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Contestar concurso público - como fazer? (ver a partir post 90, pág. 4)

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    Contestar concurso público - como fazer? (ver a partir post 90, pág. 4)

    Boas, caros forunistas!

    Tenho uma questão que é a seguinte: a semana passada fui prestar provas para acesso à Função Pública, através do estabelecimento de uma relação jurídica de emprego público, para um contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado.

    Uma das funções do cargo consistia em colaborar na edição de uma revista editada pelo respectivo ministério. Cerca de meia hora antes de ir fazer o teste, apercebi-me que uma das pessoas que constava da lista de candidatos era nem mais nem menos que... a directora executiva da própria revista!!!!

    Pensei logo: pronto, a vaga está mais do que atribuída, mesmo antes de a prova sequer começar! Mas, como me tinha preparado bem para a mesma, decidi ir, confiante, até porque me desloquei de propósito de Leiria a Lisboa para fazer a prova, para além de perder um dia de trabalho para isso!

    Assim que vi a prova, vi logo que o meu tempo iria ser dado como perdido: um teste com cruzinhas (0 perguntas de desenvolvimento), com perguntas ultra-específicas relativas ao ministério em causa, com perguntas que não têm qualquer interesse para a função, ou, se tiverem, não têm rigorosamente nada a ver com a avaliação das competências técnicas dos candidatos. Exemplo: em que ano foi publicado o 1.º teste impresso em Portugal!!! WTF??? Que raio de interesse tem isso ou em que é que isso avalia as nossas capacidades??
    "Fizeram-nos" comprar exemplares do novo acordo ortográfico e prontuários de Português, pensando eu que ia sair talvez um texto para corrigirmos os erros ou adaptarmos às novas regras ortográficas, e o que é que sai?? Em que ano foi estabelecido o 1.º acordo ortográfico entre Portugal e Brasil, e outras coisas do género... Enfim, uma palhaçada sem nome!

    A cerejinha em cima do bolo foram, claro, os resultados de tal excelsa prova, e que foram os seguintes: de entre ca. de 10 candidatos, houve 1 que teve nota 13 e todos os restantes abaixo de 9,5!!!

    Vale um rebuçado para quem adivinhar quem foi o único candidato aprovado... e com nota 13!

    No meio disto tudo, revolta-me profundamente que andem assim a brincar com a vida das pessoas (recordo que fiz 350 km de propósito e ainda perdi o dia de trabalho) e pergunto se não existe alguma forma de fazer alguma reclamação perante a entidade responsável por tamanha alarvidade e falta de respeito pelas pessoas que foram prestar provas para este concurso na sua boa-fé e confiantes na igualmente boa-fé de uma suposta "pessoa de bem" como deverá ser o Estado.

    Perante isto, acham que existe ou não "matéria" para eu apresentar uma reclamação?


    #2
    Acho que existe, mas consulta um advogado com experiência na àrea.

    Comentário


      #3
      Podes mas convém ter um advogado.

      Vá lá...
      Para concurso de emprego na função pública até foi bom...
      Teve algumas coisas relacionadas com tipografia e com língua portuguesa...
      O normal é quererem licenciados em história e fazer perguntas acerca de refugiados políticos para empregos de mecânicos...

      Comentário


        #4
        Welcome to the real world...

        Eu vou fazer uma (pseudo) prova de conhecimentos para a semana, mas já sei que a vaga está preenchida. Enfim...

        Comentário


          #5
          Factor C, o verdadeiro curso. Quanto à contestação não te posso ajudar.

          Comentário


            #6
            Não esquecer que essa "directora" pode estar numa situação de trabalho precário sem vínculo há vários anos... Não é que isso lhe traga mais direitos mas tem algum peso "moral".

            Mas é muito chato para os desgraçados q gastam dinheiro para concorrerem a pseudoconcursos como este.

            Comentário


              #7
              Infelizmente isso é o prato do dia. Já fui a alguns concursos públicos e o problema é sempre o mesmo.

              O último que fui era para informática e fizeram-me o exame (oral) com uma pergunta de informática (super básica por sinal) e tive 10, claro que houve quem tivesse tido miraculosamente 19.

