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Doença Bipolar

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    Doença Bipolar

    1 - O QUE É A DOENÇA BIPOLAR?
    (Doença Maníaco-Depressiva)

    A Doença Bipolar, tradicionalmente designada Doença Maníaco-Depressiva, é uma doença psiquiátrica caracterizada por variações acentuadas do humor, com crises repetidas de depressão e «mania». Qualquer dos dois tipos de crise pode predominar numa mesma pessoa sendo a sua frequência bastante variável. As crises podem ser graves, moderadas ou leves.
    As viragens do humor, num sentido ou noutro têm importante repercussão nas sensações, nas emoções, nas ideias e no comportamento da pessoa, com uma perda importante da saúde e da autonomia da personalidade.


    2 - QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA DOENÇA BIPOLAR?
    (Definem-se os que caracterizam cada tipo de crise)

    MANIA
    O principal sintoma de «MANIA» é um estado de humor elevado e expansivo, eufórico ou irritável. Nas fases iniciais da crise a pessoa pode sentir-se mais alegre, sociável, activa, faladora, auto-confiante, inteligente e criativa. Com a elevação progressiva do humor e a aceleração psíquica podem surgir alguns ou todos os seguintes sintomas:
    • Irritabilidade extrema; a pessoa torna-se exigente e zanga-se quando os outros não acatam os seus desejos e vontades;
    • Alterações emocionais súbitas e imprevisíveis, os pensamentos aceleram-se, a fala é muito rápida, com mudanças frequentes de assunto;
    • Reacção excessiva a estímulos, interpretação errada de acontecimentos, irritação com pequenas coisas, levando a mal comentários banais;
    • Aumento de interesse em diversas actividades, despesas excessivas, dívidas e ofertas exageradas;
    • Grandiosidade, aumento do amor próprio. A pessoa, pode sentir-se melhor e mais poderosa do que toda gente;
    • Energia excessiva, possibilitando uma hiperactividade ininterrupta;
    • Diminuição da necessidade de dormir;
    • Aumento da vontade sexual, comportamento desinibido com escolhas inadequadas;
    • Incapacidade em reconhecer a doença, tendência a recusar o tratamento e a culpar os outros pelo que corre mal;
    • Perda da noção da realidade, ideias estranhas (delírios) e «vozes»;
    • Abuso de álcool e de substâncias.


    DEPRESSÃO
    O principal sintoma é um estado de humor de tristeza e desespero.
    Em função da gravidade da depressão, podem sentir-se alguns ou muitos dos seguintes sintomas:
    • Preocupação com fracassos ou incapacidades e perda da auto-estima. Pode ficar-se obcecado com pensamentos negativos, sem conseguir afastá-los;
    • Sentimentos de inutilidade, desespero e culpa excessiva;
    • Pensamento lento, esquecimentos, dificuldade de concentração e em tomar decisões;
    • Perda de interesse pelo trabalho, pelos hobbies e pelas pessoas, incluindo os familiares e amigos;
    • Preocupação excessiva com queixas físicas, como por exemplo a obstipação;
    • Agitação, inquietação, sem conseguir estar sossegado ou perda de energia, cansaço, inacção total;
    • Alterações do apetite e do peso;
    • Alterações do sono: insónia ou sono a mais;
    • Diminuição do desejo sexual;
    • Choro fácil ou vontade de chorar sem ser capaz;
    • Ideias de morte e de suicídio; tentativas de suicídio;
    • Uso excessivo de bebidas alcoólicas ou de outras substancias;
    • Perda da noção de realidade, ideias estranhas (delírios) e «vozes» com conteúdo negativo e depreciativo;

    Por vezes o/a doente tem, durante a mesma crise, sintomas de depressão e de «mania», o que corresponde às crises MISTAS.


    3 - QUANTO TEMPO DURA UMA CRISE?
    Varia muito. A pessoa pode estar em fase maníaca ou depressiva durante alguns dias, ou durante vários meses. Os períodos de estabilidade entre as crises podem durar dias, meses ou anos. O tratamento adequado encurta a duração das crises e pode preveni-las.


