Anúncio

Collapse
No announcement yet.

Ensino Público versus Ensino Privado (PR promulga após alterações ao texto inicial)

Collapse

Ads nos topicos Mobile

Collapse

Ads Nos topicos Desktop

Collapse
X
Collapse
Primeira Anterior Próxima Última
 
  • Filtrar
  • Tempo
  • Show
Clear All
new posts

    [Política] Ensino Público versus Ensino Privado (PR promulga após alterações ao texto inicial)

    Tomando como base estes dois artigos o que pensam disto ?

    O 1º é uma análise do diário económico. O 2º o relato de uma manifestação que ocorreu ontem, dia 14 em Leiria.


    O grande educador | Económico

    O Governo britânico anunciou há dias uma ambiciosa reforma na educação. Não falo do aumento das propinas, na origem dos tumultos nas ruas de Londres, mas da publicação do livro branco “The importance of teaching”, que pretende abrir o debate sobre o ensino pré-universitário.

    O livro que avança com duas ideias chave: apostar na formação dos professores e aumentar a autonomia/responsabilidade das escolas. Esta opção política é abundantemente fundamentada ao longo do texto, em especial nos resultados (OCDE/PISA) dos países que fizeram essa aposta, desde o Oriente à Escandinávia. No prólogo, assinado pela nova dupla Cameron-Clegg, reafirma-se a aposta na variedade das escolas e na liberdade de escolha das famílias.

    Não deixa de ser curioso (ou trágico?) que entre nós se caminhe no sentido oposto. Para além de desmotivar os professores, ao longo dos últimos anos, o Governo pretende agora alterar o regime dos contratos celebrados com as escolas não estatais. Convém dizer que existem em Portugal, há mais de trinta anos, vários mecanismos de apoio às escolas privadas, de origem religiosa ou laica, direccionados para as famílias com baixos rendimentos.

    As escolas particulares com contrato de associação estão abertas ao público em condições idênticas às de qualquer outra escola. Sujeitam-se às regras contratualizadas com o Estado, não podendo por exemplo seleccionar os seus alunos. Por isso, apesar de não serem detidas pelo Estado, estas escolas prestam um serviço público. Existem 93 escolas, por esse país fora, com um "contrato de associação" com o Estado, onde estudam cerca de 53 mil alunos. Estão geralmente localizadas em zonas onde a oferta pública é insuficiente.

    A experiência tem mostrado que estas escolas saem mais baratas ao Estado e alcançam melhores resultados do que as escolas do Ministério da Educação. Basta analisar os ‘rankings' e os resultados dos exames nacionais, como fez há dias José Manuel Fernandes, para perceber isso mesmo.

    Estes dois factos deveriam levar o Governo, se estivesse realmente preocupado com a qualidade educativa, em acarinhar quem presta um bom serviço social. Em vez disso, José Sócrates e a sua sempre sorridente ministra da educação querem controlar tudo. Com a desculpa da crise, aprovam um decreto que torna limitados e precários os contratos com as escolas não estaduais. Se o diploma não for vetado (como se espera do Presidente da República), o efeito prático é limitar a autonomia dessas escolas, tornando a liberdade de escolha um exclusivo dos mais ricos.

    Exactamente o contrário do se faz nos países com melhores resultados educativos.

    Sócrates está usar a crise para impor a sua agenda ideológica. Ao invés de emagrecer o Estado estende a sua mão controladora. Em vez de garantir a qualidade e variedade do ensino, os burocratas do ministério querem educar directamente todas as criancinhas. Eis o sonho do estado totalitário: ser o grande educador do povo, formatar as nossas cabeças e dos nossos filhos. Se nós deixarmos.


    Protesto contra cortes junta escolas - Ensino - Correio da Manhã

    Ensino: Alunos do privado manifestam-se pelos contratos de associação
    Protesto contra cortes junta escolas

    Uma caminhada pela manutenção dos contratos de associação entre o Estado e as escolas privadas juntou ontem, em Leiria, os colégios de Nossa Senhora de Fátima e Conciliar de Maria Imaculada e a Escola de Formação Social, que representam mais de 1300 estudantes. Com frases-chave inscritas em cartazes, como "liberdade", "escolha" e "ensino", os manifestantes defenderam que o modelo actual "é melhor e tem menos custos para o País".


