Os mercedes estão todos iguais?!

[AlexKarelin]

Os Mercedes, os Audis, os BMW´s os Jaguares, só par citar estes, estão cada vez mais iguais. Para além do estirador em só se muda o volume, são "camionetas" pesadas quase todas entre as 1,5 e 2 toneladas, equipadas com pequenos motores Turbo-comprimidos a gasóleo que só conseguimos utilizar entre as 1500 e as 3000 rpm, carregados de ajudas electrónicas para se conseguir andar com eles a direito num piso molhado tal a descarga de binário que colocamos nos eixos a cada pressão do pedal, e desprovidos de qualquer ligação homem-máquina.

Qual é hoje a diferença entre conduzir um 425d um C250d coupé, um A5 2.0d, ou até um dos novos Alfa Romeu Guilia 2,0d?...

Não me parece.

Referes-te essencialmente ao que mais vende por cá, mas qualquer uma dessas marcas vai muito para além disso.

[ricardodsb]

S, C, E.

E só preciso de olhar do eixo frontal para a frente.

[DelSol]

Sem pesquisar ou consultar nada, S, C, E?

[LIC]

Sim.

[SharpandSafe]

Eu tenho muita dificuldade em distinguir um E e um S, actualmente.

O resto é pacífico.

[crash]

Pelo menos no classe E conseguiram finalmente alinhar os manípulos das portas com o vinco que define a linha de cintura...

Mas esta discussão já é velha.
E é algo que acontece desde que o automóvel é automóvel. Ou melhor, desde que se começaram a desenhar automóveis.

No tempo do Bangle, trouxe esta conversa à baila, pois, goste-se ou não dos resultados finais, a abordagem dele ao problema da criação de uma linguagem visual permitiu obter uma solução superior.
Pois permitia uma identidade individual acentuada, mas perfeitamente integrada numa família de produtos. Era uma linguagem flexível com altos níveis de plasticidade.

O que está a acontecer agora, e a razão de ser deste tópico, é no geral a norma desde sempre, tratando-se de um modelo bem mais rígido.
São definidos um conjunto de regras a fazer lembrar os inflexíveis manuais de normas gráficas que existiam no passado para aplicação de logotipos e restante identidade corporativa, que não permitiam fugir de parâmetros milimetricamente definidos. Por vezes, causando sérios problemas de adaptação em determinados contextos, com resultados finais dúbios.

Compreende-se esta opção, pois permite um melhor e mais fácil reconhecimento da marca.
O produto é relegado para segundo plano em primazia da identidade da marca.

Não tem nada de mal, pois quando bem resolvida e estruturada, permite, no geral, níveis de reconhecimento muito eficazes e, por exemplo, foi um dos maiores trunfos da Audi para ter um reconhecimento ao nível de uma Mercedes ou BMW.
Vemos agora a Jaguar a perseguir o mesmo modelo, pois eles necessitam de passar a mensagem que existem no mercado.

A inflexibilidade provém do uso de elementos imutáveis, que são aplicados indiscriminadamente, independentemente do produto.
Pegando aqui no caso da Mercedes, o formato das óticas dianteiras e traseiras é sempre o mesmo, a lateral é marcada por duas arestas ligeiramente arqueadas, como se fossem o reflexo uma da outra.
E, tratando-se dos 3 modelos carroçarias de 3 volumes, nem deu espaço para alguma variabilidade na forma como se transita entre os volumes da carroçaria ou até no contorno da área vidrada.
Mas quando tentam aplicar esta linguagem num 3 volumes de arquitectura distinta e mais compacto, como o CLA, deu asneira, já que as proporções foram todas ao ar.

Fazendo o mesmo exercício para os 3 sedans da BMW do tempo do Bangle, o E65, E60 e E90 (a versão cobarde do estilo Bangle), o foco da linguagem não estava na definição rígida de elementos específicos, ou no posicionamento destes, mas sim na forma como as superfícies eram modeladas (ver concept Gina), pelo que existia muito maior liberdade de expressão para dar uma identidade única a cada modelo.
É certo que a BMW tem algumas vantagens relativamente à concorrência no que toca a identidade visual.
Também eles têm elementos imutáveis. O duplo rim e as duplas óticas fazem parte da identidade BMW em grande parte da sua existência.
A diferença para outros elementos que caracterizam as suas respectivas marcas, é que são elementos mais plásticos, permitindo diferentes expressões sobre o mesmo tema. E são sempre associados à BMW.

Mas se colocarmos os modelos da era Bangle uns ao lados dos outros, percebe-se perfeitamente que fazem parte de uma mesma família de produtos.
E a meu ver, conseguir essa noção de identidade comum simultaneamente com uma forte identidade individual, eleva esta linguagem acima das restantes.

Infelizmente, hoje em dia não vemos isso na BMW. Exceptuando a gama i que tem uma linguagem totalmente distinta e inovadora. Apesar do i3 ser a versão "mandar o barro à parede a ver se cola" da coisa.