    4 - É POSSÍVEL PREVER AS CRISES?
    Para algumas pessoas, sim. Umas terão uma ou duas crises durante toda a vida, outras pessoas recaem repetidas vezes em certas alturas do ano (caso não estejam tratadas!). Há doentes que têm mais do que 4 crises por ano (CICLOS RÁPIDOS).


    5 - EM QUE IDADE SURGE A DOENÇA?
    Pode começar em qualquer altura, durante ou depois da adolescência.


    6 - QUANTAS PESSOAS SOFREM DA DOENÇA BIPOLAR (Maníaco-Depressiva)?
    Aproximadamente 1% da população sofrem da doença, numa percentagem idêntica em ambos os sexos.


    7 - QUAL A CAUSA DA DOENÇA?
    Há vários factores que predispõem para a doença, mas o seu conhecimento ainda é incompleto.
    Os factores genéticos e biológicos (na química do cérebro) têm um papel essencial entre as causas da doença, mas o tipo de personalidade e os stresses que a pessoa enfrenta desempenham também um papel relevante no desencadeamento das crises.


    8 - DEPOIS DE UMA CRISE DE DEPRESSÃO OU MANIA
    VOLTA-SE AO NORMAL?

    Em geral, sim. No entanto, devido às consequências dramáticas que as crises podem ter, no plano social, familiar e individual, a vida da pessoa complica-se e perturba-se muito, restringindo de forma marcante a sua capacidade de adaptação e autonomia.
    O tratamento adequado para a prevenção das crises (se são graves e/ou frequentes) é essencial para evitar os muitos riscos inerentes à doença.


    9 - HÁ TRATAMENTO PARA AS CRISES E PARA A DOENÇA BIPOLAR?
    Não há nenhum tratamento que cure a doença por completo. No entanto, há grandes possibilidades de controlar a doença, através de medicamentos estabilizadores do humor, cuja acção terapêutica diminui muito a probabilidade de recaídas, tanto das crises de depressão como de «mania». Os estabilizadores do humor são a Olanzapina, a Lamotrigina, o Valproato, Carbonato de Lítio, Quetiapina, Carbamazepina, Risperidona e Ziprasidona.
    As crises depressivas tratam-se com medicamentos ANTIDEPRESSIVOS ou, em casos resistentes, a elecroconvulsivoterapia. As crises de mania tratam-se com os estabilizadores do humor atrás referidos e com os medicamentos neurolépticos ANTIPSICÓTICOS.
    Naturalmente, o apoio psicológico individual e familiar é um complemento indispensável para o tratamento.
    As crises graves obrigam a tratamento hospitalar em muitos casos.


    10 - PORQUE É TÃO IMPORTANTE A CONSCIENCIALIZAÇÃO DOS DOENTES, DOS FAMILIARES E DE OUTRAS PESSOAS SOBRE A DOENÇA BIPOLAR?
    A noção de doença mental na opinião pública é, em geral, muito confusa e pouco correcta. Verifica-se uma tendência para considerar negativamente as pessoas que sofrem de doenças psiquiátricas e é frequente a ideia de que as doenças mentais são qualitativamente diferentes das outras doenças. É muito comum imaginar que há uma «doença mental» única («a doença mental»), atribuindo às pessoas que tenham sofrido crises, um prognóstico negativo de incurabilidade, aferido erradamente pelos casos de doentes mentais mais graves e crónicos. Por vezes o diagnóstico médico das diferentes doenças psiquiátricas não se faz na altura própria, por variadas razões, e isso acontece, com alguma frequência, na Doença Bipolar.
    O conhecimento, mesmo que simplificado, das características da Doença Bipolar facilita a seu reconhecimento aos próprios (que a sofrem) e aos outros, possibilitando uma maior ajuda a muitas pessoas que carecem de um tratamento médico adequado e de uma solidária compreensão humana.


    O que é a Doença Bipolar
    Têm conhecimento de pessoas com esta doença? Em caso positivo, partilhem a vossa experiência.

