Viva,
Durante a tarde de hoje, ao circular na Av. da Liberdade na Figueira da Foz, caiu um ramo de uma árvore que com pontaria certeira acerta no tejadilho do meu carro. Deixa-me uma valentes mossas (em alguns pontos o tejadilho desceu uns bons 8 cm), risca-me o capôt, grelha, e pequenas zonas das portas que estavam em contacto com o tejadilho, bem como conseguiu abrir-me os para-sois interiores e retirar a tampa da luz do habitáculo.
Felizmente, para os restantes veículos e peões, não acertou em mais nada, só no meu veículo.
Paro no local da queda (se bem que durante alguns segundos fiquei perdido a tentar saber o que raio se tinha passado), quatro piscas, colete, triângulo, chamada à PSP, retiro algumas fotos ao local e aos danos e aguardo o piquete. Levantam o auto, verificam os danos. Informam-me que até ao final do dia remetiam o auto à Câmara Municipal e após isso eu é que me teria que deslocar à câmara para solucionar a situação. Após contactar a minha seguradora recomendou-me a seguir o mesmo caminho, e só em caso de atraso da CM se activavam os meios legais. Amanhã conto deslocar-me à CMFF para esclarecer a situação e saber como a CM se responsabilizará pelo caso e pagará os danos.
Pela vossa experiência, que cuidados eu deverei ter ou como deverei agir?
Aparentemente a árvore pertence a um jardim público logo da responsabilidade da CM. O jardim já estava vedado com fitas da polícia pois dias antes houve outras quedas de ramos. Várias pessoas se ofereceram como testemunhas e a gestora de um residencial próxima voluntarizou-se para auxiliar na apresentação de uma queixa contra a CM pois a queda de ramos tem sido algo contínuo e tem danificado os prédios circundantes.
Uma foto bem demonstrativa do estado do tejadilho:
Tejadilho Lado Esquerdo.JPG
(mais fotos na página 2)
Todos os conselhos e recomendações são bem vindos.
*************** Actualização 22 de Agosto ***************
No dia a seguir ao acidente desloquei-me à PSP da FF (não sou da FF logo despesas de deslocamento) para levantar o Auto, pelo que tive que pagar pelo mesmo (é um valor irrisório, apenas de fotocópias - 0,12€ - mas irónico já que estou a pagar por algo que não tive responsabilidade) e apresentei a queixa com um pedido de indemenização, juntamente com o auto em anexo, junto da CM.
Não foi dada qualquer resposta final pois a funcionária apenas recebe pedidos. A decisão passa por outro gabinente. Mas também não foi dada qualquer previsão de resposta. Combinou-se em eu contactar o serviço na próxima 6F para conhecer o estado do meu pedido.
Pensei em desde já pedir um orçamento de arranjo à oficina onde sempre realizei os arranjos e revisões ao automóvel (concessionário Nissan) e anexá-lo ao meu pedido mas encontra-se encerrado para férias até ao final da próxima semana.
*************** Actualização 24 de Agosto ***************
Contactei telefonicamente a CMFF através do Gab. do Munícipe. Foi me dito que o processo estava em andamento, no Gab. de Transportes, porém não existia qualquer informação adicional ou qualquer prazo de resolução. Referiram que pode bem demorar um mês, ou mais. Recomendaram contactar periodicamente.
Para procurar acelerar o processo vou-me informação junto do Instituto de Seguros de Portugal como proceder. Caso em meados da próxima semana, quando voltar a contactar a CMFF não existir uma resposta concreta ir pedir à minha seguradora para recorrer ao meus legais. Uma possibilidade também poderá passar por activar o meu seguro de danos próprio para o arranjo do automóvel e deixar a minha seguradora fazer pressão à CMFF. O único se é o custo da franquia.
À parte disto, existem sempre despesas que nunca não quantificáveis: as dores de cabeça, o tempo perdido, as chamadas, o período em que o automóvel anda desfeito pelas ruas. Não existe legislação que proteja o cidadão neste caso? Será aceitável eu ter que andar com o carro empanado (circula, não existe problemas de mecânica mas está completamente desfigurado no tejadilho e capot) devido a atrasos burocráticos?
