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Manifesto por uma nova política energética

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    Manifesto por uma nova política energética

    Um grupo de 33 personalidades ligadas ao sector energético, incluíndo o ex-ministro Luís Mira Amaral, apresentaram hoje, em sessão pública, um manifesto por uma nova política energética, «sem tabus de qualquer espécie». O documento foi também entregue, de manhã, ao secretário de Estado da Energia e Inovação, Carlos Zorrinho.


    Com o objectivo de assegurar a competitivade e sobrevivência da economia portuguesa, estimulando o debate para uma política energética planeada a médio e longo prazo, o documento faz uma forte crítica à actual aposta nas renováveis, em especial a eólica e o fotovoltaico. «Esta é a tendência europeia e o Governo foi nesta onda», criticou Mira Amaral, durante a apresentação pública do manifesto, acompanhado de Clemente Pedro Nunes, João Duque e José Luís Pinto de Sá.


    Para os signatários do documento, a tarifa subsidiada atribuída provoca um agravamento dos preços da energia eléctrica que terão depois repercussões nos consumidores e na economia portuguesa. «Quem paga esta diferença? Nós, consumidores», afirmou, enquanto caracterizava a situação energética em Portugal como «ridícula».


    O antigo ministro do governo social-democrata defendeu ainda que esta tarifa tem como resultado um aumento do défice tarifário, que se torna uma dívida pública oculta. «Não é simpático que os consumidores sintam na pele o real preço da energia», ironizou.


    Renováveis com 2,11 por cento do total do consumo energético


    O grupo de especialistas adiantou ainda que, paralelamente à questão do sobreendividamento causado pelas tarifas subsidiadas, as renováveis não resolvem o problema da pesada importação energética. Apresentando números da Direcção-Geral da Energia e Geologia, os signatários sublinharam que as energias eólica, geotérmica e fotovoltaica apenas representam 2,11 por cento do consumo total de energia primária em Portugal, devido ao seu “carácter intermitente”.


    Outra das críticas apresentadas diz respeito às novas infra-estruturas hidroeléctricas, planeadas pelo Governo, que terão capacidade de armazenar o excesso de produção eólica. Para os signatários, o uso da bombagem hidroeléctrica trará perdas de energia e o processo acabará por ser falível, já que o período de chuvas e vento tem tendência para coincidir.


    Acusados de usarem o manifesto como forma de justificar a opção nuclear em Portugal, o grupo afirma apenas querer fomentar a discussão em torno da política energética em Portugal. «Não aceitamos que o plano energético seja avançado sem discussão», explicou Mira Amaral, que repetiu variadas vezes que todas as opções deverão ser consideradas, desde que contribuam para uma estratégia para a energia séria, planeada e a longo prazo. «Fizemos aquilo que, numa democracia normal, os partidos políticos com assento parlamentar deveriam ter feito», concluiu.

    Fonte


    Leia aqui, na íntegra, o manifesto que juntou empresários e economistas contra a política energética que está a ser seguida pelo actual Governo.


    1. A energia encontra-se na base do desenvolvimento económico de qualquer país.

    No caso de Portugal, em que a situação económica se tem vindo a degradar de forma vertiginosa nos últimos anos, com crescimentos insignificantes do PIB, sempre abaixo da média da União Europeia, a política energética carece de uma profunda revisão, na medida em que os custos associados à energia podem ter reflexos extremamente negativos nas condições de vida dos cidadãos e na actividade das empresas.
    Existe um consenso alargado de que o nosso país terá de fazer uma aposta importante na sua competitividade internacional e, para isso, é necessário que as nossas empresas disponham de energia a preços internacionalmente competitivos.

    Os efeitos da actual política energética, principalmente no sector da electricidade, são particularmente graves, pois perdurarão negativamente mesmo que sejam eliminados os outros factores de atraso económico e condicionarão qualquer possibilidade de atracção de investimento, seja ele nacional ou estrangeiro. Todas as estratégias de saída da crise se baseiam na necessidade de aumento da competitividade empresarial, que o custo da energia irá prejudicar.

    2. Tem-se procurado convencer a opinião pública do pretenso sucesso da actual política energética, chegando ao ponto de tentar passar a ideia de que Portugal está a dar lições ao mundo em termos de tecnologias da energia, uma originalidade que, alegadamente, permitiria ao país dispor de uma economia extremamente competitiva no século XXI.

    Esta mensagem não podia estar mais longe da realidade.
    A actual política energética tem vindo a ser dominada por decisões que se traduzem pela promoção sistemática de formas de energia "politicamente correctas", como a eólica e a fotovoltaica, mas que apenas sobrevivem graças a imposições de carácter administrativo que garantem a venda de toda a produção à rede eléctrica a preços injustificadamente elevados.