    Os alunos, acompanhados por pais e professores, manifestaram-se entre as 14h30 e as 17h00, fazendo a pé o percurso entre as respectivas escolas, o centro da cidade e a Câmara. Na manifestação, organizada pelas associações de pais e direcções das escolas, foram entoadas palavras como "respeito" e "igualdade". "Temos qualidade" e "queremos existir" foram algumas das frases exibidas em cartazes, ao som de vuvuzelas.

    O presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação do Colégio de Nossa Senhora de Fátima considera que acções como esta podem fazer recuar o Governo. "Eu acredito que sim. Por isso é que estamos aqui a trabalhar e, sobretudo, a informar, porque creio que há uma falta de informação muito grande da população sobre esta questão", disse Carlos Carvalho.
    A Câmara de Leiria vai reunir o Conselho Municipal da Educação para analisar o "impacto" da decisão governamental, que "a autarquia vê com muita preocupação", pela influência que terá na sustentabilidade do ensino no concelho.

    "EM VEZ DE TESTES, FAZEMOS MANIFESTAÇÕES"
    "A instabilidade que foi criada faz com que, em vez de andarmos preocupados com os testes e as notas, tenhamos de fazer manifestações", disse ao CM João Muñoz, vice-presidente da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo. O diploma do Governo aguarda promulgação presidencial e o dirigente tem esperança de que Cavaco Silva trave as medidas previstas.

    Albino Almeida, presidente da Confederação Nacional de Associações de Pais (Confap), critica a intenção do Governo de que os contratos de associação tenham a duração de um ano. "Não é uma medida razoável nos locais onde não há alternativa na rede pública. As famílias não matricularão os filhos sem saber o que se passará no ano seguinte", disse.

    ENCERRAMENTO PREOCUPA BISPOS
    A manifestação de ontem em Leiria aconteceu um dia após os bispos do Centro, reunidos em Coimbra, terem demonstrado a sua "apreensão" pela alteração do regime de contrato entre o Estado e as instituições particulares de ensino e a revisão do modelo de financiamento das escolas. "Este problema causa-nos apreensão. Se há escolas particulares que vão manter-se, embora com dificuldades, outras terão mesmo de encerrar", disse o bispo de Coimbra, D. Albino Cleto. Lembrou ainda que em causa estão 93 escolas particulares com contratos de associação com o Estado, algumas das quais, caso encerrem, "terão de pagar indemnizações a professores". Os bispos da região Centro analisaram ainda o "direito" das famílias a escolherem "a escola que acharem melhor para os seus filhos". O diploma que altera o regime de contrato entre o Estado e as instituições particulares de ensino foi aprovado em Novembro em Conselho de Ministros.

    #2
    Não li na totalidade, mas se falarmos do valor das propinas em UK é algo irreal!
    Um curso publico a custar mais de 10000eur é absurdo! E querem aumentar para os 40000eur!

    Comentário


      #3

      Comentário


        #4
        Originalmente Colocado por Taveirada Ver Post
        Não li na totalidade, mas se falarmos do valor das propinas em UK é algo irreal!
        Um curso publico a custar mais de 10000eur é absurdo! E querem aumentar para os 40000eur!
        Estamos a falar dos 1º, 2º e 3º ciclo.

        Comentário


          #5
          É claro que as escolas privadas saem mais baratas ao estado. Mas nem todas as pessoas têm 500€ (ou mais) para despejar numa escola todos os meses.

          Portanto, Ensino Privado = Respeito e Igualdade?

          Igualdade entre os que podem pagar, certo?

          Comentário


            #6
            Originalmente Colocado por Movyk Ver Post
            É claro que as escolas privadas saem mais baratas ao estado. Mas nem todas as pessoas têm 500€ (ou mais) para despejar numa escola todos os meses.

            Portanto, Ensino Privado = Respeito e Igualdade?

            Igualdade entre os que podem pagar, certo?
            Não.

