Jornalismo Automóvel em Portugal

[AyrtonProst]

imagem dele a colocar a lista e dos outros users à espera:

[:d][:d][:d]

[AyrtonProst]

Boas conheço um jornalista chamado Paulo Renato soares, na altura que o jornal Record lançava a revista ao fim de semana era ele que analisava os carros e dava o seu feedback.
É grande amigo de uns amigos meus
Aqui tens o Facebook dele..[ATTACH]139858[/ATTACH]
Podes dizer que foi um amigo do João Raposo que te disse para falar com ele, se assim o entenderes

Muito obrigado!

[AyrtonProst]

Sim, entendo o que quer dizer. Mas por um lado um engenheiro não pode entrar em grandes pormenores técnicos (para além do que se costuma entrar), pois grande parte do público não poderia entender- anulando a vantagem do conhecimento científico que poderia ter. Nesse sentido penso que uma pessoa com formação jornalística poderia beneficiar, mais, através de um maior poder literário e com uma eloquência, se calhar, superior.

Não sei, costuma funcionar assim?

em relação a formação específica, refere-se a quê?

[AyrtonProst]

Sim
Já tive alguma experiência nisso. Num projecto final de faculdade fiz uma review ao Bmw Serie 7, que a bmw me emprestou (através de um amigo cujo pai trabalha na bmw).
Isso poe-me a pensar que poderia ser uma boa ideia fazer reviews de carros, pedindo carros emprestados, sobretudo a stands de usados e patrocinando estes stands no meus videos, como moeda de troca.

[LinoMarques]

Estás a querer entrar num mundo de "marionetas"... A não ser que sejas suficientemente bom para conseguires ir para um outro país.

If you know what I mean...

[JGTB]

Esquece isso. Ainda és novo, por isso vais bem a tempo de escolher outra profissão.

Para começar, o jornalismo está muito complicado, no geral. As editoras, mesmo as grandes, têm tido imensas quebra nas receitas, o que tem levado a uma enorme redução de meios. Muitas delas já fecharam. Não há previsão que as coisas melhorem nos próximos. O mercado mudou, os consumidores são outros, e ainda ninguém descobriu como dar a volta.

Sem experiência, prepara-te para muitos anos a ganhar 500 euros... se fores bonzinho. Se fores normal, ganhas umas "ajudas". Contrato? Esquece isso.

Quanto ao jornalismo automóvel, eu cresci no meio dos automóveis e desde muito pequeno que sonhava em ensaiar automóveis. Cheguei lá relativamente cedo, tanto que não hesitei em conciliar com os estudos. Ainda apanhei tempos razoáveis, por isso não me posso queixar muito. Diverti-me bastante e aprendi imenso. Não me arrependo de nada.
Mas as coisas mudaram muito nos últimos anos, para pior. Não há lugar e, os que há, são para trabalhar praticamente de borla. Portanto, hoje em dia, olho apenas com recordação. Só voltaria por uma proposta financeiramente irrecusável. Fora isso, nunca na vida.

A imprensa especializada continua a existir, é certo, mas nada é como foi. Nem vai voltar a ser.
O mercado é, neste momento, mínimo. Os meios que existem têm dificuldade em sobreviver e só o fazem com recursos muito pequenos e, por isso, a qualidade dos produtos é muito discutível.

O sucesso de alguns canais referidos é apenas conversa de internet. Ter sucesso não é apresentar números de visualizações no youtube. Isso vale zero. Ter sucesso é ganhar dinheiro. Ponto. Esses canais não dão dinheiro, nem pouco mais ou menos.
Vão ganhando relevo por um motivo muito simples: a internet habitou as pessoas a achar que é parvo pagar para ter conteúdos quando há à borla. Como são à borla, as pessoas acham logo que é muito melhor do que pagar por uma revista. A isso junta-se a cultura dos millennial, onde ler texto complexos é chato, sendo preferível ver só um video.

As grandes editoras ainda não perceberam como dar a volta a isto. E vão demorar a chegar lá, penso eu. Não há propriamente uma solução mágica, até porque é tramado ter "concorrência" de quem não tenta ganhar dinheiro. É como o mecânico que não passa faturas ser mais barato do que aquele que paga impostos, seguro de acidentes de trabalho, etc.

Ter um canal de youtube não é ser jornalista. Se o fosse, já há muito tempo que teriam ficado sem carteira, tal a enormidade da bajulação a algumas marcas.

Se quiseres fazê-lo apenas por paixão, tudo bem. Não é difícil, hoje em dia. Podes criar um blog, um site, ou um canal do youtube. Os departamentos de marketing das marcas estão, hoje em dia, totalmente abertos a emprestar carros para qualquer meio de comunicação.
Sabem que o público está cada vez menos exigente e que papa tudo o que vê. Não querem ler muito, por isso facilmente preferem canais de youtube e blogs. Como são feitos por amadores, os carros são todos muito bons. Portanto, nada melhor do que publicidade gratuita.

[AyrtonProst]

Esquece isso. Ainda és novo, por isso vais bem a tempo de escolher outra profissão.

Para começar, o jornalismo está muito complicado, no geral. As editoras, mesmo as grandes, têm tido imensas quebra nas receitas, o que tem levado a uma enorme redução de meios. Muitas delas já fecharam. Não há previsão que as coisas melhorem nos próximos. O mercado mudou, os consumidores são outros, e ainda ninguém descobriu como dar a volta.

Sem experiência, prepara-te para muitos anos a ganhar 500 euros... se fores bonzinho. Se fores normal, ganhas umas "ajudas". Contrato? Esquece isso.