    3. A natureza intermitente e incontrolável das energias eólica e fotovoltaica torna-as incapazes de satisfazer, não só a totalidade do consumo, como a potência necessária em determinadas horas do dia e épocas do ano, o que exige que se continue a dispor de centros produtores controláveis de substituição e a recorrer com frequência a importações de Espanha.

    Assim sendo, apesar das melhorias decorrentes do DL 33-A/2005, que impôs o aumento da incorporação de valor nacional nas eólicas e a redução das tarifas a praticar pelos novos operadores, a verdade é que a corrida a estas energias não tem tido um efeito sensível na redução do endividamento externo.

    Por outro lado, a multiplicação de fontes primárias intermitentes dificulta cada vez mais o controlo global do sistema eléctrico. Tanto pode forçar alguns dos centros produtores tradicionais a regimes de funcionamento limitados e ineficientes, como, em certas épocas do ano, pode obrigar a dissipar, ou a exportar a preço nulo (!) a produção renovável em excesso.

    4. A subsidiação concedida aos produtores destas formas de energia é ainda excessiva e tem contribuído para agravar de forma injustificada os preços da energia eléctrica ao consumidor final, em particular às famílias, sobre as quais a legislação faz recair o sobrecusto da Produção em Regime Especial (PRE).

    O sobrecusto da PRE, se reflectido de imediato nas tarifas de electricidade, daria origem a aumentos incomportáveis, uma perspectiva eleitoralmente inconveniente e razão pela qual tem vindo a ser dissimulado numa conta controversa, o chamado "défice tarifário".

    Este défice não é mais do que uma dívida que as famílias vão ter de pagar, ao longo de vários anos, juntamente com os juros decorrentes da dívida junto das instituições bancárias. Na verdade, face à garantia dada pelo Estado através do DL 165/2008, o défice tarifário constitui já uma forma de dívida pública oculta.

    Em 2009 o défice tarifário acumulado atingiu um valor assustador, superior a 2000 milhões de Euros. E, a manter-se a actual política, é inevitável que o sobrecusto destas fontes de energia venha a crescer nos próximos anos, o que conduzirá a um aumento brutal do preço da electricidade para os consumidores, agravando inexoravelmente não só as condições de vida de todos os portugueses como a competitividade exportadora nacional.

    5. Para tornar o panorama mais sombrio, está em curso a construção de empreendimentos hidroeléctricos dotados de equipamentos reversíveis, alegadamente destinados a "armazenar o excesso de produção eólica" mediante bombagem hidroeléctrica, um projecto a que foi dada a designação de "complementaridade hídrica-eólica".

    Embora se reconheça a vantagem destes empreendimentos na melhoria da gestão global do sistema eléctrico, bem como na constituição de reservas estratégicas de água, a bombagem hidroeléctrica é um processo que enferma de perdas inevitáveis de energia, pelo que acabará por redundar no desperdício da energia eólica e fotovoltaica utilizada na bombagem.
    Além disso, sendo a energia dos parques eólicos actualmente em exploração vendida à rede eléctrica nacional a preços que frequentemente triplicam o valor corrente de mercado, a complementaridade hídrica-eólica não faria qualquer sentido para as empresas concessionadas se não fossem os consumidores a suportar os sobrecustos da produção eólica.

    6. A subsidiação do sobrecusto das energias renováveis não pode constituir uma prática permanente.

    Apenas se poderá justificar por períodos limitados de tempo e em fases iniciais próprias dos processos de desenvolvimento tecnológico. Em Portugal tem sido uso corrente tentar viabilizar à força mesmo aquelas que uma análise económica rigorosa teria eliminado à partida.

    Todas as formas de produção de energia eléctrica que são privilegiadas pela política de preços administrativos revelam valores várias vezes superiores ao de mercado. Para além da energia de origem eólica, a um preço médio de aquisição em 2010 de 91 Euros/MWh, a fotovoltaica tem um preço de 344 Euros/MWh e no caso da micro-geração doméstica, para quantidades garantidas e já comercialmente relevantes, o preço é de 587 Euros/MWh. Tudo isto constitui uma verdadeira aberração económica cujas consequências dramáticas para a economia do país são já evidentes a partir dos dados publicados pela ERSE.

    7. O Governo português assumiu, como inquestionável, que seria possível conseguir uma substituição progressiva e eficaz das fontes térmicas tradicionais (petróleo, carvão e gás) pelas fontes renováveis (hídrica, eólica, solar e outras).

    Todavia, não obstante o esforço observado nas tentativas de diversificação, em que se incluíram opções irrealistas à mistura com muito voluntarismo, os resultados foram vincadamente negativos, e darão origem a um enorme aumento dos preços da electricidade para as famílias e as empresas.