*************** Actualização 24 de Agosto (Após contacto com o ISP) ***************
Após contacto com ISP eis as respostas:
- Legalmente não há nada que eu possa fazer. Não existe nenhum limite temporal para a CM fornecer uma resposta, pelo que é livre de demorar uma semana, um mês, um ano (claro está, discordo completamente desta situação). Apenas poderei procura fazer pressão (cujo efeito é duvidoso) enviando cartas, faxes e telefonando periodicamente, ou, movendo um processo judicial pelo atraso ou por descontectamente pela resposta - embora o caso parece óbvio a CM pode descartar responsabilidades e não assumir os custos;
- Se activar o meu seguro de Danos Próprios a minha apólice será agravada se a CM não restituir o valor à minha seguradora até à próxima renovação da apólice. Porém, se a CM restituir o valor à minha seguradora após a renovação, a minha seguradora, por sua vez, restitui a mim esse valor e desagrava a apólice;
*************** Actualização 28 de Agosto *************** (1 semana após o acidente)
Novo contacto onde fui informado que a CMFF já tinha sido notificada por outras instituições, como a Protecção Civil, que interviram no local. O caso entrou na secção de Cadastro e Administração de Bens, como o nome indica, responsável pela gestão das infra-estruturas e seguros. Continua a não existir uma previsão para resolução do caso.
*************** Actualização 31 de Agosto ***************
Novo contacto, desta vez já estive em ligação com o Dep. de Cadastro e Administração de bens. Embora não houvesse resposta final foi-me pedido um orçamento (segundo indicaram, para saber se o custo é suportado pela CM ou pela seguradora), documentação do carro e cartão de contribuiente.
Pedi orçamento a uma oficina que me disponibiliza no início dapróxima semana. Não foi possível criarem um orçamento no momento pois são necessárias várias peças e não possuem todos os preços.
No início da próxima semana remeto o orçamento com a documentação requerida.
*************** Actualização 04 de Setembro *************** (2 semanas após o acidente)
Recebi o orçamento por parte da oficina e remeti para a câmara, juntamente com a documentação requerida. O orçamento ficou em sensivelmente 2.200€.
Tendo a CM em posse de todos os dados e documentos não há razão para novos atrasos.
*************** Actualização 07 de Setembro ***************
Na ausência de resposta por parte da CM contactei a pessoa responsável pelo processo. Aparentemente estava de férias (embora no final da semana passada me tenha requerido documentação) e deixou indicação que nenhum processo estava pendente.
Estranhamente, durante a tarde, fui contactado pela CM, por uma nova pessoa, que me questionava se tinha apresentado alguma coisa na CM. aparentemente receberam o auto da PSP mas não existe qualquer indicação ou registo no sistema da CM. Neste momento estou dúvidas sobre o funcionamento da CM e o desenrolar deste processo.
*************** Actualização 10 de Setembro ***************
Novo contacto. A pessoa na CMFF responsável pelo meu caso encontra-se há uma semana de férias e não me sabem informar quando regressa. Para mais, ninguém sabe qual o estado do meu caso. Começo a stressar com a situação e com a imoralidade por parte da CMFF
<desabafo>Todo o trabalhador deve ter direito às devidas férias. Porém, não é aceitável que um serviço público "congele" porque um funcionário se ausente em férias. Especialmente quando há cidadãos, que pagam impostos - que financiam esse serviço - e que dependem e aguardem para que os seus casos sejam solucionado, cidadãos estes que não têm qualquer responsabilidade sobre o sucedido</desabafo>.
Amanhã farei um último contacto. Se não obtiver resposta satisfatória irei contactar a minha seguradora para obter apoio jurídico e activar o meu seguro sobre danos próprios.
*************** Actualização 11 de Setembro *************** (3 semanas após o acidente)
Novo contacto. Fui simplesmente informado que a responsável regressa manhã, dia 12. Nada mais foi acrescentado.
