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Acidente sem culpa, reparação de valor elevado e carro com 10 anos, como me defender?

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    Acidente sem culpa, reparação de valor elevado e carro com 10 anos, como me defender?

    Boa tarde a todos.

    Então é assim, bateram na carrinha da minha mãe - Skoda Fabia 1.4 16V de Dez de 2001 - quando ela estava parada numa passadeira. Não teve, como é óbvio, culpa nenhuma no acidente, o condutor da outra viatura assumiu de imediato a culpa e tratou-se de tudo através da declaração amigável.

    Entretanto a peritagem já foi feita e o valor da reparação são 3980€. Como o mais que previsível desfecho deste episódio é o do costume - perda total e toma lá 50% do valor do carro - quero que me ajudem e me digam como me posso defender.

    Nós não pomos sequer a hipótese de não reparar o carro, este anda há pouco tempo teve uma reparação dispendiosa na caixa de vel e por isso aceitar a perda total está fora de questão, além de que não há dinheiro para comprar um que o substitua!

    Que direitos é que nós temos? Posso exigir a reposição do estado do bem? Sempre me disseram que sim, mas não sei que lei sustenta essa afirmação.


    Bem, toda a ajuda é bem vinda, deixem aí as vossas postas.

    Obrigado.

    #2
    Tens seguro de danos próprios?

    Comentário


      #3
      Só contra terceiros e mais umas quantas opções.

      Comentário


        #4
        Já me aconteceu algo do género.

        No meu caso e após negociação o valor aumentou para mais do dobro da proposta inicial.

        1º: eles têm de reparar o teu prejuízo a 100%

        2º: sendo a reparação muito superior ao valor do carro, eles quase de certeza que nunca a vão pagar.

        3º: poderá acontecer compensar comprar um usado idêntico e é por aí que deverás ir.

        4º consulta o mercado e vê o valor REAL de um carro idêntico

        5º: pede um valor que no mínimo dê para comprar outro carro idêntico (o salvado pode ser negociado, mas até podes ficar com ele)

        6º ficarás sempre de prejuízo, não há volta a dar.

        Comentário


          #5
          Originalmente Colocado por fapoc Ver Post
          Só contra terceiros e mais umas quantas opções.
          Pois... se o tivesses sempre podias jogar com o valor pelo qual estaria segurado na tua seguradora caso não quisesses aceitar o valor dado pela seguradora do outro em caso de perda total.

          Assim sendo:

          Qual o valor da indemnização em caso de acidente com perda total?


          Para calcular o valor da indemnização é preciso determinar o valor do salvado, que é o que resta do veículo sinistrado, e o valor venal, que é o valor pelo qual o veículo poderia ser substituído antes do acidente.

          A indemnização a pagar por perda total corresponde:

          ao valor venal do veículo deduzido o valor do salvado, se o salvado ficar na posse do proprietário;
          ao valor venal do veículo, se o veículo passar a pertencer ao segurador.
          Ao propor o pagamento de uma indemnização por perda total, o segurador está obrigado a prestar ao lesado as seguintes informações:

          quem foi a entidade que estimou o custo de reparação dos danos e avaliou se era ou não possível repará-los;
          qual o valor venal do veículo no momento anterior ao acidente;
          qual a estimativa do valor do salvado e quem é a entidade que se compromete a comprá-lo por esse valor.
          No seguro de danos próprios, se a situação de perda total estiver coberta, o valor da indemnização é calculado de acordo com o que está previsto no contrato.
          ISP - Apoio ao Consumidor

          Comentário


            #6
            Originalmente Colocado por mcabral Ver Post
            Já me aconteceu algo do género.

            No meu caso e após negociação o valor aumentou para mais do dobro da proposta inicial.

            1º: eles têm de reparar o teu prejuízo a 100%

            Ok, onde é que isso está escrito?

            2º: sendo a reparação muito superior ao valor do carro, eles quase de certeza que nunca a vão pagar.

            A reparação é como já disse 3980€, o valor atribuído pelo perito (mas a seguradora não confirma) são 3000€.

            3º: poderá acontecer compensar comprar um usado idêntico e é por aí que deverás ir.

            Fora de questão, nunca saberei em que estado está um carro que não foi nosso!

            4º consulta o mercado e vê o valor REAL de um carro idêntico

            O mais barato que encontrei (e tem mais km que o nosso) são 5000€.


            5º: pede um valor que no mínimo dê para comprar outro carro idêntico (o salvado pode ser negociado, mas até podes ficar com ele)

            6º ficarás sempre de prejuízo, não há volta a dar.
            Respostas a azul...