    #2


    Vou começar a ler este livro:

    UMA MENTE INQUIETA

    Extraordinário testemunho pessoal de Kay Redfield Jamison, autoridade internacional na doença maníaco-depressiva e uma das poucas mulheres catedráticas em medicina em universidades norte-americanas. É a revelação da sua própria luta, desde a adolescência, com a doença e de como a doença moldou a sua vida.

    Com linguagem vigorosa, directa e franca, com humor e simplicidade, ela leva-nos a penetrar no território fascinante e perigoso dessa forma de loucura – um universo no qual um pólo pode ser a terra sombria e sedutora dominada pelo que Byron chamou de “melancólica estrela da imaginação”, e o outro, um deserto de depressão e, com triste frequência, morte.

    Kay Jamison sofreu o seu primeiro ataque da doença maníaco-depressiva aos dezassete anos. Neste livro poderemos acompanhar a sua guerra contra a doença durante a faculdade, a pós-graduação, durante um apaixonado caso de amor e o desespero da perda, ao longo de episódios de violência, surtos de loucura e a tentativa de suicídio. Vivenciamos o seu medo de renunciar às animações inebriantes e à sua crença firmemente enraizada de que deveria enfrentar a doença sem medicação – medo que a leva a oferecer resistência ao lítio, a droga que acabaria de salvar a sua vida. Finalmente, ela relata o lento e doloroso controlo da sua doença através do conhecimento, da coragem, da medicação e da autodisciplina.

    São memórias comoventes e estimulantes de uma mulher cuja feroz determinação de conhecer o inimigo, de usar os dons do seu intelecto para exercer influência no mundo, a levou a tornar-se antes dos quarenta anos uma autoridade mundial sobre a doença maníaco-depressiva e cujo trabalho ajudou a salvar inúmeras vidas.

    “Um retrato cativante de um cérebro corajoso que oscila entre alturas exultantes e fossas paralisantes.”
    James D. Watson, detentor do Prémio Nobel e autor de The Double Helix
    “O livro de Kay Jamison dominou-me desde a primeira página. Uma mente inquieta sobressai na literatura sobre a doença maníaco-depressiva pela sua coragem, brilho e beleza.”
    Oliver Sacks, autor de Um antropólogo em Marte

    “Os leitores deste livro são transportados, onda após onda, pelo poder de contar histórias de uma escritora, pela sua mente lúcida e consciente de si mesma, pela sua corajosa recusa a abraçar a auto-comiseração. Aqui está um sofrimento psiquiátrico tornado acessível, descrito numa prosa vigorosa, carregada, cativante.”
    Robert Coles, autor de Children of crises: A study of courage and fear

    Comentário


      #3
      há, infelizmente, muita gente a padecer desse mal, e parece que a tendência é de aumentar.
      se o paciente tiver um bom acompanhamento, pode-se "viver".

      conheço um caso pessoalmente, em que a avaliação primária apontava para a bi-polar, sendo depois diagnosticada esquizofrenia. de mais difícil "tratamento"

      Comentário


        #4
        Este filme que gosto muito fala sobre essa doença:

        503615%7EMr-Jones-Posters.jpg

        Comentário


          #5
          Originalmente Colocado por Strider Ver Post
          Este filme que gosto muito fala sobre essa doença:

          [ATTACH]63638[/ATTACH]
          Obrigado Strider. Vou ver.

          Comentário


            #6
            Originalmente Colocado por zombil Ver Post
            há, infelizmente, muita gente a padecer desse mal, e parece que a tendência é de aumentar.
            se o paciente tiver um bom acompanhamento, pode-se "viver".

            conheço um caso pessoalmente, em que a avaliação primária apontava para a bi-polar, sendo depois diagnosticada esquizofrenia. de mais difícil "tratamento"
            Infelizmente aconteceu o mesmo com o meu irmão.
            Inicialmente foi diagnosticado que era bipolar mas neste momento já lhe foi diagnosticada a esquizofrenia.

