Artistas morrem para salvar vidas
12h08m
Fernando Basto
Alicia Keys, Lenny Kravitz, Justin Timberlake e Usher estão mortos. E prometem só "renascer" quando a Fundação Keep a Child Alive angariar um milhão de dólares (cerca de 753 mil euros) em donativos para acudir aos 16,6 milhões de órfãos vítimas da sida.
foto Danny Moloshok/ReutersAlicia Keys
Grandes nomes da cena musical suspenderam o seu convívio diário nas redes sociais Twitter e Facebook, desde o passado dia 1. Não estão zangados com os seus inúmeros fãs. Apenas pretendem alertar a opinião pública para a necessidade de apoiar as crianças órfãs por causa da sida.
"Sacrifico a minha vida digital para dar vida real aos milhões de crianças afectadas pela sida na África e Ásia", diz Alicia Keys na sua última mensagem - e testamento, como lhe chama - colocada na redes sociais Tweet e Facebook.
A cantora não morreu só. Com ela, vários outros nomes de peso dormem um sono profundo. Entre eles estão Lenny Kravitz, Justin Timberlake, Lady Gaga, Ryan Seacrest, Serena Williams e Usher.
Para que retomem a sua vida virtual, tudo o que pedem é que os seus fãs e amigos comprem as suas vidas. O mesmo é dizer que contribuam com donativos em dinheiro para apoiar os milhões de crianças órfãs que sofrem por causa da sida em África e Índia.
Para tanto, a Fundação Keep a Child Alive criou um espaço próprio com o endereço Keep a Child Alive - DIGITAL DEATH. Ali, os fãs poderão ver os seus ídolos deitados dentro de uma urna fúnebre, ouvir e ver o testamento de Alicia Keys - que preside à Fundação - e ajudar a comprar as suas vidas, através de donativos. Um gráfico, com a forma de um caixão, vai mostrando o valor das ofertas recolhidas em tempo real. Até hoje, segunda-feira, a urna angariou, apenas, cerca de 300 mil dólares (cerca de 226 mil euros).
É sugerida a doação de montantes no valor de 30, 60 e 100 dólares, mas há a possibilidade de os fãs doarem outros montantes. O pagamento é feito através de cartões de crédito.
De igual forma, os próprios fãs podem também morrer virtualmente, suspendendo a sua participação no Facebook e Twitter, deixando o aviso, com foto, no mesmo "cemitério" onde se encontram os seus artistas predilectos.
"Juntos, com um pequeno sacrifício virtual nosso, podemos dar a milhões de vidas reais os cuidados, amor e esperança que merecem. Podemos dar-lhes vida - a única coisa sem a qual nenhum de nós consegue viver", lê-se no site.
A Fundação Keep a Child Alive sustenta que viver é mais do que simplesmente existir e que, infelizmente, a vida não pode ser comprada sob a forma de comprimido.
"Mais do que os medicamentos, os milhões de crianças órfãs de África e Ásia necessitam de alimentos, abrigo e educação", alertam.
12h08m
Fernando Basto
Alicia Keys, Lenny Kravitz, Justin Timberlake e Usher estão mortos. E prometem só "renascer" quando a Fundação Keep a Child Alive angariar um milhão de dólares (cerca de 753 mil euros) em donativos para acudir aos 16,6 milhões de órfãos vítimas da sida.
foto Danny Moloshok/ReutersAlicia Keys
Grandes nomes da cena musical suspenderam o seu convívio diário nas redes sociais Twitter e Facebook, desde o passado dia 1. Não estão zangados com os seus inúmeros fãs. Apenas pretendem alertar a opinião pública para a necessidade de apoiar as crianças órfãs por causa da sida.
"Sacrifico a minha vida digital para dar vida real aos milhões de crianças afectadas pela sida na África e Ásia", diz Alicia Keys na sua última mensagem - e testamento, como lhe chama - colocada na redes sociais Tweet e Facebook.
A cantora não morreu só. Com ela, vários outros nomes de peso dormem um sono profundo. Entre eles estão Lenny Kravitz, Justin Timberlake, Lady Gaga, Ryan Seacrest, Serena Williams e Usher.
Para que retomem a sua vida virtual, tudo o que pedem é que os seus fãs e amigos comprem as suas vidas. O mesmo é dizer que contribuam com donativos em dinheiro para apoiar os milhões de crianças órfãs que sofrem por causa da sida em África e Índia.
Para tanto, a Fundação Keep a Child Alive criou um espaço próprio com o endereço Keep a Child Alive - DIGITAL DEATH. Ali, os fãs poderão ver os seus ídolos deitados dentro de uma urna fúnebre, ouvir e ver o testamento de Alicia Keys - que preside à Fundação - e ajudar a comprar as suas vidas, através de donativos. Um gráfico, com a forma de um caixão, vai mostrando o valor das ofertas recolhidas em tempo real. Até hoje, segunda-feira, a urna angariou, apenas, cerca de 300 mil dólares (cerca de 226 mil euros).
É sugerida a doação de montantes no valor de 30, 60 e 100 dólares, mas há a possibilidade de os fãs doarem outros montantes. O pagamento é feito através de cartões de crédito.
De igual forma, os próprios fãs podem também morrer virtualmente, suspendendo a sua participação no Facebook e Twitter, deixando o aviso, com foto, no mesmo "cemitério" onde se encontram os seus artistas predilectos.
"Juntos, com um pequeno sacrifício virtual nosso, podemos dar a milhões de vidas reais os cuidados, amor e esperança que merecem. Podemos dar-lhes vida - a única coisa sem a qual nenhum de nós consegue viver", lê-se no site.
A Fundação Keep a Child Alive sustenta que viver é mais do que simplesmente existir e que, infelizmente, a vida não pode ser comprada sob a forma de comprimido.
"Mais do que os medicamentos, os milhões de crianças órfãs de África e Ásia necessitam de alimentos, abrigo e educação", alertam.
Completamente estupida esta iniciativa, não era mais fácil e digno cada um dos artistas doar um milhão de dólares? Para eles, devem ser trocos.
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