    Por outro lado, não tem havido o cuidado de esclarecer devidamente a opinião pública acerca da discrepância entre as potências instaladas nos parques eólicos e fotovoltaicos e os valores da energia efectivamente produzida. De facto, em virtude da sua intermitência, estas fontes primárias apenas poderiam ser complementares dos centros produtores tradicionais, mais controláveis e muito mais disponíveis.

    8. Para ilustrar a incapacidade da actual politica para reduzir a nossa dependência energética, bastará referir que em 2008, último ano de que existem dados publicados pela DGEG, o saldo liquido da factura energética portuguesa atingiu o valor de 8219 milhões de Euros, ao passo que em 1998 não ultrapassava 1464 milhões de Euros .

    A valores constantes de 1998 o aumento verificado nestes dez anos atingiu 322 % e foi devido, sobretudo, ao enorme incremento da factura relativa a combustíveis fósseis, como o petróleo e o gás natural, cuja importação a actual política energética não conseguiu reduzir.

    E, não obstante os enormes subsídios entretanto concedidos aos investimentos nas "novas energias renováveis", o total conjunto da rubrica "Eólica, Geotérmica e Fotovoltaica" em 2008 representou apenas 2,11 % do consumo total de energia primária em Portugal, tendo-se mantido a dependência energética em redor de 83 % ao longo dos últimos dez anos.
    Assim, os signatários consideram fundamental exigir uma avaliação técnica e económica, independente e credível, da política energética nacional, de forma a ter em conta todas as alternativas energéticas actualmente disponíveis, com o objectivo inequívoco de reduzir os preços da energia com que são confrontados os cidadãos e as empresas, a par de garantir uma maior segurança energética e uma verdadeira redução do défice da balança comercial.


    Fonte

    #2
    Parece-me que este manifesto tem segundas intenções...

    Além disso, as renováveis têm um peso muito superior ao mencionado no documento, por isso, desconfio das intenções desses tipos.

    Comentário


      #3
      bastava fazerem os centro comerciais virados para fora, e já se poupava muito guito e energia.

      nova politica energética??

      já me cheira a central nuclear...
      mas como o defendo há muito tempo...

      podem começar a cortar nos ordenados e prémios dos carolas...

      um pouco daqui, um pouco dali, um pouco dalém, não tapa o buraco, mas ajuda...

      Comentário


        #4
        Originalmente Colocado por eu Ver Post
        Parece-me que este manifesto tem segundas intenções...

        Além disso, as renováveis têm um peso muito superior ao mencionado no documento, por isso, desconfio das intenções desses tipos.
        Um dos pontos citados neste manifesto é o rácio custo/produtividade das energias renováveis.
        Estas tem um custo bastante alto para a potencia produzida, custo esse que é reflectido no custo da electricidade e nos elevados subsídios dados pelo Estado ás renováveis. Alem disso a vida útil dos geradores e placas solares é tambem muito reduzido para o elevado investimento feito neste tipo de produção electrica.

        Outro factor citado é o desprezo que o Estado te dado a outro componente das renováveis que é a energia derivada da biomassa.

        Agora, pessoalmente, acho que no meio do plano energético nacional há muitos lobbies, muitos favorecimentos e demasiados interesses a serem protegidos pelo Estado ou por este Governo.

        Comentário


          #5
          Têm alguma razão, mas não a têm toda. A virtude estará algures no meio termo entre este manifesto e uma solução que aposte nas renováveis.

          Depois desenvolvo mais, agora não tenho tempo !

          Comentário


            #6
            eu sou um céptico com estas tretas dos manifestos


            já o dos centros de decisão nacional era um fartote de riso

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              #7
              Confesso que tudo o que envolva o Mira Amaral... me deixa de pé atrás...

              Esse senhor desde há muitos anos que parece "o JArdel a voar sobre os centrais"... está smp no melhor sítio para "facturar"!

              Cuidado... mt cuidado.

              Comentário


                #8
                Originalmente Colocado por hpventura Ver Post
                Têm alguma razão, mas não a têm toda. A virtude estará algures no meio termo entre este manifesto e uma solução que aposte nas renováveis.

                Depois desenvolvo mais, agora não tenho tempo !
                Como sabes, para se conseguir 10% de algo, tem-se de pedir o dobro daquilo que se quer

                Comentário


                  #9
                  Originalmente Colocado por Alpiger Ver Post
                  Um dos pontos citados neste manifesto é o rácio custo/produtividade das energias renováveis.
                  Estas tem um custo bastante alto para a potencia produzida, custo esse que é reflectido no custo da electricidade e nos elevados subsídios dados pelo Estado ás renováveis.
                  Sim, principalmente na energia fotovoltaica. Mas na eólica, os preços estão a ficar verdadeiramente competitivos.

