Criança morre atropelada por carrinha escolar

[Lagarto]

Criança morre atropelada por carrinha escolar

Menino de 20 meses foi arrastado
00h30m

LUÍS HENRIQUE OLIVEIRA


Os pais do menor, José Frutuoso e Rosa Pereira, querem ver apuradas as responsabilidades do acidente

Um menino de 20 meses morreu ontem, sexta-feira, atropelado por uma carrinha de transporte escolar. O trágico acidente ocorreu pouco antes das 9 horas, mesmo em frente à casa onde vivia, em Navió, Ponte de Lima. A família pretende levar o caso "até às últimas instâncias".
Segundo a avó do pequeno Marcos, Sameiro Silva, tudo se passou no momento em que ela saiu de casa para acompanhar uma neta à carrinha de transporte escolar, propriedade da junta de freguesia.
"Ele saiu, então, para a rua, enquanto eu levava a minha neta. Tive de ir por trás da carrinha para a meter no transporte, pelo que, por instantes, não o vi. Nesse meio tempo, ele foi para a frente do carro com um brinquedo. E foi nesse preciso momento que a carrinha arrancou, levando-o à frente", conta, profundamente transtornada, a avó do menor, assinalando que, mal o viu, deitado debaixo do veículo, junto à roda da frente, gritou para a condutora parar a viatura.
"Fui em desespero, a correr e a gritar, para que ela parasse a carrinha. Não andou mais de uns quatro, cinco metros. Mas ele estava muito ferido. Tinha o rosto todo negro. Peguei nele ao colo, mas ele não reagia. Só me apercebi dele abrir uma mão. Depois disso, nada", acrescentou, desolada.
Ao local, situado a meio caminho entre a sede de concelho e Barcelos, acorreram, de imediato, os bombeiros e o INEM, cujas equipas procederam, durante cerca de uma hora, a manobras de reanimação, esforço que viria, contudo, a revelar-se infrutífero. O óbito foi declarado no local, tendo, depois, o corpo do menino sido conduzido ao gabinete de Medicina Legal do Hospital de Viana do Castelo.


"Aqui houve negligência"

Mãe da criança, Rosa Pereira não escondia, ontem, a sua revolta, dando conta que é intenção da família "ir até às últimas instâncias no apuramento das responsabilidades do sucedido, para que uma tragédia como esta não volte mais a acontecer", pondo em causa os procedimentos do transporte escolar.
"Um acidente estúpido como este roubou a vida ao meu filho. Ninguém me dá o meu filho de volta, mas pretendemos apurar as responsabilidades do que aconteceu e ir com isto até ao fim. A culpa não pode morrer solteira. Aqui houve negligência. Alguém não fez o trabalho em condições", repetiu Rosa Pereira.

Criança morre atropelada por carrinha escolar - JN

Ponte de Lima
Bebé morre atropelado por carrinha de transporte escolar

Colhido pela carrinha que leva as crianças para a escola. Pais pedem responsabilidades e dizem que quem conduzia a carrinha não cumpriu as regras de segurança.

Bebé morre atropelado por carrinha de transporte escolar - Exclusivo CM - Correio da Manhã

Portanto, a avó da criança deixa-a sozinha, possivelmente com a porta da casa aberta e o motorista da carrinha escolar é que é culpado? Alguém me consegue explicar como é que o condutor conseguia ver e aperceber-se da presença da criança deitada na estrada debaixo da carrinha junto à roda da frente? Só espero que o motorista seja, de facto, ilibado de quaisquer consequências, porque aqui só vejo um responsável: a avó da criança.

[air]

Será um não assumir de responsabilidade ou um querer fazer dinheiro à custa da própria desgraça?

A avó é culpada, em teoria, embora falhas existam sempre e é muito complicado ter 100% os olhos em cima de crianças. No máximo ninguém teve culpa e tratou-se de uma tragédia. A negligência da avó fica sempre marcada.

A condutora da carrinha nada poderia fazer, como é óbvio.

[Porco]

Eu sou da opinião que isto pode acontecer a qualquer um que lida com crianças. Acho que foi uma fatalidade. Quantos de nós que lidamos com crianças já estivemos pelo menos uma vez na vida numa situação potencialmente perigosa devido a 5 ou 10 segundos de distração? Os humanos não são máquinas e é impossível controlar tudo e todos na perfeição, durante 24 horas por dia. Casos como este podem acontecer, infelizmente.

[air]

Eu sou da opinião que isto pode acontecer a qualquer um que lida com crianças. Acho que foi uma fatalidade. Quantos de nós que lidamos com crianças já estivemos pelo menos uma vez na vida numa situação potencialmente perigosa devido a 5 ou 10 segundos de distração? Os humanos não são máquinas e é impossível controlar tudo e todos na perfeição, durante 24 horas por dia. Casos como este podem acontecer, infelizmente.