            Comentário


              #7
              Originalmente Colocado por fapoc Ver Post
              Respostas a azul...
              Não sou jurista, penso que estará no código civil.

              O fora de questão (como eu o compreendo) é como uma avaria dentro da garantia, se lhes compensar mais dar uma nova não te vão arranjar o equipamento. Neste caso como já não há nova só te podem dar uma usada.

              A questão aqui é negociar. Se o valor de um usado é superior ao valor de reparação será mais fácil argumentar com eles.

              Aconselho mesmo é chegar a acordo, porque meter advogados ao barulho fica caro...

              Comentário


                #8
                Atenção que o valor venal das seguradoras é muito tendencioso.

                Interessa é o valor real. Se não quiserem dar dinheiro obriga-os a repor um carro idêntico que eles piam mais fininho.

                Comentário


                  #9
                  Para já, deves esperar pela decisão da seguradora para saber se aceitam reparar ou se pelo contrário, estaremos perante uma perda total...
                  Caso seja a 2ª, tens várias opções:
                  - Podes alegar a reavaliação da viatura, com base nos dados do guia do automóvel, stands, standvirtual, etc (não conheço a eficácia disto);
                  - Podes adicionalmente, alegar o "principio da reconstituição natural" presente no C.Civil Art. 562º que diz que "Quem estiver obrigado a reparar um dano deve reconstituir a situação que existiria, se não se tivesse verificado o evento que obriga à reparação."

                  Infelizmente, eles podem alegar também o Artº 566º ponto 1 "A indemnização é fixada em dinheiro, sempre que a reconstituição natural não seja possível, não repare integralmente os danos ou seja excessivamente onerosa para o devedor".

                  Comentário


                    #10
                    Primeiro creio que será necessário aguardar pela definição de responsabilidade e, se a companhia dá ou não como perda total.

                    O DL 291/07 veio definir o Regime do Seguro Obrigatório de Resp. Civil Automóvel, entre as quais a regularização de sinistros, prazos, procedimentos, etc., um dos quais perda total.

                    Como a Mrs. X já colocou, a perda total deve ser decretada quando o valor de reparação (3980€) + o valor do salvado (?), ultrapassem 120% do valor venal(?) à data do acidente.
                    O valor venal deve ser o valor comercial, ou seja, o valor de mercado de uma viatura similar - ano, cc., cv, extras, etc.

                    O que acontece é as comp. irem para os mais baratos, os lesados para os mais caros, no meio estará a possível solução.

                    Isto é a obrigação dos seguradores em sede amigável e de acordo com a legislação que estão obrigadas a cumprir. A reconstituição natural ou seja a reposição da situação como se não houvesse acidente, pode ser exigida judicialmente, com as demoras e delongas que isso causa e, podendo ou não ser atendida.

                    Se tiveres apoio jurídico no teu seguro, podes pedir ajuda.

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por kaprikorn Ver Post
                      Para já, deves esperar pela decisão da seguradora para saber se aceitam reparar ou se pelo contrário, estaremos perante uma perda total...
                      Caso seja a 2ª, tens várias opções:
                      - Podes alegar a reavaliação da viatura, com base nos dados do guia do automóvel, stands, standvirtual, etc (não conheço a eficácia disto);
                      - Podes adicionalmente, alegar o "principio da reconstituição natural" presente no C.Civil Art. 562º que diz que "Quem estiver obrigado a reparar um dano deve reconstituir a situação que existiria, se não se tivesse verificado o evento que obriga à reparação."

                      Infelizmente, eles podem alegar também o Artº 566º ponto 1 "A indemnização é fixada em dinheiro, sempre que a reconstituição natural não seja possível, não repare integralmente os danos ou seja excessivamente onerosa para o devedor".
                      Respondeste enquanto escrevia, quanto à primeira parte, sim, o valor de mercado será com base em viaturas disponíveis para compra. Retirava daí a GA.

                      Quanto à segunda parte, o DL que menciono veio obrigar os seguradores a cumprir os requisitos que menciono. Judicialmente a discussão anda em torno desses dois artigos.

                      Comentário


                        #12
                        Sim, estava já a abordar judicialmente visto que o valor de reparação ficaria hipoteticamente acima dos 120% segundo o que o fapoc disse. Já nem estava a ir para a lei sócrates :P

                        Comentário


                          #13
                          Originalmente Colocado por kaprikorn Ver Post
                          Sim, estava já a abordar judicialmente visto que o valor de reparação ficaria hipoteticamente acima dos 120% segundo o que o fapoc disse. Já nem estava a ir para a lei sócrates :P
                          Não é a lei sócrates.