                  Mas pensam que a energia nuclear é barata? Vejam o que se passa na Finlândia com a construção do moderno reactor: http://www.nytimes.com/2009/05/29/bu...nt/29nuke.html

                  De qualquer das formas, Portugal não está preparado mentalmente para a energia nuclear: seria impossível decidir a localização das centrais, tal seria a contestação das populações.

                  Comentário


                    #10
                    Para mim os resultados apresentados não são novidade e até já me tinha referido a eles em outros topicos, se analizarmos todo o ciclo de vida de uma eolica, este tipo de energia não é atractiva como se diz.
                    È obvio que em todas estas decisões existe sempre uma percentagem de politica e nessa o Socrates esteve bem, aproveitou-se do medo irracional das pessoas pelo nuclear e promoveu o eolico, que essa não é a melhor solução para um pais muito deficitario energeticamente todos os tecnicos nesta area sabem, mas politicamente foi esperto, as pessoas adoraram, e quando ele for embora os problemas continuam e os anos passaram e os milhões de euros foram gastos, enquanto isso a Espanha vai enriquecendo com a venda das turbinas.

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por eu Ver Post
                      Sim, principalmente na energia fotovoltaica. Mas na eólica, os preços estão a ficar verdadeiramente competitivos.

                      Mas pensam que a energia nuclear é barata? Vejam o que se passa na Finlândia com a construção do moderno reactor: http://www.nytimes.com/2009/05/29/bu...nt/29nuke.html

                      De qualquer das formas, Portugal não está preparado mentalmente para a energia nuclear: seria impossível decidir a localização das centrais, tal seria a contestação das populações.
                      Vê antes o preço a que é produzida na França e Espanha com os reactores da geração anterior. Um novo modelo de reactor nunca é exemplo de nada, uma vez estabilizada a tecnologia e iniciada a produção em massa os custos baixam, tal como acontece no sector automóvel.

                      De qualuquer modo nós consumimos energia nuclear em Portugal em larga proporção sem ter os custos políticos de a implementar, para quê o governo meter-se nisso? Vão ver às facturas da EDP. Mais de 5% em Fevereiro.

                      Comentário


                        #12
                        Originalmente Colocado por VitorPatricio Ver Post
                        Para mim os resultados apresentados não são novidade e até já me tinha referido a eles em outros topicos, se analizarmos todo o ciclo de vida de uma eolica, este tipo de energia não é atractiva como se diz.
                        È obvio que em todas estas decisões existe sempre uma percentagem de politica e nessa o Socrates esteve bem, aproveitou-se do medo irracional das pessoas pelo nuclear e promoveu o eolico, que essa não é a melhor solução para um pais muito deficitario energeticamente todos os tecnicos nesta area sabem, mas politicamente foi esperto, as pessoas adoraram, e quando ele for embora os problemas continuam e os anos passaram e os milhões de euros foram gastos, enquanto isso a Espanha vai enriquecendo com a venda das turbinas.
                        Irracional é a conversa do nuclear, mas quem o quiser devia ir viver para a Ucrania onde existem cidades ao abandono por estarem em zonas cheias de radiações.

                        Portugal tem fontes e energias que chegam e sobram só tem que ser exploradas devidamente, tou a falar da energia que se pode explorar dos barragens , rios, eolica, solar, podiamos explorar enegia das maré, etc.

                        Comentário


                          #13
                          Originalmente Colocado por VitorPatricio Ver Post
                          Para mim os resultados apresentados não são novidade e até já me tinha referido a eles em outros topicos, se analizarmos todo o ciclo de vida de uma eolica, este tipo de energia não é atractiva como se diz.
                          È obvio que em todas estas decisões existe sempre uma percentagem de politica e nessa o Socrates esteve bem, aproveitou-se do medo irracional das pessoas pelo nuclear e promoveu o eolico, que essa não é a melhor solução para um pais muito deficitario energeticamente todos os tecnicos nesta area sabem, mas politicamente foi esperto, as pessoas adoraram, e quando ele for embora os problemas continuam e os anos passaram e os milhões de euros foram gastos, enquanto isso a Espanha vai enriquecendo com a venda das turbinas.
                          Mais uma vez a culpa é do Sócrates
                          Sabias que Portugal tem uma boa indústria eólica, que trouxe postos de trabalho e alguma competitividade na área? Assim de repente tens os nomes da Enercon em Viana do Castelo e a Martifer em Oliveira de Frades.