*************** Actualização 12 de Setembro *************** (3 semanas após a apresentação da queixa à CMFF)
Novo contacto. No início fui informado que a pessoa ainda se encontrava de férias, mas lá a identificaram. A conversa ficou azeda depois de me informaram que só agora tinham verificado o orçamento e restantes documentos (enviados há semana e meia) , só agora o processo iria seguir para os seguros e que não havia qualquer previsão de tempo de resposta, nem garantias que a CMFF se responsabilizasse. Embora esteja com o carro amassado foi-me dito para simplesmente aguardar, ou que reparasse o carro às minhas custas e esperasse que a CMFF um dia podesse ressarcir.
Após isto apresentei toda a documentação que possuía à minha seguradora, bem como os contactos, para eles mesmo pressionarem a CMFF.
Da própria CMFF foi referido que existem casos semelhantes pendentes há meses, mesmo de veículos que não se podem mover, e um caso levou 4 anos para resolver.
Embora até agora tenha simplesmente aguardado, perante isto, estou a pensar em remeter a descrição do caso para o programa "nós por cá" da SIC, e "Consumidor Directo" da antena 1. Mesmo para a imprensa da região. A CMFF mostrou não querer responsabilizar-se ou preocupar-se por um cidadão. Senti-me mesmo desprezo. Pelo que irei usar o que poder em meu favor.
*************** Actualização 17 de Setembro ***************
Remeti uma carta registada com aviso de recepção à presidência da CMFF, descrevendo todos os eventos desde o dia do acidente e anexando toda a documentação, comprovativos e algumas fotos, requerimento um tratamento célere do meu caso.
*************** Actualização 18 de Setembro *************** (4 semanas após o acidente)
Fui contactado por um perito que apenas nesse dia tinha recebido a informação do acidente (embora a CMFF refira que seguira no dia 12, e mais tarde no dia 13). Muita documentçaão estava em falta, não tendo sido fornecida pela CMFF, nomeadamente orçamento de reparação, fotos do acidente e documentos do veículo.
*************** Actualização 19 de Setembro ***************
O perito disponibilizou-se para se deslocar ao meu local de trabalho para verificar o estado da viatura. Entreguei toda a documentação em falta que a CMFF não disponibilizou.
*************** Actualização 24 de Setembro *************** (5 semanas após o acidente)
Recebi uma resposta à carta remetida no dia 17 por parte da CMFF, onde apenas é referido que o processo foi remetido à seguradora da CMFF no dia 13 (embora no dia 12 tenha sido informado que o processo seguirá nesse mesmo dia, e o perito tenha indicado que apenas no dia 18 recebeu o processo). Nada mais é referido na carta
*************** Actualização 29 de Setembro ***************
Contactei a CMFF, tendo sido informado que continuavam à espera da resposta por parte da sua correctora (aparentemente não contactam directamete a seguradora, mas aconselharam-me a ser eu a contactar a seguradora da CMFF - !?). Sem essa resposta a CMFF não tomará qualquer acção.
Contactei a DECO e o ISP. Ambos aconselharam a recorrer aos jurados de justiça, ou em último caso aos tribunais, através de um processo judicial.
*************** Actualização 04 de Outubro *************** (6 semanas após o acidente)
Contactei o perito que me informou que o processo estava encerrado mas se encontrava em revisão pelo seu departamento. Em princípio, no dia 08 será remetido à seguradora. Aconselhou a aguardar até ao final da próxima semana, e caso não receba nenhum contacto por parte da seguradora para contactar a CMFF ou a seguradora.
No dia 11 irei deslocar-me (após 7 semanas do acidente) à CMFF para falar pessoalmente com a pessoal responsável pelo caso e pedir explicações pelo atraso vergonhoso na resolução do meu caso. Irei apresnetar uma queixa por escrito no livro de reclamações.
Estou a preparar um texto para remeter para os jornais locais a denunciar o atraso vergonhoso e imoral do meu caso por parte da CMFF.
Entretanto, com as chuvas, partes do carro estão a formar ferrugem e surgem infiltrações.
