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    #31
    Pedro S. Guerreiro

    O arrastão no imposto automóvel

    psg@mediafin.pt

    Nos últimos dias, deu-se um surto mediático sobre a possibilidade dos portugueses exigirem ao Estado que lhes devolva o IVA nos automóveis adquiridos nos últimos anos. Mas esta fúria informativa tem tanto de espectacular como de artificial. E convém reconhecer que os grandes propulsores desse surto são “os fiscalistas”: ...

    E convém reconhecer que os grandes propulsores desse surto são “os fiscalistas”: gente que quer ser contratada para reparar as injustiças fiscais; e que é, portanto, a primeira a beneficiar de uma hipotética corrida litigante contra o Estado. Os advogados são independentes, mas não são insuspeitos.
    A tributação automóvel mudou há meia dúzia de dias: uma filosofia que onera mais a posse e menos a aquisição; um estímulo fiscal à compra de veículos menos poluentes. Óptimas intenções. Óptimos pretextos?
    Esta reforma foi reclamada durante anos mas pode ter sido uma oportunidade perdida. O pecado original (e ilegal) da dupla tributação mantém-se. Por ignorância ou teimosia? Não: por necessidade. O problema de terminá-la está no período de transição em que a receita baixa, o que só poderia ser compensado com o aumento de um dos outros impostos.
    O estímulo fiscal à compra de automóveis menos inimigos do ambiente é outro dos argumentos invocados para esta reforma. O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais já foi elogiado por esse mecanismo, que vai mais longe do que a União Europeia propunha como mínimos olímpicos. E mesmo que nos pareça pequeno esse estímulo, devemos dar o benefício da dúvida e aceitar que neste caso há mais do que um aproveitamento do politicamente correcto argumento ambiental: funciona sempre.
    Mas falta medir o impacto da redução dos impostos na compra de automóveis compensado pelo aumento das taxas sobre a circulação. Mal comparado, a filosofia é semelhante à que presidiu à reforma da tributação do património, quando a sisa foi substituída por um IMT mais baixo e a contribuição autárquica trocada por um IMI mais alto. Paga-se menos na compra, paga-se mais durante todos os anos da posse.
    A comparação entre automóvel e património não é rigorosa porque se introduziu uma reavaliação de imóveis, que mudou (e está a mudar) a imoralidade que subsistia entre palacetes antigos que pagavam tostões e casas de duas assoalhadas que pagavam milhões; e também porque a fuga fiscal era fácil nos imóveis e é difícil nos automóveis. Mas noutro aspecto as duas reformas são comuns: ambas vão resultar, a prazo, num aumento da receita fiscal. Nos automóveis, diz a Anecra, ao fim de cinco anos o Estado já está a lucrar. E os contribuintes a perder.
    A reforma do automóvel tem várias bondades, mesmo que o abaixamento nos preços de compra seja percentualmente baixo, contra um aumento alto no imposto anual de circulação. Mas padece de oportunismo fiscal: visa aumentar a receita do Estado.
    Mas o que também existe é oportunismo “fiscalista”, que pretende aumentar as receitas dos advogados: a Comissão Europeia condenou a dupla tributação em Portugal mas não há ainda sentença final. Há anos que associações como ACP admitem processar o Estado, o que nunca fizeram porque provavelmente perderiam. Para ganhar, é preciso que na União Europeia se crie jurisprudência. Ora, a sentença não sairá antes de 2009. Ou daqui a dois anos de honorários aos advogados... Até lá, a excitação dos milhões que o Estado pode ter de devolver aos portugueses é como o célebre arrastão de Carcavelos: todos os jornais noticiaram, mas ele nunca aconteceu.
    http://www.jornaldenegocios.pt/defau...ntentId=298846

    Comentário


      #32
      Reclamação

      Alguem tem alguma minuta da reclamaçao, esta reclamação é entregue nas Finanças??? O dinheiro a reaver é o dinheiro do IVA, todo ou so a parte que incide sobre o IA ?????

      Comentário


        #33
        Ultima noticia do Ministério da Finanças :

        O Ministério das Finanças está convicto acerca da legalidade e regularidade do regime automóvel português considerando injustificadas as "ideias" de que pode haver direito à devolução do IVA cobrado sobre o imposto automóvel. As finanças reagem assim, pela primeira vez, ao processo instaurado pela Comissão Europeia a Portugal.

        A Comissão Europeia anunciou publicamente, há dez dias atrás, o início de um processo pré-contencioso de infracção contra Portugal relativamente à inclusão do montante do imposto automóvel no valor tributável, para efeitos do IVA, no caso do fornecimento de veículos automóveis.

        Num comunicado emitido hoje, o Ministério das Finanças refere que "é ao Tribunal de Justiça – e não à Comissão – que cabe, no âmbito de um processo previsto no artigo 226.º do Tratado CE, declarar que um Estado-Membro não cumpriu as obrigações que lhe incumbem por força do Direito Comunitário" e afirma "a sua convicção acerca da legalidade e regularidade do regime nacional em apreço".

        "Com efeito, a inclusão do Imposto Automóvel no valor tributável de operações sujeitas a IVA é uma solução que data da versão originária do Código do IVA, vigorando, sem qualquer questionamento pela Comissão, há mais de vinte anos", diz o ministério tutelado por Teixeira dos Santos.

        As finanças garantem que "este regime justifica-se e sempre se legitimou no disposto no art. 78º da directiva IVA que impõe que o valor tributável inclui os impostos, direitos aduaneiros, taxas e demais encargos, com excepção do próprio IVA".

        Assim sendo, prosseguem as finanças "não têm qualquer justificação actual as ideias, divulgadas com pouco rigor, de ilegalidade na cobrança do IVA ou de direito à respectiva devolução".

        Comentário


          #34
          Originalmente Colocado por Valium Ver Post
          Apesar de terem direito de reclamar, espero que as pessoas se lembrem que o país, infelizmente, se calhar não terá condiçoes de suportar esses pedidos todos...

          Dai ser uma boa oportunidade de os energumes que conhecemos serem justos nas Leis dos impostos.

          Se eles não gastassem sem controlo haveria condições, não haveria défice e os impostos seriam mais baixos.

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