              Esses concursos é para esquecer infelizmente.....

              Mais, na carta com as notas dizia que não havia lugar à audiencia dos interessados, para ver se ninguem reclamava.

              Comentário


                #8
                Mau Caro

                A nossa administração pública é gerida por loucos há uma data de anos. Essa directora executiva será uma pessoa que pode ter entrado através de um estágio profissional, passou para um de prestação de serviços, passou para um a termo certo e, ao fim de uns anos, querem atribuir-lhe um vínculo.

                Infelizmente é a prática corrente hoje em dia. Muitos organismos andam a tentar colocar um pouco de ordem dentro da casa, para resolver problemas que antecessores (ou eles próprios) criaram. Nessa senda subvertem completamente as regras de um concurso público.

                Podes impugnar, mas tens que levar artilharia (um advogado com a preparação adequada). Se calhar, até nem te sai muito caro.

                Para terminar: a Santa União Europeia está cheia de culpa nestas questões, porque há mais de vinte anos que incentiva os organismos a contratar pessoas de forma precária para o desenvolvimento de tarefas.

                Nós já temos tendência para a asneira. Incentivados ainda vamos mais longe.

                Comentário


                  #9
                  Originalmente Colocado por LinoMarques Ver Post
                  Boas, caros forunistas!

                  Tenho uma questão que é a seguinte: a semana passada fui prestar provas para acesso à Função Pública, através do estabelecimento de uma relação jurídica de emprego público, para um contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado.

                  Uma das funções do cargo consistia em colaborar na edição de uma revista editada pelo respectivo ministério. Cerca de meia hora antes de ir fazer o teste, apercebi-me que uma das pessoas que constava da lista de candidatos era nem mais nem menos que... a directora executiva da própria revista!!!!

                  Pensei logo: pronto, a vaga está mais do que atribuída, mesmo antes de a prova sequer começar! Mas, como me tinha preparado bem para a mesma, decidi ir, confiante, até porque me desloquei de propósito de Leiria a Lisboa para fazer a prova, para além de perder um dia de trabalho para isso!

                  Assim que vi a prova, vi logo que o meu tempo iria ser dado como perdido: um teste com cruzinhas (0 perguntas de desenvolvimento), com perguntas ultra-específicas relativas ao ministério em causa, com perguntas que não têm qualquer interesse para a função, ou, se tiverem, não têm rigorosamente nada a ver com a avaliação das competências técnicas dos candidatos. Exemplo: em que ano foi publicado o 1.º teste impresso em Portugal!!! WTF??? Que raio de interesse tem isso ou em que é que isso avalia as nossas capacidades??
                  "Fizeram-nos" comprar exemplares do novo acordo ortográfico e prontuários de Português, pensando eu que ia sair talvez um texto para corrigirmos os erros ou adaptarmos às novas regras ortográficas, e o que é que sai?? Em que ano foi estabelecido o 1.º acordo ortográfico entre Portugal e Brasil, e outras coisas do género... Enfim, uma palhaçada sem nome!

                  A cerejinha em cima do bolo foram, claro, os resultados de tal excelsa prova, e que foram os seguintes: de entre ca. de 10 candidatos, houve 1 que teve nota 13 e todos os restantes abaixo de 9,5!!!

                  Vale um rebuçado para quem adivinhar quem foi o único candidato aprovado... e com nota 13!

                  No meio disto tudo, revolta-me profundamente que andem assim a brincar com a vida das pessoas (recordo que fiz 350 km de propósito e ainda perdi o dia de trabalho) e pergunto se não existe alguma forma de fazer alguma reclamação perante a entidade responsável por tamanha alarvidade e falta de respeito pelas pessoas que foram prestar provas para este concurso na sua boa-fé e confiantes na igualmente boa-fé de uma suposta "pessoa de bem" como deverá ser o Estado.

                  Perante isto, acham que existe ou não "matéria" para eu apresentar uma reclamação?

                  É engraçado. Estava a ler o teu relato do acontecido e parecia-me que contavas o que me tinha acontecido a mim...