            A questão é que com os contratos de associação ainda em vigor há muita gente que não paga mensalidade ou paga muito pouco.

            Assim consegue-se essa tal igualdade.

            A ser revogado o contrato de associação isso deixará de acontecer e as escolas privadas ficam acessíveis apenas para quem pode pagar valores elevados.
            Portanto a igualdade acaba-se sim.

            Comentário


              #7
              Originalmente Colocado por Movyk Ver Post
              É claro que as escolas privadas saem mais baratas ao estado. Mas nem todas as pessoas têm 500€ (ou mais) para despejar numa escola todos os meses.

              Portanto, Ensino Privado = Respeito e Igualdade?

              Igualdade entre os que podem pagar, certo?
              Creio que não é assim tão privado o que ali se fala, é aquelas escolas privadas, mas que recebem uns milhares de €€, para o ensino público, como retratam os artigos colocados pelo Omega.

              Todos os profissionais devem ter formações, updates, o mesmo se passará com um professor.

              Quanto ao ensino público vs privado passei 12 no público e 6 no privado.
              Em ambos os lados há bons e maus profissionais, exige-se mais equipamento aos privados, no meu caso sendo de ciclos completamente diferentes, pouco mais dá para comparar, apesar de, achar que no privado há mais proximidade e acompanhamento.
              Editado pela última vez por Valium; 16 December 2010, 00:40.

              Comentário


                #8
                Originalmente Colocado por Movyk Ver Post
                É claro que as escolas privadas saem mais baratas ao estado. Mas nem todas as pessoas têm 500€ (ou mais) para despejar numa escola todos os meses.

                Portanto, Ensino Privado = Respeito e Igualdade?

                Igualdade entre os que podem pagar, certo?
                Explica-me lá melhor o que tu pensas que isto é.

                Segundo dados oficiais o custo de um aluno (valor suportado pelo Estado) do privado é de cerca de € 4.200,00/ano. No público são cerca de € 5.200,00/ano.

                Comentário


                  #9
                  Originalmente Colocado por Valium Ver Post
                  Creio que não é assim tão privado o que ali se fala, é aquelas escolas privadas, mas que recebem uns milhares de €€, para o ensino público, como retratam os artigos colocados pelo Omega.

                  Todos os profissionais devem ter formações, updates, o mesmo se passará com um professor.

                  Quanto ao ensino público vs privado passei 12 no público e 6 no privado.
                  Em ambos os lados há bons e maus profissionais, exige-se mais equipamento aos privados, no meu caso sendo de ciclos completamente diferentes, pouco mais dá para comparar, apesar de, achar que no privado há mais proximidade e acompanhamento.
                  Isso...

                  Comentário


                    #10
                    Sou completamente contra qualquer instituição de ensino superior privado. Tenho dito.

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por rks Ver Post
                      Sou completamente contra qualquer instituição de ensino superior privado. Tenho dito.
                      Óptimo.
                      É que o assunto neste tópico não é o ensino superior.

                      Quer ler os artigos e opinar então ?

                      Comentário


                        #12
                        Eu sou contra esta medida desde que essas escolas não imponham restrições ao acesso (igualdade) e que cumpram escrupulosamente com os objectivos propostos pelo ministério da educação (respeito).

                        Comentário


                          #13
                          Originalmente Colocado por Omega Ver Post
                          Óptimo.
                          É que o assunto neste tópico não é o ensino superior.

                          Quer ler os artigos e opinar então ?
                          Não é o ensino superior? Então uma parte do ensino privado não é superior?
                          E não me trates por você, tenho a certeza que sou muito mais novo.

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por rks Ver Post
                            Não é o ensino superior? Então uma parte do ensino privado não é superior?
                            E não me trates por você, tenho a certeza que sou muito mais novo.
                            O "você" enganei-me.
                            Não. O que está em causa aqui nada tem a ver com isso. Lê melhor e perceberás que o assunto são o 1º, 2º e 3º ciclos.

                            Comentário


                              #15
                              Originalmente Colocado por vsfce Ver Post
                              Eu sou contra esta medida desde que essas escolas não imponham restrições ao acesso (igualdade) e que cumpram escrupulosamente com os objectivos propostos pelo ministério da educação (respeito).
                              Havendo contrato de associação não podem escolher os alunos.

