Costuma dizer-se que a primeira vez nunca se esquece, e é bem verdade! Pelo menos comigo foi assim; não pensem que me espetei ou fiz (muitas) “judiarias” ao carro, mas… andou lá perto.
Para meu infortúnio, a minha 1ª vez foi na minha 1ª aula de condução.
Bem, para começar o raio do carro nunca ia a direito. Tinha de estar sempre a ajeitar o volante (fiquei logo a saber que não era como nos jogos de computador; fiquei a saber tarde demais, pois quase não acertava com a maldita estrada).
Depois, quando finalmente lá ia de vez em quando acertando com a minha parte da estrada (que acho que era mais pequena do que a faixa dos outros, mas enfim), o estafermo do instrutor lembrou-se de me mandar para o meio da confusão do trânsito citadino. Oh céus, aquilo era um inferno! Tanto carro em tão pouco espaço, e ainda tinha de ouvir: “Dá-lhe um cheirinho” (Epá, eu estava aflito, mas não me via capaz de fazer uma coisa daquelas); “Vira à esquerda” (e logo à esquerda que é tão difícil… nos cruzamentos, entenda-se, não tem nada a ver com política); “Vai, vai, vai agora! Não penses! Vá, embora agora!” (ai a vontade que eu tinha naquele momento, isso sim, mas era de me ir embora do carro e deixar lá o tipo a falar sozinho. Estava-lhe cá com uma osga que nem queiram saber); e depois continuava “Reduz, senão o carro vai abaixo!” “ Então, e o pisca?” “Olha lá o carro da frente!” “Vira tudo! Olha o travão!!!”. Epá, o gajo mandava-me olhar para tudo ao mesmo tempo e ainda por cima havia carros por todo o lado só a estorvar. No meio daquilo tudo, não sei o que era pior: se o carro que fazia tudo ao contrário do que eu queria e roncava furioso sempre que ia meter uma mudança, se os outros a apitarem–me com expressão de pânico ou se o fulano a berrar-me aos ouvidos. Já não bastava ter de acertar com a estrada (e o raio do volante não ajudava nada), com pedais, mudanças, botões e manípulos por tudo quanto era lado, e ainda por cima o sujeito meteu-me logo no meio dos outros carros… que ainda para mais se estavam todos a mexer.
Foi um autêntico pesadelo naquele dia, que continuou durante toda a noite: passei a noite a sonhar que estava outra vez ao volante, imaginem!! Já não bastava o tormento de dia e a noite continuou igual, com a diferença de que quando ia para cima de todos os outros carros, estes não "fugiam”.
Mas digo-vos: foi preciso muita coragem para no dia seguinte voltar à “arena” para tentar domar a fera (refiro-me ao carro e, sim, também ao tratador… queria dizer instrutor).
Porém hoje, olhando para trás, acho que o instrutor ainda acabou por sofrer mais do que eu. Mas também, quem o mandou ser tão rude com um aprendiz de condutor? Bem, o fulano apanhou cá um susto que nem vos digo! Só sei que no 2º dia, tive a aula num ermo isolado onde não havia carros, não havia ninguém, não havia nada. A conversa foi pouca. Acabou por servir para me habituar ao carro (um Corsa dos antigos sem direcção assistida, que para virar o volante era preciso comer um bife antes da aula).
Hoje ainda me rio daquela “tragédia”, mas garanto-vos que na altura a “coisa” não teve piada nenhuma. E depois de tudo isso, quem haveria de dizer que mais tarde acabaria por ser um apaixonado por carros.
Então e convosco, como foi a 1ª vez?
Para meu infortúnio, a minha 1ª vez foi na minha 1ª aula de condução.
Bem, para começar o raio do carro nunca ia a direito. Tinha de estar sempre a ajeitar o volante (fiquei logo a saber que não era como nos jogos de computador; fiquei a saber tarde demais, pois quase não acertava com a maldita estrada).
Depois, quando finalmente lá ia de vez em quando acertando com a minha parte da estrada (que acho que era mais pequena do que a faixa dos outros, mas enfim), o estafermo do instrutor lembrou-se de me mandar para o meio da confusão do trânsito citadino. Oh céus, aquilo era um inferno! Tanto carro em tão pouco espaço, e ainda tinha de ouvir: “Dá-lhe um cheirinho” (Epá, eu estava aflito, mas não me via capaz de fazer uma coisa daquelas); “Vira à esquerda” (e logo à esquerda que é tão difícil… nos cruzamentos, entenda-se, não tem nada a ver com política); “Vai, vai, vai agora! Não penses! Vá, embora agora!” (ai a vontade que eu tinha naquele momento, isso sim, mas era de me ir embora do carro e deixar lá o tipo a falar sozinho. Estava-lhe cá com uma osga que nem queiram saber); e depois continuava “Reduz, senão o carro vai abaixo!” “ Então, e o pisca?” “Olha lá o carro da frente!” “Vira tudo! Olha o travão!!!”. Epá, o gajo mandava-me olhar para tudo ao mesmo tempo e ainda por cima havia carros por todo o lado só a estorvar. No meio daquilo tudo, não sei o que era pior: se o carro que fazia tudo ao contrário do que eu queria e roncava furioso sempre que ia meter uma mudança, se os outros a apitarem–me com expressão de pânico ou se o fulano a berrar-me aos ouvidos. Já não bastava ter de acertar com a estrada (e o raio do volante não ajudava nada), com pedais, mudanças, botões e manípulos por tudo quanto era lado, e ainda por cima o sujeito meteu-me logo no meio dos outros carros… que ainda para mais se estavam todos a mexer.
Foi um autêntico pesadelo naquele dia, que continuou durante toda a noite: passei a noite a sonhar que estava outra vez ao volante, imaginem!! Já não bastava o tormento de dia e a noite continuou igual, com a diferença de que quando ia para cima de todos os outros carros, estes não "fugiam”.
Mas digo-vos: foi preciso muita coragem para no dia seguinte voltar à “arena” para tentar domar a fera (refiro-me ao carro e, sim, também ao tratador… queria dizer instrutor).
Porém hoje, olhando para trás, acho que o instrutor ainda acabou por sofrer mais do que eu. Mas também, quem o mandou ser tão rude com um aprendiz de condutor? Bem, o fulano apanhou cá um susto que nem vos digo! Só sei que no 2º dia, tive a aula num ermo isolado onde não havia carros, não havia ninguém, não havia nada. A conversa foi pouca. Acabou por servir para me habituar ao carro (um Corsa dos antigos sem direcção assistida, que para virar o volante era preciso comer um bife antes da aula).
Hoje ainda me rio daquela “tragédia”, mas garanto-vos que na altura a “coisa” não teve piada nenhuma. E depois de tudo isso, quem haveria de dizer que mais tarde acabaria por ser um apaixonado por carros.
Então e convosco, como foi a 1ª vez?
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