Aumento de Cavalos em VW Sharan 1.9

[SLAB]

Se para manteres uma mudança mais alta tiveres que esmagar o acelerador para o motor a segurar, não estás, de forma nenhuma, a poupar combustível.

Mudanças altas e baixa rotação não significam poupança de combustível por si, tudo depende da posição em que o acelerador está. Se estás a injectar uma enormidade de combustível para o motor conseguir segurar a rotação sem ceder ou se estás apenas a inserir o mínimo de combustível para a rotação se manter quase que por si.

Por vezes circular, por exemplo, em 4ª às 1700rpm não é sinónimo de um consumo mais baixo do que em 3ª às 2300rpm. Tudo depende da quantidade de combustível necessária para manter essa rotação.


Cumpts.

Não falei em esmagar o acelerador.

[nandosines]

Bem já estou mais confuso!!! mas estou tentado a experimentar...

[bernardoR]

Lendo a conversa que para aqui vai, entramos na típica batalha "as repros são a melhor coisa do mundo" vs "reprogramas o carro e vais troca-lo cedo"...
Em primeiro lugar temos de estabelecer os pontos favoráveis e negativos de uma alteração destas:

Os veículos são projectados para abrangerem um publico diverso, desde o "c*ninhas" que troca o óleo a meio da quilometragem e lava o carro tantas vezes quanto a si próprio (tomando-o como asseado ), à dondoca que só sabe o que é o óleo e revisões quando tem de ir de reboque por causa de um motor gripado. Isto é, existe margem para "esticar a corda", mas esta tem sempre um limite...
Cabe a cada um decidir se quer subir uns degraus, mas com a consciência que também irá subir o cuidado na manutenção e utilização do veículo.
Quem diz que reprogramou o carro e anda a fundo muitos kms e/ou usa o carro a frio normalmente sem ter o cuidado de ser suave nas acelerações e usando poucas rpms, sem duvida nenhuma que vai ter despesas mais cedo, é certinho.

Quando a consumos, acredito que se consigam consumos inferiores em situações de carga reduzida, isto é, condução calma e viagens com uma vel constante baixa.
De resto, acho que é mais a letra que vai passando de boca em boa, e que quem tem reprogramados diz por não dar parte fraca (os que conheço estão a gastar mais, pouco mas mais).
O binário só se extraí à custa de gasóleo, a combustão não se dá só com ar a ser comprimido (antes fosse...), e o rendimento térmico do motor não se melhora só com electrónica...
E sim, até existe o "downgrade" oficial da BMW por ex. com o 320ed, que tinha 163cv e uma caixa mais longa, em vez dos 177 da versão normal.

Sobre outros componentes afectados, vai haver um custo nestes também. A embraiagem é o que sobressai, porque é a que pode implicar a paralisação do veículo se "morrer".
Num veículo já com alguns kms temos de ser cautelosos, porque a razão dos kms que irá aguentar vs binario do motor não é linear, e se por um lado ainda tínhamos 100.000 para fazer com um binário máximo de 300nm, com 360 podíamos só fazer mais 20.000 (claro que o tipo de condução seria muito importante também).

Com isto quero passar que em primeiro lugar devemos pôr tudo em cima da mesa e analisar cada caso, e ver para que lado a balança vai....

Positivo:
Melhor andamento, mais agradabilidade e conforto em viagens carregado, mais confiança para casos específicos (ultrapassagens, entradas em rotundas mais apressadas,...)

Negativo:
Encurtamento da vida útil de alguns componentes, como a embraiagem ou turbo; maior rigidez na manutenção (aqui o "ah, vou deixar passar mais 2000 kms na muda do óleo porque dá jeito" a ser considerado, é para dar mau resultado),mais fumo (um 1.9 tdi já o deita de origem por isso mesmo algo normal irá prejudicar um pouco), maior cuidado no trato ao conduzir - ritmo calmo a frio, deixar a trabalhar uns segs antes de arrancar ou desligar (depois de uma viagem convém ser 1 minuto para o correcto arrefecimento e lubrificação do turbo). Os cuidados devemos ter sempre, mas aqui acho importante não os esquecer mesmo.

Agora resta ao autor do tópico ponderar o melhor para si em função dos kms do carro, do estado actual da embraiagem, por quanto tempo ainda quer ficar com o carro...
E apoio o conselho de se fazer uma boa revisão antes de seguir para a reprogramação

[joaobarbosajb]

Boas:

Falo por alguma experiência. A minha carrinha 306 hdi de 99, equipada com um 2000cc e 90 cv foi reprogramada passados +-5 anos e com 80.000km. A condição de quem o fez foi, 1º de ver se estava em condições de ser feito...
Não sei com que cavalagem ficou nem me interessa. Alterei por comodidade, porque em certas situações ou ía em 2ª em altas ou 3ª a morrer, ou seja ali nas 1500rpm aquilo era complicado.
Ficou mais agradável de conduzir, tem mais força, mas não anda mais (velocidade de ponta).
Se gasta mais? claro, quando se puxa, mas também é capaz de gastar menos se andarmos devagar. Acho que é impossivel aferir as diferenças são minimas.
Neste momento está com 250.000km sem problemas. Relembro que pedi uma reprogramação "personalizada" e não abusiva.
Conclusão: valeu a pena e faria outra vez.

jbarbosa

[SLAB]

Há aqui gente que pensa que o carro deles vai durar a vida toda. Eu reprogramei e não me arrependo nada.

[ASA]

Eu já tive o meu Laguna 2.0dci reprogramado durante cerca de 10mil klm, aumentei o binario em 80Nm e os C/v em 21.

Fica sem sombra de duvida muito mais agradavel e dá mais prazer em conduzir, mas...
como decidi ficar com o carro mais uns anos, voltei ao "chipador" e voltei a pôr de origem, que sao 157 c/v e 340Nm.(foi o que deu no banco)

Chipada tinha ficado com178c/v e 420Nm de binario.

Conclusao: se queres um carro para ter uns anos valentes, nao te metas nisso. Se é só por poucos, força com a repro, e quando começar dar problemas, OLX ou Standvirtual com ela...lol