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O sentido do dever

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    Sociedade O sentido do dever

    Mais que uma crise de valores, ou monetária como tanto obsessivamente dscutimos, muitos esquecem-se de a crise do dever que nos grassa. Ou por todo este conjunto, o valor de cumprirmos com as nossa obrigações, e por conseguinte se o tivessemos, de a mesma fazer para pagar os nossos dividendos, a crise não seria assim tão astronómica como se apresenta, e nós sabemos esse efeito que se cria e o dever, é aqui o papel chave em toda esta questão.

    Quando existe uma falha no nosso cumprimento, leva-nos a que mais se deixem de levar por arrasto, chega a um ponto em que já nem sabemos quem deve a quem, tal como uma doença que se propaga.

    Aqui é que discutimos a crise, mas não nos apercemos disto, e não nos perguntamos, aonde começou e até onde irá acabar! Sem este sentido...

    Assim pergunto, o dever, está também a deixar engolir-se nesta crise?...
    Editado pela última vez por nunomplopes; 05 March 2011, 15:23.

    #2
    Quando tens um estado que não paga o que deve a tempo e horas, mas que exige que lhes paguem dentro de prazos, acho que não é muito difícil quem é a ovelha negra.

    Tudo o resto vai por arrasto. O pior é que em Portugal parece que o que é normal, é ficar-se a dever.

    Comentário


      #3
      Originalmente Colocado por smi1e Ver Post
      Quando tens um estado que não paga o que deve a tempo e horas, mas que exige que lhes paguem dentro de prazos, acho que não é muito difícil quem é a ovelha negra.

      Tudo o resto vai por arrasto. O pior é que em Portugal parece que o que é normal, é ficar-se a dever.
      O estado tem por obrigação necessária de cumprir o seu papel, nem é de exemplo e nem se pode esperar em demonstrar o que devia...

      Mas também é de relembrar aqueles que devem a este (até corruptamente, no pior exemplo!) e assim, quem por direito deveria receber pelo que cumpre se veja envolvido nesta teia e seja prejudicado.

      Aonde podemos arranjar aqui um ponto de partida para perceber aonde tudo começa? É impossivel...

      Comentário


        #4
        Originalmente Colocado por nunomplopes Ver Post
        Mais que uma crise de valores, ou monetária como tanto obsessivamente dscutimos, muitos esquecem-se de a crise do dever que nos grassa. Ou por todo este conjunto, o valor de cumprirmos com as nossa obrigações, e por conseguinte se o tivessemos, de a mesma fazer para pagar os nossos dividendos, a crise não seria assim tão astronómica como se apresenta, e nós sabemos esse efeito que se cria e o dever, é aqui o papel chave em toda esta questão.

        Quando existe uma falha no nosso cumprimento, leva-nos a que mais se deixem de levar por arrasto, chega a um ponto em que já nem sabemos quem deve a quem, tal como uma doença que se propaga.

        Aqui é que discutimos a crise, mas não nos apercemos disto, e não nos perguntamos, aonde começou e até onde irá acabar! Sem este sentido...

        Assim pergunto, o dever, está também a deixar engolir-se nesta crise?...

        A causa da fuga aos impostos é clara, se o governo fosse mais justo e sensato na redistribuição dos fundos públicos, não se ponderava tanto em fazer biscaites por debaixo da mesa.
        Muitos que o fazem,são obrigados a isso.

        Comentário


          #5
          Originalmente Colocado por nunomplopes Ver Post
          O estado tem por obrigação necessária de cumprir o seu papel, nem é de exemplo e nem se pode esperar em demonstrar o que devia...

          Mas também é de relembrar aqueles que devem a este (até corruptamente, no pior exemplo!) e assim, quem por direito deveria receber pelo que cumpre se veja envolvido nesta teia e seja prejudicado.

          Aonde podemos arranjar aqui um ponto de partida para perceber aonde tudo começa? É impossivel...
          Se o estado não der o exemplo, quem o vai fazer?!?

          Comentário


            #6
            Isso não interessa a ninguém, nem ao estado nem ás pessoas.

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              #7
              Originalmente Colocado por silvertein Ver Post
              A causa da fuga aos impostos é clara, se o governo fosse mais justo e sensato na redistribuição dos fundos públicos, não se ponderava tanto em fazer biscaites por debaixo da mesa.
              Muitos que o fazem,são obrigados a isso.
              Eu nem me centralizo só nisso, mas englobo o dever comum,(a todos nós também!).,

              Eu não consigo olhar para trás e saber que, quem me deve foi originado por quem lhe devia o que o outro lhe deveu! Só sei que o que me deverão terei de dever a outo que por conseguinte também o deverá, e assim, se gera todo este sentido, de ficar a dever, ou de não cumprir o seu dever! Aonde começa isto e acaba!? Começou logo no primeiro gajo que se lembrou de começar a dever... (e por certo terminrá quando se lembarem de pagar!)