                  Estive, já há alguns bons anos, a prestar provas para acesso à Função Pública, para uma posição na área da Saúde, e aconteceu EXACTAMENTE a mesma coisa.

                  A única diferença foi não termos (eu e os restantes candidatos ao engano) tido valores negativos na classificação final. Mas ficámos a mais de SEIS valores de uma candidata que, por mero acaso, entrou nas instalações acompanhada do júri, tendo entrado na sala onde se realizaram as provas antes dos restantes serem admitidos.

                  O concurso foi, após reclamação de dois candidatos (eu não reclamei, pois, entretanto a minha vida profissional já seguia noutro sentido), impugnado. Lembro-me que as reclamações se prendiam com a diferenciação brutal de classificações entre vários escalões de desempenho numa área. Exemplo: um candidato considerado BOM era avaliado com 2 valores num determinado parâmetro enquanto que um candidato MUITO BOM recebia 6 valores.

                  Resultado: repetição do concurso, mas agora apenas com uma candidata à posição. A que tinha sido, de forma tão óbvia, beneficiada na primeira tentativa. Os restantes, mesmo os que reclamaram, não surgiram para prestar provas. Seguiram com a sua vida. A aldrabice, para variar, compensou. É uma história que costumo contar a quem crê nos concursos públicos como transparentes e honestos. Nada de mais falso.

                  Comentário


                    #10
                    Eu ainda digo mais.
                    Conheço casos de concursos a lugares públicos (eu não concorri), onde o "concorrente" para o lugar até já sabe quais as perguntas que irão sair no referido exame.

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por LinoMarques Ver Post
                      Boas, caros forunistas!

                      Tenho uma questão que é a seguinte: a semana passada fui prestar provas para acesso à Função Pública, através do estabelecimento de uma relação jurídica de emprego público, para um contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado.

                      Uma das funções do cargo consistia em colaborar na edição de uma revista editada pelo respectivo ministério. Cerca de meia hora antes de ir fazer o teste, apercebi-me que uma das pessoas que constava da lista de candidatos era nem mais nem menos que... a directora executiva da própria revista!!!!

                      Pensei logo: pronto, a vaga está mais do que atribuída, mesmo antes de a prova sequer começar! Mas, como me tinha preparado bem para a mesma, decidi ir, confiante, até porque me desloquei de propósito de Leiria a Lisboa para fazer a prova, para além de perder um dia de trabalho para isso!

                      Assim que vi a prova, vi logo que o meu tempo iria ser dado como perdido: um teste com cruzinhas (0 perguntas de desenvolvimento), com perguntas ultra-específicas relativas ao ministério em causa, com perguntas que não têm qualquer interesse para a função, ou, se tiverem, não têm rigorosamente nada a ver com a avaliação das competências técnicas dos candidatos. Exemplo: em que ano foi publicado o 1.º teste impresso em Portugal!!! WTF??? Que raio de interesse tem isso ou em que é que isso avalia as nossas capacidades??

                      "Fizeram-nos" comprar exemplares do novo acordo ortográfico e prontuários de Português, pensando eu que ia sair talvez um texto para corrigirmos os erros ou adaptarmos às novas regras ortográficas, e o que é que sai?? Em que ano foi estabelecido o 1.º acordo ortográfico entre Portugal e Brasil, e outras coisas do género... Enfim, uma palhaçada sem nome!

                      A cerejinha em cima do bolo foram, claro, os resultados de tal excelsa prova, e que foram os seguintes: de entre ca. de 10 candidatos, houve 1 que teve nota 13 e todos os restantes abaixo de 9,5!!!

                      Vale um rebuçado para quem adivinhar quem foi o único candidato aprovado... e com nota 13!

                      No meio disto tudo, revolta-me profundamente que andem assim a brincar com a vida das pessoas (recordo que fiz 350 km de propósito e ainda perdi o dia de trabalho) e pergunto se não existe alguma forma de fazer alguma reclamação perante a entidade responsável por tamanha alarvidade e falta de respeito pelas pessoas que foram prestar provas para este concurso na sua boa-fé e confiantes na igualmente boa-fé de uma suposta "pessoa de bem" como deverá ser o Estado.