                          Eu era a favor do nuclear mas estou a chegar à conclusão de que não necessitamos de uma central cá! Basta aproveitar o que temos, os recursos não estão esgotados, bem pelo contrário. Eólicas no mar (com plataformas flutuantes por causa da nossa Costa Atlântica profunda), marés, ondas, as novas centrais de biomassa para aproveitar os resíduos florestais e reduzir os riscos de incênsio no Verão, etc.
                          Também temos de pensar na maneira como as nossas cidades estão pensadas. Onde se gasta mais energia e onde existe maior aglomerado populacional é precisamente o sítio onde não se produz quase energia nenhuma!

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por cuica Ver Post
                            Mais uma vez a culpa é do Sócrates
                            Sabias que Portugal tem uma boa indústria eólica, que trouxe postos de trabalho e alguma competitividade na área? Assim de repente tens os nomes da Enercon em Viana do Castelo e a Martifer em Oliveira de Frades.

                            Eu era a favor do nuclear mas estou a chegar à conclusão de que não necessitamos de uma central cá! Basta aproveitar o que temos, os recursos não estão esgotados, bem pelo contrário. Eólicas no mar (com plataformas flutuantes por causa da nossa Costa Atlântica profunda), marés, ondas, as novas centrais de biomassa para aproveitar os resíduos florestais e reduzir os riscos de incênsio no Verão, etc.
                            Também temos de pensar na maneira como as nossas cidades estão pensadas. Onde se gasta mais energia e onde existe maior aglomerado populacional é precisamente o sítio onde não se produz quase energia nenhuma!
                            Uma única central nuclear gera mais energia que todas as renováveis juntas e a diferença de preço já não deve ser muita. Já para não falar do enorme diferencial de custo do MWh.

                            As renovaveis são um magnifico negocio para quem vende os equipamentos e para quem vende a sua energia á rede eléctrica mas são uma ruína para os cofres do Estado. E o aproveitamento desse potencial energético é pouco interessante a nível de fonte de energia eléctrica para a rede.

                            Alem disso, o factor localização não é assim tão critico pois até já temos uma central nuclear bem junto á nossa fronteira

                            Outra coisa que seria interessante saber é porque o Governo investe tanto nas eólicas e solares e despreza por completo a centrais de biomassa?

                            Porque razão tambem existem tantos entraves e nenhuns apoios á micro-geração de energia por parte dos particulares?

                            Comentário


                              #15
                              Originalmente Colocado por Alpiger Ver Post
                              Uma única central nuclear gera mais energia que todas as renováveis juntas
                              Olha que não

                              As renováveis em Portugal, pelo menos a hídrica e eólica têm já uma potência instalada considerável.

                              Deixo aqui uma cópia da última factura que recebi, que é bastante elucidativa:

                              edp.gif

                              Nesta factura, quase metade da energia veio de energias renováveis o que é verdadeiramente excepcional.

                              Comentário


                                #16
                                Originalmente Colocado por Alpiger Ver Post
                                Alem disso, o factor localização não é assim tão critico pois até já temos uma central nuclear bem junto á nossa fronteira
                                Estás muito enganado. Viste a contestação que existiu à inofensiva co-incineração ?

                                Imagina só tentar o que seria tentar construir uma central nuclear em qualquer zona do País... é impossível.

                                Comentário


                                  #17
                                  Originalmente Colocado por eu Ver Post
                                  Olha que não

                                  As renováveis em Portugal, pelo menos a hídrica e eólica têm já uma potência instalada considerável.

                                  Deixo aqui uma cópia da última factura que recebi, que é bastante elucidativa:

                                  [ATTACH]74615[/ATTACH]

                                  Nesta factura, quase metade da energia veio de energias renováveis o que é verdadeiramente excepcional.

                                  Essa metade de energia renováveis depende de quem faz o gráfico, a energia eolica é gerada maioritariamente durante a noite, nas horas de menor consumo e em zonas(rurais) em que não é necessária, por isso a necessidade das mini-hidricas e respectiva bombagem, mas em todo este processo existem perdas, agora medimos o que a turbina produziu ou o que o realmente foi aproveitado realmente para a rede publica?

                                  Comentário


                                    #18
                                    Originalmente Colocado por Nephilim Ver Post
                                    Irracional é a conversa do nuclear, mas quem o quiser devia ir viver para a Ucrania onde existem cidades ao abandono por estarem em zonas cheias de radiações.

                                    Portugal tem fontes e energias que chegam e sobram só tem que ser exploradas devidamente, tou a falar da energia que se pode explorar dos barragens , rios, eolica, solar, podiamos explorar enegia das maré, etc.

                                    Nephilim tu ès impagável, para divertir o pessoal e caldeirar conceitos.

                                    Por acaso eu quando era teenager também era totalmente contra o nuclear, mais tarde tive que estudar diferentes formas de energia e tive que passar a olhar para o nuclear de outra maneira, porque a realidade é que essa é a unica solução duradoura para Portugal, se eu preferia que não fosse utilizada, preferia que não, preferia renováveis.

