Pronto, já que existe um tópico para falar mal dos camionistas e outro dos taxistas, acho que se impõe abrir outro para referir as situações que passamos com outra das espécies extremamente frequentes e agressivas que encontramos diariamente por aí nas estradas: as carrinhas de transporte do pessoal das obras, também conhecidos por "trolhamobiles".
É muito mais frequente do que se pensa, mas o cenário é quase invariavelmente o mesmo: carrinhas de caixa aberta, de dupla cabine (na maioria das vezes Ford Transit, mas também bastantes Ivecos ou, se o patrão for amigo, talvez uma Mercedes Sprinter), cheias de material na caixa de carga, inclusivamente betoneiras, e as duas filas de bancos todas ocupadas com trabalhadores com as sacolas com marmitas e as duas cervejas médias: uma para a "bucha" da manhã e outra para o almoço. As restantes cervejas compram-se na mercearia ou café ao lado da obra.
Pois bem, vou relatar aqui o primeiro episódio (de dezenas de iguais ou parecidos que já vivi antes), que se passou ontem ao final da tarde, na IC 2, nas rectas entre a saída para Alenquer e a de Rio Maior. Ia atrás de um camião, em zona de apenas 1 via e com duplo traço contínuo, quando percebo uma dessas carrinhas a aproximar-se relativamente depressa. "Ah, cá está um dos verdadeiros!", pensei eu para comigo, logo instintivamente preparado para o que eu sabia que se ia passar de seguida. Como o fulano já devia conhecer bem a estrada e sabia que ainda faltavam umas boas dezenas de metros antes de passarmos a ter 2 faixas, ainda se manteve a uma distância razoável da minha traseira. Quando abriram as 2 faixas, foi o espectáculo habitual: mal eu tinha iniciado a ultrapassagem ao camião, já o trolhaman se cola a mim naquela atitude: "Sai daí, que aqui a carrinha do meu patrão é uma máquina e eu papo tudo e todos com isto"." Só que deu com o tipo errado. A estrada estava aberta, eu ainda tinha bastantes kms para fazer, estava cansado e ansioso para chegar a casa após 1 semana fora, e resolvi não lhe proporcionar esse "orgasmo rodoviário". Se na minha antiga 306 às vezes já tinha algumas dificuldades em me afastar destas carrinhas mais recentes e potentes, com a Vectra a coisa pia um pouco mais fininho e foi com à-vontade que, após aquela aproximação suicida à minha traseira, deixei o "coitado" do trolhaman a várias dezenas de metros de distância em questão de poucos segundos, colocando-o no seu devido lugar.
Sim, confesso que por alguns segundos tive que ultrapassar os limites de velocidade permitido por lei para aquele troço, mas não há nada como irmos descansados sem termos que levar com esta cambada de frustradecos que andam na estrada só com o intuito de provocar os outros e de provar não sei bem o quê a quem anda com eles, em relação a quem deveriam ser bem mais responsáveis.
Também sei que a minha atitude não foi a melhor e assumo-o sem problemas, mas... é sempre aquela coisa esquisita: às vezes sabe bem aquela sensação de "ensinar uma lição a alguém". É uma treta, eu sei, mas é daquelas coisas que só quem não passa por elas é que não sabe a sensação de satisfação interior que dá no momento!!!
E vocês? Postem aqui as vossas "aventuras com trolhamobiles", que aposto que serão muitas e variadas!
É muito mais frequente do que se pensa, mas o cenário é quase invariavelmente o mesmo: carrinhas de caixa aberta, de dupla cabine (na maioria das vezes Ford Transit, mas também bastantes Ivecos ou, se o patrão for amigo, talvez uma Mercedes Sprinter), cheias de material na caixa de carga, inclusivamente betoneiras, e as duas filas de bancos todas ocupadas com trabalhadores com as sacolas com marmitas e as duas cervejas médias: uma para a "bucha" da manhã e outra para o almoço. As restantes cervejas compram-se na mercearia ou café ao lado da obra.
Pois bem, vou relatar aqui o primeiro episódio (de dezenas de iguais ou parecidos que já vivi antes), que se passou ontem ao final da tarde, na IC 2, nas rectas entre a saída para Alenquer e a de Rio Maior. Ia atrás de um camião, em zona de apenas 1 via e com duplo traço contínuo, quando percebo uma dessas carrinhas a aproximar-se relativamente depressa. "Ah, cá está um dos verdadeiros!", pensei eu para comigo, logo instintivamente preparado para o que eu sabia que se ia passar de seguida. Como o fulano já devia conhecer bem a estrada e sabia que ainda faltavam umas boas dezenas de metros antes de passarmos a ter 2 faixas, ainda se manteve a uma distância razoável da minha traseira. Quando abriram as 2 faixas, foi o espectáculo habitual: mal eu tinha iniciado a ultrapassagem ao camião, já o trolhaman se cola a mim naquela atitude: "Sai daí, que aqui a carrinha do meu patrão é uma máquina e eu papo tudo e todos com isto"." Só que deu com o tipo errado. A estrada estava aberta, eu ainda tinha bastantes kms para fazer, estava cansado e ansioso para chegar a casa após 1 semana fora, e resolvi não lhe proporcionar esse "orgasmo rodoviário". Se na minha antiga 306 às vezes já tinha algumas dificuldades em me afastar destas carrinhas mais recentes e potentes, com a Vectra a coisa pia um pouco mais fininho e foi com à-vontade que, após aquela aproximação suicida à minha traseira, deixei o "coitado" do trolhaman a várias dezenas de metros de distância em questão de poucos segundos, colocando-o no seu devido lugar.
Sim, confesso que por alguns segundos tive que ultrapassar os limites de velocidade permitido por lei para aquele troço, mas não há nada como irmos descansados sem termos que levar com esta cambada de frustradecos que andam na estrada só com o intuito de provocar os outros e de provar não sei bem o quê a quem anda com eles, em relação a quem deveriam ser bem mais responsáveis.
Também sei que a minha atitude não foi a melhor e assumo-o sem problemas, mas... é sempre aquela coisa esquisita: às vezes sabe bem aquela sensação de "ensinar uma lição a alguém". É uma treta, eu sei, mas é daquelas coisas que só quem não passa por elas é que não sabe a sensação de satisfação interior que dá no momento!!!
E vocês? Postem aqui as vossas "aventuras com trolhamobiles", que aposto que serão muitas e variadas!
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