Todos conhecemos esta expressão e a sua questão filosófica (De onde viemos? Para onde vamos?), ainda talvez procuremos as resposta e vai também a ela dissertar sobre as várias teorias, sabemos assim de onde viemos pelo nosso passado e o que cumprimos, onde vamos de encontro aos nossos objectivos a que nos propomos, então nesta linha reflecte tudo que faz parte do seguimento da vida.
No meio disto existe uma coisa em falta, quem somos nós e esse caminho é feito por nós, pelo que para ser uma verdade é necessário uma vida para realizar isso e assim dizer a sua significância, que tem nossa vida num universo global.
O que somos? É o que define o nosso caminho. Somos nós. Bem sabemos o que somos pela nossa personalidade até seremos capazes de responder a esta questão, reflectir e perspectivar as nossas coisas e o que somos nós é que assim conseguimos responder a estas questões; todos na nossa maneira diferente, pelas nossas visões, praticamos aquilo que nós somos, o nosso caminho e o mundo, é este o nosso percurso de vida. E para construir isso é necessária a nossa vida; única!
Mas também cabe a uma disciplina filosófica responder e encontrar respostas ao que nos questionamos e aquilo que nós somos, feitos na nossa matéria, na nossa individualidade, por compostos únicos, mas encontrados nas demais coisas, assim que deveremos estudar o que tudo isto significa; construir aquilo que…
De onde viemos, quem somos, para onde vamos?...
Então o que somos é aqui o centro da questão, o papel principal para dar vida a este caminho que percorremos, a sua figura central ao que nós somos reflecte a cada passo que compõe a caminhada que vamos dando a um andamento sempre mais objectivo de encontro ao que desejamos, mas isto pode ir de encontro ao que queremos ser, então que isto que é um caminho muito pessoal que nos vai enriquecendo a nossa pessoa e construindo o que somos assim na nossa plenitude.
Assim somos tudo, realisticamente falando, o que desejamos, conforme os nossos desejos podemos construir o nosso perfil de pessoa, o que queremos e como desejamos ser, por muitas características variáveis, o aspecto que lhe damos é a unicidade de nós próprios, assim somos nós.
Mas há momentos, nunca o pensaste?, há momentos em que tudo se nos abisma até à fadiga. O desânimo sem fundo. A vertigem para lá de qualquer significação. Nós somos o artifício de nós. Mas é aí que construímos a legitimação de se existir. Somos duplos do que somos e por baixo da camada que nos torna plausíveis há uma outra realidade que revela o plausível em ficção. O que somos não é. O que somos é o que resta depois de tudo se dissipar. O falso de nós é que é verdadeiro. Ou ao contrário, não sei.
Vergílio Ferreira, in PensarSomos aquilo que desejamos ser, do que fomos ao que iremos, o nosso presente faz-se daquilo que somos.
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