            É uma doença muito complicada e é muito difícil nós perceberemos o que ele passa e ainda mais difícil para eles perceberem e aceitarem a sua doença.

            Comentário


              #7
              Originalmente Colocado por vsfce Ver Post
              Infelizmente aconteceu o mesmo com o meu irmão.
              Inicialmente foi diagnosticado que era bipolar mas neste momento já lhe foi diagnosticada a esquizofrenia.

              É uma doença muito complicada e é muito difícil nós perceberemos o que ele passa e ainda mais difícil para eles perceberem e aceitarem a sua doença.
              Mas os sintomas da esquizofrenia são semelhantes à bipolaridade?

              Comentário


                #8
                Originalmente Colocado por MS Ver Post
                Mas os sintomas da esquizofrenia são semelhantes à bipolaridade?
                todas as doenças da tola são difíceis de diagnosticar. depois, para complicar, também se tem de ter em conta a pessoa que padece, o seu carácter, inteligência, vivência de vida...

                tens pm.

                Comentário


                  #9
                  Originalmente Colocado por zombil Ver Post
                  todas as doenças da tola são difíceis de diagnosticar. depois, para complicar, também se tem de ter em conta a pessoa que padece, o seu carácter, inteligência, vivência de vida...

                  tens pm.
                  Obrigado zombil!

                  Comentário


                    #10
                    Originalmente Colocado por MS Ver Post
                    Mas os sintomas da esquizofrenia são semelhantes à bipolaridade?
                    Sim em alguns aspectos são semelhantes.

                    Apesar de eu continuar a achar que o meu irmão é Bipolar muito devido aos sintomas que ele apresenta que estão ligados á doença os médicos continuam a afirmar que ele é esquizofrénico.

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por vsfce Ver Post
                      Sim em alguns aspectos são semelhantes.

                      Apesar de eu continuar a achar que o meu irmão é Bipolar muito devido aos sintomas que ele apresenta que estão ligados á doença os médicos continuam a afirmar que ele é esquizofrénico.
                      bem vindo ao clube!

                      essa realidade também me atingiu

                      Comentário


                        #12
                        Originalmente Colocado por zombil Ver Post
                        bem vindo ao clube!

                        essa realidade também me atingiu
                        Pois mas este é daqueles clubes que nem eu nem tu queremos pertencer.

                        A realidade nestes casos é muito dura e a nossa ajuda é muito limitada porque não há muito que possamos fazer para os ajudar.

                        Comentário


                          #13
                          O andred poderá dar o seu testemunho e esclarecer-te pois já passou por isso.

                          Apenas vou deixar aqui umas coisinhas:
                          É com frequência que os nossos doentes fazem inúmeras perguntas sobre a doença mental, especialmente na preparação do regresso a casa, assistindo-se por vezes com um sentimento de impotência e solidão, às duvidas e inquietações que sentem os familiares do doente mental.
                          Ao elaborar este manual senti alívio e força necessária sabendo que dou o meu contributo para a melhoria da informação e continuidade dos cuidados aos doentes mentais, especialmente os doentes com perturbação bipolar.
                          Quero partilhar com doentes e familiares, o desejo de recuperar o respeito por todos os que se vêem afectados pela doença mental; não existem bons nem maus doentes, mas apenas pessoas que sofrem. A força nasce do facto de permanecerem unidos neste longo processo.
                          Quis não só dar o apoio técnico aos doente internados no departamento de psiquiatria e saúde mental de Santarém, mas também contribuir para uma preparação do regresso a casa com melhor qualidade de vida, com mais informação e envolvimento da família.
                          É a eles que dedicamos o nosso trabalho, surgindo a publicação deste manual como meio de divulgação aos técnicos de saúde, doentes e familiares.
                          Ler texto integral