*************** Actualização 11 de Outubro *************** (7 semanas após o acidente)
Desloquei-me pessoalmente à CMFF (140km de Oliveira do Hospital à Figueira da Foz, mais o regresso). Conheci finalmente a senhora que me trata do assunto que procurou ser muito solícita, contactando e pressionando a correctora. Infelizmente da parte da correctora apenas veio como resposta: "ainda não temos informação, um pouco mais de paciência".
Apresentei uma reclamação no livro de reclamações, e deixei uma nova carta dirigida ao Presidente da CMFF.
*************** Actualização 15 de Outubro ***************
Fui informado pelo perito que o processo estava concluído e na posse da seguradora. Informei imediatamente a CMFF, já que a desculpa do atraso era sempre devido à peritagem.
*************** Actualização 16 de Outubro *************** (8 semanas após o acidente)
Contactei a CMFF. Fui informado que a seguradora deu ordem de reparação. Porém:
- A seguradora só paga o valor do arranjo sem IVA, tendo que apresentar a factura final para ser indemnizado desse valor (!?);
- A CMFF paga a franquia, mas tenho que aguardar mais 2 semanas, embora tenha sido dada ordem de reparação (!?);
A seguradora iria remeter o cheque por correio.
*************** Actualização 17 de Outubro ***************
Acordei a reparação com a oficina. São necessárias peças pelo que o carro só entra na oficina na próxima 2ªF (22 de Outubro), dia em que as peças encomendadas são entregues.
Tive que pressionar a CMFF pelo veículo de substituição. A seguradora informou que podia alugar um e que no final apresentasse a respectiva factura. No entanto, tenho que suportar os custos do aluguer até que me indemnizem.
*************** Actualização 22 de Outubro *************** (9 semanas após o acidente)
O carro é entregue à oficina.
Recebo correspondência da seguradora, mas não, não era o cheque. Era um bonito documento que tinha que assinar e dizia, transcrevendo " (...) o abaixo assinado declara ter recebido da Allianz SA o valor da indemnização (...) e dá-se por completamente indemnizado (...)". Depois de vários contactos com a seguradora apercebo-me que se não assinar o documento, nada feito, embora assine algo que afirme situações que não ocorreram. Eu ainda não fui indemnizado e de longe dou-me por completamente indemnizado, pois ainda faltam as despesas do aluguer, de deslocamento e todas as comunicações que tive (cartas, telefones, etc.) foram outras despesas não quantificáveis. Esta situação é vergonhosa.
Como necessito do valor, assino o recibo, risco as partes onde é afirmado que fui indemnizado e a seguradora não tem mais dívidas para comigo e acompanho com uma carta onde traduzo isso mesmo.
A carta segue no dia seguinte, dia 23, por correio registado.
Entretanto a DECO responde-me afirmando que toda a razão está do meu lado, porém, não existe nenhuma obrigação legal, o tal vazio legal. Pelo que estou desprotegido e nada se pode fazer. Recomendaram-me expor o caso o Provedor de Justiça, www.provedor-jus.pt e seguir com um processo judicial pela morosidade mas alertando para as despesas daí decorrentes. Situação grave, esta. O cidadão está completamente desprotegido, é reconhecido por entidades institucionais mas nada é feito para reverter essa situação.
*************** Actualização 26 de Outubro ***************
Supostamente dia para levantar o carro. Porém, nem cheque da CMFF nem depósito da seguradora, embora o recibo tenha sido remetido há 3 dias atrás. Contacto a seguradora e informam-me que nada receberam e sem o recibo não podem fazer a transferência. Contacto os CTT e informam-me que a carta foi entregue na seguradora às 11h do dia 24. Tirem as vossas conclusões.
Felizmente ou infelizmente, o carro não está totalmente reparado, pelo que só para a próxima semana, o que dá mais algum tempo para esperar pela indemnização. Enquanto não tiver o valor da indemnização da seguradora e da CMFF não poderei levantar o veículo
"Algo cheira mal para o reino das Câmaras Municipais e das seguradoras...".