Concordo plenamente com o que dizes. O que está mal aqui é a família tentar meter a responsabilidade em outra pessoa, que não tem culpa!

[pacxito]

Concordo plenamente com o que dizes. O que está mal aqui é a família tentar meter a responsabilidade em outra pessoa, que não tem culpa!

E que não deve ter ficado psicologicamente em bom estado depois de matar uma criança, ainda que de forma completamente involuntária.

[Pitest]

Não é justo culpar alguém, nem a avó que a deixou sozinha, pois pode acontecer a qualquer um. Imagino a dor que a avó da criança não esteja a sentir. Muito menos o condutor, que não tem visão de uma criança deitada à frente da carrinha, e psicológicamente deve estar muito afectado. Foi um acidente terrível.

[warmthboy]

Pode acontecer a qualquer um , e todos nós temos uma ideia como se comportam as crianças daquela idade. Um minuto ao pé de nós e num ápice já não está lá.

O que me parece incorrecto é a família querer descartar qq tipo de responsabilidade atribuindo-a à condutora...

[point]

Houve negligência sim, da avó...

Infelizmente, tendo em conta o funcionamento da nossa justiça, o motorista da carrinha está entalado.... se tivesse atropelado a criança de propósito estava safo e ainda lhe davam uma indemnizaçãozita....

[RAD]

Eu até compreendo, ou posso tentar compreender, a dor de uma mãe que perdeu um filho. O que não aceito é que atire as culpas para cima da condutora da carrinha, quando a falha, perdoável ou não, foi unicamente da avó da criança.

[zerenau5]

Eu até compreendo, ou posso tentar compreender, a dor de uma mãe que perdeu um filho. O que não aceito é que atire as culpas para cima da condutora da carrinha, quando a falha, perdoável ou não, foi unicamente da avó da criança.

Concordo plenamente contigo, a avó é que deixa a criança sair, e depois a culpa é do motorista. Mas também temos que pensar que, se fosse connosco, também o faríamos, mas mesmo assim acho que não deveriam estar a meter as culpas para o motorista. Os meus sentimentos à família da criança.

[ptsyndicate]

Isto revolta-me, eu pelo que percebi da noticia o condutor não tem qualquer culpa sendo total negligência da avó (mas infelizmente "acontece", quantos de nós não temos histórias de braços, dentes, cabeças partidas porque tiraram os olhos por uns segundos de cima de nós..).

Agora eu no lugar do condutor, se me houvesse tentativa de me responsabilizarem neste caso, iria era eu até às últimas consequências para ser eu a ter uma indemnização.

[caditonuno]

eu compreendo o sofrimento e revolta dos pais e restante família, mas eles não tiveram a noção de que a condutora não viu a criança porque esta nem 2 anos tinha e provavelmente até se deve ter sentado pertinho do pára choques frontal por ser um sítio quente. agora querem ver que a partir de agora todos os condutores de carrinhas, não só de serviço escolar, mas assistência social, bombeiros, etc, têm que ir ver se está uma criança, animal ou alguém maior de idade na frente da carrinha?

provavelmente a condutora nem saiu (supondo eu) e ao tentar controlar ou acomodar alguma outra criança dentro da carrinha nao viu o miudo meter-se. só assumo a raiva dos pais se for essa a expcação, não ter olhado o tempo todo para a estrada.

[Lagarto]

eu compreendo o sofrimento e revolta dos pais e restante família, mas eles não tiveram a noção de que a condutora não viu a criança porque esta nem 2 anos tinha e provavelmente até se deve ter sentado pertinho do pára choques frontal por ser um sítio quente. agora querem ver que a partir de agora todos os condutores de carrinhas, não só de serviço escolar, mas assistência social, bombeiros, etc, têm que ir ver se está uma criança, animal ou alguém maior de idade na frente da carrinha?

provavelmente a condutora nem saiu (supondo eu) e ao tentar controlar ou acomodar alguma outra criança dentro da carrinha nao viu o miudo meter-se. só assumo a raiva dos pais se for essa a expcação, não ter olhado o tempo todo para a estrada.

A condutora não tem que estar atenta à estrada quando a carrinha está parada, tem é que estar atenta às crianças que estão dentro da carrinha ou a entrar para dentro da mesma.

[Pitest]

Os pais estão muito revoltados, talvez até tivessem dito aquilo "a quente". Quando o raciocínio voltar, talvez se apercebam que o condutor não teve culpa no acidente!

Já não basta o condutor estar com uma morte de uma criança no seu currículo, para ainda o culparem quando este não tem culpa.

[tonyV]

Tenho pena da criança e do condutor(a). O resto é m**** humana.

[caditonuno]

A condutora não tem que estar atenta à estrada quando a carrinha está parada, tem é que estar atenta às crianças que estão dentro da carrinha ou a entrar para dentro da mesma.

eu não disse nada em contrário. só disse é que os pais podiam arranjar algum caso por esta perspectiva, o da desatenção da condutora.