                              Comentário


                                #16
                                Artigo 26.º
                                1. Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino técnico e profissional deve ser generalizado; o acesso aos estudos superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade, em função do seu mérito.
                                2. A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos do homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos, bem como o desenvolvimento das actividades das Nações Unidas para a manutenção da paz.
                                3. Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o género de educação a dar aos filhos.

                                Declarao Universal dos Direitos do Homem

                                Para existir esta concretização (e outras) é necessário a:

                                Distribuição da riqueza...

                                Comentário


                                  #17
                                  Originalmente Colocado por zerorpm Ver Post
                                  Artigo 26.º

                                  1. Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino técnico e profissional deve ser generalizado; o acesso aos estudos superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade, em função do seu mérito.
                                  2. A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos do homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos, bem como o desenvolvimento das actividades das Nações Unidas para a manutenção da paz.
                                  3. Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o género de educação a dar aos filhos.

                                  Declarao Universal dos Direitos do Homem

                                  Para existir esta concretização (e outras) é necessário a:

                                  Distribuição da riqueza...
                                  Não que o que não sublinhei não seja relevante, mas entendi evidenciar apenas algumas partes.

                                  A distribuição de riqueza deveria neste altura ser algo básico na nossa sociedade.
                                  Afinal vamos todos tendo cada vez mais educação, logo vamos ficando "cada vez mais educados", supostamente.

                                  Ou será que não ?

                                  Comentário


                                    #18
                                    Já agora deixem-me relevar também esta parte:

                                    Sócrates está usar a crise para impor a sua agenda ideológica. Ao invés de emagrecer o Estado estende a sua mão controladora. Em vez de garantir a qualidade e variedade do ensino, os burocratas do ministério querem educar directamente todas as criancinhas. Eis o sonho do estado totalitário: ser o grande educador do povo, formatar as nossas cabeças e dos nossos filhos. Se nós deixarmos.
                                    Concordam com isto ?

                                    Comentário


                                      #19
                                      Originalmente Colocado por Omega Ver Post
                                      Já agora deixem-me relevar também esta parte:



                                      Concordam com isto ?
                                      Então ele não foi eleito? Que agenda ideológica haveria de ser imposta? A da Manuela Ferreira Leite? Se a tomada de decisão passar no crivo da AR não vejo porque não há-de impor o que quer que entenda.

                                      Comentário


                                        #20
                                        Originalmente Colocado por rks Ver Post
                                        Sou completamente contra qualquer instituição de ensino superior privado. Tenho dito.
                                        Imagina que um estudante reside no Porto. Termina o secundário e não consegue colocação na Universidade do Porto mas consegue colocação no curso que pretende em Coimbra ou Braga.

                                        Os Pais não têm dinheiro para o sustentar em Coimbra porque as rendas são caras, a alimentação e as viagens também. Por exemplo, um estudo da universidade de Coimbra afirma que ter um aluno a estudar na velha universidade custa anualmente (descontando as propinas) cerca de €6000 (sim, seis mil euros). Tanto em Coimbra como em Braga existe pouco mercado de trabalho para os estudantes-trabalhadores para ajudar a equilibrar as contas.

                                        O aluno opta por se inscrever numa privada do Porto e beneficiar de uma bolsa de estudo para apoiar os seus estudos; a bolsa permite que a propina atinja um nível sustentável para os Pais e, como reside em come em casa, fica muito mais barato (cerca de €4000 anuais). O aluno tem então a possibilidade de estudar.

                                        De acordo com o que defendes, se os Pais do aluno não tiverem dinheiro para o porem a estudar em Coimbra ou Braga, então ele deve ficar-se pelo 12º ano!

                                        Grande democracia amigo! Somos todos iguais mas uns são mais iguais do que outros!

                                        Comentário


                                          #21
                                          Originalmente Colocado por rantamplan Ver Post
                                          Imagina que um estudante reside no Porto. Termina o secundário e não consegue colocação na Universidade do Porto mas consegue colocação no curso que pretende em Coimbra ou Braga.