Marco
Durante a tarde de hoje, ao circular na Av. da Liberdade na Figueira da Foz, caiu um ramo de uma árvore que com pontaria certeira acerta no tejadilho do meu carro. Deixa-me uma valentes mossas (em alguns pontos o tejadilho desceu uns bons 8 cm), risca-me o capôt, grelha, e pequenas zonas das portas que estavam em contacto com o tejadilho, bem como conseguiu abrir-me os para-sois interiores e retirar a tampa da luz do habitáculo.
Felizmente, para os restantes veículos e peões, não acertou em mais nada, só no meu veículo.
Paro no local da queda (se bem que durante alguns segundos fiquei perdido a tentar saber o que raio se tinha passado), quatro piscas, colete, triângulo, chamada à PSP, retiro algumas fotos ao local e aos danos e aguardo o piquete. Levantam o auto, verificam os danos. Informam-me que até ao final do dia remetiam o auto à Câmara Municipal e após isso eu é que me teria que deslocar à câmara para solucionar a situação. Após contactar a minha seguradora recomendou-me a seguir o mesmo caminho, e só em caso de atraso da CM se activavam os meios legais. Amanhã conto deslocar-me à CMFF para esclarecer a situação e saber como a CM se responsabilizará pelo caso e pagará os danos.
Pela vossa experiência, que cuidados eu deverei ter ou como deverei agir?
Aparentemente a árvore pertence a um jardim público logo da responsabilidade da CM. O jardim já estava vedado com fitas da polícia pois dias antes houve outras quedas de ramos. Várias pessoas se ofereceram como testemunhas e a gestora de um residencial próxima voluntarizou-se para auxiliar na apresentação de uma queixa contra a CM pois a queda de ramos tem sido algo contínuo e tem danificado os prédios circundantes.
Uma foto bem demonstrativa do estado do tejadilho:
Tejadilho Lado Esquerdo.JPG
(mais fotos na página 2)
Todos os conselhos e recomendações são bem vindos.
*************** Actualização 22 de Agosto ***************
No dia a seguir ao acidente desloquei-me à PSP da FF (não sou da FF logo despesas de deslocamento) para levantar o Auto, pelo que tive que pagar pelo mesmo (é um valor irrisório, apenas de fotocópias - 0,12€ - mas irónico já que estou a pagar por algo que não tive responsabilidade) e apresentei a queixa com um pedido de indemenização, juntamente com o auto em anexo, junto da CM.
Não foi dada qualquer resposta final pois a funcionária apenas recebe pedidos. A decisão passa por outro gabinente. Mas também não foi dada qualquer previsão de resposta. Combinou-se em eu contactar o serviço na próxima 6F para conhecer o estado do meu pedido.
Pensei em desde já pedir um orçamento de arranjo à oficina onde sempre realizei os arranjos e revisões ao automóvel (concessionário Nissan) e anexá-lo ao meu pedido mas encontra-se encerrado para férias até ao final da próxima semana.
*************** Actualização 24 de Agosto ***************
Contactei telefonicamente a CMFF através do Gab. do Munícipe. Foi me dito que o processo estava em andamento, no Gab. de Transportes, porém não existia qualquer informação adicional ou qualquer prazo de resolução. Referiram que pode bem demorar um mês, ou mais. Recomendaram contactar periodicamente.
Para procurar acelerar o processo vou-me informação junto do Instituto de Seguros de Portugal como proceder. Caso em meados da próxima semana, quando voltar a contactar a CMFF não existir uma resposta concreta ir pedir à minha seguradora para recorrer ao meus legais. Uma possibilidade também poderá passar por activar o meu seguro de danos próprio para o arranjo do automóvel e deixar a minha seguradora fazer pressão à CMFF. O único se é o custo da franquia.
À parte disto, existem sempre despesas que nunca não quantificáveis: as dores de cabeça, o tempo perdido, as chamadas, o período em que o automóvel anda desfeito pelas ruas. Não existe legislação que proteja o cidadão neste caso? Será aceitável eu ter que andar com o carro empanado (circula, não existe problemas de mecânica mas está completamente desfigurado no tejadilho e capot) devido a atrasos burocráticos?