                          E é possível resolver as coisas sem ser nos Tribunais, desde que, se discuta com seriedade.

                          Têm igualmente o tribunal arbitral CIMPAS (www.cimpas.pt)

                          Comentário


                            #14
                            Se tiveres que aceitar a perda total junta mais um quanto e compra uma Aerodeck..

                            Comentário


                              #15
                              Peço desculpa por ser frio, e não me leves a mal, mas a tua carrinha não vale muito mais que o valor que tens de reparação.
                              Fazendo uma pesquisa pelo Stand Virtual em carros semelhantes, vemos que a média está pelos 4000€-4200€.
                              Aconselho-te a fazer simulações de seguros pelas várias seguradoras, e verás o valor que cada seguradora atribui ao modelo de carrinha. O valor final de indemnização não vai fugir muito desse valor.
                              Eu tive uma situação idêntica há aproximadamente 3 meses com o meu Opel Vectra que relatei aqui no fórum, e a solução que tive foi batalhar pelo valor máximo possível de indemnização da seguradora.

                              Posso dizer-te que entre a 1ª proposta da seguradora e a valor final efectivamente recebido, tive um aumento de aproximadamente 50%. Tive um mês para conseguir obter esse valor, mas não descansei enquanto não me senti minimamente indemnizado.

                              Com o valor da indemnização, comprei uma outra Opel Vectra, um pouco mais recente, com pouquissimos km (considerando a idade) e em muito melhor estado que o anterior Vectra. Ou seja, consegui trocar de carro, sem gastar dinheiro...

                              Terei todo o prazer em dar-te mais informações como lutar por uma melhor indemnização, mas não contes com a reparação da carrinha. Penso que por lei, a seguradora não é obrigada a tal. E se vais para tribunal com isto, tão cedo não verás a indemnização... Se quiseres manda MP.

                              Comentário


                                #16
                                Acho uma estupidez as seguradoras não pagarem um arranjo só porque o valor do arranjo é igual ao valor do carro. Então uma pessoa não pode querer ficar com o mesmo carro? Só porque um otario qualquer nos dá uma pancada já temos que desistir do nosso carro? Então não faz sentido quase ter um seguro, se não nos segura nada.

                                Comentário


                                  #17
                                  Originalmente Colocado por BadJo Ver Post
                                  Acho uma estupidez as seguradoras não pagarem um arranjo só porque o valor do arranjo é igual ao valor do carro. Então uma pessoa não pode querer ficar com o mesmo carro? Só porque um otario qualquer nos dá uma pancada já temos que desistir do nosso carro? Então não faz sentido quase ter um seguro, se não nos segura nada.
                                  O que está seguro é a tua Responsabilidade, ou seja, os danos que tu possas causas a terceiros, porque transferimos para o seguro essa responsabilidade. A ti, tradicionalmente, a tua companhia não paga nada, paga sim, os estragos que tu sejas responsável.

                                  Tu podes sempre ficar com o carro e reparar, a companhia apenas liquidará o valor comercial, deduzido do salvado. (e aqui fala-se do arranjo ser superior ao valor do carro, não igual).

                                  Comentário


                                    #18
                                    Originalmente Colocado por Valium Ver Post
                                    Não é a lei sócrates.

                                    E é possível resolver as coisas sem ser nos Tribunais, desde que, se discuta com seriedade.

                                    Têm igualmente o tribunal arbitral CIMPAS (CIMPAS - Centro de Informao, Mediao, Provedoria e Arbitragem de Seguros)
                                    Sim, estava a pensar na desvalorização da viatura e a misturar conceitos lol. Já são 3 anos sem mexer em sinistros auto

                                    Comentário


                                      #19
                                      Originalmente Colocado por Valium Ver Post
                                      O que está seguro é a tua Responsabilidade, ou seja, os danos que tu possas causas a terceiros, porque transferimos para o seguro essa responsabilidade. A ti, tradicionalmente, a tua companhia não paga nada, paga sim, os estragos que tu sejas responsável.

                                      Tu podes sempre ficar com o carro e reparar, a companhia apenas liquidará o valor comercial, deduzido do salvado. (e aqui fala-se do arranjo ser superior ao valor do carro, não igual).
                                      Ah ok, então assim já entendo! Obrigado pelo esclarecimeno, Valium!

                                      Comentário


                                        #20
                                        Bem entretanto não houveram mais desenvolvimentos. A situação continua condicional na companhia de seguros...