                                          Os Pais não têm dinheiro para o sustentar em Coimbra porque as rendas são caras, a alimentação e as viagens também. Por exemplo, um estudo da universidade de Coimbra afirma que ter um aluno a estudar na velha universidade custa anualmente (descontando as propinas) cerca de €6000 (sim, seis mil euros). Tanto em Coimbra como em Braga existe pouco mercado de trabalho para os estudantes-trabalhadores para ajudar a equilibrar as contas.

                                          O aluno opta por se inscrever numa privada do Porto e beneficiar de uma bolsa de estudo para apoiar os seus estudos; a bolsa permite que a propina atinja um nível sustentável para os Pais e, como reside em come em casa, fica muito mais barato (cerca de €4000 anuais). O aluno tem então a possibilidade de estudar.

                                          De acordo com o que defendes, se os Pais do aluno não tiverem dinheiro para o porem a estudar em Coimbra ou Braga, então ele deve ficar-se pelo 12º ano!

                                          Grande democracia amigo! Somos todos iguais mas uns são mais iguais do que outros!
                                          Então e a bolsa do ensino público? Esses 6000€ de certeza que se referem a quem está em quarto alugado, para alguma coisa servem as residências. Em todo o caso esse valor de facto está adequado à realidade, é mais ou menos o que eu gasto por Lisboa.

                                          Comentário


                                            #22
                                            Originalmente Colocado por rantamplan Ver Post
                                            Imagina que um estudante reside no Porto. Termina o secundário e não consegue colocação na Universidade do Porto mas consegue colocação no curso que pretende em Coimbra ou Braga.

                                            Os Pais não têm dinheiro para o sustentar em Coimbra porque as rendas são caras, a alimentação e as viagens também. Por exemplo, um estudo da universidade de Coimbra afirma que ter um aluno a estudar na velha universidade custa anualmente (descontando as propinas) cerca de €6000 (sim, seis mil euros). Tanto em Coimbra como em Braga existe pouco mercado de trabalho para os estudantes-trabalhadores para ajudar a equilibrar as contas.

                                            O aluno opta por se inscrever numa privada do Porto e beneficiar de uma bolsa de estudo para apoiar os seus estudos; a bolsa permite que a propina atinja um nível sustentável para os Pais e, como reside em come em casa, fica muito mais barato (cerca de €4000 anuais). O aluno tem então a possibilidade de estudar.

                                            De acordo com o que defendes, se os Pais do aluno não tiverem dinheiro para o porem a estudar em Coimbra ou Braga, então ele deve ficar-se pelo 12º ano!

                                            Grande democracia amigo! Somos todos iguais mas uns são mais iguais do que outros!
                                            Eu só não percebo porque é que ele não se pode inscrever numa pública e beneficiar da bolsa de estudo.

                                            E já agora, o que fazer aos alunos que moram longe das universidades e são obrigados a mudar de casa, independentemente da decisão de irem estudar para uma pública ou privada?

                                            Comentário


                                              #23
                                              Originalmente Colocado por rantamplan Ver Post
                                              Imagina que um estudante reside no Porto. Termina o secundário e não consegue colocação na Universidade do Porto mas consegue colocação no curso que pretende em Coimbra ou Braga.

                                              Os Pais não têm dinheiro para o sustentar em Coimbra porque as rendas são caras, a alimentação e as viagens também. Por exemplo, um estudo da universidade de Coimbra afirma que ter um aluno a estudar na velha universidade custa anualmente (descontando as propinas) cerca de €6000 (sim, seis mil euros). Tanto em Coimbra como em Braga existe pouco mercado de trabalho para os estudantes-trabalhadores para ajudar a equilibrar as contas.

                                              O aluno opta por se inscrever numa privada do Porto e beneficiar de uma bolsa de estudo para apoiar os seus estudos; a bolsa permite que a propina atinja um nível sustentável para os Pais e, como reside em come em casa, fica muito mais barato (cerca de €4000 anuais). O aluno tem então a possibilidade de estudar.