                      Perante isto, acham que existe ou não "matéria" para eu apresentar uma reclamação?

                      Decerto que no respectivo artigo público afixado no Diário da República anunciar o concurso, vinha decerto o tipo de prova a prestar, local, duração, e respectiva matéria/artigos a serem possíveis de questão, método de cálculo da nota final a dar aos candidatos, neste ponto os concursos públicos são directos na abordagem, a Lei assim o exige.

                      É sempre possível reclamar para o juri do concurso previamemte estabelecido e público, penso que na pauta/documentação enviada aos candidatos essa informação é dita,

                      Comentário


                        #12
                        A situação é inadmissivel!!

                        Sem te poder ajudar mais, acho que deves contestar! Embora, possivelmente, vás gastar uns trocos e dar cabo de uns neuronios, mas essa situação merece ser reclamada!

                        Comentário


                          #13
                          Basicamente o concurso foi aberto para não dar nas vistas... porque o lugar estava atribuído.

                          Advogado começa já a sair-te dinheiro do bolso e o mais provável é não ganhares nada com isso.


                          Mas envia o acontecimento, seja para o ministério, para a DECO, para consumidor, etc. etc.

                          Envia também para um jornal. Pode ser que investiguem isso. (O JN e DN não deve valer muito a pena)

                          Comentário


                            #14
                            Nas regras do concurso têm que constar as regras de contestação. Verifica isso.

                            Comentário


                              #15
                              Função publica tem sempre destas coisas fantásticas.

                              Comentário


                                #16
                                Isso é prática corrente.
                                Como outro user já referiu, esse concurso"público" só foi aberto para regular a situação laboral dessa senhora. Ou seja, torná-la, efectivamente, funcionária pública.
                                A maioria das vagas desses concursos já estão preenchidas previamente!
                                Normalmente é as pessoas que participam nos conc. públicos têm um determinado tempo para contestar a decisão.



                                P.S. - eu acho é muito piada ao facto de que primeiro os concursos são abertos para quem já está na função pública e só dpeois, se não aparecer ng que satisfaça os requisitos, ser aberto concurso público para pessoas sem relação jurídica de emprego.

                                Comentário


                                  #17
                                  Originalmente Colocado por LinoMarques Ver Post
                                  Boas, caros forunistas!

                                  Tenho uma questão que é a seguinte: a semana passada fui prestar provas para acesso à Função Pública, através do estabelecimento de uma relação jurídica de emprego público, para um contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado.

                                  Uma das funções do cargo consistia em colaborar na edição de uma revista editada pelo respectivo ministério. Cerca de meia hora antes de ir fazer o teste, apercebi-me que uma das pessoas que constava da lista de candidatos era nem mais nem menos que... a directora executiva da própria revista!!!!

                                  Pensei logo: pronto, a vaga está mais do que atribuída, mesmo antes de a prova sequer começar! Mas, como me tinha preparado bem para a mesma, decidi ir, confiante, até porque me desloquei de propósito de Leiria a Lisboa para fazer a prova, para além de perder um dia de trabalho para isso!

                                  Assim que vi a prova, vi logo que o meu tempo iria ser dado como perdido: um teste com cruzinhas (0 perguntas de desenvolvimento), com perguntas ultra-específicas relativas ao ministério em causa, com perguntas que não têm qualquer interesse para a função, ou, se tiverem, não têm rigorosamente nada a ver com a avaliação das competências técnicas dos candidatos. Exemplo: em que ano foi publicado o 1.º teste impresso em Portugal!!! WTF??? Que raio de interesse tem isso ou em que é que isso avalia as nossas capacidades??
                                  "Fizeram-nos" comprar exemplares do novo acordo ortográfico e prontuários de Português, pensando eu que ia sair talvez um texto para corrigirmos os erros ou adaptarmos às novas regras ortográficas, e o que é que sai?? Em que ano foi estabelecido o 1.º acordo ortográfico entre Portugal e Brasil, e outras coisas do género... Enfim, uma palhaçada sem nome!