                          A afectividade é um sector fundamental de toda a vida psicológica humana. Tal como outras
                          dimensões da natureza humana, também esta pode ser disfuncional e desadaptativa. Actualmente, este
                          tipo de perturbações são designadas de Perturbações da Afectividade ou do Humor (PAH). Dadas as
                          suas consequências para o bem-estar psicológico e físico do sujeito, o objectivo do presente trabalho é
                          descrever sucintamente as PAH, focando particularmente as Perturbações Bipolares (PB).
                          As PB implicam a presença ou história de Episódios Maníacos, Mistos ou Hipomaníacos,
                          habitualmente conjugados com a presença ou história de Episódios Depressivos Major (DSM-IV,
                          1995). Existem 4 tipos de PB: Perturbação Bipolar I, Perturbação Bipolar II, Perturbação Ciclotímica e
                          Perturbação Bipolar Sem Outra Especificação.
                          Há um consenso crescente de que, para obter uma resposta óptima no tratamento das PB, é
                          necessária a adopção de um tratamento com múltiplos fármacos, tanto em adultos, como em crianças e
                          adolescentes (Kowatch et al., 2003).por outro lado, a psicoterapia possui um papel bastante importante
                          no tratamento da PB, quer a nível da adesão à terapêutica, quer a nível da detecção dos primeiros
                          sintomas de descompensação, pelo paciente ou por parte da família, que deve levar ao pedido de ajuda
                          médica.
                          As PAH, nomeadamente as PB, são altamente lesivas e incapacitantes para o indivíduo e
                          afectam-no quer a nível social, quer a nível físico e psicológico. São também uma fonte de custos
                          sociais. Deste modo, é urgente mais investigação, sobretudo nacional, na área, especialmente no que

                          concerne a diagnósticos mais precisos e rápidos e a tratamentos mais ajustados e eficazes.
                          AS PERTURBAÇÕES AFECTIVAS: AS PERTURBAÇÕES BIPOLARES


                          Introdução (por Maria Elisa Domingues)
                          Das dez principais causas de incapacidade a nível mundial, cinco são doenças psiquiátricas.
                          Considerando os anos de vida saudável perdidos, as perturbações mentais estão lado a lado com as patologias cardiovasculares e as patologias respiratórias, ultrapassando o conjunto das neoplasias.
                          A depressão, em particular, constitui um dos mais graves problemas de saúde pública, com que se debatem os países industrializados. Em Portugal, os doentes com depressão são o maior grupo do ambulatório e, no entanto, sabe-se que os casos de depressão estão ainda subdiagnosticados.

                          O Serviço de Saúde vai hoje abordar as doenças mentais mais prevalentes em Portugal.
                          Apesar das leis, que foram sempre avançadas para a época, até mesmo no anterior regime, produzimos uma boa lei de Saúde Mental, em 1963 e, depois, as leis de 98 e 99, que podem mesmo ser consideradas de excelentes. Mas manifestamos na Saúde Mental, a mesma incapacidade de implementar aquilo que concebemos no papel, que tanto prejudica e atrasa outros sectores da nossa sociedade.

                          Quando as boas práticas apontam para as vantagens de tratar os doentes através de serviços inseridos na comunidade, gastamos hoje 83% do orçamento da Saúde Mental em internamentos.
                          Além disso, a maioria dos recursos concentra-se hoje em Lisboa, Porto e Coimbra, deixando uma boa parte do país, sobretudo os mais carenciados, sem acesso aos serviços especializados. Porquê? É o que vamos tentar saber hoje.

                          A nossa reportagem acompanhou duas equipas, que há muito perceberam a vantagem dos cuidados de proximidade. Uma do Hospital de São Teotónio, em Viseu; outra da Casa de Saúde do Telhal.
                          Saúde Mental - Introdução (por Maria...

                          Saúde Mental - Reportagem

                          Introdução Tema e Reportagem - Servio de Sade - RTP (Video)

                          Saúde Mental - Estigma e Reabilitação

                          Estigma e Reabilitação - Servio de Sade - RTP (Video)

                          Saúde Mental - Leis e Planos de Saúde...

                          Leis e Planos de Saúde Mental - Servio de Sade - RTP (Video)

                          Saúde Mental - Depressão: estigma e...

                          Depressão: estigma e incapacidade - Servio de Sade - RTP (Video)

                          Saúde Mental - Acolhimento de doentes...