*************** Actualização 24 de Agosto (Após contacto com o ISP) ***************
Após contacto com ISP eis as respostas:
- Legalmente não há nada que eu possa fazer. Não existe nenhum limite temporal para a CM fornecer uma resposta, pelo que é livre de demorar uma semana, um mês, um ano (claro está, discordo completamente desta situação). Apenas poderei procura fazer pressão (cujo efeito é duvidoso) enviando cartas, faxes e telefonando periodicamente, ou, movendo um processo judicial pelo atraso ou por descontectamente pela resposta - embora o caso parece óbvio a CM pode descartar responsabilidades e não assumir os custos;
- Se activar o meu seguro de Danos Próprios a minha apólice será agravada se a CM não restituir o valor à minha seguradora até à próxima renovação da apólice. Porém, se a CM restituir o valor à minha seguradora após a renovação, a minha seguradora, por sua vez, restitui a mim esse valor e desagrava a apólice;
*************** Actualização 28 de Agosto *************** (1 semana após o acidente)
Novo contacto onde fui informado que a CMFF já tinha sido notificada por outras instituições, como a Protecção Civil, que interviram no local. O caso entrou na secção de Cadastro e Administração de Bens, como o nome indica, responsável pela gestão das infra-estruturas e seguros. Continua a não existir uma previsão para resolução do caso.
*************** Actualização 31 de Agosto ***************
Novo contacto, desta vez já estive em ligação com o Dep. de Cadastro e Administração de bens. Embora não houvesse resposta final foi-me pedido um orçamento (segundo indicaram, para saber se o custo é suportado pela CM ou pela seguradora), documentação do carro e cartão de contribuiente.
Pedi orçamento a uma oficina que me disponibiliza no início dapróxima semana. Não foi possível criarem um orçamento no momento pois são necessárias várias peças e não possuem todos os preços.
No início da próxima semana remeto o orçamento com a documentação requerida.
*************** Actualização 04 de Setembro *************** (2 semanas após o acidente)
Recebi o orçamento por parte da oficina e remeti para a câmara, juntamente com a documentação requerida. O orçamento ficou em sensivelmente 2.200€.
Tendo a CM em posse de todos os dados e documentos não há razão para novos atrasos.
*************** Actualização 07 de Setembro ***************
Na ausência de resposta por parte da CM contactei a pessoa responsável pelo processo. Aparentemente estava de férias (embora no final da semana passada me tenha requerido documentação) e deixou indicação que nenhum processo estava pendente.
Estranhamente, durante a tarde, fui contactado pela CM, por uma nova pessoa, que me questionava se tinha apresentado alguma coisa na CM. aparentemente receberam o auto da PSP mas não existe qualquer indicação ou registo no sistema da CM. Neste momento estou dúvidas sobre o funcionamento da CM e o desenrolar deste processo.
*************** Actualização 10 de Setembro ***************
Novo contacto. A pessoa na CMFF responsável pelo meu caso encontra-se há uma semana de férias e não me sabem informar quando regressa. Para mais, ninguém sabe qual o estado do meu caso. Começo a stressar com a situação e com a imoralidade por parte da CMFF
<desabafo>Todo o trabalhador deve ter direito às devidas férias. Porém, não é aceitável que um serviço público "congele" porque um funcionário se ausente em férias. Especialmente quando há cidadãos, que pagam impostos - que financiam esse serviço - e que dependem e aguardem para que os seus casos sejam solucionado, cidadãos estes que não têm qualquer responsabilidade sobre o sucedido</desabafo>.
Amanhã farei um último contacto. Se não obtiver resposta satisfatória irei contactar a minha seguradora para obter apoio jurídico e activar o meu seguro sobre danos próprios.
*************** Actualização 11 de Setembro *************** (3 semanas após o acidente)
Novo contacto. Fui simplesmente informado que a responsável regressa manhã, dia 12. Nada mais foi acrescentado.