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                #8
                A falta do sentido do dever começa principalmente por uma crise de valores. A crise económica apenas é semente em terra fértil.

                Se certos valores fossem respeitados e assumida a sua importância por cada indivíduo e pela sociedade no seu todo, talvez o “sentido do dever” fosse cumprido com naturalidade e nem precisasse de ser assunto de conversa.
                Só que, por cá, isso é uma miragem, pois o incumprimento é algo naturalíssimo e as pessoas não têm vergonha de ficar a dever ou não cumprir os seus compromissos.

                É prática corrente ficar-se a dever, comprar fiado ou com dinheiro emprestado e não se cumprir com as suas obrigações. Depois surge a tal bola de neve – A não paga a B porque ainda não recebeu de C, o qual não paga a B porque não recebeu de D, e este por seu lado espera que E lhe pague o que deve.

                Na realidade começa a tornar-se um lugar-comum ninguém pagar a ninguém a tempo e horas começando esta situação a tornar-se insustentável numa cadeia na qual todos estão interligados e dependentes entre si.
                Mas se, em muitos casos, não se paga porque a vida vai correndo mal, noutros há em que não se cumpre com o dever porque as pessoas não têm responsabilidade e envergam uma enorme cara-de-pau esquecendo-se das inúmeras pessoas que, directa e indirectamente, poderão sair prejudicadas.

                Muitos preferem ter um bom carro, telemóvel ou relógio em lugar de cumprirem com o seu dever para com os outros.
                Mas como nos nossos dias a responsabilidade e honra não se levam penduradas ao pescoço para todos verem, as pessoas ficam-se pela fachada da ostentação que salta à vista. Esta tem sido a maior causa da ruina no tecido empresarial do nosso país e a responsável pelo incumprimento do dever que é aceite com normalidade por todos.
                Um país onde não há caloteiros, só devedores.

                (Como vês, Nuno, afinal não caí da cadeira)
                Editado pela última vez por BLADERUNNER; 05 March 2011, 19:38.

                Comentário


                  #9
                  A mim devem-me uns milhares de €, porque A diz que B não paga.

                  B = estado.

                  Comentário


                    #10
                    Originalmente Colocado por smi1e Ver Post
                    Se o estado não der o exemplo, quem o vai fazer?!?
                    Se as pessoas tivessem o exemplo de o fazer, estes aprendessem (também) o a sua obrigação.

                    O estado não é nenhuma máquina, é composto por pessoas e se ouvesse uma educação primária disto, talvez isto não fosse uma ocorrência frequente. Não e preciso um doutoramento para perceber, que só alimentam o monstro e vai sempre tocar a todos, até meio mundo dever a outro meio...

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por BLADERUNNER Ver Post
                      (Como vês, Nuno, afinal não caí da cadeira)
                      Só espero que não deva, faltar aí nenhum peça!

                      Comentário


                        #12
                        Originalmente Colocado por nunomplopes Ver Post
                        Se as pessoas tivessem o exemplo de o fazer, estes aprendessem (também) o a sua obrigação.

                        O estado não é nenhuma máquina, é composto por pessoas e se ouvesse uma educação primária disto, talvez isto não fosse uma ocorrência frequente. Não e preciso um doutoramento para perceber, que só alimentam o monstro e vai sempre tocar a todos, até meio mundo dever a outro meio...
                        E as pessoas são máquinas?

                        O estado tem de dar o exemplo, é imperativo! Qual é a moral que o estado tem de exigir que lhe paguem o que lhe devem, se não paga o que deve? O que não quer dizer que as pessoas também não o façam.

                        Comentário


                          #13
                          Originalmente Colocado por smi1e Ver Post
                          E as pessoas são máquinas?

                          O estado tem de dar o exemplo, é imperativo! Qual é a moral que o estado tem de exigir que lhe paguem o que lhe devem, se não paga o que deve? O que não quer dizer que as pessoas também não o façam.
                          É a mesma moral que eu não tenho, porque eu não pague o que devo porque não me pagam o que devem. Mas estamos de acordo, ou seja nenhuma...

                          Comentário


                            #14
                            I rest my case...

                            Comentário


                              #15
                              Originalmente Colocado por smi1e Ver Post
                              I rest my case...
                              Oh homem não te enerves, a essência por si, é semelhante a um disco riscado, quando um não paga a outro... a melodia é sempre a mesma.

