Lisboa não terá a tradicional árvore de Natal gigante
Do brilho menos intenso e glamoroso ao "apagão" total nas iluminações de Natal. Não há como contornar a crise e as autarquias estão a aplicar em força o verbo "cortar". Em Loures e Palmela não haverá luzes. Em Lisboa, não será montada a tradicional árvore gigante.
Devido às restrições financeiras, o valor gasto pela Câmara de Loures em iluminações de Natal "será zero". O ano passado, a autarquia gastou 100 mil euros para embelezar várias freguesias, mas optou agora por uma medida radical. Palmela decidiu fazer o mesmo, invocando "a difícil situação que o país atravessa".
Em toda a zona Centro e Sul do país, haverá poupanças significativas nas iluminações de Natal. Alguns municípios assumem mesmo que o investimento cairá para metade, devido à crise.
Lisboa alinha no mesmo espírito de contenção, mas o investimento mantém-se elevado. A Câmara vai desembolsar 846 mil euros este ano, quando, em 2009, gastou 1,1 milhões de euros. Serão 49 as artérias iluminadas - mais do que no ano passado - mas as decorações são bem menos glamorosas e as luzes escolhidas têm maior eficiência energética.
Contudo, na capital, a face mais visível da crise é a ausência da árvore gigante que era habitualmente montada no Parque Eduardo VII (chegou a estar na Praça do Comércio) numa parceria entre a autarquia, a Zon e a Better World.
Em Oeiras, o corte nas iluminações é de 30%, mais 5% do que na Amadora. Cascais vai gastar perto de 70 mil euros, cortando 68% nos gastos. Em Odivelas, a Câmara ainda não decidiu se vai investir em iluminação, tal como a Moita, Leiria e Figueira da Foz. Em Santarém, a questão também está ainda a ser analisada, mas o presidente Moita Flores garante, para já, que o corte será de 50%. "Estamos pobres mas não chegámos à miséria. Temos de continuar a dar sentido a esta quadra", frisou.
No distrito de Setúbal, Almada anuncia um corte de 46%, prevendo gastar 75 mil euros. No Seixal, serão gastos 60 mil euros, menos 20 mil que em 2009. Em Setúbal, o investimento é de 66 mil euros, menos 15 mil do que em 2009. Serão utilizadas lâmpadas de tecnologia LED.
Em Coimbra, o corte será de 10% e os custos deverão rondar os 90 mil euros. Em Cantanhede, a Câmara diz que a quadra vai ser assinalada de forma "simbólica", com recursos da autarquia.
Beja prepara-se para gastar cerca de 20 mil euros, o que significa um corte de 40% no investimento. Faro corta 40%. Não serão gastos mais de 70 mil euros na cidade. As sedes das freguesias rurais terão "um apontamento simbólico alusivo à quadra".
JN
Do brilho menos intenso e glamoroso ao "apagão" total nas iluminações de Natal. Não há como contornar a crise e as autarquias estão a aplicar em força o verbo "cortar". Em Loures e Palmela não haverá luzes. Em Lisboa, não será montada a tradicional árvore gigante.
Devido às restrições financeiras, o valor gasto pela Câmara de Loures em iluminações de Natal "será zero". O ano passado, a autarquia gastou 100 mil euros para embelezar várias freguesias, mas optou agora por uma medida radical. Palmela decidiu fazer o mesmo, invocando "a difícil situação que o país atravessa".
Em toda a zona Centro e Sul do país, haverá poupanças significativas nas iluminações de Natal. Alguns municípios assumem mesmo que o investimento cairá para metade, devido à crise.
Lisboa alinha no mesmo espírito de contenção, mas o investimento mantém-se elevado. A Câmara vai desembolsar 846 mil euros este ano, quando, em 2009, gastou 1,1 milhões de euros. Serão 49 as artérias iluminadas - mais do que no ano passado - mas as decorações são bem menos glamorosas e as luzes escolhidas têm maior eficiência energética.
Contudo, na capital, a face mais visível da crise é a ausência da árvore gigante que era habitualmente montada no Parque Eduardo VII (chegou a estar na Praça do Comércio) numa parceria entre a autarquia, a Zon e a Better World.
Em Oeiras, o corte nas iluminações é de 30%, mais 5% do que na Amadora. Cascais vai gastar perto de 70 mil euros, cortando 68% nos gastos. Em Odivelas, a Câmara ainda não decidiu se vai investir em iluminação, tal como a Moita, Leiria e Figueira da Foz. Em Santarém, a questão também está ainda a ser analisada, mas o presidente Moita Flores garante, para já, que o corte será de 50%. "Estamos pobres mas não chegámos à miséria. Temos de continuar a dar sentido a esta quadra", frisou.
No distrito de Setúbal, Almada anuncia um corte de 46%, prevendo gastar 75 mil euros. No Seixal, serão gastos 60 mil euros, menos 20 mil que em 2009. Em Setúbal, o investimento é de 66 mil euros, menos 15 mil do que em 2009. Serão utilizadas lâmpadas de tecnologia LED.
Em Coimbra, o corte será de 10% e os custos deverão rondar os 90 mil euros. Em Cantanhede, a Câmara diz que a quadra vai ser assinalada de forma "simbólica", com recursos da autarquia.
Beja prepara-se para gastar cerca de 20 mil euros, o que significa um corte de 40% no investimento. Faro corta 40%. Não serão gastos mais de 70 mil euros na cidade. As sedes das freguesias rurais terão "um apontamento simbólico alusivo à quadra".
JN
Em Lisboa podiam ser um bocado mais poupados. Gastar quase um milhão de euros em iluminações de Natal é um absurdo.
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