Skoda Octavia Break 1.0 TSI 115 cv
13 fevereiro 2017Autor:Pedro Silva - Fotos: Pedro Lopes (N.º 1404 – 6 de outubro de 2016)
Carro grande com motor pequeno já não é um problema, como prova a nova Skoda Octavia Break modelo 2017 movida pelo 1.0 TSI de 115 cv. Motor não falta e a diferença de preço faz dela uma alternativa muito válida ao preferido 1.6 TDI Greenline de 110 cv.
Um carro tão grande movido por um motor de apenas 999 cc e três cilindros deixa sempre a dúvida: não será carro a mais e motor a menos? E se isto é verdade para um carro mais se aplica a uma carrinha, que, logicamente, tem uma maior apetência e capacidade para carga.
Bom, sem turbo esta seria uma combinação certa para o desastre, mas com a energia extra proveniente do “caracol mágico” este novo 1.0 TSI bate o anterior 1.2 TSI em todos os domínios, desde a potência aos consumos, passando pelas prestações.
Boa condução
Uma das primeiras provas de fogo do pequeno 1.0 TSI é dada pela opção de esta versão não contar com a ajuda ao arranque em subidas (sistema que mantém os travões pressionados por alguns segundos até que o binário motor seja suficiente para arrancar), com o tricilindrico a mostrar que tem força logo desde o ralenti, arrancando sem dificuldades mesmo nas calçadas mais íngremes de Lisboa.
Aliás, embora o binário máximo de 200 Nm seja declarado entre as 2000 e as 3000 rpm, a verdade é que é possível seguir o trânsito sem usar mais de 2000 rpm, sendo que até em 5ª e 6ª é possível recuperar andamento sem recurso à caixa com regimes de partida tão baixos como 1500 rpm, da mesma forma que, a 160 km/h com o taquímetro na marca das 3000 rotações, basta premir o acelerador para sentirmos a Octavia Break a ganhar velocidade com ligeireza. E, é importante referir, esta disponibilidade mantêm-se (quase) inalterada com quatro ocupantes e a bagageira atestada.
Por outro lado, se procuramos a máxima performance podemos contar com potência até às 6500 rpm, oferecendo assim um leque de rotações utilizáveis que, por exemplo, o 1.6 TDI Greenline de 110 cv não consegue acompanhar. Na realidade, o Diesel não acompanha em termos de elasticidade nem em mais nada. Mesmo com um escalonamento de caixa extralongo (na medição dos 1000 m não chegamos a engrenar 5ª), o motor 1.0 TSI tem todos os ases na manga, batendo o 1.6 TDI nas prestações (por mais de um segundo), nas recuperações, na suavidade e sonoridade. E até os consumos são comparáveis, com o 1.0 TSI a revelar-se capaz de fazer médias reais na casa dos 5 a 6 l/100 km com moderação na pressão do pé direito, ou subir até aos 8 a 9 l/100 km quando praticamos uma condução mais rápida e emotiva; o três cilindros convida a ser usado e abusado, tanto pela sonoridade de meio V6 que se instala acima das 4000 rpm, como pela forma decidida como pega na mudança seguinte a cada passagem de caixa. As únicas vezes em que se notam os três cilindros é no arranque do stop/start e numa entrega de potência por patamares
O preço de tabela desta Octavia Break com o motor 1.0 TSI é mais de 4000 euros inferior ao do 1.6 TDI, o que faz dele uma proposta muito atrativa para quem faça bem as contas, principalmente se não faz mais de 10 000 km/ano. Nessas condições este diferencial só será amortizado quando o valor comercial de ambos for irrelevante, e nesse espaço de tempo o 1.0 TSI é mais gratificante de conduzir, mais moderno e muito menos pesado em termos manutenção, não tendo componentes problemáticos como os filtros de partículas e o um turbo mais simples (geometria fixa versus geometria variável do TDI) e barato.
http://www.autohoje.com/testes/teste...1-0-tsi-115-cv
13 fevereiro 2017Autor:Pedro Silva - Fotos: Pedro Lopes (N.º 1404 – 6 de outubro de 2016)
Carro grande com motor pequeno já não é um problema, como prova a nova Skoda Octavia Break modelo 2017 movida pelo 1.0 TSI de 115 cv. Motor não falta e a diferença de preço faz dela uma alternativa muito válida ao preferido 1.6 TDI Greenline de 110 cv.
