Protesto
Milhares de pessoas juntam-se ao desfile da Geração à Rasca
12.03.2011 - 15:17 Por Luciano Alvarez, Clara Viana
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A manifestação da Geração à Rasca chegou ao Rossio, em Lisboa, por volta das 16h30, com um cordão de gente que nunca parou de crescer e que quase encheu a Avenida da Liberdade.
Início do protesto hoje em Lisboa (Daniel Rocha)
Começou de forma discreta, mas gente de todos os quadrantes políticos, da extrema-esquerda, à extrema-direita
(embora sem políticos conhecidos presentes), gente de todas as idades, muitos reformados, muitos pais com crianças na
mãoe vários movimentos de cidadãos juntaram-se ao Protesto da Geração à Rasca, que decorre em Lisboa.
Magalhães de Campos, 79 anos, vendedor reformado, quer um futuro para a juventude. Diana Simões, 19 anos, estudante de Direito, não quer empregos precários, nem recibos verdes. Alcino Pereira, 27 anos, carpinteiro no desemprego, quer um emprego. Estas são as razões de alguns dos manifestantes que abriram o desfile, que foi
ganahndo corpo à medida que o protesto descia a Avenida.
Com muita música, os manifestantes inciaram de forma pacifica o desfile na Avenida da Liberdade em frente ao cinema São Jorge e que os vai levar até ao Rossio. A coluna do desfile tem vindo a engrossar. A PSP, que marca presença de forma discreta, com poucos elementos, não quis adiantar qualquer balanço sobre o número de participantes, que serão neste momento vários milhares.
Não havia figuras conhecidas da política portuguesa nas primeiras filas do desfile. Mas viam-se alguns políticos
em meio aos manifestantes. O PCP fez-se representar pelos seus deputados mais jovens, Rita Rato, João Oliveira, Miguel Tiago e Bruno Dias.
Do Bloco de Esquerda. Também presentes estavam alguns elementos do Bloco de Esquerda, como a deputada Helena Pinto.
O desfile tem sido animado por palavras de ordem como "com precariedade não há liberdade", "fora com os ladrões" e "Portugal,
Porugal, Portugal".
Por volta das 15h25, fez-se um estranho silêncio na marcha, quando um grupo de cerca de 20 jovens de cabeças rapadas e bandeiras negras chegaram à manifestaçao. Questionados pelos jornalistas sobre que movimento representavam, limitaram-se a dizer: "somos nacionalistas!. Este grupo acabou por entrar na coluna da manifestação sem problemas.
O Protesto Geração à Rasca, a decorrer à mesma hora em 11 cidades portuguesas, foi inicialmente convocado por quatro jovens,
atarvés da Internet, para Lisboa e Porto, com um manifesto apelando à participação de “desempregados, ‘quinhentoseuristas’ e outros mal remunerados, escravos disfarçados, subcontratados, contratados a prazo, falsos trabalhadores independentes, trabalhadores intermitentes, estagiários, bolseiros, trabalhadores-estudantes, estudantes, mães, pais e filhos de Portugal.”
Numa iniciativa distinta, os professores estão a realizar um plenário no Campo Pequeno em protesto contra o Ministério da Educação e contam ao final da tarde juntar-se ao Protesto Geração à Rasca.