                              Comentário


                                #16
                                O sentido do dever não existe em Portugal muito por culpa do regime ditatorial e da revolução dos cravos que se lhe seguiu. Ficámos para sempre marcados com a anterior falta de liberdade e direitos. Quando a revolução nos deu a liberdade e os direitos tão almejados, acabámos embebedados por esses sentimentos a tal ponto que nos esquecemos que também e ainda continuamos a ter deveres. Hoje toda a gente reclama direitos, mas ninguém se lembra dos deveres que há que cumprir antes de mais. E enquanto continuarmos a pensar assim, que os direitos vêem primeiro, continuaremos a não saber evoluir como uma sociedade.

                                Comentário


                                  #17
                                  Originalmente Colocado por nunomplopes Ver Post


                                  Oh homem não te enerves, a essência por si, é semelhante a um disco riscado, quando um não paga a outro... a melodia é sempre a mesma.

                                  A diferença é que o estado obriga mesmo a que pagues dentro de prazos, porque senão pagas juros e/ou multas, enquanto que as pessoas apenas exigem.

                                  Ora o estado para ser um cobrador implacável, deveria dar o exemplo e ser um bom pagador. Isto reflectiria-se certamente na sociedade, até porque o estado deve ser o maior devedor do país.

                                  Comentário


                                    #18
                                    Originalmente Colocado por smi1e Ver Post
                                    A diferença é que o estado obriga mesmo a que pagues dentro de prazos, porque senão pagas juros e/ou multas, enquanto que as pessoas apenas exigem.

                                    Ora o estado para ser um cobrador implacável, deveria dar o exemplo e ser um bom pagador. Isto reflectiria-se certamente na sociedade, até porque o estado deve ser o maior devedor do país.
                                    Tens toda a razão e não o posso negar, é facto!

                                    Mas permite-me fazer uma pequena analogia que estou a não tentar olhar só para esse lado.

                                    Temos a tendência para olhar o que se passa lá em cima no inferno, e esquecemos de educar os comuns pecadores, que por aqui andam na terra. Ora se não soubermos dizer o que seja pecado (neste caso, aplicando o que falamos aqui, o dever), concerteza um dia estarão mais umas almas lá em cima atear mais o fogo.

                                    Melhor dizendo que, isto também deve partir de uma educação base.

                                    Comentário


                                      #19
                                      vai aqui uma salganhada....
                                      eu cumpro com o meu dever e quando precisar do Estado será que vou receber na mesma medida? Se for ao hospital e me vir obrigada a recorrer ao privado? Quer dizer que o Estado cumpre com o seu dever!

                                      O Estado não está imune de falhas e pessoas a fugir aos impostos, sempre as houve.

                                      Comentário


                                        #20
                                        Queixamo-nos constantemente do Estado, mas o Estado é o espelho da sociedade que o criou.
                                        Enganar o Estado parece ser motivo de orgulho para nós, lusitanos, que fugimos ao fisco e não cumprimos com as nossas obrigações. Uma atitude estúpida que justifica a baixa qualidade de vida reinante.

                                        Nos países mais evoluídos é impensável enganar o estado, pois o nível de vida das populações é assegurado se todos cumprirem o seu dever.
                                        Assim, por lá as pessoas denunciam o vizinho se não for cumpridor, pois está a contribuir para a perda de qualidade de vida da comunidade.
                                        Ali, este é visto como um bandido sem carácter enquanto quem cumpre é um bom cidadão que contribui para o bem comum.

                                        Por cá, se o vizinho não cumprir com o dever, nós tentamos meter conversa para saber como o fez para fazermos igual. A qualidade de vida e o sentido de dever é algo abstracto que não interessa a ninguém, pois o colectivo começa no meu umbigo e termina nele.
                                        Aqui, um cidadão destes é catalogado de esperto e é apreciado por isso, enquanto aqueles que cumprem o seu dever são classificados de totós.

                                        Estas são diferenças que fazem toda a diferença! Diferenças culturais.

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                                          #21
                                          Originalmente Colocado por BLADERUNNER Ver Post
                                          Queixamo-nos constantemente do Estado, mas o Estado é o espelho da sociedade que o criou.
                                          Enganar o Estado parece ser motivo de orgulho para nós, lusitanos, que fugimos ao fisco e não cumprimos com as nossas obrigações. Uma atitude estúpida que justifica a baixa qualidade de vida reinante.

                                          Nos países mais evoluídos é impensável enganar o estado, pois o nível de vida das populações é assegurado se todos cumprirem o seu dever.
                                          Assim, por lá as pessoas denunciam o vizinho se não for cumpridor, pois está a contribuir para a perda de qualidade de vida da comunidade.
                                          Ali, este é visto como um bandido sem carácter enquanto quem cumpre é um bom cidadão que contribui para o bem comum.