Um carro tão grande movido por um motor de apenas 999 cc e três cilindros deixa sempre a dúvida: não será carro a mais e motor a menos? E se isto é verdade para um carro mais se aplica a uma carrinha, que, logicamente, tem uma maior apetência e capacidade para carga.
Bom, sem turbo esta seria uma combinação certa para o desastre, mas com a energia extra proveniente do “caracol mágico” este novo 1.0 TSI bate o anterior 1.2 TSI em todos os domínios, desde a potência aos consumos, passando pelas prestações.
Boa condução
Uma das primeiras provas de fogo do pequeno 1.0 TSI é dada pela opção de esta versão não contar com a ajuda ao arranque em subidas (sistema que mantém os travões pressionados por alguns segundos até que o binário motor seja suficiente para arrancar), com o tricilindrico a mostrar que tem força logo desde o ralenti, arrancando sem dificuldades mesmo nas calçadas mais íngremes de Lisboa.
Aliás, embora o binário máximo de 200 Nm seja declarado entre as 2000 e as 3000 rpm, a verdade é que é possível seguir o trânsito sem usar mais de 2000 rpm, sendo que até em 5ª e 6ª é possível recuperar andamento sem recurso à caixa com regimes de partida tão baixos como 1500 rpm, da mesma forma que, a 160 km/h com o taquímetro na marca das 3000 rotações, basta premir o acelerador para sentirmos a Octavia Break a ganhar velocidade com ligeireza. E, é importante referir, esta disponibilidade mantêm-se (quase) inalterada com quatro ocupantes e a bagageira atestada.
Por outro lado, se procuramos a máxima performance podemos contar com potência até às 6500 rpm, oferecendo assim um leque de rotações utilizáveis que, por exemplo, o 1.6 TDI Greenline de 110 cv não consegue acompanhar. Na realidade, o Diesel não acompanha em termos de elasticidade nem em mais nada. Mesmo com um escalonamento de caixa extralongo (na medição dos 1000 m não chegamos a engrenar 5ª), o motor 1.0 TSI tem todos os ases na manga, batendo o 1.6 TDI nas prestações (por mais de um segundo), nas recuperações, na suavidade e sonoridade. E até os consumos são comparáveis, com o 1.0 TSI a revelar-se capaz de fazer médias reais na casa dos 5 a 6 l/100 km com moderação na pressão do pé direito, ou subir até aos 8 a 9 l/100 km quando praticamos uma condução mais rápida e emotiva; o três cilindros convida a ser usado e abusado, tanto pela sonoridade de meio V6 que se instala acima das 4000 rpm, como pela forma decidida como pega na mudança seguinte a cada passagem de caixa. As únicas vezes em que se notam os três cilindros é no arranque do stop/start e numa entrega de potência por patamares
O preço de tabela desta Octavia Break com o motor 1.0 TSI é mais de 4000 euros inferior ao do 1.6 TDI, o que faz dele uma proposta muito atrativa para quem faça bem as contas, principalmente se não faz mais de 10 000 km/ano. Nessas condições este diferencial só será amortizado quando o valor comercial de ambos for irrelevante, e nesse espaço de tempo o 1.0 TSI é mais gratificante de conduzir, mais moderno e muito menos pesado em termos manutenção, não tendo componentes problemáticos como os filtros de partículas e o um turbo mais simples (geometria fixa versus geometria variável do TDI) e barato.
http://www.autohoje.com/testes/teste...1-0-tsi-115-cv
Comentário