                                  A cerejinha em cima do bolo foram, claro, os resultados de tal excelsa prova, e que foram os seguintes: de entre ca. de 10 candidatos, houve 1 que teve nota 13 e todos os restantes abaixo de 9,5!!!

                                  Vale um rebuçado para quem adivinhar quem foi o único candidato aprovado... e com nota 13!

                                  No meio disto tudo, revolta-me profundamente que andem assim a brincar com a vida das pessoas (recordo que fiz 350 km de propósito e ainda perdi o dia de trabalho) e pergunto se não existe alguma forma de fazer alguma reclamação perante a entidade responsável por tamanha alarvidade e falta de respeito pelas pessoas que foram prestar provas para este concurso na sua boa-fé e confiantes na igualmente boa-fé de uma suposta "pessoa de bem" como deverá ser o Estado.

                                  Perante isto, acham que existe ou não "matéria" para eu apresentar uma reclamação?

                                  AHAHAHAH, que comédia, bem vindo ao mundo real.
                                  Ainda há alguns caros senhores deste magnífico fórum que defendem a função pública, e nem te digo como foi a entrevista da minha mãe há 10 anos atrás, que até és capaz de cair para o lado
                                  Editado pela última vez por Fumega; 20 March 2010, 19:30.

                                  Comentário


                                    #18
                                    Continua a tentar e esquece esse...

                                    Comentário


                                      #19
                                      Originalmente Colocado por LinoMarques Ver Post
                                      Boas, caros forunistas!

                                      Tenho uma questão que é a seguinte: a semana passada fui prestar provas para acesso à Função Pública, através do estabelecimento de uma relação jurídica de emprego público, para um contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado.

                                      Uma das funções do cargo consistia em colaborar na edição de uma revista editada pelo respectivo ministério.

                                      (...)


                                      Perante isto, acham que existe ou não "matéria" para eu apresentar uma reclamação?

                                      Tens a certeza de que era para a função publica o concurso, ou era para alguma empresa publica/parceria publica e privada?

                                      Estou a dizer isso porque eu trabalho numa empresa dessas que prestam serviço para o estado e a nivel de legalidade não podia haver pior, desde concursos que já todos sabemos quem vai entrar, até a contratos mensais .

                                      E quem não gostar vai para a rua, pois a inspecção geral do trabalho fecha os olhos quando se trata deste tipo de entidades, os donos são sempre boys importantes e intocáveis.

                                      De qualquer forma podes e deves impugnar o concurso, com a certeza de que a nivel interno ou nacional isso, ou não leva a nada ou leva a situações ainda mais precárias.

                                      Se puderem, juntem todos os candidatos e mandem isso para a europa.

                                      Comentário


                                        #20
                                        Como é que se impugna um concurso em que o candidato vencedor é a pessoa que desemprenhava esse mesmo cargo? Será que a pessoa foi mal escolhida e todos os anos que lá trabalhou e a experiência que ganhou durante o decorrer da sua actividade não a põe acima dos outros candidatos?

                                        Comentário


                                          #21
                                          Acção Administrativa Especial com o pedido de invalidade do acto de administrativo (a nota da tua concorrente) ao que poderás cumular eventualmente "o pedido de condenação da Administração à adopção dos actos e operações necessários para reconstituir a situação que existiria se o acto anulado não tivesse sido praticado e dar cumprimento aos deveres que ela não tenha cumprido com fundamento no acto impugnado" (art 46, 47 cpta).
                                          Na pendência da AAE poderás interpor uma providencia cautelar nomeadamente, a prevista no art. 112, nº2, al.b) do cpta.
                                          Isto em linhas gerais e supondo que consegues provar que houve manipulação do concurso.

                                          No entanto, consulta um advogado.

                                          Comentário


                                            #22
                                            Originalmente Colocado por Karma Ver Post
                                            Como é que se impugna um concurso em que o candidato vencedor é a pessoa que desemprenhava esse mesmo cargo? Será que a pessoa foi mal escolhida e todos os anos que lá trabalhou e a experiência que ganhou durante o decorrer da sua actividade não a põe acima dos outros candidatos?
                                            Sim, isso até pode acontecer, no entanto não é isso que é avaliado num exame. Este normalmente deve ser objectivo. A experiência ou outro tipo de variáveis serão avaliados em sede de entrevista (nos que fui processa-se assim, ou deveria).