Se os premium estão a seguir este caminho, pelo menos é positivo ver outros construtores a seguir um caminho mais distinto.
A Citroen criou uma linguagem que permite bastante flexibilidade, apesar de ser fundamentalmente uma linguagem gráfica, bidimensional.
A Renault, nos seus modelos "latinos", também tem todo o potencial para criar identidade individual sem perder a identidade do grupo.

Prefiro este tipo de abordagem que, apesar de não parecer, também tem um conjunto de regras bem estabelecidas. Mas permite interpretações diversas, permitindo uma identidade individual mais coerente com o posicionamento do modelo e um desenho melhor adaptado à tipologia em questão.

[Miguelspc]

Mais a VW

[whereagles]

os bangalized bimmers eram de facto todos diferentes, mas via-se que eram todos bmws.

neste momento está tudo demasiado colado.. não há identificação de segmento, o que não ajuda à exclusividade

[LuisPedro]

E ardidos ainda são mais difíceis de distinguir

Agr a sério, gosto de todos os merc sedans, especialmente o C com um packzito amg. Em relação a serem iguais, sempre foi um bocado assim

C

SL

CLK

E

CLK

C

S


Os faróis traseiros do C e do S, apesar de um custar 3x mais que o outro, são 'iguais'. O pessoal do tuning até costuma meter os faróis traseiros do S de led, no C.

[DoubleM101]

Se andarem mais para trás no tempo, nem era preciso olhar para os carros.

Distinguiam-se pelo barulho do motor

Citroen 2cv, as Peugeot 505, os "pequenos" motores da Renault, entre outros... Todos eles tinham um trabalhar bem característico.

[midnightblack]

Para mim sinceramente não estão todos iguais....este pequeno por exemplo:

[Vocsa]

Mais a VW
(...)

Essa imagem parece um trem de cozinha... Deve ser tudo em 18/10...

[ricardodsb]

Citroen 2cv, as Peugeot 505, os "pequenos" motores da Renault, entre outros... Todos eles tinham um trabalhar bem característico.

A Ford Transit!

[Superfast]

As renovacoes a nivel tecnologico e anti poluicao deve levar o orcamento todo.

Eu prefiro um mercedes E dos novos do que a DS da citroen.

All design mas quem vai atras sofre.

Ou o infinity Q60. Lindo mas nao tem dual clutch..o duplo ecra nao se percebe.

Assim como o novo corsa ou fiesta invistam naquilo que interessa.

Deixem o design se implica cortar budget no interior e motores.

Eu agradeço

[A4B5]

Citroen 2cv, as Peugeot 505, os "pequenos" motores da Renault, entre outros... Todos eles tinham um trabalhar bem característico.

Os VW carocha com o motor traseiro eram inconfundíveis Penso que o mais normal era o 1300 arrefecido a ar, mas não percebo do assunto.

[ClioII]

S, C, E.

E só preciso de olhar do eixo frontal para a frente.

Certamente porque aprecias a marca e identificas rapidamente aqueles pequenos detalhes (sim: "pequenos" e "detalhes") que mudam de modelo para modelo.

Num relance do retrovisor, daqueles que se dão só para fazer a leitura da estrada, sou incapaz de os distinguir, tal como não distingo um 3 de um 5 ou um A4 de um A6. Contudo, distingue-se bastante bem um C3 de um C4 e de um C5 (meros exemplos, poderiam ter sido outras marcas e modelos).

[Ruben99]

Só de me lembrar das vezes em que vi o Bangle ser crucificado ... E agora até sentem saudade.

[LIC]

Certamente porque aprecias a marca e identificas rapidamente aqueles pequenos detalhes (sim: "pequenos" e "detalhes") que mudam de modelo para modelo.

Num relance do retrovisor, daqueles que se dão só para fazer a leitura da estrada, sou incapaz de os distinguir, tal como não distingo um 3 de um 5 ou um A4 de um A6. Contudo, distingue-se bastante bem um C3 de um C4 e de um C5 (meros exemplos, poderiam ter sido outras marcas e modelos).

Nem de propósito.
Aqui há dias a Embaixada da República da Irlanda trouxe aquilo que me pareceu um Classe S novo. E porque digo pareceu? Porque me pareceu ser grande para um banal Classe C, ainda por cima por ter aquele extrazinho nada barato do suporte para bandeiras em cima da cava da roda.

[330i]

Não me parece.

Referes-te essencialmente ao que mais vende por cá, mas qualquer uma dessas marcas vai muito para além disso.

Obviamente não me referia á montra tecnológica de cada uma das marcas, mas sim aos segmentos de volume

[DoubleM101]

Este está um bocadinho diferente dos outros todos

[whereagles]

esse royale parece um pesadelo vindo do passado.. looool

[ClioII]

Quando o mau-gosto tem demasiado dinheiro a estorvar no bolso, o resultado é esse.