                          Acolhimento de doentes mentais e bipolares - Servio de Sade - RTP (Video)

                          Saúde Mental - Unidades Psiquiátricas de...

                          Unidades Psiquiátricas de Proximidade (2-2) - Servio de Sade - RTP (Video)

                          Saúde Mental - Internamento compulsivo:...

                          Internamento compulsivo: psicose grave - Servio de Sade - RTP (Video)

                          Saúde Mental - Depressão e Bipolaridade

                          Depressão e Bipolaridade - Servio de Sade - RTP (Video)

                          Saúde Mental - Depressão - sintomas e riscos

                          Depressão - sintomas e riscos - Servio de Sade - RTP (Video)

                          Saúde Mental - Unidades Psiquiátricas de...

                          Unidades Psiquiátricas de Proximidade (1-2) - Servio de Sade - RTP (Video)

                          Saúde Mental - Ficha Técnica

                          Saúde Mental - Links

                          Saúde Mental - Questões colocadas...


                          Associação de apoio aos doentes depressivos e bipolares:

                          .. ADEB ..

                          Algumas sugestões de leitura:

                          livros
                          Editado pela última vez por nunomplopes; 12 October 2009, 04:49.

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por MS Ver Post
                            Mas os sintomas da esquizofrenia são semelhantes à bipolaridade?
                            Tal como na esquizofrenia um doente bipolar pode apresentar disturbios psicóticos.

                            Comentário


                              #15
                              Viva colegas...

                              O meu pai é doente bi-polar... infelizmente não vivo perto dos meus pais para poder dar um apoio mais próximo, tanto ao meu pai como à minha mãe...

                              Existem momento complicados... mas de uma forma global o meu pai consegue ter um vida perfeitamente normal... nesto momento já está reformado o que tem ajudado a conviver melhor com os sintomas, nomeadamente extrema ansiedade e intolerância...

                              Comentário


                                #16
                                Eu em casa tenho a minha mãe...e posso dizer que é complicado.

                                Um dia bem outro mal...nunca se sabe o que dali vem.

                                Comentário


                                  #17
                                  Já tive 2 namoradas que acho que eram bipolares e sao muito complicadas de lidar

                                  Comentário


                                    #18
                                    e este mal cada vez se expande mais.

                                    em muito se pode agradecer ao álcool e drogas.

                                    quem tem casos destes na família, tem de redobrar cuidados, pois há uma pre-disposição para delas vir a sofrer, tal como no cancro.

                                    ao meu pai, apesar de nunca lhe ter sido possível diagnosticar nada, recusava-se a ser visto, sempre desconfiamos que teria bi-polar. o meu mano mais novo, foi-lhe diagnosticado bi-polar, tendo passados uns tempinhos, sido alterado para esquizofrenia.

                                    neste caso, foi uma maratona, começou no álcool e acabou na total experimentação de todas as drogas que havia na altura.
                                    ele já lá tinha o "bicho" que foi despertado pelo abuso do álcool e depois pelas drogas. há uma tendência enorme para esta malta se deixar escorregar para estas situações.

                                    para complicar a nossa vida, o sacana do puto é extremamente inteligente.
                                    neste momento estamos a tentar estabelecer uma vida para o gajo na base de objectivos fáceis de atingir, tal como manter o quarto arrumado, despejar o lixo, não fumar na cama, etc.

                                    ele vive com a mãe e tem o apoio da irmã. eu vou fazendo o que me é possível a 350km de distancia.
                                    resta-me acrescentar que ele teve de ser internado compulsivamente, foi levado pela GNR para o hospital, e passados uns bons tempos, começou a reconhecer que tem um problema. está reformado com 200€.

                                    Comentário


                                      #19
                                      O meu pai sofre da bipolaridade de humor.

                                      Tinha mais ou menos duas crises de euforia por ano coincidia com a chegada do Outuno e da Primavera.
                                      Os estados de euforia chegam a ser dramáticos. Toda a familia em volta ressente-se com o comportamentos dele: começa a desleixar-se com a aparência, gasta dinheiro a comprar coisas ridiculas, fica demasiado apegado à Igreja, e no fundo acaba por transparecer para toda a gente a imagem de doente / desiquilibrado.