Quanto ao jornalismo automóvel, eu cresci no meio dos automóveis e desde muito pequeno que sonhava em ensaiar automóveis. Cheguei lá relativamente cedo, tanto que não hesitei em conciliar com os estudos. Ainda apanhei tempos razoáveis, por isso não me posso queixar muito. Diverti-me bastante e aprendi imenso. Não me arrependo de nada.
Mas as coisas mudaram muito nos últimos anos, para pior. Não há lugar e, os que há, são para trabalhar praticamente de borla. Portanto, hoje em dia, olho apenas com recordação. Só voltaria por uma proposta financeiramente irrecusável. Fora isso, nunca na vida.

A imprensa especializada continua a existir, é certo, mas nada é como foi. Nem vai voltar a ser.
O mercado é, neste momento, mínimo. Os meios que existem têm dificuldade em sobreviver e só o fazem com recursos muito pequenos e, por isso, a qualidade dos produtos é muito discutível.

O sucesso de alguns canais referidos é apenas conversa de internet. Ter sucesso não é apresentar números de visualizações no youtube. Isso vale zero. Ter sucesso é ganhar dinheiro. Ponto. Esses canais não dão dinheiro, nem pouco mais ou menos.
Vão ganhando relevo por um motivo muito simples: a internet habitou as pessoas a achar que é parvo pagar para ter conteúdos quando há à borla. Como são à borla, as pessoas acham logo que é muito melhor do que pagar por uma revista. A isso junta-se a cultura dos millennial, onde ler texto complexos é chato, sendo preferível ver só um video.

As grandes editoras ainda não perceberam como dar a volta a isto. E vão demorar a chegar lá, penso eu. Não há propriamente uma solução mágica, até porque é tramado ter "concorrência" de quem não tenta ganhar dinheiro. É como o mecânico que não passa faturas ser mais barato do que aquele que paga impostos, seguro de acidentes de trabalho, etc.

Ter um canal de youtube não é ser jornalista. Se o fosse, já há muito tempo que teriam ficado sem carteira, tal a enormidade da bajulação a algumas marcas.

Se quiseres fazê-lo apenas por paixão, tudo bem. Não é difícil, hoje em dia. Podes criar um blog, um site, ou um canal do youtube. Os departamentos de marketing das marcas estão, hoje em dia, totalmente abertos a emprestar carros para qualquer meio de comunicação.
Sabem que o público está cada vez menos exigente e que papa tudo o que vê. Não querem ler muito, por isso facilmente preferem canais de youtube e blogs. Como são feitos por amadores, os carros são todos muito bons. Portanto, nada melhor do que publicidade gratuita.

Pois, muito do que disse é o que já imaginava.
Gosto sempre de pensar que há possibilidade, mesmo nesta área. Mas enfim, há que ser realista.
Muito elucidativo. obrigado!

[LinoMarques]

Se soubesses Alemão... há tempos a "auto motor und sport" estava a recrutar estagiários...

[AndreGuerreiro]

JGTB, ter um canal do youtube não é ser jornalista? ele não precisa de escrever no papel o que acha do carro.
pode simplesmente dizer, mostrar, editar imagem, investir numas action cam e fazer umas filmagens porreiras, aplicando o conhecimento dele, entre outras coisas.

[Vocsa]

Excelente post do JGTB, apesar de algo duro.

Ao AyrtonProst:

Fui eu quem falou em especialização. Seja em que profissão for.

Alegas que um jornalista tem maior eloquência. Tudo bem, à partida será assim, mas depois basta um técnico eloquente para te passar à frente.

Não quero com isto estar a diminuir a formação de jornalista mas repara, se fores fazer uma entrevista a um economista sobre economia, uma cimeira Davos, uma TSU... estás à altura de compreender o assunto? E sobre ambiente? Sabes o que realmente faz o CO2 para provocar efeito de estufa e o que isso é? E sobre carros, vais falar das cores dos tecidos interiores ou compreendes uma curva de binário?

Não há nada mais confrangedor que um jornalista que não percebe do assunto, como é o caso do prós e contras onde a sra é altamente limitada em 99% dos assuntos e faz perguntas que matam o programa. É uma vergonha.

O conselho que te dou é igual ao que dou a um engenheiro, arquitecto, médico, que saia da faculdade: especializa-te porque o curso é apenas a ferramenta zero.

[JGTB]

Pois, muito do que disse é o que já imaginava.
Gosto sempre de pensar que há possibilidade, mesmo nesta área. Mas enfim, há que ser realista.
Muito elucidativo. obrigado!

Haver possibilidade até há. Mas convém que saibas que são muito pequenas e que as condições estão longe de ser boas. Mas há quem não se importe e anda contente da vida. Eu, como quero mais do que isso, não aceito.

JGTB, ter um canal do youtube não é ser jornalista? ele não precisa de escrever no papel o que acha do carro.
pode simplesmente dizer, mostrar, editar imagem, investir numas action cam e fazer umas filmagens porreiras, aplicando o conhecimento dele, entre outras coisas.

Não, ter um canal no youtube não é ser jornalista. Não está aqui em causa a qualidade do video, mas jornalista não é de certeza. Para se ser jornalista é preciso cumprir vários critérios e eles não cumprem. Quem diz canais de youtube diz sites e blogs que por ai proliferam.

Em Portugal, toda a gente percebe política, futebol... e automóveis. Como tal, nascem tantos canais e sites. Na minha opinião, todos eles fraquinhos. Mas desde que seja gratuito, a malta gosta. Tão simples quanto isso.

[Rfelix93]

Muito obrigado!

Chegou a falar com o contato que lhe dei?