                                    Vamos à tua caldeirada: barragens, pouco mais podes fazer, algumas mini-hidricas, essa foi a aposta de sempre do antigo regime e agora Alqueva que ainda nem a segunda turbina está em funcionamento.

                                    Eolica podemos implantar mais alguns parques eolicos mas tem de haver mini-hidrica ao lado ou então serem junto a centros populacionais, o que é irreal.

                                    Solar não tem viabilidade nenhuma para produção de energia.

                                    Energia das marés existem projectos interessantes, mas até ao momento sem viabilidade.

                                    Biomassas em Portugal também pouca viabilidade tem.

                                    Por isso as tuas alternativas resumem-se a uma mão cheia de nada.

                                    Quanto à boca da Ucrânia, aproveita e vai tu.

                                    Comentário


                                      #19
                                      Não sendo um especialista na matéria penso que a melhor alternativa é mesmo o nuclear! Tem desvantagens, claro que sim eu preferia que a todas as nossas necessidades energéticas fossem totalmente supridas por meio de energia limpa mas temos que ser realistas, actualmente ainda não existe nenhum método viável de produção de energia em grande escala totalmente limpa e que não seja poluente. A Nuclear é o melhor compromisso das que não emitem emissões descontroladas como as termo eléctricas, se queremos evoluir temos que olhar para os países desenvolvidos e esses todos tem centrais nucleares. porque raio nós temos medo? Temos que ser realistas, temos que nos guiar pelos países ricos não pelos "velhos do Restelo".

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                                        #20
                                        Até posso estar a ser injusto com os autores do manifesto, apenas li a notícia e não os pontos, mas por norma há sempre alguns interesses por trás destas coisas.
                                        Quanto irão ser consultores ou presidentes das "alternativas" que pretendem.

                                        De qualquer maneira, depois leio isto melhor.

                                        Comentário


                                          #21
                                          Não sei até que ponto é que este manifesto liderado pelo M. Amaral e pelo IST não está mesmo direccionado para se concluir que a solução é o nuclear. Devagar, devagarinho, daqui por umas 3 gerações...teremos uma central !

                                          Não sei para quê, pois os espanhois produzem para eles e a contar connosco.....mas pronto....é como os estádios do Euro, se os outros têm....carago, temos de ter !

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                                            #22
                                            Originalmente Colocado por cuica Ver Post
                                            Mais uma vez a culpa é do Sócrates
                                            Sabias que Portugal tem uma boa indústria eólica, que trouxe postos de trabalho e alguma competitividade na área? Assim de repente tens os nomes da Enercon em Viana do Castelo e a Martifer em Oliveira de Frades.

                                            Eu era a favor do nuclear mas estou a chegar à conclusão de que não necessitamos de uma central cá! Basta aproveitar o que temos, os recursos não estão esgotados, bem pelo contrário. Eólicas no mar (com plataformas flutuantes por causa da nossa Costa Atlântica profunda), marés, ondas, as novas centrais de biomassa para aproveitar os resíduos florestais e reduzir os riscos de incênsio no Verão, etc.
                                            Também temos de pensar na maneira como as nossas cidades estão pensadas. Onde se gasta mais energia e onde existe maior aglomerado populacional é precisamente o sítio onde não se produz quase energia nenhuma!
                                            Esta questão das energias renováveis e "limpas" é delicada e penso que ainda não é tão rentável como querem dar a entender. Éolico para mim será a mais rentável e mais limpa , mas mesmo assim pouco eficiente,devido a problemas de armazenamento de energia. A solar será menos rentável e também pouco eficiente, apesar aplicado por exemplo no aquecimento de águas, julgo ser rentável (nós cá em casa utilizamos). O que ouço Sócrates apregoar é barragens, ora para alguém que já foi ministro do Ambiente apregoar uma medida destas e não saber o perigo ambiental que as mesmas acarretam é de estranhar. Nuclear seria a mais rentável, mas implica custos elevadíssimos, tempo de construção e desmantelamento elevado e tratamento adequado e custo elevados de resíduos. Biomassa também não será a mais rentável, especialmente se baseado em produtos agrícolas. Conheço um caso interessante duma empresa que quer enveredar pela produção de combustível através da polpa da alfarroba, mas pergunto quão rentável será e que quantidade de combustível terá que produzir para poder ter sucesso no mercado.