*************** Actualização 12 de Setembro *************** (3 semanas após a apresentação da queixa à CMFF)
Novo contacto. No início fui informado que a pessoa ainda se encontrava de férias, mas lá a identificaram. A conversa ficou azeda depois de me informaram que só agora tinham verificado o orçamento e restantes documentos (enviados há semana e meia) , só agora o processo iria seguir para os seguros e que não havia qualquer previsão de tempo de resposta, nem garantias que a CMFF se responsabilizasse. Embora esteja com o carro amassado foi-me dito para simplesmente aguardar, ou que reparasse o carro às minhas custas e esperasse que a CMFF um dia podesse ressarcir.
Após isto apresentei toda a documentação que possuía à minha seguradora, bem como os contactos, para eles mesmo pressionarem a CMFF.
Da própria CMFF foi referido que existem casos semelhantes pendentes há meses, mesmo de veículos que não se podem mover, e um caso levou 4 anos para resolver.
Embora até agora tenha simplesmente aguardado, perante isto, estou a pensar em remeter a descrição do caso para o programa "nós por cá" da SIC, e "Consumidor Directo" da antena 1. Mesmo para a imprensa da região. A CMFF mostrou não querer responsabilizar-se ou preocupar-se por um cidadão. Senti-me mesmo desprezo. Pelo que irei usar o que poder em meu favor.
*************** Actualização 17 de Setembro ***************
Remeti uma carta registada com aviso de recepção à presidência da CMFF, descrevendo todos os eventos desde o dia do acidente e anexando toda a documentação, comprovativos e algumas fotos, requerimento um tratamento célere do meu caso.
*************** Actualização 18 de Setembro *************** (4 semanas após o acidente)
Fui contactado por um perito que apenas nesse dia tinha recebido a informação do acidente (embora a CMFF refira que seguira no dia 12, e mais tarde no dia 13). Muita documentçaão estava em falta, não tendo sido fornecida pela CMFF, nomeadamente orçamento de reparação, fotos do acidente e documentos do veículo.
*************** Actualização 19 de Setembro ***************
O perito disponibilizou-se para se deslocar ao meu local de trabalho para verificar o estado da viatura. Entreguei toda a documentação em falta que a CMFF não disponibilizou.
*************** Actualização 24 de Setembro *************** (5 semanas após o acidente)
Recebi uma resposta à carta remetida no dia 17 por parte da CMFF, onde apenas é referido que o processo foi remetido à seguradora da CMFF no dia 13 (embora no dia 12 tenha sido informado que o processo seguirá nesse mesmo dia, e o perito tenha indicado que apenas no dia 18 recebeu o processo). Nada mais é referido na carta
*************** Actualização 29 de Setembro ***************
Contactei a CMFF, tendo sido informado que continuavam à espera da resposta por parte da sua correctora (aparentemente não contactam directamete a seguradora, mas aconselharam-me a ser eu a contactar a seguradora da CMFF - !?). Sem essa resposta a CMFF não tomará qualquer acção.
Contactei a DECO e o ISP. Ambos aconselharam a recorrer aos jurados de justiça, ou em último caso aos tribunais, através de um processo judicial.
*************** Actualização 04 de Outubro *************** (6 semanas após o acidente)
Contactei o perito que me informou que o processo estava encerrado mas se encontrava em revisão pelo seu departamento. Em princípio, no dia 08 será remetido à seguradora. Aconselhou a aguardar até ao final da próxima semana, e caso não receba nenhum contacto por parte da seguradora para contactar a CMFF ou a seguradora.
No dia 11 irei deslocar-me (após 7 semanas do acidente) à CMFF para falar pessoalmente com a pessoal responsável pelo caso e pedir explicações pelo atraso vergonhoso na resolução do meu caso. Irei apresnetar uma queixa por escrito no livro de reclamações.
Estou a preparar um texto para remeter para os jornais locais a denunciar o atraso vergonhoso e imoral do meu caso por parte da CMFF.
Entretanto, com as chuvas, partes do carro estão a formar ferrugem e surgem infiltrações.