                                      A maior dificuldade é o reconhecimento dele do seu estado e em particular quando está numa crise de euforia e lhe tentamos mostrar que os comportamentos dele não são os mais correctos. No fundo no fundo ele reconhece que tem uma doença mas sempre acreditou que a superava com a fé em Deus, sem saber que muitas vezes tomava a medicação sem saber, dissimulada na sopa que a minha avó lhe dava. Houve lutas muitos desgastantes acreditem, para que ele tomasse a medicação. Nos ultimos anos não teve nenhuma crise aguda. Tem tomado alguma medicação e claro que ajuda bastante. Espero que assim se mantenha. Agradeço à minha avó todo o sacrificio que tem feito a cuidar do meu pai.

                                      Comentário


                                        #20
                                        Bons testemunhos, reveladores da problemática desta doença, ao qual é complicado de gerir quando a pessoa está nos estados limite, sendo só isso controlável por medicação e tendo de o fazer por toda a vida.

                                        Tal como outra doença mental que tenho abordado, tudo isto passa pela aceitação da própria pessoa e reconhecer que é necessário o apoio e acompanhento médico.

                                        Não se sabe ainda as causas que derivam a estes estados, supôe-se ainda que sejam derivados de factores genéticos.

                                        São sempre casos que necessitam de um diagnóstico aprofundado e o seu acompanhamento necessário de modo a que a pessoa possa controlar e evitar os momentos de mania ou depressão, minimizando os efeitos colaterais e como citado com o acompanhamento de uma medicação adequada a própria pessoa consegue restabelecer e levar uma vida normal.

                                        É certo que ainda existe um estigma e incompreenção sobre esta, ou estas doenças, que dificulta a integração da pessoa na sociedade, como incompreenção de pessoas próximas que se deparam com ela, sugere-se assim que pesquizem ou no caso de dúvida maiores, questionem os médicos de forma a esclarecer e ajudar, de modo a que o relacionamento com o próprio doente consiga ter uma relação com quem lhe é próximo saudável, e evitando, a casos, que a própria pessoa tenha recaidas ou tentando minimizar, a que passe por estes estados.

                                        É também verdade que isto tem alguma tendência a crescer estes casos, e será necessário o apoio, que muitas vezes marginalizado a estes doentes, mas que é certo que se vai denotando melhorias, a de modo a fazer um controle geral á doença e possa ter menores consequências ao próprio doente como a quem o rodeia.

                                        Saúde - Estudo explica manias na infância e na adolescência - RTP Noticias, Vídeo
                                        Editado pela última vez por nunomplopes; 12 October 2009, 17:02.

                                        Comentário


                                          #21
                                          A minha namorada infelizmente sofre dessa doença.

                                          É como tive se dupla personalidade por umas horas, pode estar normal e derrepende começa a discutir,acusar,dizer coisas sem sentido,agressiva. que deixa qualquer um chatiado.

                                          De inicio ficava chatiado, contra argumentava etc chegava a haver chatices graves.
                                          Isto porque é dificil destingir se é mesmo ela a falar ou efeitos da doença.
                                          Quando ela caía em sí pedia me desculpa...

                                          Agora chegei ao ponto que quando ela começa, eu nao ligo e ignoro, por vezes custa não responder.

                                          Comentário


                                            #22
                                            Cresci com um primo que é bipolar,tão de pressa éramos amigos como passado 5minutos estáva-me atirar com os brinquedos mas desde que começou a ser medicado é uma pessoa normal .
                                            Cheguei a temer que estava igual ,mas tudo não passou de um susto


                                            MS: este é um grande tópico como já nos habituaste

                                            Comentário


                                              #23
                                              tenho uma colega de trabalho que tem.
                                              Está-se sempre a queixar que está sozinha e que não tem ninguém para sair. Teve muitos problemas de uma relação anterior..
                                              Quando a convido para sair nunca vem, diz que não pode, não consegue,etc..
                                              Mete-me muita pena v~e-la assim, mas sinceramente acho que não posso fazer mais nada...