                                            Cumps

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                                              #23
                                              Originalmente Colocado por LinoMarques Ver Post
                                              Boas, caros forunistas!

                                              Tenho uma questão que é a seguinte: a semana passada fui prestar provas para acesso à Função Pública, através do estabelecimento de uma relação jurídica de emprego público, para um contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado.

                                              Uma das funções do cargo consistia em colaborar na edição de uma revista editada pelo respectivo ministério. Cerca de meia hora antes de ir fazer o teste, apercebi-me que uma das pessoas que constava da lista de candidatos era nem mais nem menos que... a directora executiva da própria revista!!!!

                                              Pensei logo: pronto, a vaga está mais do que atribuída, mesmo antes de a prova sequer começar! Mas, como me tinha preparado bem para a mesma, decidi ir, confiante, até porque me desloquei de propósito de Leiria a Lisboa para fazer a prova, para além de perder um dia de trabalho para isso!

                                              Assim que vi a prova, vi logo que o meu tempo iria ser dado como perdido: um teste com cruzinhas (0 perguntas de desenvolvimento), com perguntas ultra-específicas relativas ao ministério em causa, com perguntas que não têm qualquer interesse para a função, ou, se tiverem, não têm rigorosamente nada a ver com a avaliação das competências técnicas dos candidatos. Exemplo: em que ano foi publicado o 1.º teste impresso em Portugal!!! WTF??? Que raio de interesse tem isso ou em que é que isso avalia as nossas capacidades??
                                              "Fizeram-nos" comprar exemplares do novo acordo ortográfico e prontuários de Português, pensando eu que ia sair talvez um texto para corrigirmos os erros ou adaptarmos às novas regras ortográficas, e o que é que sai?? Em que ano foi estabelecido o 1.º acordo ortográfico entre Portugal e Brasil, e outras coisas do género... Enfim, uma palhaçada sem nome!

                                              A cerejinha em cima do bolo foram, claro, os resultados de tal excelsa prova, e que foram os seguintes: de entre ca. de 10 candidatos, houve 1 que teve nota 13 e todos os restantes abaixo de 9,5!!!

                                              Vale um rebuçado para quem adivinhar quem foi o único candidato aprovado... e com nota 13!

                                              No meio disto tudo, revolta-me profundamente que andem assim a brincar com a vida das pessoas (recordo que fiz 350 km de propósito e ainda perdi o dia de trabalho) e pergunto se não existe alguma forma de fazer alguma reclamação perante a entidade responsável por tamanha alarvidade e falta de respeito pelas pessoas que foram prestar provas para este concurso na sua boa-fé e confiantes na igualmente boa-fé de uma suposta "pessoa de bem" como deverá ser o Estado.

                                              Perante isto, acham que existe ou não "matéria" para eu apresentar uma reclamação?
                                              Junta-te ao clube
                                              Compreendo perfeitamente isso tudo e aconteceu-me o mesmo á uns bons anos atraz, em que me candidatei a 2 camaras com pessoal que ja lá trabalhava e ia entrar, claro tive lá só a cumprir regulamento, tambem perdi tempo dinheiro etc...

                                              alias função publica nem quero ouvir falar apartir daí...é um mundo diferente do meu.

                                              Já agora reclamar nao vale a pena, é perder tempo..., vais reclamar a quem ? ao Estado? reclamar a quem faz isso nao vale apena.

                                              Comentário


                                                #24
                                                Originalmente Colocado por Karma Ver Post
                                                Como é que se impugna um concurso em que o candidato vencedor é a pessoa que desemprenhava esse mesmo cargo? Será que a pessoa foi mal escolhida e todos os anos que lá trabalhou e a experiência que ganhou durante o decorrer da sua actividade não a põe acima dos outros candidatos?

                                                Não é isso que diz.