                                              De acordo com o que defendes, se os Pais do aluno não tiverem dinheiro para o porem a estudar em Coimbra ou Braga, então ele deve ficar-se pelo 12º ano!

                                              Grande democracia amigo! Somos todos iguais mas uns são mais iguais do que outros!
                                              Nem tenho grande opinião sobre a questão, mas que raio de exemplo mais enviesado foste arranjar...

                                              Comentário


                                                #24
                                                Mas aqui o que se estava a discutir era até ao 12º, isto é, o autor do post não estava a falar das universidades..

                                                Comentário


                                                  #25
                                                  Originalmente Colocado por rks Ver Post
                                                  Então e a bolsa do ensino público? Esses 6000€ de certeza que se referem a quem está em quarto alugado, para alguma coisa servem as residências. Em todo o caso esse valor de facto está adequado à realidade, é mais ou menos o que eu gasto por Lisboa.
                                                  Nas residências são 7 cães a um osso e não há lugar para toda a gente. Desconfio que menos de 20% consegue um lugar; o resto tem que penar e ir para residências privadas. Há uns anos atrás, uma amiga minha foi para Coimbra e pediram-lhe €200 por um quarto de bosta, sem uma secretária para estudar, num local afastado como tudo da universidade e onde ela só podia tomar banho três vezes por semana. Soma-lhe €150 para alimentação (cantina, pois não podia ir almoçar a casa, e comprar meia dúzia de coisas no mini-preço para jantar durante a semana) e tens a propina de uma universidade privada. Adiciona-lhe agora os €1000 anuais de propinas, passe, dinheiro para as despesas pessoais (tomar um cafézito, comer qualquer coisa a meio da tarde, beber uma cerveja à noite sem se esticar muito) e chegas com muita facilidade a €6000.

                                                  Originalmente Colocado por Karma Ver Post
                                                  Eu só não percebo porque é que ele não se pode inscrever numa pública e beneficiar da bolsa de estudo.

                                                  E já agora, o que fazer aos alunos que moram longe das universidades e são obrigados a mudar de casa, independentemente da decisão de irem estudar para uma pública ou privada?
                                                  Mesmo auferindo uma bolsa numa pública fora da área de residência, fica mais barato pois poupa na alimentação, transportes e residência. Na prática tem que pagar apenas a propina mas o valor que paga é de longe inferior ao que gastaria a pagar um quarto + alimentação + deslocações. Só quem não tem a noção da realidade dos preços é que não compreende isto!

                                                  Originalmente Colocado por K2000 Ver Post
                                                  Nem tenho grande opinião sobre a questão, mas que raio de exemplo mais enviesado foste arranjar...
                                                  Exemplo enviesado? É a realidade de 90% dos estudantes do sector privado; a esmagadora maioria conseguiu um lugar fora do local de residência mas não frequentou por motivos estrictamente económicos.

                                                  Só quem não conhece a realidade do sector privado é que não percebe isto.

                                                  Já para não falar que muitas universidades privadas oferecem cursos em horários pós-laboral para alunos mais velhos, que começaram a trabalhar aos 18 anos ou mais cedo, e que querem agora tirar um curso para poderem progredir na vida ou se realizar pessoalmente. Tendo em linha de conta que as democratíssimas públicas não oferecem cursos em horários pós-laboral, será que esta gente não pode progredir na vida?
                                                  Editado pela última vez por rantamplan; 16 December 2010, 22:25.

                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    Originalmente Colocado por rantamplan Ver Post
                                                    Imagina que um estudante reside no Porto. Termina o secundário e não consegue colocação na Universidade do Porto mas consegue colocação no curso que pretende em Coimbra ou Braga.

                                                    Os Pais não têm dinheiro para o sustentar em Coimbra porque as rendas são caras, a alimentação e as viagens também. Por exemplo, um estudo da universidade de Coimbra afirma que ter um aluno a estudar na velha universidade custa anualmente (descontando as propinas) cerca de €6000 (sim, seis mil euros). Tanto em Coimbra como em Braga existe pouco mercado de trabalho para os estudantes-trabalhadores para ajudar a equilibrar as contas.