                                              Comentário


                                                #24
                                                MS, deixo aqui um scan do editorial da edição de hoje do jornal Destak, sobre a doença bipolar:

                                                digitalizar0001.jpg

                                                Comentário


                                                  #25
                                                  Originalmente Colocado por RuiSoad Ver Post
                                                  Eu em casa tenho a minha mãe...e posso dizer que é complicado.

                                                  Um dia bem outro mal...nunca se sabe o que dali vem.
                                                  Idem!

                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    Saúde Publica - Doença Bipolar

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Ola pessoal!

                                                      Infelizmente sofro deste mal...
                                                      Embora esteja bem e no meu caso não necessite de mediação tenho de andar vigiado e tenho plena consciência que por vezes para os meus familiares é complicado. Quando tenho crises elas podem ser crises de alegria ou pleno choro.. Há alturas em que nem me apetece ver ninguém e parece que o mundo todo está contra nós outras de repente sente-se uma alegria de tal forma que parece que nos apetece berrar de alegria sem saber bem porquê... Outro sintoma é gastar compulsiva/ dinheiro... São os únicos sintomas acentuados que sinto mas que sei plenamente controlar.. De resto sei bem que a minha esposa "sofre" um pouco queixa-se que sou muito teimoso e por vezes incompreensívo devido a isto, pois nesta doença achamos sempre que sabemos tudo na perfeição e que a razão está sempre do nosso lado. Felizmente hoje em dia não tomo medicação mas já passei bastante no período da adolescência.. Depois fui melhorando e o médico tirou-me a mediação.. Mas não é fácil pra nós controlar o "bichinho" mas eu reconheço que os meus amigos (que sabem e graças a Deus compreendem) e família que por vezes é complicado lidar comigo...

                                                      Eu próprio por vezes não me sinto bem comigo mesmo porque tão depressa estou bem a rir como 5 minutos depois estou de "trombas" é um pouco complicado explicar...

                                                      Mas está um bom tópico!

                                                      Cumps

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Deixo-vos um texto que encontrei sobre as doenças mentais. Tem dados interessantes sobre o que se passa em Portugal e no mundo.

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Originalmente Colocado por bportugal Ver Post
                                                          Deixo-vos um texto que encontrei sobre as doenças mentais. Tem dados interessantes sobre o que se passa em Portugal e no mundo.
                                                          Bastante pertinente o teu comentário, e poder divulgar dados sobre este aspecto para termos a noção do problema que nos confrontamos.

                                                          Como sempre tenho tentado realçar, as condições a que se devem ser criadas para o acompanhamento e suporte as estes doentes, como a uma consciencialização maior a que se sintam integrados e poder levar a vida na sua normalidade mediante os contornos da doença.

                                                          Criar actividades e apoios a que essas pessoas se possam sentir uteis á sociedade, como também um esforço de todos nós para que isso se possa proporcionar.

                                                          O apoio do Estado tem um papel fucral aqui, e não deverá minimizar isto, por outro lado, deverá sim, ser interventivo no criar de condições e alicerces para as causas que nos deparamos.

                                                          Sigo a minha opinião que estas pessoas deverão ser seguidas em ambulatório e tentando conciliar com uma vida normal e sentir-se integrados na comunidade que em muito ajudará a superar as suas dificuldades, mesmo por que vezes existindo um certo perconceito, será aqui essencial uma necessária prevenção e a mesma consciencialização das pessoas.

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            Conheço um casal em que "ela" sofre dessa doença. Infelizmente divorciaram-se...
                                                            Ela tornou a casar, mas pouco depois divorciou-se de novo.
                                                            Acredito que seja extremamente complicado lidar com doenças do foro psicológico, muito devido ao estigma social...
                                                            Para mim, encaro-o como uma doença como tantas outras, mas nem toda a gente tem o mesmo ponto de vista.

                                                            Comentário

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