                                            O caminho para mim, terá que passar pelo conjugar de aplicação de energia renovável com a eficiência energética. A ideia dos registos energéticos dos imóveis seria boa, se fosse feito duma forma séria, pena é que isso implica valores elevados. Logo em principio será mais uma medida tapa-olhos. Benefícios fiscais para quem instalar painéis solares para aquecimento de águas. Benefícios fiscais para quem decidir mudar para um veículo GPL. Já que Sócrates apregoa a utilização do carro eléctrico, passar legislação que permita os mesmos poderem circular nas estradas portuguesas e que sejam reconhecidos como um veículo normal ( julgo que esta situação não existe, mas se estiver enganado fico contente ). Etc, etc...


                                            Originalmente Colocado por eu Ver Post
                                            Estás muito enganado. Viste a contestação que existiu à inofensiva co-incineração ?

                                            Imagina só tentar o que seria tentar construir uma central nuclear em qualquer zona do País... é impossível.
                                            Pois, temos uma população na sua maioria inculta e que liga mais ao que se diz, do que como as coisas realmente são. Enquanto essa situação não mudar, vai ser difícil nós como País mudarmos...
                                            Editado pela última vez por Dannymad; 08 April 2010, 15:03.

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                                              #23
                                              Originalmente Colocado por VitorPatricio Ver Post
                                              Essa metade de energia renováveis depende de quem faz o gráfico
                                              Pois... a desvalorização dos factos que não suportam a nossa crença é uma prática comum...

                                              As estatísticas estão aí, na Direcção Geral de Energia e na REN. Todas elas mostram que as energias renováveis já têm um peso considerável na produção de energia eléctrica.

                                              Será uma conspiração?

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                                                #24
                                                Originalmente Colocado por Dannymad Ver Post
                                                Pois, temos uma população na sua maioria inculta e que liga mais ao que se diz, do que como as coisas realmente são.
                                                Exactamente. É por isso que digo que não estamos preparados para a energia nuclear. Além disso, seria necessário criar uma série de agências para lidar com a segurança do nuclear, os resíduos, etc, o que tornaria a energia nuclear muito mais cara do que o que se pensa.

                                                O que eu considero um verdadeiro crime ambiental é a fraca adesão aos painéis solares térmicos. Num País como o nosso, com muito sol, os painéis deviam ser obrigatórios em todas as casas (já são nas novas).

                                                É uma vergonha que não se aproveite este sol para aquecer as águas sanitárias: a maior parte das casas gasta gás importado caro para esta tarefa que podia ser feita de forma gratuita pelo sol.

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                                                  #25
                                                  Originalmente Colocado por VitorPatricio Ver Post
                                                  Vamos à tua caldeirada: barragens, pouco mais podes fazer, algumas mini-hidricas, essa foi a aposta de sempre do antigo regime e agora Alqueva que ainda nem a segunda turbina está em funcionamento.

                                                  Eolica podemos implantar mais alguns parques eolicos mas tem de haver mini-hidrica ao lado ou então serem junto a centros populacionais, o que é irreal.

                                                  Solar não tem viabilidade nenhuma para produção de energia.

                                                  Energia das marés existem projectos interessantes, mas até ao momento sem viabilidade.

                                                  Biomassas em Portugal também pouca viabilidade tem.

                                                  Por isso as tuas alternativas resumem-se a uma mão cheia de nada.
                                                  Não concordo. Se algumas fontes de energia renovável, como a hídrica, estão perto do seu potencial máximo, outras, como a eólica, estão praticamente inexploradas (falo no caso da instalação no mar, onde por acaso há mais vento!).
                                                  A biomassa tem MUITA viabilidade em Portugal, pois os resíduos industriais da indústria da madeira mas acima de tudo os resíduos resultantes da limpeza florestal estão a fazer nascer centrais de biomassa como cogumelos!
                                                  A energia das marés e ondas está quase inexplorada mas existe viabilidade, existem várias tecnologias em estudo.
                                                  A solar é uma boa opção para aquecimento de águas mas pode ser gerada electricidade sem ser com recurso a painéis fotovoltaicos. Lembro-me dos fornos solares e de motores Stirling, por exemplo.

                                                  O nuclear é bonito no papel mas implica:
                                                  - importar tecnologia.
                                                  - importar técnicos.
                                                  - formar técnicos nacionais.
                                                  - processar combustível.
                                                  - encontrar sítio seguro para combustível usado.

                                                  Fazendo bem as contas, acaba por ser mais económico (para já) continuar a comprar energia fora e apostar em renováveis mais viáveis. Quero com isto dizer, usar renováveis de última geração. A prova que existirá sustentabilidade será dada em 2013 (construção a partir deste ano). E mais não digo...

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                                                    #26
                                                    Originalmente Colocado por VitorPatricio Ver Post
                                                    Nephilim tu ès impagável, para divertir o pessoal e caldeirar conceitos.