                                          Por cá, se o vizinho não cumprir com o dever, nós tentamos meter conversa para saber como o fez para fazermos igual. A qualidade de vida e o sentido de dever é algo abstracto que não interessa a ninguém, pois o colectivo começa no meu umbigo e termina nele.
                                          Aqui, um cidadão destes é catalogado de esperto e é apreciado por isso, enquanto aqueles que cumprem o seu dever são classificados de totós.

                                          Estas são diferenças que fazem toda a diferença! Diferenças culturais.
                                          Parece-me que houve alguém que não entendeu o meu ponto de vista, que, o que forma o estado são a pessoas todas comuns, a uma sociedade e que se estas pessoas não forem de exemplo, logo o estado nunca será o exemplo de ninguém.

                                          Isto é, que, se por outro lado o Estado não é de forma exemplar em cumprir os seus deveres, porque falta na nossa cultura o dever de compromisso.

                                          É aqui que se vê, que o que forma o estado é uma nata da sociedade, são pessoas sem dever.

                                          Deveriamo-nos reger pela bitola do Estado em termos de compromisso, mas quando nem este, nem quem o compôe o próprio não o faz, logo se dirá que, se não existe o dever das pessoas encaminha a que também não exista o mesmo do Estado, e por conseguinte o exemplo de dever que este deveria transmitir esbarra logo no que o compôe.

                                          Digamos que, isto é um, Estado cultural...

                                          Editado pela última vez por nunomplopes; 06 March 2011, 09:18.

                                          Comentário


                                            #22
                                            Originalmente Colocado por BLADERUNNER Ver Post
                                            Queixamo-nos constantemente do Estado, mas o Estado é o espelho da sociedade que o criou.
                                            Enganar o Estado parece ser motivo de orgulho para nós, lusitanos, que fugimos ao fisco e não cumprimos com as nossas obrigações. Uma atitude estúpida que justifica a baixa qualidade de vida reinante.

                                            Nos países mais evoluídos é impensável enganar o estado, pois o nível de vida das populações é assegurado se todos cumprirem o seu dever.
                                            Assim, por lá as pessoas denunciam o vizinho se não for cumpridor, pois está a contribuir para a perda de qualidade de vida da comunidade.
                                            Ali, este é visto como um bandido sem carácter enquanto quem cumpre é um bom cidadão que contribui para o bem comum.

                                            Por cá, se o vizinho não cumprir com o dever, nós tentamos meter conversa para saber como o fez para fazermos igual. A qualidade de vida e o sentido de dever é algo abstracto que não interessa a ninguém, pois o colectivo começa no meu umbigo e termina nele.
                                            Aqui, um cidadão destes é catalogado de esperto e é apreciado por isso, enquanto aqueles que cumprem o seu dever são classificados de totós.

                                            Estas são diferenças que fazem toda a diferença! Diferenças culturais.

                                            Concordo com este texto, e mais acrescento!

                                            Há uma parte que ainda ninguém falou aqui! O que é certo é que a parte do controle dos ditos "caloteiros" realmente apenas começou a aperecer muito timidamente agora!
                                            E porquê só agora? Precisamente pela cultura que está implicita na máquina do estado! Ou seja, não vamos empregar 10 pessoas para efectuarem este controlo porque não há orçamento, no entanto vamos deixar andar por receber não sei quantos milhões! A partir do momento que alguém já fez um pouco já começou a aparecer mais alguma coisa.... todos nós sabemos que se este evento fosse praticado há bem mais tempo e com mais energia, não só iria desencorajar uma percentagem dos "caloteiros", como também iria obrigar a outros tantos senhores a pagar o que seria devido, e por fim a educar a maioria destas pessoas que não deveriamos fazer algo que é comum principalmente a países de terceiro mundo.

                                            Quero dizer com isto também que, não só o estado tem o dever de não ser o maior devedor, mas também por outro lado deverá estar atento ao contribuinte "esquecido" de pagar a parte que lhe compete. Esta medida se fosse largamente implementada não só vamos buscar grande parte da divida, como também acabamos por educar o contribuinte mais esquecido....

                                            Sendo assim, podemos chegar á conclusão que a entidade do estado não só é mau pagador, como também é mau policia e ainda por cima não sabe educar os meninos! Chegamos assim á parte em que às tantas desde que o dinheiro colectado dê para ir fazendo umas viagens ao estrangeiro já os nossos politicos se sentem contentes.....

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                                              #23
                                              Devia-se apostar mais na formação cívica, desde de pequeno.

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