Os automóveis diesel representarão apenas 9% dos veículos novos vendidos na Europa em 2030, menos 50% do valor atual. A conclusão é de um estudo elaborado pela empresa de consultadoria AlixPartners que antevê uma mudança drástica na indústria automóvel.
"Com os limites para as emissões de gases poluentes cada vez mais restritos, a Europa vai ter de se virar para a eletrificação [dos veículos] e o diesel é que vai 'pagar a fatura'. O que implicará uma mudança estrutural profunda por parte de toda a indústria automóvel", afirmou Stefano Aversa, vice-presidente da AlixPartners, ao Automotive News.
O estudo indica que, até 2022, o número de fábricas europeias que produzem automóveis a gasolina e diesel diminua das 55 atuais para as 62, ao mesmo tempo que as que se ocupam dos elétricos passe das 26 atuais para as 40 em 2022.
"As implicações financeiras desta mudança de foco serão significativas, mas tal não se traduzirá em custos demasiado elevados", explicou Giacomo Mori, diretor da AlixPartners, que acredita que os construtores terão a capacidade de readaptar as suas fábricas para produzirem motores elétricos em vez de motores de combustão interna mantendo os custos de investimento muito baixos.
De acordo com o responsável, em média, uma fábrica capaz de produzir 400 mil motores por ano custará 500 milhões de euros para construir. Se o produto forem motores elétricos, esse custo passa para os 50 milhões de euros, sem contar que a dimensão das instalações fabris passa a ser dez vezes menor.
Por seu lado, Stefano Aversa aponta outros fatores para a incrementação dos modelos elétricos na Europa: a crescente valorização por parte dos clientes das boas respostas dos motores elétricos (em vez da velocidade máxima afixada que raramente ou nunca é alcançada); o patamar dos 500 quilómetros de autonomia com um único carregamento elétrico (a pouca autonomia e a diminuta oferta de postos de carregamento são os principiais fatores que levam muitos condutores a não apostar nos elétricos); e melhorias de software que permitirão aumentar significativamente o ciclo de vida de um elétrico (impossível com os motores de combustão interna).
Existe no entanto um grande desafio além da eletrificação em si: as infraestruturas de carregamento. Segundo Aversa, "se não houver um desenvolvimento adequado das infraestruturas, todos os esforços da indústria poderão redundar num tremendo fracasso!"
Em 2030, o mercado automóvel para veículos novos, de acordo com a empresa, deverá dividir-se do seguinte modo: 28% - híbridos a gasolina, 25% - gasolina, 20% - veículos elétricos, 18% - híbridos plug-in e 9% - diesel.
"in automonitor.pt"
-Se isto se tornar realidade, como vai se comportar o mercado do usados?
- Porque no estudo não aparece veículos a GPL?
-Que marcas poderão ter mais sucesso com estas mudanças? Li que o grupo Vag irá mudar o investimento para o desenvolvimento de veículos eléctricos em deterimentos dos Diesel é verdade?
"Com os limites para as emissões de gases poluentes cada vez mais restritos, a Europa vai ter de se virar para a eletrificação [dos veículos] e o diesel é que vai 'pagar a fatura'. O que implicará uma mudança estrutural profunda por parte de toda a indústria automóvel", afirmou Stefano Aversa, vice-presidente da AlixPartners, ao Automotive News.
O estudo indica que, até 2022, o número de fábricas europeias que produzem automóveis a gasolina e diesel diminua das 55 atuais para as 62, ao mesmo tempo que as que se ocupam dos elétricos passe das 26 atuais para as 40 em 2022.
"As implicações financeiras desta mudança de foco serão significativas, mas tal não se traduzirá em custos demasiado elevados", explicou Giacomo Mori, diretor da AlixPartners, que acredita que os construtores terão a capacidade de readaptar as suas fábricas para produzirem motores elétricos em vez de motores de combustão interna mantendo os custos de investimento muito baixos.
De acordo com o responsável, em média, uma fábrica capaz de produzir 400 mil motores por ano custará 500 milhões de euros para construir. Se o produto forem motores elétricos, esse custo passa para os 50 milhões de euros, sem contar que a dimensão das instalações fabris passa a ser dez vezes menor.
Por seu lado, Stefano Aversa aponta outros fatores para a incrementação dos modelos elétricos na Europa: a crescente valorização por parte dos clientes das boas respostas dos motores elétricos (em vez da velocidade máxima afixada que raramente ou nunca é alcançada); o patamar dos 500 quilómetros de autonomia com um único carregamento elétrico (a pouca autonomia e a diminuta oferta de postos de carregamento são os principiais fatores que levam muitos condutores a não apostar nos elétricos); e melhorias de software que permitirão aumentar significativamente o ciclo de vida de um elétrico (impossível com os motores de combustão interna).
Existe no entanto um grande desafio além da eletrificação em si: as infraestruturas de carregamento. Segundo Aversa, "se não houver um desenvolvimento adequado das infraestruturas, todos os esforços da indústria poderão redundar num tremendo fracasso!"
Em 2030, o mercado automóvel para veículos novos, de acordo com a empresa, deverá dividir-se do seguinte modo: 28% - híbridos a gasolina, 25% - gasolina, 20% - veículos elétricos, 18% - híbridos plug-in e 9% - diesel.
"in automonitor.pt"
-Se isto se tornar realidade, como vai se comportar o mercado do usados?
- Porque no estudo não aparece veículos a GPL?
-Que marcas poderão ter mais sucesso com estas mudanças? Li que o grupo Vag irá mudar o investimento para o desenvolvimento de veículos eléctricos em deterimentos dos Diesel é verdade?
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