A caminho do inferno ao volante de um SUV
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Na verdade, boa parte dos SUVs – e em particular os que agora são designados por crossovers – até perderam a tração às quatro rodas, distinguindo-se dos restantes automóveis urbanos apenas pela maior distância ao solo, pelas jantes de grande diâmetro e pelo aspeto robusto e “desportivo”. Mas até essa distinção está cada vez mais diluída, já que, arrastados pela popularidade dos SUVs, alguns pequenos e anódinos utilitários começaram a parecer-se com arremedos de SUVs, mesmo que as suas capacidades todo-o-terreno sejam equiparáveis às de um porco sobre o gelo (sobretudo se conduzidos por quem não tenha experiência sobre pavimentos irregulares).
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No cáustico High and Mighty: The Dangerous Rise of the SUV (2002), Keith Bradsher traça, com base nos estudos de mercado efetuados pelos fabricantes, um perfil nada caridoso (e talvez demasiado assertivo) dos condutores de SUVs nos EUA: tendem a ser “inseguros e frívolos […] nervosos em relação ao casamento e desconfortáveis em relação à parentalidade […] inseguros quanto aos seus dotes de condução […] auto-centrados e narcisistas, com escasso interesse pelos vizinhos e pela comunidade […] e a ser mais atraídos por bons restaurantes do que pela condução fora da estrada.”
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Quanto à segurança adicional proporcionada pelos SUVs, há que considerá-la numa óptica abrangente: sim, os passageiros do SUV estão, em média, mais bem protegidos, mas o maior peso e a estrutura mais rígida do SUV faz com que a viatura “comum” que com ele colida sofra maiores danos. A maior altura ao solo do SUV leva também a que, num embate, o ponto de impacte seja mais elevado, ou até a que o SUV galgue sobre o outro veículo. No acima mencionado High and Might, Bradsher afirma que, em situações de colisão, cada vida salva num SUV causa cinco mortes nos outros automóveis.
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Artigo completo: https://observador.pt/especiais/a-ca...nte-de-um-suv/
Opinião: sinceramente estava na hora de regular os SUV, taxando-os fortemente pela poluição acrescida, desperdício de espaço e risco que representam para os restantes condutores e para os peões.
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Na verdade, boa parte dos SUVs – e em particular os que agora são designados por crossovers – até perderam a tração às quatro rodas, distinguindo-se dos restantes automóveis urbanos apenas pela maior distância ao solo, pelas jantes de grande diâmetro e pelo aspeto robusto e “desportivo”. Mas até essa distinção está cada vez mais diluída, já que, arrastados pela popularidade dos SUVs, alguns pequenos e anódinos utilitários começaram a parecer-se com arremedos de SUVs, mesmo que as suas capacidades todo-o-terreno sejam equiparáveis às de um porco sobre o gelo (sobretudo se conduzidos por quem não tenha experiência sobre pavimentos irregulares).
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No cáustico High and Mighty: The Dangerous Rise of the SUV (2002), Keith Bradsher traça, com base nos estudos de mercado efetuados pelos fabricantes, um perfil nada caridoso (e talvez demasiado assertivo) dos condutores de SUVs nos EUA: tendem a ser “inseguros e frívolos […] nervosos em relação ao casamento e desconfortáveis em relação à parentalidade […] inseguros quanto aos seus dotes de condução […] auto-centrados e narcisistas, com escasso interesse pelos vizinhos e pela comunidade […] e a ser mais atraídos por bons restaurantes do que pela condução fora da estrada.”
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Quanto à segurança adicional proporcionada pelos SUVs, há que considerá-la numa óptica abrangente: sim, os passageiros do SUV estão, em média, mais bem protegidos, mas o maior peso e a estrutura mais rígida do SUV faz com que a viatura “comum” que com ele colida sofra maiores danos. A maior altura ao solo do SUV leva também a que, num embate, o ponto de impacte seja mais elevado, ou até a que o SUV galgue sobre o outro veículo. No acima mencionado High and Might, Bradsher afirma que, em situações de colisão, cada vida salva num SUV causa cinco mortes nos outros automóveis.
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Artigo completo: https://observador.pt/especiais/a-ca...nte-de-um-suv/
Opinião: sinceramente estava na hora de regular os SUV, taxando-os fortemente pela poluição acrescida, desperdício de espaço e risco que representam para os restantes condutores e para os peões.
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