                                                    Por acaso eu quando era teenager também era totalmente contra o nuclear, mais tarde tive que estudar diferentes formas de energia e tive que passar a olhar para o nuclear de outra maneira, porque a realidade é que essa é a unica solução duradoura para Portugal, se eu preferia que não fosse utilizada, preferia que não, preferia renováveis.

                                                    Vamos à tua caldeirada: barragens, pouco mais podes fazer, algumas mini-hidricas, essa foi a aposta de sempre do antigo regime e agora Alqueva que ainda nem a segunda turbina está em funcionamento.

                                                    Eolica podemos implantar mais alguns parques eolicos mas tem de haver mini-hidrica ao lado ou então serem junto a centros populacionais, o que é irreal.

                                                    Solar não tem viabilidade nenhuma para produção de energia.

                                                    Energia das marés existem projectos interessantes, mas até ao momento sem viabilidade.

                                                    Biomassas em Portugal também pouca viabilidade tem.

                                                    Por isso as tuas alternativas resumem-se a uma mão cheia de nada.

                                                    Quanto à boca da Ucrânia, aproveita e vai tu.
                                                    Entao para ti o nuclear seria a unica solução... e tudo o resto não presta

                                                    O nuclear tens um investimento altissimo, tem lixos radiactivos que ninguem sabe o que fazer com eles, nao tens um local para meter a central, só se fosse na ilha do corvo e mesmo assim... tem um risco enorme e um investimento para alimentar gulosos.

                                                    Quanto ás energias o problema é estarem mal aproveitadas, como a solar que se todas as coberturas dos predios e casa tivessem essa exploração a conversa era outra,a eolica igual e mesmo outras como por exemplo numa casa se promada de aguas tivesse um dinamo só o simples facto de se puxar um autoclismo já se estava a produzir energia

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Originalmente Colocado por VitorPatricio Ver Post
                                                      Nephilim tu ès impagável, para divertir o pessoal e caldeirar conceitos.

                                                      Por acaso eu quando era teenager também era totalmente contra o nuclear, mais tarde tive que estudar diferentes formas de energia e tive que passar a olhar para o nuclear de outra maneira, porque a realidade é que essa é a unica solução duradoura para Portugal, se eu preferia que não fosse utilizada, preferia que não, preferia renováveis.

                                                      Vamos à tua caldeirada: barragens, pouco mais podes fazer, algumas mini-hidricas, essa foi a aposta de sempre do antigo regime e agora Alqueva que ainda nem a segunda turbina está em funcionamento.

                                                      Eolica podemos implantar mais alguns parques eolicos mas tem de haver mini-hidrica ao lado ou então serem junto a centros populacionais, o que é irreal.

                                                      Solar não tem viabilidade nenhuma para produção de energia.

                                                      Energia das marés existem projectos interessantes, mas até ao momento sem viabilidade.

                                                      Biomassas em Portugal também pouca viabilidade tem.

                                                      Por isso as tuas alternativas resumem-se a uma mão cheia de nada.

                                                      Quanto à boca da Ucrânia, aproveita e vai tu.
                                                      A ideia é ou era construir 13 barragens em portugal, em breve vai arrancar a de Ribeiradio-Ermida (que são 2) o que vai fazer de Ermida a maior barragem vertical do pais. O Alqueva tem 2 turbinas e vai passar a ter outras 2, a produção vai duplicar.
                                                      O nuclear é muito lindo mas quem ia gostar de ter uma central perto de casa e onde se vão colocar os residuos? A Espanha está a abandonar o nuclear.

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Quero também puxar à baila a este tópico que já foi aprovada a construção de torres solares no Alentejo e Algarve

                                                        :: Portal das Energias Renováveis ::

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                                                          #29
                                                          Digamos que com o crescimento actual (China e Índia principalmente) nos próximos 10/20 anos o consumo energético do planeta vai subir exponencialmente.

                                                          A solução? Não existe para já, será com certeza um conjunto de soluções, em que o nuclear será uma delas. Mas não se esqueçam que o nuclear também é uma fonte de energia esgotável.

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            Originalmente Colocado por eu Ver Post
                                                            Pois... a desvalorização dos factos que não suportam a nossa crença é uma prática comum...

                                                            As estatísticas estão aí, na Direcção Geral de Energia e na REN. Todas elas mostram que as energias renováveis já têm um peso considerável na produção de energia eléctrica.

                                                            Será uma conspiração?

                                                            Eu fiz-te uma pergunta acerca dos gráficos que não conseguiste responder.

                                                            Em relação a valores e estudos manipulados tens muitos em Portugal.

                                                            O maior exemplo de manipulação nos ultimos anos foram os estudos da co-incineração que é tudo menos inofensiva, mas como gostam de enveredar por partidarismos... em vez de questões tecnicas.

                                                            Comentário

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