                                        Obrigado a todos pelas indicações que já me deram, poderão ser muito úteis algumas delas.

                                        Cumprimentos.

                                        Comentário


                                          #21
                                          Posso dizer-te o que fiz quando passei por isso.

                                          Há uns anos atrás depois de um acidente com o Mégane, em que devido à manobra perigosa de um outro condutor acabei por embater nele, o valor da reparação também passava e bem o que a seguradora queria pagar.
                                          Claro que o valor de reparação era na marca, o que como todos sabemos faz com que o valor seja exorbitante. Ora, eu tinha quem me conseguisse arranjar o carro quase por metade. Argumentei o seguinte:
                                          -O valor comercial do carro é irrelevante. Ele não estava à venda, logo para mim não há valor comercial.
                                          -O carro é meu, sei como ele estava, sei como era tratado. Comprar outro "igual" é ao calhas porque não sei como é que o outro está ou como foi estimado. Quero o meu carro, não quero um carro parecido.
                                          -Não tive culpa nenhuma do acidente pelo que não aceito sair prejudicado de algo onde não tenho responsabilidades.
                                          Ofereceram-me um valor que deu para pagar a reparação e ainda sobrou (fora da marca).

                                          Agora, lembra-te que os meus argumentos em termos legais e judiciais podem ser todos rebatidos em tribunal porque quando não há acordo é o tribunal que determina. Mas dificilmente alguém quer ir a tribunal por coisas destas.

                                          Comentário


                                            #22
                                            Podia fazer mais umas considerações, mas vou só fazer a estas duas:

                                            Originalmente Colocado por Torres Ver Post
                                            ...
                                            Ofereceram-me um valor que deu para pagar a reparação e ainda sobrou (fora da marca).

                                            ...

                                            Mas dificilmente alguém quer ir a tribunal por coisas destas.
                                            - Se calhar se tivesses feito logo o orçamento fora da marca, como acabaste por fazer, não tinha sido declarado perda total, ou o valor era próximo e acabavam por reparar

                                            - Nem imaginas o pessoal que vai para tribunal por coisas dessas, ficando depois 2,3,4,5... 10 anos à espera de ver os euros. O que recebe depois não lhe paga o tempo que ficou à espera.
                                            "Mais vale um mau acordo, que um boa decisão judicial" - se não é assim é parecido.

                                            P.s.- depende da data do teu sinistro, só em 2006 com a entrada do DL 83/06 ficou mais clara as regras de perda total para os seguradores e como iriam aplicar.

                                            Comentário


                                              #23
                                              Originalmente Colocado por Valium Ver Post
                                              Podia fazer mais umas considerações, mas vou só fazer a estas duas:



                                              - Se calhar se tivesses feito logo o orçamento fora da marca, como acabaste por fazer, não tinha sido declarado perda total, ou o valor era próximo e acabavam por reparar

                                              - Nem imaginas o pessoal que vai para tribunal por coisas dessas, ficando depois 2,3,4,5... 10 anos à espera de ver os euros. O que recebe depois não lhe paga o tempo que ficou à espera.
                                              "Mais vale um mau acordo, que um boa decisão judicial" - se não é assim é parecido.

                                              P.s.- depende da data do teu sinistro, só em 2006 com a entrada do DL 83/06 ficou mais clara as regras de perda total para os seguradores e como iriam aplicar.
                                              Aideia é essa, mas é: "Mais vale um mau acordo que uma boa demanda".

                                              Comentário


                                                #24
                                                É isso, obrigado Nto.

                                                Comentário


                                                  #25
                                                  Se a decisão final não for de acordo ao que pretendes, recorre ao Cimpas, que é meio mais célere, económico e eficaz para resolver diferendos com as Seguradores.

                                                  A título particular, tenho dois familiares que recorreram aos serviços do Cimpas (um em Lisboa o outro no Porto) e um deles conseguiu reverter a decisão das Seguradoras que tinham acordado entre elas o 50-50.

                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    Depois diz como ficou a coisa

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Originalmente Colocado por Valium Ver Post
                                                      Podia fazer mais umas considerações, mas vou só fazer a estas duas:



                                                      - Se calhar se tivesses feito logo o orçamento fora da marca, como acabaste por fazer, não tinha sido declarado perda total, ou o valor era próximo e acabavam por reparar

                                                      - Nem imaginas o pessoal que vai para tribunal por coisas dessas, ficando depois 2,3,4,5... 10 anos à espera de ver os euros. O que recebe depois não lhe paga o tempo que ficou à espera.
                                                      "Mais vale um mau acordo, que um boa decisão judicial" - se não é assim é parecido.