*************** Actualização 11 de Outubro *************** (7 semanas após o acidente)
Desloquei-me pessoalmente à CMFF (140km de Oliveira do Hospital à Figueira da Foz, mais o regresso). Conheci finalmente a senhora que me trata do assunto que procurou ser muito solícita, contactando e pressionando a correctora. Infelizmente da parte da correctora apenas veio como resposta: "ainda não temos informação, um pouco mais de paciência".
Apresentei uma reclamação no livro de reclamações, e deixei uma nova carta dirigida ao Presidente da CMFF.
*************** Actualização 15 de Outubro ***************
Fui informado pelo perito que o processo estava concluído e na posse da seguradora. Informei imediatamente a CMFF, já que a desculpa do atraso era sempre devido à peritagem.
*************** Actualização 16 de Outubro *************** (8 semanas após o acidente)
Contactei a CMFF. Fui informado que a seguradora deu ordem de reparação. Porém:
- A seguradora só paga o valor do arranjo sem IVA, tendo que apresentar a factura final para ser indemnizado desse valor (!?);
- A CMFF paga a franquia, mas tenho que aguardar mais 2 semanas, embora tenha sido dada ordem de reparação (!?);
A seguradora iria remeter o cheque por correio.
*************** Actualização 17 de Outubro ***************
Acordei a reparação com a oficina. São necessárias peças pelo que o carro só entra na oficina na próxima 2ªF (22 de Outubro), dia em que as peças encomendadas são entregues.
Tive que pressionar a CMFF pelo veículo de substituição. A seguradora informou que podia alugar um e que no final apresentasse a respectiva factura. No entanto, tenho que suportar os custos do aluguer até que me indemnizem.
*************** Actualização 22 de Outubro *************** (9 semanas após o acidente)
O carro é entregue à oficina.
Recebo correspondência da seguradora, mas não, não era o cheque. Era um bonito documento que tinha que assinar e dizia, transcrevendo " (...) o abaixo assinado declara ter recebido da Allianz SA o valor da indemnização (...) e dá-se por completamente indemnizado (...)". Depois de vários contactos com a seguradora apercebo-me que se não assinar o documento, nada feito, embora assine algo que afirme situações que não ocorreram. Eu ainda não fui indemnizado e de longe dou-me por completamente indemnizado, pois ainda faltam as despesas do aluguer, de deslocamento e todas as comunicações que tive (cartas, telefones, etc.) foram outras despesas não quantificáveis. Esta situação é vergonhosa.
Como necessito do valor, assino o recibo, risco as partes onde é afirmado que fui indemnizado e a seguradora não tem mais dívidas para comigo e acompanho com uma carta onde traduzo isso mesmo.
A carta segue no dia seguinte, dia 23, por correio registado.
Entretanto a DECO responde-me afirmando que toda a razão está do meu lado, porém, não existe nenhuma obrigação legal, o tal vazio legal. Pelo que estou desprotegido e nada se pode fazer. Recomendaram-me expor o caso o Provedor de Justiça, www.provedor-jus.pt e seguir com um processo judicial pela morosidade mas alertando para as despesas daí decorrentes. Situação grave, esta. O cidadão está completamente desprotegido, é reconhecido por entidades institucionais mas nada é feito para reverter essa situação.
*************** Actualização 26 de Outubro ***************
Supostamente dia para levantar o carro. Porém, nem cheque da CMFF nem depósito da seguradora, embora o recibo tenha sido remetido há 3 dias atrás. Contacto a seguradora e informam-me que nada receberam e sem o recibo não podem fazer a transferência. Contacto os CTT e informam-me que a carta foi entregue na seguradora às 11h do dia 24. Tirem as vossas conclusões.
Felizmente ou infelizmente, o carro não está totalmente reparado, pelo que só para a próxima semana, o que dá mais algum tempo para esperar pela indemnização. Enquanto não tiver o valor da indemnização da seguradora e da CMFF não poderei levantar o veículo
"Algo cheira mal para o reino das Câmaras Municipais e das seguradoras...".
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