Ajudas aos PHEV não fazem sentido, dizem ingleses
20/11/2018
Os veículos híbridos plug-in usufruem, sobretudo na Europa, de uma série de vantagens não justificáveis face aos concorrentes, sejam eles 100% eléctricos ou 100% a combustão. E os ingleses provam-no.
Uma empresa britânica especializada na gestão de frotas, a Miles Consultancy (MC) concluiu que os modelos equipados com motorizações híbridas plug-in (PHEV) obtinham médias de 5,9 l/100 km (40 mpg), em vez de 1,8 l/100 km (130 mpg) que, na sua opinião – baseada nos dados reivindicados pelos fabricantes, deveriam atingir.
Esta conclusão da empresa britânica não é propriamente uma novidade, uma vez que já anteriormente, na Holanda, se tinha perecebido que o incremento das vendas de PHEV se tinha ficado a dever aos incentivos estatais e não a uma perseguição de melhores consumos e emissões. E a prova que esta era a realidade foi fornecida pela queda brutal da procura, por esta classe de veículos, assim que os incentivos foram retirados.
Esta análise da MC é tão mais importante quanto o mercado do Reino Unido é o maior na Europa para os PHEV e, aí, 70% dos veículos com estas características são adquiridos por empresas, como carros de serviço. Contudo, é preciso ter presente que os incentivos pagos pelos diferentes governos são determinados em parte pelos consumos anormalmente baixos – e irrealistas – que os PHEV declaram à entidades reguladoras, mesmo segundo o WLTP. Para aceitar que um veículo, tenha ele 120 cv e muito menos se possuir 500 ou mais cv, reivindique um consumo de apenas 2 ou 3 l/100 km, é preciso não fazer ideia do que é um automóvel ou como se comporta um motor de combustão. Contudo, é exactamente isto que o regulador permite (e premeia), aceitando um valor que é impossível de atingir nos primeiros 100 km e praticamente ‘pornográfico’ nas centenas de quilómetros seguintes. Tendo sempre presente que não há forma de ter a certeza, ou de garantir, que os condutores dos PHEV recarreguem as baterias, o que torna questionável que lhes seja permitido anunciar consumos excessivamente reduzidos e aceder a incentivos que, por isso mesmo, não se justificam.
https://observador.pt/2018/11/20/aju...izem-ingleses/
20/11/2018
Os veículos híbridos plug-in usufruem, sobretudo na Europa, de uma série de vantagens não justificáveis face aos concorrentes, sejam eles 100% eléctricos ou 100% a combustão. E os ingleses provam-no.
Uma empresa britânica especializada na gestão de frotas, a Miles Consultancy (MC) concluiu que os modelos equipados com motorizações híbridas plug-in (PHEV) obtinham médias de 5,9 l/100 km (40 mpg), em vez de 1,8 l/100 km (130 mpg) que, na sua opinião – baseada nos dados reivindicados pelos fabricantes, deveriam atingir.
Temos provas que os condutores dos PHEV não recarregam as baterias dos seus veículos, pois em muitos casos os cabos ainda estavam na mala, dentro do saco original e ainda envolvidos em celofane”.
Esta conclusão da empresa britânica não é propriamente uma novidade, uma vez que já anteriormente, na Holanda, se tinha perecebido que o incremento das vendas de PHEV se tinha ficado a dever aos incentivos estatais e não a uma perseguição de melhores consumos e emissões. E a prova que esta era a realidade foi fornecida pela queda brutal da procura, por esta classe de veículos, assim que os incentivos foram retirados.
Esta análise da MC é tão mais importante quanto o mercado do Reino Unido é o maior na Europa para os PHEV e, aí, 70% dos veículos com estas características são adquiridos por empresas, como carros de serviço. Contudo, é preciso ter presente que os incentivos pagos pelos diferentes governos são determinados em parte pelos consumos anormalmente baixos – e irrealistas – que os PHEV declaram à entidades reguladoras, mesmo segundo o WLTP. Para aceitar que um veículo, tenha ele 120 cv e muito menos se possuir 500 ou mais cv, reivindique um consumo de apenas 2 ou 3 l/100 km, é preciso não fazer ideia do que é um automóvel ou como se comporta um motor de combustão. Contudo, é exactamente isto que o regulador permite (e premeia), aceitando um valor que é impossível de atingir nos primeiros 100 km e praticamente ‘pornográfico’ nas centenas de quilómetros seguintes. Tendo sempre presente que não há forma de ter a certeza, ou de garantir, que os condutores dos PHEV recarreguem as baterias, o que torna questionável que lhes seja permitido anunciar consumos excessivamente reduzidos e aceder a incentivos que, por isso mesmo, não se justificam.
https://observador.pt/2018/11/20/aju...izem-ingleses/
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