                                                Pelo que percebi, a pessoa trabalhava numa revista para o ministério. Mas esta nova vaga, além de trabalhar na revista, tinha outras tarefas. Basicamente ela vai acumular dois empregos. Normal.

                                                Comentário


                                                  #25
                                                  Originalmente Colocado por Nephilim Ver Post
                                                  Junta-te ao clube
                                                  Compreendo perfeitamente isso tudo e aconteceu-me o mesmo á uns bons anos atraz, em que me candidatei a 2 camaras com pessoal que ja lá trabalhava e ia entrar, claro tive lá só a cumprir regulamento, tambem perdi tempo dinheiro etc...

                                                  alias função publica nem quero ouvir falar apartir daí...é um mundo diferente do meu.

                                                  Já agora reclamar nao vale a pena, é perder tempo..., vais reclamar a quem ? ao Estado? reclamar a quem faz isso nao vale apena.

                                                  Reclamar a superiores, pode valer a pena. Reclamar a instituições que averiguam isso, vale a pena.
                                                  Não reclamar, é aceitar um governo ditatorial.

                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    Originalmente Colocado por VTEC Ver Post
                                                    Reclamar a superiores, pode valer a pena. Reclamar a instituições que averiguam isso, vale a pena.
                                                    Não reclamar, é aceitar um governo ditatorial.
                                                    Reclamar ao Estado coisas do Estado... sim reclamem... nas na minha opinião é perder tempo pois isto que o Lino contou é norma corrente acontecer aos anos e ja outros reclamaram.

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Originalmente Colocado por Nephilim Ver Post
                                                      Reclamar ao Estado coisas do Estado... sim reclamem... nas na minha opinião é perder tempo pois isto que o Lino contou é norma corrente acontecer aos anos e ja outros reclamaram.
                                                      Reclamar ao Estado ????
                                                      Que eu saiba existem instâncias independentes com competência para garantir os direitos dos cidadãos... éhh pá como e que se chamam... está mesmo debaixo da língua... ahhh, já sei, tribunais.

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Originalmente Colocado por senhorpedro Ver Post
                                                        Acção Administrativa Especial com o pedido de invalidade do acto de administrativo (a nota da tua concorrente) ao que poderás cumular eventualmente "o pedido de condenação da Administração à adopção dos actos e operações necessários para reconstituir a situação que existiria se o acto anulado não tivesse sido praticado e dar cumprimento aos deveres que ela não tenha cumprido com fundamento no acto impugnado" (art 46, 47 cpta).
                                                        Na pendência da AAE poderás interpor uma providencia cautelar nomeadamente, a prevista no art. 112, nº2, al.b) do cpta.
                                                        Isto em linhas gerais e supondo que consegues provar que houve manipulação do concurso.

                                                        No entanto, consulta um advogado.
                                                        Isso está tudo muito bem, mas onde é que está a ilegalidade?

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Originalmente Colocado por zerorpm Ver Post
                                                          Isso está tudo muito bem, mas onde é que está a ilegalidade?
                                                          Como eu disse, partindo do pressuposto que o user tem matéria de facto que sustente a sua teoria.
                                                          A mim parece-me que estamos a falar de hipóteses: quem sabe se a concorrente não foi bem avaliada e não mereceu o resultado? Provar o contrário por se achar que não já são outros 500 e quanto a mim, não vale o esforço da proposição de uma acção num tribunal administrativo pq provavelmente não vai dar em nada.

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            Originalmente Colocado por Karma Ver Post
                                                            Como é que se impugna um concurso em que o candidato vencedor é a pessoa que desemprenhava esse mesmo cargo? Será que a pessoa foi mal escolhida e todos os anos que lá trabalhou e a experiência que ganhou durante o decorrer da sua actividade não a põe acima dos outros candidatos?
                                                            Tenho um amigo que estava num cargo de chefia. Terminada a comissão de serviço, o lugar teve que ir a concurso. Azar dele (que era um fulano competente): apareceu uma pessoa com melhor curriculum e melhor experiência. O meu amigo teve que desmontar do cavalo.

                                                            Eu, no teu caso, reclamava.

                                                            Comentário

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