                                                    O aluno opta por se inscrever numa privada do Porto e beneficiar de uma bolsa de estudo para apoiar os seus estudos; a bolsa permite que a propina atinja um nível sustentável para os Pais e, como reside em come em casa, fica muito mais barato (cerca de €4000 anuais). O aluno tem então a possibilidade de estudar.

                                                    De acordo com o que defendes, se os Pais do aluno não tiverem dinheiro para o porem a estudar em Coimbra ou Braga, então ele deve ficar-se pelo 12º ano!

                                                    Grande democracia amigo! Somos todos iguais mas uns são mais iguais do que outros!
                                                    Só para relembrar:

                                                    Estamos a falar dos 1º, 2º e 3º ciclo.

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Originalmente Colocado por Omega Ver Post
                                                      Só para relembrar:

                                                      Estamos a falar dos 1º, 2º e 3º ciclo.
                                                      Desculpa lá mas a conversa orientou-se noutro sentido.

                                                      Quanto a isso: as escolas privadas são, de uma maneira geral, muito melhor geridas do que as públicas. Como os professores não têm as mesmas regalias do ensino público (leia-se: não são indespedíveis e são rigorosamente inspeccionados), geralmente têm mais "entusiasmo" e "entrega" ao ensino. No entanto, também não deixa de ser verdade que o fim da tabela nos rankings nacionais também é ocupado por escolas privadas. Cada caso é um caso.

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Originalmente Colocado por Omega Ver Post
                                                        Não.

                                                        A questão é que com os contratos de associação ainda em vigor há muita gente que não paga mensalidade ou paga muito pouco.

                                                        Assim consegue-se essa tal igualdade.

                                                        A ser revogado o contrato de associação isso deixará de acontecer e as escolas privadas ficam acessíveis apenas para quem pode pagar valores elevados.
                                                        Portanto a igualdade acaba-se sim.
                                                        Confesso que não sabia que havia alunos a frequentar escolas privadas com custos suportados pelo estado. Como é óbvio, não concordo.

                                                        Essa forma de ensino é aquela com que todos os grandes senhores do capital sonham, privatizar a educação para encherem mais depressa os bolsos deles.

                                                        O custo pode ser mais baixo por aluno para o estado, porque muitos estão a pagar. Se nenhum pagasse de certeza que não eram 4.200€ por aluno.

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          A "criação" destas escolas privadas com custos suportados pelo estado tinha "água no bico"... Foi, quanto a mim, a primeira tentativa para "esvaziar" escolas públicas!...

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            Originalmente Colocado por Movyk Ver Post
                                                            Confesso que não sabia que havia alunos a frequentar escolas privadas com custos suportados pelo estado. Como é óbvio, não concordo.

                                                            Essa forma de ensino é aquela com que todos os grandes senhores do capital sonham, privatizar a educação para encherem mais depressa os bolsos deles.

                                                            O custo pode ser mais baixo por aluno para o estado, porque muitos estão a pagar. Se nenhum pagasse de certeza que não eram 4.200€ por aluno.
                                                            Estás a ver mal.

                                                            Com o modelo actual:
                                                            Se o teu filho estiver no público o Estado paga €5.200,00 e tu nada.
                                                            Se o teu filho estiver no privado o Estado paga €4.200,00 e tu nada.

                                                            Com o modelo que se pretende:
                                                            Se o teu filho estiver no público o Estado paga €5.200,00 e tu nada.
                                                            Se o teu filho estiver no privado o Estado paga €0,00 e tu € 4.200,00.

                                                            A questão é que se eu tiver os €4.200,00 e tu não, eu escolho o ensino que entender e tu não o podes fazer.
                                                            Logo a tal igualdade deixa de existir porque tu deixas de ter acesso ao mesmo que eu.

                                                            E o objectivo do art.º 26º acima colocado não é cumprido. Quem mais poder economico tiver, melhor acesso poderá ter à educação.

                                                            A questão é evitar que isso aconteça.

                                                            Comentário

                                                            AD fim dos posts Desktop

                                                            Collapse

                                                            Ad Fim dos Posts Mobile

                                                            Collapse
                                                            Working...
                                                            X