                                                      P.s.- depende da data do teu sinistro, só em 2006 com a entrada do DL 83/06 ficou mais clara as regras de perda total para os seguradores e como iriam aplicar.
                                                      Valium, não fiz logo fora da marca porque eu não tinha responsabilidade no acidente, e queria o meu carro arranjado como deve de ser. Antes do acidente as peças que ele tinha eram de origem, portanto da marca. Quando me confrontam e decidem por mim que não o posso ter é que tenho de pensar em alternativas para não o perder. Com os carros sou sentimentalista, tanto que comprei o Civic mas mantenho o Mégane. Eu não queria outro carro, nem queria dinheiro, queria o meu carro como estava. Não tentei ser esperto e lucrar com o assunto, não me parece é justo sair prejudicado de coisas que não tenho responsabilidade. E também não me parece muito justo que sejam outros a decidir por mim o que é que as minhas coisas valem ou não sem eu as estar a comercializar. Mas isto todos sabemos que existe, quer queiramos quer não.
                                                      E sim, foi antes de 2006.
                                                      Editado pela última vez por Torres; 06 August 2011, 00:19. Razão: erro ortografico

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Originalmente Colocado por Torres Ver Post
                                                        Posso dizer-te o que fiz quando passei por isso.

                                                        Há uns anos atrás depois de um acidente com o Mégane, em que devido à manobra perigosa de um outro condutor acabei por embater nele, o valor da reparação também passava e bem o que a seguradora queria pagar.
                                                        Claro que o valor de reparação era na marca, o que como todos sabemos faz com que o valor seja exorbitante. Ora, eu tinha quem me conseguisse arranjar o carro quase por metade. Argumentei o seguinte:
                                                        -O valor comercial do carro é irrelevante. Ele não estava à venda, logo para mim não há valor comercial.
                                                        -O carro é meu, sei como ele estava, sei como era tratado. Comprar outro "igual" é ao calhas porque não sei como é que o outro está ou como foi estimado. Quero o meu carro, não quero um carro parecido.
                                                        -Não tive culpa nenhuma do acidente pelo que não aceito sair prejudicado de algo onde não tenho responsabilidades.
                                                        Ofereceram-me um valor que deu para pagar a reparação e ainda sobrou (fora da marca).

                                                        Agora, lembra-te que os meus argumentos em termos legais e judiciais podem ser todos rebatidos em tribunal porque quando não há acordo é o tribunal que determina. Mas dificilmente alguém quer ir a tribunal por coisas destas.
                                                        Se calhar é por causa de existirem tantos inteligentes a lucrar com os sinistros que agora a lei está mais apertada e o justo paga pelo pecador...

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Não se trata duma questão de lucrar, simplesmente quis o carro dele arranjado e no final acabaram por pagar mais ainda.

                                                          Eu tenho um com 18 anos e só espero nunca ter um problema semelhante. Já quando foi uma batida por trás foi só um para-choques e fora da marca conseguiu chegar quase aos 700€ de arranjo.. Como se eu tivesse culpa na coisa.

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            Originalmente Colocado por Torres Ver Post
                                                            Valium, não fiz logo fora da marca porque eu não tinha responsabilidade no acidente, e queria o meu carro arranjado como deve de ser. Antes do acidente as peças que ele tinha eram de origem, portanto da marca. Quando me confrontam e decidem por mim que não o posso ter é que tenho de pensar em alternativas para não o perder.
                                                            ...
                                                            Torres cada cabeça sua sentença, o que é certo é que depois, acabaste por reparar fora da marca.
                                                            Eu também gosto de ter o meu carro, este ou o outro que tinha 18 anos, em condições, no entanto as revisões não são na marca, tal como se tiver um sinistro, não será e, dependendo dos custos, se tiver que levar uma peça de marca branca ou mesmo uma usada pode levar.

                                                            A maioria das pessoas fará o mesmo, se tiver um acidente a sair do seu bolso leva o que puder pagar, quando são as companhias é colocar peças novas e de origem, nem marca branca... E esquecem igualmente que as peças que lá tem não novas a estrear, já tem o desgaste do seu uso, na cor, etc., mais acentuado quanto mais velho for o carro, pelo que, uma peça "branca" nova já será em principio melhor que a que lá está.

                                                            E já nem entro na justificação para reparar um carro com 20 anos e que vale 500€, com uma batida de 2000€, em que o pensamento é o normalmente o mesmo, os €€ são meus compro outro, os €€ são da companhia quero reparar.

                                                            Comentário

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