerra-mundial/

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            #6
            Originalmente Colocado por JorgeCorreia Ver Post
            Um tópico interessante que curiosamente não foi ainda comentado.

            A Rússia e os russos... um mundo à parte, específico, uma cultura e um povo muito complexo.

            Por acaso ainda não fui à Federação Russa apesar de nem estar muito longe de Moscovo (cerca de 1000 Km).

            E realmente terá mudado muita coisa? Sim e não, digo eu.
            Sim porque a economia de mercado na ex-URSS dos facínoras Lenine e Estaline é um facto consumado e não porque a elite governativa e a corrupção são uma realidade latente.

            Veja-se, por exemplo, o volte-face de Vladimir Putin em relação a ser o próximo presidente da Federação Russa...

            Gostei mesmo foi do vídeo da entrevista ao Gorbachev, até pelas revelações que faz.

            Ele tb comenta as pretensões do Putin.

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              #7
              A queda do muro de Berlim foi um síbolo que assinalou o fim do regime comunista na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Foi o abrir de portas a um mundo novo de liberdade e democracia. Pelo menos era essa a intenção do seu mentor: Gorbachev.
              Ele foi o principal obreiro da mudança efectuada na ex URSS que tanto mudou a vida desses povos como todo o xadrez mundial. O bloco de leste desmoronou-se e surgiram novas repúblicas independentes. O fim da guerra-fria criou uma nova ordem mundial. As palavras «Glasnost» (restauração da economia) e «perestroika» (transparência) fizeram parte da génese dessa mudança que levou a democracia até ao seu povo.
              Contudo, e para seu desconsolo, os seus sucessores Boris Ieltsin, Vladimir Putin e Medvedev transformaram o país num oligarquia gerida pelo dinheiro onde a corrupção e os interesses instalados fizeram da democracia e liberdade letra morta.

              Ieltsin deixou o país num bandalheira total, pois passava mais tempo com os copos do que com a governação. Um conjunto de oligarcas governava a nação em seu próprio proveito. Putin odiava o presidente e toda aquela política que ele achava representar uma humilhação para a grande nação russa.

              Putin sempre foi um fanático pelo KGB (Komityet Gosudarstvennoy Bezopasnosty) e pelas suas histórias e figuras de espionagem da guerra-fria. Também ele se candidatou a ser espião pela pátria. Mais tarde acabou por ser director dos assuntos externos do KGB. Depois enveredou pela carreira política e em 96 foi nomeado director de políticas externas do governo. Em 99 era já o principal ministro da Rússia e no ano seguinte tornou-se presidente da Federação Russa depois de afastar de forma violenta diversos dos seus opositores. Depois modernizou a economia e abriu mais as portas ao exterior, expulsando e mandando prender a maioria dos oligarcas que considera párias vendidos ao dinheiro estrangeiro. Tomou conta dos recursos energéticos do país mandando prender os seus detentores investindo o capital em armamento e domínio das regiões envolventes. Gás e petróleo garantem-lhe um poder sem precedentes. O sonho da grande Rússia à imagem soviética ainda persiste no seu imaginário.

              O seu partido tornou-se praticamente partido único dentro do sistema democrático. Silenciou todas as vozes contra, controlando a comunicação social de massas e as organizações não-governamentais. Usou a democracia como fachada para impor a sua ditadura. O KGB substituído depois do fim da guerra-fria pelo FSB (Serviço Federal de Segurança da Federação Russa), não tem segredos para Putin que o utiliza para intervir onde e como ele bem entende. Para o povo a sua imagem é vendida como se de uma super-estrela se tratasse. Os meios de comunicação social mostram um presidente que inaugura, beija as crianças, sorri, dança com o povo, é afectuoso e acessível. Tornou-se numa imagem popular vendida por toda a parte do império russo. Enfim, uma autêntica ditocracia encoberta pelos media que domina. A democracia não existe e a riqueza chega apenas a uns quantos poucos, pois a maioria da população vive ainda na miséria. Contudo, por detrás desta vedeta esconde-se um ser com um poderio inigualável no mundo, controlando tudo o que quer colocando nos lugares de chefia pessoas da sua confiança pessoal. Os seus tentáculos chegam a toda a parte da nação e exterior.

              A europa tornou-se dependente do gás russo e agora também ela está na mão de Putin. Em 2004 terroristas chechenos invadiram uma escola em Beslan resultando na morte de 186 crianças, sendo que investigações responsabilizam Putin de ter incentivado essa acção terrorista para justificar maior repressão aos rebeldes e povo checheno. Assim, na Chechénia esta figura manda massacrar multidões indiscriminadamente, enquanto na europa os líderes recebem-no com enormes honras de estado e se vergam perante ele porque agora as suas economias são dependentes da Rússia.

              O poderio económico do estado tem alimentado o crescimento militar russo que, segundo muitos analistas, já é novamente o mais poderoso do mundo. Agora a Rússia procura recuperar a sua influência estratégica mundial para voltar a ocupar a posição de primazia e contrapoder que julgam ser deles por direito próprio. Esse sempre foi o sonho de Putin enquanto jovem e que está prestes a tornar-se realidade. Nada nem ninguém conseguiu afastá-lo desse seu objectivo, e quem se opuser é pura e simplesmente eliminado.
              Os serviços secretos eliminam toda a oposição que lhe é feita, havendo uma lista de cerca de uma centena de individualidades a silenciar. Inúmeros jornalistas russos e líderes da Chechénia já o foram. Nem mesmo o anterior presidente Ucraniano escapou ao envenenamento que lhe deformou o rosto e o deixou às portas da morte durante muito tempo. Ucrânia que tem sido manipulada por Moscovo sendo que após o corte de gás efectuado à Ucrânia o presidente caiu e foi substituído pelo testa de ferro pró Moscovita.

              Face à lei de limitação de mandatos consecutivos, em 2008 Putin colocou um fantoche no seu lugar, o actual presidente Medvedev, governando dos bastidores com o seu pulso de ferro. Ao aproximarem-se novas eleições logo ele sairá das sombras e voltará a assumir a presidência para concluir o seu sonho antigo e fazer o volte-face daquilo que ele considera ter sido a humilhação da pátria russa face aos interesses do ocidente.
              Este não era o sonho que Gorbachev iniciara há 20 anos, mas é aquilo que os russos e o mundo têm neste momento.

              (Provavelmente, depois desta minha análise também já devo figurar na lista negra de Putin)

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