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Irá decorrer Sábado 12 de Março o Manifesto, em Lisboa/Porto e por mais 10 cidades do Pais, a que muitos terão conhecimento, de um descontentamento por parte de uma geração que luta por um reconhecimento das melhores condiçoes presentes na sua vida, como na incerteza do seu futuro.
Quando muito criticamos a que um povo que não se demonstra interventivo na reinvindicação dos direitos a que lhes são devidos. Não será de minimizar, mas a uma geração a que queremos encobrir e afirmar-se de incapaz, em demonstrar a sua pro-actividade e querer fazer ouvir os tormentos, mais que lamentos, do que por estes momentos a que passam. Este é o dever.
Não se cinge apenas a uma geração! Ultrapassa e é tranverssal a muitas outras, a muitos que por diferanças, que apresentam, terão no encontro sempre algo comum. O mal estar a que se vive neste pais.
Demonstra-se assim que, não se resignam, como alguns o querem fazer querer de vivermos de uma geração de incompetentes (se não fossem os outros, que demonstraram a incompetência, para ter de ser esta, que, os tem de mostrar os reflexos dos espelhos que deturpam a imagem, que não querem ver) mas estão por fazer que, talvez a mudança, talvez se tenha tranfigurado de mãos, a que outras se demonstram a adormecidas e dormentes de nada fazer.
Observemos o que esta geração nos tem para dizer! O que queremos ignorar, dizendo que, é toda invadida de uma inutilidade. Veremos o que não transforma no contrário e o que tentam apregoar, a utilidade está por aquilo que lutamos e não no aceitar, de que nada vale o nosso esforço.
Será este o momento indicado à mudança?
É uma geração capaz de criar a mesma?
Conseguirão fazer passar a sua mensagem e o descontentamento a que sentem?
Será esta manifestação o ponto de partida, um indicador, de que algo mais pode ocorrer no futuro?
Será isto um ponto de partida para começar de novo o que outros deram por mal acabado?
Será isto uma forma útil de manifesto, e um ponto de ruptura ás nossas politicas e à classe a que a compôe?
O que pensam deste manifesto popular?
Nós, desempregados, “quinhentoseuristas” e outros mal remunerados, escravos disfarçados, subcontratados, contratados a prazo, falsos trabalhadores independentes, trabalhadores intermitentes, estagiários, bolseiros, trabalhadores-estudantes, estudantes, mães, pais e filhos de Portugal.
Nós, que até agora compactuámos com esta condição, estamos aqui, hoje, para dar o nosso contributo no sentido de desencadear uma mudança qualitativa do país. Estamos aqui, hoje, porque não podemos continuar a aceitar a situação precária para a qual fomos arrastados. Estamos aqui, hoje, porque nos esforçamos diariamente para merecer um futuro digno, com estabilidade e segurança em todas as áreas da nossa vida.
Protestamos para que todos os responsáveis pela nossa actual situação de incerteza – políticos, empregadores e nós mesmos – actuem em conjunto para uma alteração rápida desta realidade, que se tornou insustentável.
Caso contrário:
a) Defrauda-se o presente, por não termos a oportunidade de concretizar o nosso potencial, bloqueando a melhoria das condições económicas e sociais do país. Desperdiçam-se as aspirações de toda uma geração, que não pode prosperar.
b) Insulta-se o passado, porque as gerações anteriores trabalharam pelo nosso acesso à educação, pela nossa segurança, pelos nossos direitos laborais e pela nossa liberdade. Desperdiçam-se décadas de esforço, investimento e dedicação.
c) Hipoteca-se o futuro, que se vislumbra sem educação de qualidade para todos e sem reformas justas para aqueles que trabalham toda a vida. Desperdiçam-se os recursos e competências que poderiam levar o país ao sucesso económico.
Somos a geração com o maior nível de formação na história do país. Por isso, não nos deixamos abater pelo cansaço, nem pela frustração, nem pela falta de perspectivas. Acreditamos que temos os recursos e as ferramentas para dar um futuro melhor a nós mesmos e a Portugal.
Não protestamos contra as outras gerações. Apenas não estamos, nem queremos estar à espera que os problemas se resolvam. Protestamos por uma solução e queremos ser parte dela.Protesto da Geração À RascaExmos. Srs.,
O «Protesto da Geração À Rasca» surgiu de forma espontânea, no Facebook, fruto da insatisfação de um grupo de jovens que sentiram ser preciso fazer algo de modo a alertar para a deterioração das condições de trabalho e da educação em Portugal.
Este é um protesto apartidário, laico e pacífico, que pretende reforçar a democracia participativa no país, e em consonância com o espírito do Artigo 23º da Carta Universal dos Direitos Humanos:
1. Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à protecção contra o desemprego.
2. Todos têm direito, sem discriminação alguma, a salário igual por trabalho igual.
3. Quem trabalha tem direito a uma remuneração equitativa e satisfatória, que lhe permita e à sua família uma existência conforme a dignidade humana, e completada, se possível, por todos os outros meios de protecção social.
(…)
Por isso, protestamos:
-Pelo direito ao emprego.
-Pelo direito à educação.
-Pela melhoria das condições de trabalho e o fim da precariedade.
-Pelo reconhecimento das qualificações, competências e experiência, espelhado em salários e contratos dignos.
Porque não queremos ser todos obrigados a emigrar, arrastando o país para uma maior crise económica e social.
Segundo o INE, o desemprego na faixa etária abaixo dos 35 anos corresponde hoje à metade dos 619 mil desempregados em Portugal. A este número podemos juntar os milhares em situação de precariedade: “quinhentoseuristas” e outros mal remunerados, escravos disfarçados, subcontratados, contratados a prazo, falsos trabalhadores independentes, estagiários, bolseiros e trabalhadores-estudantes.
No que concerne à educação, o acentuar das desigualdades no acesso ao ensino limita as oportunidades individuais. Milhares de pessoas são impedidas de ingressar ou obrigadas a abandonar os seus estudos. Outras ainda vivem situações de indignidade humana para conseguirem prosseguir os seus percursos académicos.
Não negligenciamos os problemas estruturais, domésticos e internacionais, que afectam a vida de muita gente na procura e obtenção de emprego. Queremos alertar para a urgência de repensar estratégias nacionais e não nos resignamos com os argumentos de inevitabilidade desta situação. É com sentido de responsabilidade que afirmamos que, sendo nós a geração mais qualificada de sempre, queremos ser parte da solução.
No dia 12 de Março, pelas 15 horas, convidamo-lo a estar presente na Avenida da Liberdade em Lisboa ou na Praça da Batalha no Porto, no Protesto da Geração à Rasca cujo manifesto abaixo citamos.